Acompanhámos aqui, este domingo, todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhámos aqui, este domingo, todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Palestinianos fotografados nas imediações do edifício do Banco Nacional, em Gaza, destruído pelos bombardeamentos aéreos israelitas Haitham Imad - EPA
Foto: Viacheslav Ratynskyi - Reuters
Os enviados especiais da RTP à Ucrânia descrevem a forma como os acontecimentos no Médio Oriente estão a ser seguidos em território ucraniano.
O jornalista Paulo Dentinho analisou, no Telejornal, a ofensiva do Hamas a partir da Faixa de Gaza, a retaliação de Israel e as ondas de choque internacionais.
O embaixador de Israel em Portugal afirma, em declarações à RTP, que os israelitas estão em guerra contra o Hamas e não contra os palestinianos.
Os Estados Unidos mostraram disponibilidade para garantir apoio aos israelitas. O papa Francisco apela ao fim da violência e lamenta que o terrorismo cause sofrimento a pessoas inocentes.
O enviado especial da RTP a Israel, José Manuel Rosendo, descreveu o ambiente de tensão que se vive em Jerusalém, na sequência da ofensiva do Hamas a partir da Faixa de Gaza e da retaliação israelita.
Foto: Amir Cohen - Reuters
Israel assume ter perdido cerca de 700 pessoas na ofensiva do Hamas. Na retaliação, contam-se mais de 400 palestinianos mortos. Este domingo prosseguiram os combates.
O PCP manifestou hoje preocupação com a "escalada do conflito" no Médio Oriente e alertou para o perigo de alastramento "numa região já martirizada", insistindo numa solução que dê ao povo palestiniano direito a "um Estado soberano e independente".
Em comunicado, os comunistas defendem que os acontecimentos recentes "são resultado de décadas de ocupação e desrespeito sistemático por parte de Israel do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, da permanente violação de todas as resoluções da ONU e acordos internacionais sobre a questão da Palestina".
"Acontecimentos inseparáveis da escalada na política de ocupação, opressão e provocação levada a cabo pelo governo de extrema-direita de Netanyahu e por colonos israelitas, que não só é responsável pelo agravamento da situação, como está a conduzir ao incremento da confrontação no Médio Oriente", criticam.
O PCP manifestou a sua preocupação "com a escalada do conflito, em particular com as suas trágicas consequências para as populações" e alertou "para o perigo do seu alastramento, numa região já martirizada por décadas de ocupação, guerra e subversão por parte dos Estados Unidos da América, de Israel, das potências da NATO e da União Europeia".
"(...) O PCP reafirma a necessidade de uma solução política que garanta a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e a efetivação do direito ao retorno dos refugiados, conforme as resoluções pertinentes da ONU", insistiu.
Na análise dos comunistas, "a responsabilidade pelo que se está a passar deve ser encontrada naqueles que nunca procuraram realmente a paz no Médio Oriente, no respeito pelos direitos dos povos".
"Quem permitiu que todos os acordos e resoluções ficassem por cumprir e fossem violados, quem inviabilizou toda e qualquer perspectiva de solução política para o conflito, quem foi conivente com a ocupação e opressão, a expansão dos colonatos, o bloqueio à Faixa de Gaza, a prisão de milhares de presos políticos palestinianos nas prisões israelitas, quem tolerou os crimes de Israel e a sua escalada pelo actual governo de extrema-direita, e só encontrou palavras de condenação para a resistência palestiniana, tem hoje perante si as consequências da sua política", condenou.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou hoje uma ofensiva diplomática para garantir o fim da violência na Faixa de Gaza e defendeu a criação de um Estado palestiniano independente como única solução para o conflito israelo-palestiniano.
"A Turquia está a fazer o possível para terminar com o conflito o mais rapidamente possvíel e reduzir as tensões após os últimos acontecimentos", afirmou Erdogan no decurso da inauguração de uma igreja ortodoxa siríaca em Istambul.
"Estamos prontos para intensificar as iniciativas diplomáticas que pusemos em ação para recuperar a tranquilidade. Convidamos todos os atores envolvidos na região a contribuir sinceramente para a paz", acrescentou, citado pela agencia noticiosa oficial Anatolia.
Numa referência às raízes históricas do conflito, o chefe de Estado turco -- que no sábado foi reeleito para a liderança do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, islamista conservador e no poder em Ancara) -- considerou que "não se pode adiar mais" a criação de um Estado palestiniano independente com capital em Jerusalém e assegurou que a paz em todo o Médio Oriente depende da solução do conflito entre Israel e a Palestina.
"Uma paz duradoura no Médio Oriente apenas é possível através de uma solução definitiva do conflito israelo-palestiniano. Nesta questão, como sempre afirmámos, é extremamente importante preservar a perspetiva da solução de dois Estados", declarou no decurso da inauguração da igreja da minoria religiosa.
No sábado, Erdogan pediu "moderação" e todos os envolvidos no conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamista palestiniano Hamas a Israel, com um balanço de centenas de mortos.
O Presidente turco reiterou que o conflito palestiniano constitui o cerne da de todos os problemas na região e advertiu que na ausência de uma solução equilibrada a região permanecerá "distante da paz".
Neste sentido, defendeu a integridade da Esplanada nas Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos e situada no centro de Jerusalém, frisando que "a Turquia continuará a opor-se a qualquer tentativa contra a mesquita da Al-Aqsa".
Apesar de Erdogan ter manifestado solidariedade com os "irmãos e irmãs palestinianos", também disse que ser necessário evitar qualquer passo que conduza a mais derramamento de sangue.
A Turquia tem-se revelado um aliado histórico de Israel, apesar de as relações terem registado uma fase de rutura após a morte de 10 ativistas turcos no ataque israelita a embarcações que tentavam alcançar Gaza em 2010, mas em 2022 os dois países normalizaram as relações diplomáticas.
O Governo de Erdogan encetou por diversas vezes uma aproximação ao Hamas, mas na perspetiva de uma função mediadora face ao conflito palestiniano e afirmando o compromisso na solução de dois Estados, hoje reafirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.
A igreja ortodoxa siríaca de Santo Efrém hoje inaugurada por Erdogan e situada no bairro de Yesilkoy, em Istambul, é a primeira igreja cristã construída em mais de um século na história da Turquia republicana.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
O confronto armado prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano
O Programa Alimentar Mundial (PAM) apelou hoje para um "acesso humanitário seguro e desimpedido às zonas afetadas" pelo conflito que eclodiu sábado após um ataque surpresa do grupo islâmico Hamas e Israel, noticiou a agência EFE.
Esta agência das Nações Unidas (ONU) apelou assim "a todas as partes para que respeitem os princípios do direito humanitário e tomem todas as medidas necessárias para salvaguardar a vida e o bem-estar dos civis, incluindo o acesso a alimentos".
O governo israelita anunciou hoje que nos primeiros dois dias de combates com o grupo palestiniano foram mortas mais de 600 pessoas, mais de 2.000 ficaram feridas e mais de 100 foram feitas prisioneiras no ataque lançado a partir da Faixa de Gaza, enquanto subiu para 370 o número de mortos em Gaza.
O PAM "está profundamente preocupado com a rápida deterioração da situação em Israel e no Estado da Palestina e com o impacto deste conflito nas populações afetadas", declarou a organização, em comunicado.
"À medida que o conflito se intensifica, os civis, incluindo as crianças e as famílias vulneráveis, enfrentam dificuldades crescentes no acesso ao abastecimento alimentar essencial, com as redes de distribuição de alimentos interrompidas e a produção de alimentos gravemente prejudicada pelas hostilidades", alertou ainda o PAM.
O PAM garantiu que está preparado para "responder rapidamente com reservas alimentares para as pessoas deslocadas ou em abrigos, quando a situação o permitir, e para retomar a sua assistência alimentar regular e as transferências de dinheiro para as pessoas vulneráveis".
Embora saliente que a maioria das lojas nas zonas afetadas da Palestina "tem atualmente um mês de reservas alimentares, estas correm o risco de se esgotar rapidamente, uma vez que as pessoas fazem compras de alimentos com medo de um conflito prolongado".
Por outro lado, o PAM assinala que "os frequentes cortes de eletricidade acarretam a ameaça de deterioração dos alimentos".
A organização diz que tem acompanhado de perto a disponibilidade e os preços dos alimentos e outros produtos numa rede de 300 lojas locais e que está a trabalhar em estreita colaboração com as padarias da região para fornecer pão fresco e apoiar a economia da zona.
O PAM, que serve cerca de 350 mil palestinianos por mês e assiste quase um milhão juntamente com outros parceiros humanitários, sublinha que a presente guerra se seguiu a "um corte devastador na assistência a 60% dos beneficiários da ajuda alimentar do PAM desde junho de 2023, devido à escassez de financiamento, que deixou apenas 150 mil pessoas a receber rações reduzidas".
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, declarou hoje que o "Irão apoia a defesa legítima da nação palestiniana" e apelou aos "governos muçulmanos" para também afirmarem o seu apoio na sequência do ataque lançado pelo Hamas.
O líder iraniano fez esta declaração depois de falar separadamente ao telefone com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas, Ismail Haniyeh, e da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, que acolheu separadamente em junho, em Teerão.
O Irão mantém relações estreitas com os dois movimentos palestinianos e foi um dos primeiros países a saudar a ofensiva do Hamas lançada no sábado.
"O Irão apoia a autodefesa da nação palestiniana. O regime sionista e os seus apoiantes [...] devem ser responsabilizados neste caso", disse o Presidente Raïssi na sua mensagem dirigida "à nação palestiniana".
"Os governos muçulmanos deveriam juntar-se à comunidade muçulmana no apoio à nação palestina", acrescentou.
O governante concluiu a sua mensagem saudando o Hamas e a Jihad Islâmica pelo nome: "Saudações à resistência da Palestina, do Líbano e da Síria, ao Iraque, ao Afeganistão e ao Iémen, saudações à heroica e resistente Gaza, saudações ao Hamas e à Jihad e a todos os grupos de resistência."
Israel e a Faixa de Gaza estão em guerra após uma ofensiva militar realizada na manhã de sábado pelo Hamas, que disparou milhares de foguetes, infiltrou combatentes em território israelita e capturou israelitas, mantidos ainda como reféns.
Mais de 600 pessoas foram mortas do lado israelita e cerca de de 370 do lado palestiniano, segundo relatórios provisórios de fontes dos dois territórios.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohammad Bagheri, elogiou hoje a "complexa operação" lançada por "grupos de combatentes palestinianos".
É o "produto da ira sagrada que o inimigo sionista plantou na nação palestiniana oprimida e que deve agora colher", acrescentou em comunicado.
Por seu lado, Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo iraniano Ali Khamenei, previu que esta "operação vitoriosa" irá "acelerar a queda do regime sionista".
Um alto funcionário americano indicou no sábado que era "muito cedo para dizer" se o Irão estava diretamente envolvido na ofensiva lançada pelo Hamas. No entanto, acrescentou que "não há dúvidas" sobre o facto de o Hamas ser "financiado, equipado e armado", entre outros, pelo regime de Teerão.
Na noite de sábado, manifestantes reuniram-se na Praça Felestin (Palestina), em Teerão, agitando a bandeira palestiniana. "A grande libertação começou", proclamava em árabe uma enorme faixa exposta na fachada de um edifício.
Numa outra praça da capital iraniana, outro painel gigante foi instalado, mostrando o xadrez preto e branco do `keffiyeh` (lenço) palestiniano cobrindo a bandeira israelita branca e azul, com a inscrição "Inundação de Al-Aqsa", nome da operação do Hamas.
A República Islâmica do Irão não reconhece o estado israelita e o apoio à causa palestiniana tem sido uma constante na sua política externa desde a revolução de 1979.
Em resposta ao ataque surpresa do Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia --, as autoridades israelitas bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizaram como "Espadas de Ferro".
A troca de tiros prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 20 mil palestinianos estejam refugiados nas suas 44 escolas na Faixa de Gaza, para se protegerem do contra-ataque das forças israelitas em resposta à investida do Hamas.
Segundo a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), "há pelo menos 20.363 pessoas deslocadas que procuraram refúgio" em todas as zonas da Faixa de Gaza, "exceto Khan Younis".
Das 44 escolas existentes, "28 são consideradas abrigos de emergência e 16 não são", precisa a organização, na sua página oficial.
A UNRWA relata ainda que três das escolas já foram atingidas por ataques israelitas.
"A noite foi muito dura. Sem eletricidade e com fortes e constantes bombardeamentos", relata a agência, citada pela Europa Press, lançando "um apelo urgente a todas as partes para que respeitem as suas obrigações jurídicas no quadro do direito internacional humanitário".
O grupo islâmico Hamas desencadeou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou, a partir do ar, várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Na sequência desta nova escalada de violência num conflito que dura há dezenas de anos, a UNRWA teve de proceder ao encerramento de 22 centros de saúde na Faixa de Gaza e de suspender a atividade dos 14 centros de distribuição alimentar que se gere "até novo aviso".
"Um total de 112.759 famílias (541.640 pessoas) está por receber assistência alimentar", concretiza a agência, recordando que a situação humanitária em Gaza já estava no limite, em resultado da ocupação militar e do bloqueio de Israel ao território.
I spoke with @Netanyahu to affirm Ukraine’s solidarity with Israel, which suffers from a brazen large-scale attack, and to express condolences for the multiple victims.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 8, 2023
The Prime Minister informed me of the current situation and the actions of Israel’s Defense Forces and law…
Foto: Hannibal Hanschke - EPA
O chanceler alemão condena aquilo que classifica como ataque bárbaro. Olaf Scholz diz que Israel tem todo o direito a defender-se por todos os meios e que conta com o apoio absoluto do Estado Alemão.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, manteve hoje conversações telefónicas separadas com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas e Jihad Islâmica, um dia após o Hamas ter lançado uma grande ofensiva contra Israel, segundo a agência noticiosa oficial Irna.
"O Presidente Raissi falou ao telefone com o secretário-geral da Jihad, Ziad al-Nakhala, sobre a evolução da situação na Palestina", e depois com "o chefe do gabinete político do movimento de Resistência Islâmica Hamas, Ismail Haniyeh", indicou a Irna.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.
IDF fighter jets just struck Hamas terrorist targets in Gaza that were used to attack Israel.
— Israel Defense Forces (@IDF) October 8, 2023
We will continue to protect Israeli civilians.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano lamentou hoje que as reações ocidentais à ofensiva do Hamas contra Israel sejam uma distorção da realidade ao "ignorar o número de vítimas" palestinianas e "a destruição" causada pelo contra-ataque israelita.
As autoridades palestinianas recordaram que, até agora, 313 pessoas foram mortas e quase 2.000 feridas nas operações israelitas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
"Um grande número dos quais eram civis indefesos e aqui o ministério pergunta: onde estão as respostas da comunidade internacional a isto?", referiu, em comunicado.
A tutela lamentou particularmente a constante reivindicação dos aliados do Estado judeu ao direito de Israel à autodefesa, por entender que se trata de uma "autorização internacional" para que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, cometa massacres, o que "converteria a comunidade internacional em cúmplice" destes crimes.
As autoridades palestinianas criticaram outras medidas de "punição coletiva", como a decisão tomada no sábado por Israel de cortar o fornecimento de eletricidade a Gaza "com o objetivo de matar de fome a população".
Por último, o Governo palestiniano chama a atenção para a situação na Cisjordânia, que está atualmente sob numerosos bloqueios israelitas: "Os postos de controlo estão a desarticular a área, impedindo a circulação de cidadãos e dando liberdade aos colonos israelitas para cometerem mais crimes", descreveu.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Segundo os balanços mais recentes, pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.
Benjamin Netanyahu declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Israel pediu ao Egito, principal mediador entre os palestinianos e o Estado judeu, ajuda nas negociações para a libertação dos israelitas raptados, como uma das condições para pôr fim ao conflito, disseram hoje à EFE fontes de segurança.
O Egito está em contacto desde sábado à noite com as partes israelita e palestiniana, bem como com os mediadores em Washington, Amã, Abu Dhabi e Riade, para parar a atual escalada, regressar à mesa de negociações e ouvir as condições de ambas as partes, segundo as fontes ouvidas pela agência Efe, que pediram anonimato.
As principais condições são "parar os ataques palestinianos e entregar todos os israelitas sequestrados e os corpos dos israelitas detidos pelo Hamas", segundo as fontes, que confirmam as informações relatadas pelo Wall Street Journal.
Observaram também que o grupo xiita libanês Hezbollah informou o Egito que iria lançar um ataque contra o território israelita, o que aconteceu hoje de manhã.
Esta ação fez com que o exército israelita bombardeasse o sul do Líbano, ferindo duas crianças.
O Exército israelita confirmou que alguns dos corpos de soldados e civis israelitas foram raptados em Gaza por militantes, enquanto um número desconhecido de reféns foi libertado em áreas que foram tomadas por islamitas em Israel.
Depois do ataque surpresa do Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia - na manhã de sábado, a troca de tiros prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos no Hamas no enclave palestiniano.
A correspondente da RTP em Londres, Rosário Salgueiro, deslocou-se a Hackney, a região da capital britânica onde vivem quase 150 mil judeus.
O enviado especial da RTP a Telavive, José Manuel Rosendo, deu conta dos últimos dados sobre o número de vítimas da ofensiva do Hamas e as movimentações das forças do Estado hebraico.
Oitenta cidadãos portugueses, entre turistas e residentes, já contactaram o Gabinete de Emergência consular para assinalarem presença ou para saírem de Israel.
Por todo o mundo, os líderes internacionais condenam o ataque a Israel.
O papa Francisco apela ao fim do conflito e lamenta que o terrorismo provoque sofrimento e morte a pessoas inocentes.
Foto: Vincenzo Livieri - EPA
O papa Francisco apelou ao fim da violência em Israel e na Faixa de Gaza, afirmando que o terrorismo e a guerra não resolvem nenhum problema e apenas trazem mais sofrimento e morte a pessoas inocentes.
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, participará em Mascate, capital de Omã, na reunião dos ministros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), após o ataque do Hamas contra Israel.
"Temos muitos desafios comuns que exigem uma cooperação estreita, incluindo as trágicas consequências do ataque do Hamas contra Israel. Precisamos de continuar a trabalhar juntos pela paz", disse Borrell através da sua conta X (anterior Twitter), sobre a sua participação no encontro, que tem início na segunda-feira em Omã.
O Conselho de Cooperação do Golfo é uma organização regional composta por Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, países que, já há algum tempo, têm feito maiores ou menores esforços de aproximação a Israel ou mesmo de normalização das relações, como o Bahrein ou o Kuwait, por exemplo.
Forças ligadas ao Hamas, como o movimento libanês Hezbollah, interpretaram a grande ofensiva palestiniana de sábado como um alerta para países como a Arábia Saudita - que está em processo de reaproximação a Israel através dos EUA -, rejeitarem quaisquer laços com o Governo israelita e abracem plenamente a causa palestiniana.
Outros países, como o Qatar, responsabilizaram mesmo diretamente o Estado judeu por uma escalada de violência, como a registada nos últimos meses na Cisjordânia, que finalmente levou ao ataque de sábado.
Foto: Atef Safadi - EPA
O Ministério dos Negócios Estrangeiros avança que não há portugueses diretamente afetados pelo ataque. Há quem tenha assistido à ofensiva do Hamas.
Foto: Atef Safadi - EPA
Um jornalista brasileiro, que vive em Israel, diz que o país demorou a responder aos ataques do Hamas. Marcos Susskind revela ainda que a entrada de infiltrados no território mostra que o Estado e o Exército israelita falharam.
A China disse hoje estar "profundamente preocupada" com os confrontos entre Israel e palestinianos, que já causaram mais de cinco centenas de mortos, e pediu "contenção" a todas as partes.
"A China está profundamente preocupada com a atual escalada de tensão e violência entre a Palestina e Israel e apela a todas as partes envolvidas para que se mantenham calmas e exerçam contenção, cessem imediatamente o fogo, protejam os civis e evitem uma maior deterioração da situação", afirmou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O Governo da Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo, pediu hoje também a "cessação imediata da violência", desencadeada pela ofensiva do Hamas.
"A Indonésia está profundamente preocupada com a escalada do conflito israelo-palestiniano. A Indonésia apela ao fim imediato da violência para evitar mais vítimas humanas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter).
Jacarta, que apoia publicamente a causa palestiniana e mantém relações complicadas com Israel, apontou "a ocupação" dos territórios palestinianos por Telavive como a origem do atual conflito.
"A raiz do conflito, nomeadamente a ocupação dos territórios palestinianos por Israel, deve ser resolvida de acordo com os parâmetros acordados pela ONU", sublinhou o departamento governamental na nota.
Mais de 300 cidadãos israelitas morreram na ofensiva do Hamas, enquanto cerca de 1.600 ficaram feridos, de acordo com meios de comunicação social israelitas, que citam fontes médicas.
Do lado palestiniano, morreram pelo menos 232 pessoas e 1.700 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O Governo da Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo, pediu hoje a "cessação imediata da violência" entre Israel e Palestina, desencadeada pela ofensiva do Hamas.
"A Indonésia está profundamente preocupada com a escalada do conflito israelo-palestiniano. A Indonésia apela ao fim imediato da violência para evitar mais vítimas humanas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter).
Jacarta, que apoia publicamente a causa palestiniana e mantém relações complicadas com Israel, apontou "a ocupação" dos territórios palestinianos por Telavive como a origem do atual conflito.
"A raiz do conflito, nomeadamente a ocupação dos territórios palestinianos por Israel, deve ser resolvida de acordo com os parâmetros acordados pela ONU", sublinhou o departamento governamental na nota.
Mais de 300 cidadãos israelitas morreram na ofensiva do Hamas, enquanto cerca de 1.600 ficaram feridos, de acordo com meios de comunicação social israelitas, que citam fontes médicas.
Do lado palestiniano, morreram pelo menos 232 pessoas e 1.700 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O Exército israelita lançou um ataque aéreo contra a residência, na Faixa de Gaza, do chefe dos serviços secretos do Hamas, no âmbito dos bombardeamentos de retaliação, após o ataque de sábado do movimento islâmico.
Nas últimas horas, Israel tem tido como alvos altos cargos da organização, que empreendeu um ataque sem precedentes contra Israel.
"Os aviões de combate atacaram uma infraestrutura militar localizada na residência do chefe do departamento de inteligência da organização terrorista Hamas", informou o Exército israelita nas redes sociais, sem acrescentar mais informações.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram também ataques noturnos contra 10 infraestruturas operacionais, duas sucursais bancárias e um armazém de armas.
Algumas horas antes, as FDI haviam explicado que, "depois da avaliação da situação, foi decidido emitir uma ordem de encerramento de uma zona militar na região da Divisão de Gaza", acrescentando que "entrar na zona está estritamente proibido" e pedem à população para estar atento e não entrar nos lugares.
Londres reforçou a presença da polícia nas ruas depois de terem surgido vídeos com pessoas a celebrar o ataque a Israel, o que, de acordo com o Governo britânico, "glorifica as atividades terroristas do Hamas".
O ministro da Imigração, Robert Jenrick, instou a Polícia Metropolitana de Londres a intervir, partilhando um vídeo publicado nas redes sociais, no sábado à noite, pela apresentadora de televisão britânica Rachel Riley, na sequência da ofensiva do Hamas.
"Acabo de me cruzar com dois carros na zona oeste de Londres que circulam com bandeiras palestinianas em todas as janelas, saltando para cima e para baixo nos seus carros, aparentemente celebrando como se estivessem em festa", lê-se na publicação partilhada pela apresentadora na rede social X (antigo Twitter).
"Não se enganem, este é um momento perigoso e assustador para todos os judeus do mundo", acrescentou.
Pouco depois, Riley publicou um novo vídeo com pessoas a segurarem bandeiras palestinianas, a buzinarem e a aplaudirem, com a descrição: "As pessoas foram brutalmente assassinadas, raptadas e há pessoas em Londres a dançar", disse.
A polícia londrina (também conhecida como Scotland Yard) garantiu que está "ciente de uma série de incidentes, incluindo os partilhados nas redes sociais, relacionados com o conflito em curso em Israel e na fronteira com Gaza", e que "aumentou as patrulhas policiais em algumas partes de Londres".
A polícia disse ainda que "o conflito em curso pode levar a protestos nos próximos dias", garantindo que vai assegurar "um plano policial adequado para equilibrar o direito ao protesto com qualquer perturbação para os londrinos".
Um grupo chamado Palestine Solidarity Campaign (Campanha de Solidariedade com a Palestina, numa tradução livre para português) apelou à participação numa manifestação de "emergência", na segunda-feira, à frente à embaixada israelita.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Foto: Menahem Kahana - Reuters
O primeiro-ministro de Israel diz que o país está em guerra e não vai poupar o Hamas. Benjamin Netanyahu diz ainda que os militantes palestinianos vão ser responsabilizados pelos civis que foram raptados e feitos reféns.