Israel oficializa estado de guerra e intensifica bombardeamentos sobre Gaza

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhámos aqui, este domingo, todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Palestinianos fotografados nas imediações do edifício do Banco Nacional, em Gaza, destruído pelos bombardeamentos aéreos israelitas Haitham Imad - EPA

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por RTP

Ponto de Situação

  • Os Estados Unidos iniciaram, este domingo, o envio de ajuda militar a Israel com novas munições, e reuniram o grupo aeronaval no Mediterrâneo, num rápido apoio ao aliado histórico. Na sequência de um apelo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou "estar a caminho de Israel uma ajuda suplementar para as Forças Armadas israelitas, e que irá prosseguir nos próximos dias", segundo um comunicado da Casa Branca.
  • O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, considerou então que o apoio militar anunciado por Washington a Israel equivale a uma "participação na agressão contra o povo" palestiniano.
  • O embaixador israelita junto da ONU apelou à unidade internacional na condenação do Conselho de Segurança da ONU aos ataques do Hamas contra Israel. Também este domingo, o homólogo palestiniano instou israelitas a parar com a violência em Gaza.
  • Os mais recentes dados das autoridades israelitas e palestinianas indiam que o número de mortos de ambos os lados já supera os 1.100. Um novo balanço do Ministério da Saúde palestiniano regista hoje 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza e a estas vítimas somam-se os mais de 700 mortos do mais recente balanço do Ministério da Saúde de Israel, na sequência dos ataques lançados pelo grupo islâmico palestiniano Hamas na manhã de sábado.
  • O presidente israelita, Isaac Herzog, avisou, em discurso ao país, que "uma tal guerra não acaba num piscar de olhos" e apelou ainda a que se preserve "o espírito de coragem e unidade entre o povo e evite a disseminação de vídeos sem fundamento e rumores que servem à guerra psicológica do inimigo".
  • O Ministério português dos Negócios Estrangeiros anunciou este domingo que foi decidido "enviar um avião da Força Aérea Portuguesa" para Israel, em apoio aos "portugueses que procuram sair do país". O Governo adianta que, até ao momento, não há registo de portugueses afetados diretamente pela escalada no território, mas foram sinalizados "cerca de 100 cidadãos nacionais, entre turistas e residentes" na região.

O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou, no sábado, um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar. Em retaliação, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

Netanyahu declarou, então, que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). O confronto armado prosseguiu ao longo do dia de hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano.
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Hamas afirma que atacou o aeroporto Ben Gurion

O movimento palestiniano Hamas afirmou, entretanto, que atacou o aeroporto Ben Gurion, o principal do país, em cuja zona central foram acionadas as sirenes que avisam de um ataque aéreo, informaram 'media' israelitas. 

As sirenes estavam a soar em cidades como Rishon Letizon, Gedera e Rehovot, segundo as mesmas fontes. Por sua vez, Israel bombardeou, também esta noite, dois importantes bairros da cidade de Gaza onde se encontravam instalações "estratégicas" do Hamas, segundo fontes oficiais.

"Dezenas de aviões de combate atacaram 150 objetivos em Shujaiya", uma das zonas mais populosas da cidade de Gaza, "utilizado como ninho de terror" pelo Hamas, indicou um porta-voz do Exército israelita. 

"Muitos ataques contra Israel tiveram origem aí, incluindo durante a recente invasão", acrescentou o porta-voz, ao precisar que os aviões atacaram a residência de Farah Hamed, um alto responsável do Hamas – um movimento considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia –, que desde 2007 governa a Faixa de Gaza.

"Este local estava situado junto a uma mesquita e três escolas, o que demonstra que a organização terrorista Hamas se aproveita dos lugares sagrados e dos civis para efetuar as suas operações", assegurou.

A Força aérea israelita também reivindicou um ataque a "dois objetivos estratégicos" do Hamas num edifício de vários pisos localizado no bairro de Rimal, e que pertencem respetivamente ao Banco nacional islâmico e a um centro de comando utilizado por Munzer Faraj, outro alto responsável do Hamas.


C/Lusa
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Wall Street Journal: Irão pode ter ajudado Hamas a atacar Israel
por RTP

Irão estará por detrás do ataque do Hamas contra Israel

As autoridades de segurança iraniana terão ajudado o movimento palestiniano Hamas a planear o ataque surpresa de sábado a Israel. A informação é avançada pelo jornal norte-americano Wall Street Journal, este domingo, citando altos membros do Hamas e do Hesbollah. 

De acordo com a mesma publicação, o Irão terá dado "luz verde" para a ofensiva durante uma reunião em Beirute, na última segunda-feira.
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por RTP

Hamas considera ajuda militar dos EUA uma agressão contra os palestinianos

O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, já reagiu e considerou que o apoio militar anunciado pelos EUA a Israel, anunciado este domingo, equivale a uma "participação na agressão contra o povo" palestiniano.

"O anúncio pelos Estados Unidos é uma verdadeira participação na agressão contra o nosso povo", indicou o grupo num comunicado. "Estas ações não atemorizam o nosso povo nem a resistência que continuará a defendê-lo", acrescentou a mesma nota.
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Emirados Árabes Unidos descrevem situação como uma "escalada séria e grave"

Os Emirados Árabes Unidos descreveram, este domingo, os ataques realizados pela fação islâmica palestiniana Hamas contra cidades israelitas como uma "escalada séria e grave". 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado, manifestou estar "horrorizado" com os relatos de que civis israelitas foram feitos reféns e levados das próprias habitações.
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por RTP

Washington incentiva envolvimento da Turquia

Num telefonema com o homógolo turco, o secretário de Estado dos Estados Unidos encorajou, este domingo, o envolvimento contínuo da Turquia e destacou o foco de Washington em pôr fim aos ataques do Hamas, além de garantir a libertação de todos os reféns. 

A confirmação é do Departamento de Estado norte-americano, após a conversa entre Antony Blinken e o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, citado pela Reuters.
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Mais de duas centenas de mortos em festival no sul de Israel
por RTP

Foram recuperados pelo menos 260 corpos

Pelo menos 260 corpos foram retirados do local onde se realizava um festival de música, no sul de Israel, no momento da ofensiva do movimento Hamas. O número está a ser adiantado pela organização de busca e salvamento Zaka, citada pelos media israelitas.
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Ataques israelitas atingem escola em Gaza
por RTP

O edifício estaria a servir de abrigo a centenas de pessoas

Uma escola na Faixa de Gaza que estaria a abrigar 225 pessoas dos disparos da artilharia israelita foi atingida este domingo, adiantou a agência da ONU para os refugiados palestinianos. Não há notícia de feridos, mas a escola ficou parcialmente destruída.

Ainda segundo a estrutura das Nações Unidas, o número de pessoas refugiadas em escolas do enclave palestiniano ascende nesta altura a 73.538.
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por RTP

Morreram ucranianos na ofensiva do Hamas contra Israel

Foto: Viacheslav Ratynskyi - Reuters

Os enviados especiais da RTP à Ucrânia descrevem a forma como os acontecimentos no Médio Oriente estão a ser seguidos em território ucraniano.

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por RTP

Hamas "coloca a questão palestiniana na agenda internacional"

O jornalista Paulo Dentinho analisou, no Telejornal, a ofensiva do Hamas a partir da Faixa de Gaza, a retaliação de Israel e as ondas de choque internacionais.

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por RTP

Dor Shapira. Embaixador israelita em Lisboa afiança que alvo é o Hamas

O embaixador de Israel em Portugal afirma, em declarações à RTP, que os israelitas estão em guerra contra o Hamas e não contra os palestinianos.

O diplomata agradece o apoio dos portugueses e considera que esta é uma guerra da democracia contra o terrorismo.
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por RTP

Guerra no Médio Oriente. As posições assumidas por líderes internacionais

Os Estados Unidos mostraram disponibilidade para garantir apoio aos israelitas. O papa Francisco apela ao fim da violência e lamenta que o terrorismo cause sofrimento a pessoas inocentes.

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RTP em Jerusalém. "Não há certezas" quanto à localização de infiltrados

O enviado especial da RTP a Israel, José Manuel Rosendo, descreveu o ambiente de tensão que se vive em Jerusalém, na sequência da ofensiva do Hamas a partir da Faixa de Gaza e da retaliação israelita.

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por RTP

Guerra no Médio Oriente já fez mais de mil mortos

Foto: Amir Cohen - Reuters

Israel assume ter perdido cerca de 700 pessoas na ofensiva do Hamas. Na retaliação, contam-se mais de 400 palestinianos mortos. Este domingo prosseguiram os combates.

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por Lusa

PCP preocupado com "escalada do conflito" alerta para "perigo de alastramento"

O PCP manifestou hoje preocupação com a "escalada do conflito" no Médio Oriente e alertou para o perigo de alastramento "numa região já martirizada", insistindo numa solução que dê ao povo palestiniano direito a "um Estado soberano e independente".

Em comunicado, os comunistas defendem que os acontecimentos recentes "são resultado de décadas de ocupação e desrespeito sistemático por parte de Israel do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, da permanente violação de todas as resoluções da ONU e acordos internacionais sobre a questão da Palestina".

"Acontecimentos inseparáveis da escalada na política de ocupação, opressão e provocação levada a cabo pelo governo de extrema-direita de Netanyahu e por colonos israelitas, que não só é responsável pelo agravamento da situação, como está a conduzir ao incremento da confrontação no Médio Oriente", criticam.

O PCP manifestou a sua preocupação "com a escalada do conflito, em particular com as suas trágicas consequências para as populações" e alertou "para o perigo do seu alastramento, numa região já martirizada por décadas de ocupação, guerra e subversão por parte dos Estados Unidos da América, de Israel, das potências da NATO e da União Europeia".

"(...) O PCP reafirma a necessidade de uma solução política que garanta a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e a efetivação do direito ao retorno dos refugiados, conforme as resoluções pertinentes da ONU", insistiu.

Na análise dos comunistas, "a responsabilidade pelo que se está a passar deve ser encontrada naqueles que nunca procuraram realmente a paz no Médio Oriente, no respeito pelos direitos dos povos".

"Quem permitiu que todos os acordos e resoluções ficassem por cumprir e fossem violados, quem inviabilizou toda e qualquer perspectiva de solução política para o conflito, quem foi conivente com a ocupação e opressão, a expansão dos colonatos, o bloqueio à Faixa de Gaza, a prisão de milhares de presos políticos palestinianos nas prisões israelitas, quem tolerou os crimes de Israel e a sua escalada pelo actual governo de extrema-direita, e só encontrou palavras de condenação para a resistência palestiniana, tem hoje perante si as consequências da sua política", condenou.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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EUA destacam navios e aviões e enviam munições
por RTP

O Pentágono explica que se trata de uma medida destinada a "reforçar os esforços regionais de dissuasão"

Segundo o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, foram enviados para o Mediterrâneo oriental um porta-aviões e vários cruzadores e contratorpedeiros.

O reposicionamento destas forças, que se enquadra no apoio declarado pelo presidente norte-americano a Israel, inclui ainda o reforço de esquadrões da Força Aérea no Médio Oriente.

São também esperados em Israel aprovisionamentos norte-americanos de recursos militares, desde logo munições. A Administração Biden propõe-se assim "sublinhar o apoio férreo dos Estados Unidos às Forças de Defesa de Israel e ao povo israelita".
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Jihad Islâmica afirma ter 30 israelitas sob custódia
por RTP

O chefe desta fação palestiniana, Ziadal-Nakhala, exige a libertação de prisioneiros em Israel

Os reféns, afiança Ziadal-Nakhala, não serão repatriados "até que todos os prisioneiros" palestinianos "sejam libertados".
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por Lusa

Turquia desenvolve ofensiva diplomática para parar a guerra

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou hoje uma ofensiva diplomática para garantir o fim da violência na Faixa de Gaza e defendeu a criação de um Estado palestiniano independente como única solução para o conflito israelo-palestiniano.

"A Turquia está a fazer o possível para terminar com o conflito o mais rapidamente possvíel e reduzir as tensões após os últimos acontecimentos", afirmou Erdogan no decurso da inauguração de uma igreja ortodoxa siríaca em Istambul.

"Estamos prontos para intensificar as iniciativas diplomáticas que pusemos em ação para recuperar a tranquilidade. Convidamos todos os atores envolvidos na região a contribuir sinceramente para a paz", acrescentou, citado pela agencia noticiosa oficial Anatolia.

Numa referência às raízes históricas do conflito, o chefe de Estado turco -- que no sábado foi reeleito para a liderança do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, islamista conservador e no poder em Ancara) -- considerou que "não se pode adiar mais" a criação de um Estado palestiniano independente com capital em Jerusalém e assegurou que a paz em todo o Médio Oriente depende da solução do conflito entre Israel e a Palestina.

"Uma paz duradoura no Médio Oriente apenas é possível através de uma solução definitiva do conflito israelo-palestiniano. Nesta questão, como sempre afirmámos, é extremamente importante preservar a perspetiva da solução de dois Estados", declarou no decurso da inauguração da igreja da minoria religiosa.

No sábado, Erdogan pediu "moderação" e todos os envolvidos no conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamista palestiniano Hamas a Israel, com um balanço de centenas de mortos.

O Presidente turco reiterou que o conflito palestiniano constitui o cerne da de todos os problemas na região e advertiu que na ausência de uma solução equilibrada a região permanecerá "distante da paz".

Neste sentido, defendeu a integridade da Esplanada nas Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos e situada no centro de Jerusalém, frisando que "a Turquia continuará a opor-se a qualquer tentativa contra a mesquita da Al-Aqsa".

Apesar de Erdogan ter manifestado solidariedade com os "irmãos e irmãs palestinianos", também disse que ser necessário evitar qualquer passo que conduza a mais derramamento de sangue.

A Turquia tem-se revelado um aliado histórico de Israel, apesar de as relações terem registado uma fase de rutura após a morte de 10 ativistas turcos no ataque israelita a embarcações que tentavam alcançar Gaza em 2010, mas em 2022 os dois países normalizaram as relações diplomáticas.

O Governo de Erdogan encetou por diversas vezes uma aproximação ao Hamas, mas na perspetiva de uma função mediadora face ao conflito palestiniano e afirmando o compromisso na solução de dois Estados, hoje reafirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.

A igreja ortodoxa siríaca de Santo Efrém hoje inaugurada por Erdogan e situada no bairro de Yesilkoy, em Istambul, é a primeira igreja cristã construída em mais de um século na história da Turquia republicana.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O confronto armado prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano

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Mais de 400 palestinianos mortos
por RTP

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana avança com novo balanço de vítimas da retaliação israelita na Faixa de Gaza

Os múltiplos ataques aéreos lançados desde sábado por Israel causaram pelo menos 413 mortos, incluindo 78 crianças e 41 mulheres, e deixaram cerca de 2.300 pessoas feridas, segundo as autoridades sanitárias palestinianas.
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"Este é o 11 de setembro de Israel"
por RTP

As palavras são do embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, e antecederam uma reunião de emergência do Conselho de Segurança em Nova Iorque

O representante diplomático israelita nas Nações Unidas acusou o Hamas de protagonizar "desumanidades sem escrúpulos" e caracterizou o movimento que administra a Faixa de Gaza como "uma organização genocida, jihadista e terrorista" comparável à al Qaeda e ao próprio Estado Islâmico.


Gilad Erdan pontuou a sua intervenção diante dos jornalistas com a exibição de fotografias e vídeos que disse retratarem os acontecimentos das últimas 24 horas em Israel.
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"Uma guerra extensa"
por RTP

O presidente israelita, Isaac Herzog, avisa, em discurso ao país, que "uma tal guerra não acaba num piscar de olhos"

"Os nossos inimigos estão a fazer esforços psicológicos significativos, utilizando ciberataques e espalhando vídeos e relatos falsos - tudo numa tentativa de instigar o medo e a ansiedade nos nossos corações. Há um facto indiscutível. Uma vez mais, o Estado de Israel vai prevalecer. Não há outra opção", clamou Herzog.

O presidente israelita apelou ainda a que se preserve "o espírito de coragem e unidade entre o povo e evite a disseminação de vídeos sem fundamento e rumores que servem à guerra psicológica do inimigo".

"Não podemos ser complacentes. Enfrentamos dias difíceis. É tempo de nos unirmos contra o inimigo e agir como um punho determinado", rematou.
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Portugal prepara voo de apoio com destino a Israel
por RTP

O Ministério dos Negócios Estrangeiros adianta que o envio de um avião das Forças Armadas, tendo em vista o "apoio ao regresso de portugueses", espera "autorização para sobrevoo"

"Não há registo de portugueses diretamente afetados", reafirmam as Necessidades em comunicado enviado às redações

"Tendo em conta as cada vez mais escassas opções que os voos comerciais oferecem, face à exponencial procura por parte de cidadãos de todas as partes do mundo, o Governo tomou a decisão de enviar um avião da Força Aérea Portuguesa, sob estreita coordenação do Comando Conjunto das Operações Militares do EMGFA, para Israel", lê-se no texto.

"Logo que seja dada a autorização de sobrevoo por parte das autoridades israelitas, informar-se-á de quando chegará o avião e quais os procedimentos a seguir por parte dos portugueses que procuram sair do país.Trata-se de uma missão que está a ser operacionalizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo Ministério da Defesa Nacional".

"Na sequência do ataque espoletado este sábado em Israel, estão sinalizados cerca de 100 cidadãos nacionais, entre turistas e residentes, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular apenas para assinalarem a sua presença no território, ou para solicitarem apoio na identificação de alternativas para a saída do país, as quais continuam a ser partilhadas", conclui o Ministério de João Gomes Cravinho.
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Bombardeamentos sobre Gaza intensificam-se
por RTP

Imagens captadas no território mostram explosões em série

Não param de cair mísseis israelitas na Faixa de Gaza. Imagens recebidas em direto do território mostram uma sucessão de explosões. São visíveis os clarões.


O número de mortos no conflito entre israelitas e palestinianos aproxima-se do milhar. Operação "Espadas de Ferro" é a designação escolhida pelas autoridades hebraicas para a retaliação em curso.
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por Lusa

Programa Alimentar da ONU pede acesso humanitário às zonas de guerra

O Programa Alimentar Mundial (PAM) apelou hoje para um "acesso humanitário seguro e desimpedido às zonas afetadas" pelo conflito que eclodiu sábado após um ataque surpresa do grupo islâmico Hamas e Israel, noticiou a agência EFE.

Esta agência das Nações Unidas (ONU) apelou assim "a todas as partes para que respeitem os princípios do direito humanitário e tomem todas as medidas necessárias para salvaguardar a vida e o bem-estar dos civis, incluindo o acesso a alimentos".

O governo israelita anunciou hoje que nos primeiros dois dias de combates com o grupo palestiniano foram mortas mais de 600 pessoas, mais de 2.000 ficaram feridas e mais de 100 foram feitas prisioneiras no ataque lançado a partir da Faixa de Gaza, enquanto subiu para 370 o número de mortos em Gaza.

O PAM "está profundamente preocupado com a rápida deterioração da situação em Israel e no Estado da Palestina e com o impacto deste conflito nas populações afetadas", declarou a organização, em comunicado.

"À medida que o conflito se intensifica, os civis, incluindo as crianças e as famílias vulneráveis, enfrentam dificuldades crescentes no acesso ao abastecimento alimentar essencial, com as redes de distribuição de alimentos interrompidas e a produção de alimentos gravemente prejudicada pelas hostilidades", alertou ainda o PAM.

O PAM garantiu que está preparado para "responder rapidamente com reservas alimentares para as pessoas deslocadas ou em abrigos, quando a situação o permitir, e para retomar a sua assistência alimentar regular e as transferências de dinheiro para as pessoas vulneráveis".

Embora saliente que a maioria das lojas nas zonas afetadas da Palestina "tem atualmente um mês de reservas alimentares, estas correm o risco de se esgotar rapidamente, uma vez que as pessoas fazem compras de alimentos com medo de um conflito prolongado".

Por outro lado, o PAM assinala que "os frequentes cortes de eletricidade acarretam a ameaça de deterioração dos alimentos".

A organização diz que tem acompanhado de perto a disponibilidade e os preços dos alimentos e outros produtos numa rede de 300 lojas locais e que está a trabalhar em estreita colaboração com as padarias da região para fornecer pão fresco e apoiar a economia da zona.

O PAM, que serve cerca de 350 mil palestinianos por mês e assiste quase um milhão juntamente com outros parceiros humanitários, sublinha que a presente guerra se seguiu a "um corte devastador na assistência a 60% dos beneficiários da ajuda alimentar do PAM desde junho de 2023, devido à escassez de financiamento, que deixou apenas 150 mil pessoas a receber rações reduzidas".

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

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por Lusa

Irão "apoia a legítima defesa da nação palestiniana"

Presidência do Irão- WANA via Reuters

O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, declarou hoje que o "Irão apoia a defesa legítima da nação palestiniana" e apelou aos "governos muçulmanos" para também afirmarem o seu apoio na sequência do ataque lançado pelo Hamas.

O líder iraniano fez esta declaração depois de falar separadamente ao telefone com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas, Ismail Haniyeh, e da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, que acolheu separadamente em junho, em Teerão.

O Irão mantém relações estreitas com os dois movimentos palestinianos e foi um dos primeiros países a saudar a ofensiva do Hamas lançada no sábado.

"O Irão apoia a autodefesa da nação palestiniana. O regime sionista e os seus apoiantes [...] devem ser responsabilizados neste caso", disse o Presidente Raïssi na sua mensagem dirigida "à nação palestiniana".

"Os governos muçulmanos deveriam juntar-se à comunidade muçulmana no apoio à nação palestina", acrescentou.

O governante concluiu a sua mensagem saudando o Hamas e a Jihad Islâmica pelo nome: "Saudações à resistência da Palestina, do Líbano e da Síria, ao Iraque, ao Afeganistão e ao Iémen, saudações à heroica e resistente Gaza, saudações ao Hamas e à Jihad e a todos os grupos de resistência."

Israel e a Faixa de Gaza estão em guerra após uma ofensiva militar realizada na manhã de sábado pelo Hamas, que disparou milhares de foguetes, infiltrou combatentes em território israelita e capturou israelitas, mantidos ainda como reféns.

Mais de 600 pessoas foram mortas do lado israelita e cerca de de 370 do lado palestiniano, segundo relatórios provisórios de fontes dos dois territórios.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohammad Bagheri, elogiou hoje a "complexa operação" lançada por "grupos de combatentes palestinianos".

É o "produto da ira sagrada que o inimigo sionista plantou na nação palestiniana oprimida e que deve agora colher", acrescentou em comunicado.

Por seu lado, Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo iraniano Ali Khamenei, previu que esta "operação vitoriosa" irá "acelerar a queda do regime sionista".

Um alto funcionário americano indicou no sábado que era "muito cedo para dizer" se o Irão estava diretamente envolvido na ofensiva lançada pelo Hamas. No entanto, acrescentou que "não há dúvidas" sobre o facto de o Hamas ser "financiado, equipado e armado", entre outros, pelo regime de Teerão.

Na noite de sábado, manifestantes reuniram-se na Praça Felestin (Palestina), em Teerão, agitando a bandeira palestiniana. "A grande libertação começou", proclamava em árabe uma enorme faixa exposta na fachada de um edifício.

Numa outra praça da capital iraniana, outro painel gigante foi instalado, mostrando o xadrez preto e branco do `keffiyeh` (lenço) palestiniano cobrindo a bandeira israelita branca e azul, com a inscrição "Inundação de Al-Aqsa", nome da operação do Hamas.

A República Islâmica do Irão não reconhece o estado israelita e o apoio à causa palestiniana tem sido uma constante na sua política externa desde a revolução de 1979.

Em resposta ao ataque surpresa do Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia --, as autoridades israelitas bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizaram como "Espadas de Ferro".

A troca de tiros prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano.

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Britânicos "inequivocamente" com Israel
por RTP

Saiu nova manifestação de solidariedade de Downing Street com destino ao gabinete de Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro britânico, lê-se em comunicado de Londres, "reafirmou que o Reino Unido vai estar com Israel inequivocamente contra estes atos de terror".

"O primeiro-ministro sublinhou o trabalho diplomático que o Reino Unido está a fazer para garantir que o mundo fala a uma só voz em oposição a estes ataques chocantes. O primeiro-ministro Netanyahu agradeceu o apoio do Reino Unido".
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Bandeiras a meia-haste em Washington
por RTP

O gesto de solidariedade vai vigorar durante 24 horas no Capitólio

A medida foi decidida pelas lideranças da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos. Entretanto, o presidente norte-americano, Joe Biden, decretou um "apoio suplementar" a Israel.
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por Lusa

Mais de 20 mil palestinianos refugiados em escolas na Faixa de Gaza

Haitham Imad - EPA

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 20 mil palestinianos estejam refugiados nas suas 44 escolas na Faixa de Gaza, para se protegerem do contra-ataque das forças israelitas em resposta à investida do Hamas.

Segundo a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), "há pelo menos 20.363 pessoas deslocadas que procuraram refúgio" em todas as zonas da Faixa de Gaza, "exceto Khan Younis".

Das 44 escolas existentes, "28 são consideradas abrigos de emergência e 16 não são", precisa a organização, na sua página oficial.

A UNRWA relata ainda que três das escolas já foram atingidas por ataques israelitas.

"A noite foi muito dura. Sem eletricidade e com fortes e constantes bombardeamentos", relata a agência, citada pela Europa Press, lançando "um apelo urgente a todas as partes para que respeitem as suas obrigações jurídicas no quadro do direito internacional humanitário".

O grupo islâmico Hamas desencadeou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou, a partir do ar, várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

     Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

Na sequência desta nova escalada de violência num conflito que dura há dezenas de anos, a UNRWA teve de proceder ao encerramento de 22 centros de saúde na Faixa de Gaza e de suspender a atividade dos 14 centros de distribuição alimentar que se gere "até novo aviso".

"Um total de 112.759 famílias (541.640 pessoas) está por receber assistência alimentar", concretiza a agência, recordando que a situação humanitária em Gaza já estava no limite, em resultado da ocupação militar e do bloqueio de Israel ao território.

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100 civis e militares sequestrados
por RTP

O Governo israelita confirma que há pelo menos uma centena de reféns de militantes palestinianos

"Os números continuam a aumentar, amplificando assim a nossa tristeza. As nossas orações estão com todas as famílias daqueles que foram sequestrados, assassinados e feridos pelo Hamas", afirma o Governo israelita em comunicado divulgado nas redes sociais.Há também notícia de prováveis reféns de nacionalidade alemã, norte-americana e mexicana, além de nepaleses dados como desaparecidos.


O Executivo de Benjamin Netanyahu, adianta no mesmo texto, citado pela Europa Press, que desde o início da ofensiva do Hamas morreram já mais de 600 pessoas e outras duas mil ficaram feridas.

O número de mortes causadas pelos bombardeamentos israelitas em Gaza ascende a 370, de acordo com o Ministério palestiniano da Saúde palestiniano, que calcula ainda o número de feridos em 2.200.

As tropas israelitas continuam a enfrentar militantes palestinianos infiltrados em diferentes comunidades israelitas próximas da fronteira de Gaza. Outras 24 localidades da região começaram a ser evacuadas.
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"Também estamos a olhar para o norte"
por RTP

Forças de Defesa de Israel fazem breve ponto de situação

"Vamos fazer o que for preciso para proteger o nosso povo e restaurar a segurança", reiterou o porta-voz militar israelita Daniel Hagari, para acrescentar que as atenções do exército estão também orientadas para o norte do país.

As Forças de Defesa de Israel acreditam que, em Gaza, os militantes do Hamas estejam refugiados entre civis em escolas e hospitais.
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Momento-Chave
Zelensky fala com Netanyahu
por RTP

O presidente ucraniano reafirmou "a solidariedade para com Israel"

Na rede social X, Volodymyr Zelensky adiantou ter manifestado ao primeiro-ministro israelita "a solidariedade da Ucrânia" para com o Estado hebraico, face a um "ataque em larga escala". Exprimiu também "condolências pelas múltiplas vítimas".


"O primeiro-ministro informou-me sobre a situação e as ações das Forças de Defesa de Israel e forças de segurança para repelir o ataque", acrescentou o presidente ucraniano.

Os contactos mantidos este domingo pelo chefe do Governo israelita incluíram o chanceler alemão, Olaf Scholz, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

Segundo Netanyahu, todos os líderes terão expressado apoio a Israel e ao direto do país a defender-se.
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por RTP

Scholz classifica ataque do Hamas como "bárbaro"

Foto: Hannibal Hanschke - EPA

O chanceler alemão condena aquilo que classifica como ataque bárbaro. Olaf Scholz diz que Israel tem todo o direito a defender-se por todos os meios e que conta com o apoio absoluto do Estado Alemão.

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Momento-Chave
Erdogan vincula paz à solução de dois Estados
por RTP

O presidente turco afirma estar determinado a envidar todos os esforços diplomáticos para acalmar a situação entre israelitas e palestinianos

Recep Tayyip Erdogan enfatiza, contudo, que a única forma de atingir a paz regional é garantir uma solução de dois Estados. Numa intervenção a partir de Istambul, o presidente turco insiste na fórmula de um Estado palestiniano independente com Jerusalém como capital.
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por RTP

Biden volta a falar com Netanyahu

O gabinete do primeiro-ministro israelita revela que Benjamin Netanyahu manteve novo contacto telefónico com o presidente dos Estados Unidos. Joe Biden "reiterou o seu apoio inabalável ao Estado de Israel".
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por RTP

Ruas de Gaza destruídas pela retaliação de Israel

Mohammed Salem - Reuters

Uma cidadã palestiniana caminha pelas ruas repletas de destroços, perto da Torre Watan, que foi destruída durante os ataques aéreos israelitas à cidade de Gaza, no sábado, após a ofensiva do movimento Hamas.

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Momento-Chave
370 mortos e 2.200 feridos na Faixa de Gaza
por RTP

O balanço acaba de ser atualizado pelas autoridades de saúde do território administrado pelo Hamas

O conflito que se reacendeu no sábado já provocou perto de mil mortos e mais de 4.200 feridos em ambos os lados.

Em Israel estão confirmadas pelo menos 600 vítimas mortais e 2.048 feridos.

O número exato de israelitas reféns das milícias palestinianas, após a vaga de raptos que foi conduzida a par da incursão do Hamas, continua por apurar. As forças de segurança israelitas apresentaram no sábado números entre 50 e 100. Contudo, um porta-voz das milícias palestinianas avançou que o número real é "muito mais elevado".
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Berlim revê programas de assistência aos palestinianos
por RTP

A ministra alemã do Desenvolvimento, Svenja Schulze, afirma que "os ataques a Israel marcam uma fratura terrível"

O Governo alemão adianta estar a rever a atribuição de centenas de milhões de euros a programas de ajuda destinados aos palestinianos, na sequência da ofensiva desencadeada pelo movimento radical Hamas.

"Vamos rever todo o nosso compromisso para com os territórios palestinianos", advertiu Svenja Schulze, ministra alemã do Desenvolvimento, sublinhando ainda que Berlim quer certificar-se de que as suas verbas de apoio têm fins exclusivamente humanitários.

Alguns deputados alemães têm vindo a exigir, desde sábado, a suspensão completa e imediata da ajuda aos territórios palestinianos.
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"Onde quer que vamos, vemos morte"
por RTP

Relato de um médico palestiniano ouvido pela BBC

Em declarações à estação pública britânica, Khamis Elessi, especialista em neuro-reabilitação e medicina da dor a trabalhar em Gaza, descreveu um cenário de devastação: "Onde quer que vamos, vemos funerais, vemos morte. É como ver um filme sobre o fim da vida nesta Terra".
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Momento-Chave
Manifestação pró-Hamas em Beirute
por RTP

Os manifestantes empunharam bandeiras palestinianas e do Hezbollah xiita libanês

As estruturas armadas do Hezbollah lançaram, na manhã deste domingo, ataques de artilharia e mísseis contra posições israelitas, "em solidariedade com o povo palestiniano". Israel respondeu com disparos de artilharia.

O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, ordenou o início dos preparativos para a evacuação de comunidades próximas da fronteira com o Líbano.
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Momento-Chave
Mais de 600 mortos em Israel
por RTP

Os balanços de vítimas da ofensiva do Hamas e da retaliação israelita estão em atualização constante

Mais de 600 pessoas morreram em território israelita na sequência da ofensiva das milícias do Hamas a partir de Gaza, indicam fontes médicas do Estado hebraico citadas pelos meios de comunicação social locais.

Do lado palestiniano, o número oficial de vítimas mortais em Gaza é de 313. O exército israelita afirma, todavia, ter abatido 400 "terroristas" naquele território governado pelo Hamas e centenas de outros em Israel.
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por Lusa

Presidente iraniano falou com os líderes do Hamas e da Jihad Islâmica

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, manteve hoje conversações telefónicas separadas com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas e Jihad Islâmica, um dia após o Hamas ter lançado uma grande ofensiva contra Israel, segundo a agência noticiosa oficial Irna.

"O Presidente Raissi falou ao telefone com o secretário-geral da Jihad, Ziad al-Nakhala, sobre a evolução da situação na Palestina", e depois com "o chefe do gabinete político do movimento de Resistência Islâmica Hamas, Ismail Haniyeh", indicou a Irna.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.

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Israel oficializa estado de guerra
por RTP

O Conselho de Segurança israelita, encabeçado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ativou oficialmente o estado de guerra

O estado de guerra permite às Forças de Defesa de Israel implementar "atividades militares significativas" na retaliação contra a ofensiva do movimento palestiniano Hamas.

O "falcão" Benjamin Netanyahu havia já declarado que o Estado hebraico estava em guerra, nos primeiros instantes após os ataques do Hamas. Mas a decisão oficial é imposta pela Lei Básica de Israel. 

A decisão foi adotada numa reunião entre o chefe do Governo e os líderes da segurança israelita, nomeadamente o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o Chefe do Estado-Maior General, general Herzi Halevi. 

O primeiro-ministro israelita anteviu no sábado uma "guerra longa e difícil", que prosseguirá "sem tréguas até que os objetivos sejam alcançados".
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Momento-Chave
Ataques aéreos sobre Gaza sucedem-se
por RTP

Os bombardeamentos de retaliação da aviação israelita prosseguem este domingo sem sinais de tréguas

No X, antigo Twitter, as Forças de Defesa de Israel adiantam ter atingido "alvos terroristas do Hamas em Gaza" nas últimas horas. "Vamos continuar a proteger os civis israelitas", acrescentam.


De acordo com os serviços hospitalares palestinianos em Gaza, pelo menos 313 pessoas morreram neste território em consequência dos bombardeamentos aéreos de Israel. O número de feridos aproxima-se dos dois milhares.
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Momento-Chave
"Dezenas de corpos" em local de festival no Negev
por RTP

Houve uma fuga em massa de participantes no momento da ofensiva do movimento palestiniano Hamas

Familiares dos desaparecidos israelitas estão a deixar vários apelos nas redes sociais para que se apure o local onde se encontram. Há também cidadãos estrangeiros entre os desaparecidos.
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Momento-Chave
por Lusa

Governo palestiniano pede ao Ocidente que não esqueça vítimas da contraofensiva

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano lamentou hoje que as reações ocidentais à ofensiva do Hamas contra Israel sejam uma distorção da realidade ao "ignorar o número de vítimas" palestinianas e "a destruição" causada pelo contra-ataque israelita.

As autoridades palestinianas recordaram que, até agora, 313 pessoas foram mortas e quase 2.000 feridas nas operações israelitas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

"Um grande número dos quais eram civis indefesos e aqui o ministério pergunta: onde estão as respostas da comunidade internacional a isto?", referiu, em comunicado.

A tutela lamentou particularmente a constante reivindicação dos aliados do Estado judeu ao direito de Israel à autodefesa, por entender que se trata de uma "autorização internacional" para que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, cometa massacres, o que "converteria a comunidade internacional em cúmplice" destes crimes.

As autoridades palestinianas criticaram outras medidas de "punição coletiva", como a decisão tomada no sábado por Israel de cortar o fornecimento de eletricidade a Gaza "com o objetivo de matar de fome a população".

Por último, o Governo palestiniano chama a atenção para a situação na Cisjordânia, que está atualmente sob numerosos bloqueios israelitas: "Os postos de controlo estão a desarticular a área, impedindo a circulação de cidadãos e dando liberdade aos colonos israelitas para cometerem mais crimes", descreveu.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Segundo os balanços mais recentes, pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.

Benjamin Netanyahu declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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por Lusa

Telavive pede ao Egito que interceda para libertar israelitas raptados pelo Hamas

Israel pediu ao Egito, principal mediador entre os palestinianos e o Estado judeu, ajuda nas negociações para a libertação dos israelitas raptados, como uma das condições para pôr fim ao conflito, disseram hoje à EFE fontes de segurança.

O Egito está em contacto desde sábado à noite com as partes israelita e palestiniana, bem como com os mediadores em Washington, Amã, Abu Dhabi e Riade, para parar a atual escalada, regressar à mesa de negociações e ouvir as condições de ambas as partes, segundo as fontes ouvidas pela agência Efe, que pediram anonimato.

As principais condições são "parar os ataques palestinianos e entregar todos os israelitas sequestrados e os corpos dos israelitas detidos pelo Hamas", segundo as fontes, que confirmam as informações relatadas pelo Wall Street Journal.

Observaram também que o grupo xiita libanês Hezbollah informou o Egito que iria lançar um ataque contra o território israelita, o que aconteceu hoje de manhã.

Esta ação fez com que o exército israelita bombardeasse o sul do Líbano, ferindo duas crianças.

O Exército israelita confirmou que alguns dos corpos de soldados e civis israelitas foram raptados em Gaza por militantes, enquanto um número desconhecido de reféns foi libertado em áreas que foram tomadas por islamitas em Israel.

Depois do ataque surpresa do Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia - na manhã de sábado, a troca de tiros prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos no Hamas no enclave palestiniano.

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por RTP

Conflito israelo-palestiniano. Polícia de Londres reforça vigilância

A correspondente da RTP em Londres, Rosário Salgueiro, deslocou-se a Hackney, a região da capital britânica onde vivem quase 150 mil judeus.

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Momento-Chave
por RTP

RTP em Israel. Número de reféns do Hamas ainda por apurar

O enviado especial da RTP a Telavive, José Manuel Rosendo, deu conta dos últimos dados sobre o número de vítimas da ofensiva do Hamas e as movimentações das forças do Estado hebraico.

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Momento-Chave
por RTP

Israel em guerra. Oitenta portugueses contactaram Gabinete Consular

Oitenta cidadãos portugueses, entre turistas e residentes, já contactaram o Gabinete de Emergência consular para assinalarem presença ou para saírem de Israel.

O problema, nesta altura é o cancelamento das ligações aéreas. No caso da TAP, este domingo e na segunda-feira não há voos de e para Israel.

A RTP falou com David Nora, um estudante português que está a fazer o doutoramento na Universidade de Jerusalém e que quer regressar.

Números do Gabinete de Emergência Consular: 351 21 792 97 14; 351 96 170 64 72.
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por RTP

Sucedem-se as declarações de condenação do ataque a Israel

Por todo o mundo, os líderes internacionais condenam o ataque a Israel.
O papa Francisco apela ao fim do conflito e lamenta que o terrorismo provoque sofrimento e morte a pessoas inocentes.

Os Estados Unidos manifestam disponibilidade para garantir apoio aos israelitas.
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Número de mortos em Israel atinge o meio milhar
por RTP

É este o último balanço do Estado hebraico, que está a ser avançado pelos órgãos de comunicação social israelitas

A contagem está em permanente revisão desde a manhã de sábado, quando o Hamas desencadeou a sua ofensiva, a partir da Faixa de Gaza, contra Israel.
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por RTP

Papa apela ao fim da violência entre Israel e Palestina

Foto: Vincenzo Livieri - EPA

O papa Francisco apelou ao fim da violência em Israel e na Faixa de Gaza, afirmando que o terrorismo e a guerra não resolvem nenhum problema e apenas trazem mais sofrimento e morte a pessoas inocentes.

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por Lusa

Borrell participa em reunião do Conselho de Cooperação do Golfo

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, participará em Mascate, capital de Omã, na reunião dos ministros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), após o ataque do Hamas contra Israel.

"Temos muitos desafios comuns que exigem uma cooperação estreita, incluindo as trágicas consequências do ataque do Hamas contra Israel. Precisamos de continuar a trabalhar juntos pela paz", disse Borrell através da sua conta X (anterior Twitter), sobre a sua participação no encontro, que tem início na segunda-feira em Omã.

O Conselho de Cooperação do Golfo é uma organização regional composta por Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, países que, já há algum tempo, têm feito maiores ou menores esforços de aproximação a Israel ou mesmo de normalização das relações, como o Bahrein ou o Kuwait, por exemplo.

Forças ligadas ao Hamas, como o movimento libanês Hezbollah, interpretaram a grande ofensiva palestiniana de sábado como um alerta para países como a Arábia Saudita - que está em processo de reaproximação a Israel através dos EUA -, rejeitarem quaisquer laços com o Governo israelita e abracem plenamente a causa palestiniana.

Outros países, como o Qatar, responsabilizaram mesmo diretamente o Estado judeu por uma escalada de violência, como a registada nos últimos meses na Cisjordânia, que finalmente levou ao ataque de sábado.

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Turistas israelitas abatidos no Egito
por RTP

Dois cidadãos israelitas foram mortalmente baleados em Alexandria, juntamente com o guia turístico que os acompanhava

"Esta manhã, durante uma visita turística de um grupo de israelitas em Alexandria, no Egito, um local disparou sobre estes, o que resultou no assassínio de dois cidadãos israelitas e de um guia egípcio", indicou o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros. Um dos turistas do grupo sofreu ferimentos ligeiros.
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Israel e Gaza atualizam balanços
por RTP

Desde o início da ofensiva do Hamas, desencadeada na manhã de sábado, morreram 350 israelitas e 313 palestinianos

O número de vítimas mortais israelitas é de 350. Há ainda registo de pelo menos 2.048 feridos. Destes, 20 estão em situação crítica e 330 apresentam ferimentos graves.

Na Faixa de Gaza, segundo o Ministério palestiniano da Saúde, morreram 313 pessoas e outras 1.990 ficaram feridas.
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Momento-Chave
por RTP

Israel. Português diz que ataque de sábado foi o pior que já viu

Foto: Atef Safadi - EPA

O Ministério dos Negócios Estrangeiros avança que não há portugueses diretamente afetados pelo ataque. Há quem tenha assistido à ofensiva do Hamas.

Um português, que vive há dois anos em Jerusalém, revelou à RTP que, para além de inesperado, foi o pior ataque que viu.

Números do Gabinete de Emergência Consular: +351 21 792 97 14; +351 96 170 64 72.
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Momento-Chave
por RTP

Exército israelita tem 24 horas para retirar todos os residentes da Faixa de Gaza

O porta-voz das Forças da Defesa de Israel disse este domingo que os soldados têm 24 horas para retirar todos os residentes das áreas israelitas em torno da Faixa de Gaza, onde “estão em curso batalhas heroicas para libertar os reféns”.

“A nossa missão nas próximas 24 horas é retirar todos os residentes de Gaza”, disse o general Daniel Hagari numa conferência de imprensa.

“Dezenas de milhares de tropas de combate” estão posicionadas nesta área “e chegaremos a todos os setores, um por um, até matarmos todos os terroristas presentes em Israel”, assegurou.
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por RTP

Jornalista brasileiro diz que o "sistema de inteligência israelita falhou"

Foto: Atef Safadi - EPA

Um jornalista brasileiro, que vive em Israel, diz que o país demorou a responder aos ataques do Hamas. Marcos Susskind revela ainda que a entrada de infiltrados no território mostra que o Estado e o Exército israelita falharam.

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por Lusa

China diz estar "profundamente preocupada" com escalada de violência

A China disse hoje estar "profundamente preocupada" com os confrontos entre Israel e palestinianos, que já causaram mais de cinco centenas de mortos, e pediu "contenção" a todas as partes.

"A China está profundamente preocupada com a atual escalada de tensão e violência entre a Palestina e Israel e apela a todas as partes envolvidas para que se mantenham calmas e exerçam contenção, cessem imediatamente o fogo, protejam os civis e evitem uma maior deterioração da situação", afirmou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O Governo da Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo, pediu hoje também a "cessação imediata da violência", desencadeada pela ofensiva do Hamas.

"A Indonésia está profundamente preocupada com a escalada do conflito israelo-palestiniano. A Indonésia apela ao fim imediato da violência para evitar mais vítimas humanas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter).

Jacarta, que apoia publicamente a causa palestiniana e mantém relações complicadas com Israel, apontou "a ocupação" dos territórios palestinianos por Telavive como a origem do atual conflito.

"A raiz do conflito, nomeadamente a ocupação dos territórios palestinianos por Israel, deve ser resolvida de acordo com os parâmetros acordados pela ONU", sublinhou o departamento governamental na nota.

Mais de 300 cidadãos israelitas morreram na ofensiva do Hamas, enquanto cerca de 1.600 ficaram feridos, de acordo com meios de comunicação social israelitas, que citam fontes médicas.

Do lado palestiniano, morreram pelo menos 232 pessoas e 1.700 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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por Lusa

Indonésia pede "cessação imediata da violência"

O Governo da Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo, pediu hoje a "cessação imediata da violência" entre Israel e Palestina, desencadeada pela ofensiva do Hamas.

"A Indonésia está profundamente preocupada com a escalada do conflito israelo-palestiniano. A Indonésia apela ao fim imediato da violência para evitar mais vítimas humanas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter).

Jacarta, que apoia publicamente a causa palestiniana e mantém relações complicadas com Israel, apontou "a ocupação" dos territórios palestinianos por Telavive como a origem do atual conflito.

"A raiz do conflito, nomeadamente a ocupação dos territórios palestinianos por Israel, deve ser resolvida de acordo com os parâmetros acordados pela ONU", sublinhou o departamento governamental na nota.

Mais de 300 cidadãos israelitas morreram na ofensiva do Hamas, enquanto cerca de 1.600 ficaram feridos, de acordo com meios de comunicação social israelitas, que citam fontes médicas.

Do lado palestiniano, morreram pelo menos 232 pessoas e 1.700 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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por Lusa

Exército israelita lança ataque contra casa de chefe dos serviços secretos do Hamas

O Exército israelita lançou um ataque aéreo contra a residência, na Faixa de Gaza, do chefe dos serviços secretos do Hamas, no âmbito dos bombardeamentos de retaliação, após o ataque de sábado do movimento islâmico.

Nas últimas horas, Israel tem tido como alvos altos cargos da organização, que empreendeu um ataque sem precedentes contra Israel.

"Os aviões de combate atacaram uma infraestrutura militar localizada na residência do chefe do departamento de inteligência da organização terrorista Hamas", informou o Exército israelita nas redes sociais, sem acrescentar mais informações.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram também ataques noturnos contra 10 infraestruturas operacionais, duas sucursais bancárias e um armazém de armas.

Algumas horas antes, as FDI haviam explicado que, "depois da avaliação da situação, foi decidido emitir uma ordem de encerramento de uma zona militar na região da Divisão de Gaza", acrescentando que "entrar na zona está estritamente proibido" e pedem à população para estar atento e não entrar nos lugares.

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por RTP

Número de mortos em Gaza sobe para 313

Pelo menos 313 palestinianos foram mortos, incluindo 20 crianças, e quase dois mil ficaram feridos na consequência dos ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza desde sábado, informou este domingo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana. 

Sete pessoas também foram mortas pelo fogo do exército israelita na Cisjordânia, incluindo uma criança, acrescentou.
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por Lusa

Londres reforça presença policial nas ruas após celebrações de ofensiva do Hamas

Londres reforçou a presença da polícia nas ruas depois de terem surgido vídeos com pessoas a celebrar o ataque a Israel, o que, de acordo com o Governo britânico, "glorifica as atividades terroristas do Hamas".

O ministro da Imigração, Robert Jenrick, instou a Polícia Metropolitana de Londres a intervir, partilhando um vídeo publicado nas redes sociais, no sábado à noite, pela apresentadora de televisão britânica Rachel Riley, na sequência da ofensiva do Hamas.

"Acabo de me cruzar com dois carros na zona oeste de Londres que circulam com bandeiras palestinianas em todas as janelas, saltando para cima e para baixo nos seus carros, aparentemente celebrando como se estivessem em festa", lê-se na publicação partilhada pela apresentadora na rede social X (antigo Twitter).

"Não se enganem, este é um momento perigoso e assustador para todos os judeus do mundo", acrescentou.

Pouco depois, Riley publicou um novo vídeo com pessoas a segurarem bandeiras palestinianas, a buzinarem e a aplaudirem, com a descrição: "As pessoas foram brutalmente assassinadas, raptadas e há pessoas em Londres a dançar", disse.

A polícia londrina (também conhecida como Scotland Yard) garantiu que está "ciente de uma série de incidentes, incluindo os partilhados nas redes sociais, relacionados com o conflito em curso em Israel e na fronteira com Gaza", e que "aumentou as patrulhas policiais em algumas partes de Londres".

A polícia disse ainda que "o conflito em curso pode levar a protestos nos próximos dias", garantindo que vai assegurar "um plano policial adequado para equilibrar o direito ao protesto com qualquer perturbação para os londrinos".

Um grupo chamado Palestine Solidarity Campaign (Campanha de Solidariedade com a Palestina, numa tradução livre para português) apelou à participação numa manifestação de "emergência", na segunda-feira, à frente à embaixada israelita.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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Momento-Chave
por RTP

Defesa de Israel confirma existência de civis entre os reféns

O porta-voz das Forças da Defesa de Israel confirma a existência de civis entre os reféns.
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Momento-Chave
por RTP

Israel em guerra. Netanyahu promete não poupar o Hamas

Foto: Menahem Kahana - Reuters

O primeiro-ministro de Israel diz que o país está em guerra e não vai poupar o Hamas. Benjamin Netanyahu diz ainda que os militantes palestinianos vão ser responsabilizados pelos civis que foram raptados e feitos reféns.

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Momento-Chave
8h00
por RTP

Ponto de situação

  • O conflito do Médio Oriente está a escalar, com o Líbano e Israel a trocarem disparos. O partido-milícia libanês Hezbollah disparou este domingo dezenas de rockets contra três posições israelitas numa área disputada ao longo da fronteira do país com os Montes Golã, ocupados por Israel na Síria. O Hezbollah declarou em comunicado que o ataque, com "um grande número de foguetes e obuses", foi “em solidariedade com a resistência palestiniana".
  • Por sua vez, as forças israelitas responderam com ataques de artilharia no sul do Líbano e um ataque de drones a um posto do Hezbollah perto da fronteira, disseram os militares.
  • Os confrontos provocados pelo Hamas em Israel já fizeram mais de 500 mortos dos dois lados do conflito. Do lado de Israel, contam-se mais de 300 mortos e mais de 1.800 feridos, 19 em estado muito grave. Na Palestina, na Faixa de Gaza, é dada a informação de 256 vítimas mortais, entre elas 20 crianças e mais de 1.700 feridos.
  • O Governo de Israel ordenou ataques aéreos a mais de 400 alvos do Hamas, incluindo dez torres. Há ainda notícia de diversos confrontos no terreno entre o exército israelita e militantes palestinianos.
  • Telavive e regiões próximas voltaram a ser alvo de ataques de rockets durante a última noite.
  • O Hamas garante ter capturado dezena de israelitas, militares e civis. Há relatos de militantes que entraram em casas residenciais para capturar israelitas, incluindo menores.
  • As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter recuperado o controlo de 22 regiões no sul do país que foram invadidas por militantes do Hamas. No entanto, afirmam que estão em confronto com o Hamas em oito localidades, principalmente para confirmar “limpeza de terroristas dentro dessas comunidades”.

Está é a ofensiva mais mortífera na região dos últimos 50 anos e ameaça minar os esforços para um eventual processo de paz liderado pelos Estados Unidos.
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