Israel estima 1.500 membros do Hezbollah mortos em ataques no Líbano

por Lusa

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-coronel Herzi Halevi, disse hoje que "estimativas conservadoras" sugerem que pelo menos 1.500 membros da milícia xiita Hezbollah foram mortos em ataques do exército israelita no Líbano.

"Acho que há mais e não sabemos", disse Halevi numa reunião com soldados da brigada Golani, destacados no sul do Líbano. 

O chefe militar israelita também elogiou os "resultados muito importantes" obtidos pelo exército israelita na sua ofensiva contra as milícias islamitas.

Halevi garantiu que as FDI estão totalmente empenhadas no objetivo de atacar o Hezbollah "da forma mais dura possível" e sublinhou que, no último mês, conseguiram desmantelar o grupo com a morte do líder, Hassan Nasrallah, e de vários dos seus possíveis sucessores.

"Eliminámos todo o nível superior de comando, vocês [soldados] estão a eliminar todo o nível local de comando [no sul do Líbano]", disse Halevi, que repetiu um argumento apresentado pelo Governo israelita, que afirma que o Hezbollah está a tentar esconder as enormes baixas sofridas em pouco mais de um mês.

Por fim, Halevi afirmou que o regime iraniano, principal apoiante do Hezbollah, "é incapaz de compreender" o que se passa no Líbano.

"Tentamos fazer com que todos os dias haja uma surpresa", referiu Halevi.

As autoridades libanesas confirmaram que mais de 2.400 pessoas morreram e cerca de 11.300 ficaram feridas em ataques israelitas no último ano, especialmente no último mês, quando as FDI intensificaram os bombardeamentos no país e lançaram mesmo uma incursão terrestre no sul.

As hostilidades entre Israel e o Hezbollah recrudesceram há pouco mais de um ano, quando a milícia islamita disparou projéteis contra território israelita depois de o Hamas ter atacado Israel, deixando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, o que provocou uma resposta israelita que causou mais de 42.300 mortos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados "fiáveis" pelas Nações Unidas.

O exército israelita intensificou a ofensiva contra o Hezbollah em meados de setembro, com "bombardeamentos seletivos" de posições do movimento no sul do Líbano e mesmo em bairros de Beirute. 

Estes ataques conseguiram desmantelar o grupo islamita com a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, e de alguns dos seus possíveis sucessores.

O elevado número de feridos deve-se à explosão coordenada, no início de setembro, de milhares de aparelhos de comunicação - "pagers" e "walkie-talkies" - de membros do Hezbollah, que responsabilizou Israel.

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