Israel em estado de guerra. A evolução do conflito no Médio Oriente ao minuto

por Inês Moreira Santos, Graça Andrade Ramos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

0%
Volume
00:00
Qualidade

Emissão da RTP3


Amir Cohen - Reuters

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por RTP

Ponto de situação

  • O parlamento de Israel aprovou, na quinta-feira, um Governo de emergência para gerir o país durante o conflito com o movimento islamita Hamas, com a inclusão de cinco deputados da oposição, liderados por Benny Gantz, no executivo de Benjamin Netanyahu. O gabinete de gestão da guerra será composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por Benny Gantz e pelo atual ministro da Defesa, Yoav Gallant.
  • O Reino Unido anunciou que vai enviar dois navios para o Mediterrâneo Oriental, iniciar voos de vigilância sobre Israel e "reforçar a segurança regional". Em comunicado, o Governo britânico afirmou que, a partir de sexta-feira, patrulhas marítimas e aviões de vigilância vão começar a operar na região para tentar detetar ameaças como "a transferência de armas para grupos terroristas".
  • Os ministros da Economia e governadores dos bancos centrais do G7 condenaram, na quinta-feira, inequivocamente os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel, manifestando a sua solidariedade para com a população israelita. Os responsáveis económicos dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido incluíram esta condenação numa declaração conjunta após reunião em Marraquexe, por ocasião da Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial.
  • O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, planeia visitar Israel na sexta-feira, em demonstração de apoio e de esforço para determinar que ajuda militar adicional é necessária na guerra com o Hamas. Prevê-se que Austin se reúna com o primeiro-ministro israelita e com o ministro da Defesa.
  • Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, visitam, esta sexta-feira, Israel para expressar a solidariedade da União Europeia com as vítimas dos ataques terroristas do grupo islamita Hamas.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, cujo país apoia o movimento islamita palestiniano Hamas, alertou que a abertura de uma "nova frente" contra Israel no Médio Oriente está condicionada às ações do Estado judeu na Faixa de Gaza. Teerão está no centro das atenções pelo apoio sem reservas ao Hamas e, embora apoie há muito o movimento islamita, os líderes iranianos afirmam não estar envolvidos no ataque surpresa que lançou no sábado contra Israel, inimigo da República Islâmica.
  • Entretanto, na Cisjordânia ocupada três palestinianos foram assassinados, dois homens por colonos judeus e uma mulher a tiro pelas forças israelitas, adiantaram fontes oficiais palestinianas, no sexto dia de guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas.
  • Há ainda informação de que dezenas de estrangeiros foram mortos, feitos reféns ou desapareceram desde o ataque de sábado do movimento islâmico Hamas contra Israel, que deixou mais de 1.300 israelitas mortos. Cerca de 250 das vítimas israelitas participavam numa festa no deserto, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, quando foram atacados.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Israelitas em alerta após Hamas convocar "Dia da Raiva" em todo o mundo

As autoridades de Israel instaram esta quinta-feira israelitas por todo o mundo a permanecerem vigilantes, depois do movimento islamita palestiniano Hamas ter convocado para hoje o "Dia da Raiva". 

O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelitas alertaram, numa declaração conjunta, que o Hamas "lançou um apelo a todos os seus apoiantes no mundo para realizarem um "Dia da Raiva" esta sexta-feira, incluindo um apelo para sair e prejudicar os israelitas e judeus".

"A partir disso, é provável que haja eventos de protesto em vários países ao redor do mundo, que podem evoluir para eventos violentos", destacaram estas autoridades, citadas pelo The Jerusalem Post.

Devido à ameaça, estas autoridades recomendaram que "todos os israelitas no estrangeiro se mantenham vigilantes, afastados de manifestações e, se necessário, se mantivessem atualizados com as forças de segurança locais sobre possíveis manifestações e motins".
PUB
Momento-Chave
por RTP

Mais de 420 mil pessoas obrigadas a fugir de Gaza

Desde o início deste conflito com Israel, mais de 423 mil pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na Faixa de Gaza, sitiada e bombardeada pelo exército israelita, segundo o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. 

O número de pessoas deslocadas neste território, densamente povoado de 2,3 milhões de habitantes, aumentou em 84.444 pessoas, atingindo 423.378.
PUB
por RTP

Lula pede criação de corredor humanitário a presidente israelita

O presidente brasileiro pediu, em conversa telefónica com o seu homólogo israelita, Isaac Herzog, a criação de um corredor humanitário "para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito".

"Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança", escreveu o Lula da Silva na rede social X.

Lula da Silva pediu ainda a Isaac Herzog que faça "todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais"

"Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra", frisou.

De acordo com um comunicado da Presidência brasileira, Lula da Sila agradeceu o apoio israelita nas operações para retirada de brasileiros que procuram sair da zona de conflito.
PUB
por RTP

Irão adverte que crimes contra palestinianos terão resposta

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, disse esta quinta-feira, ao chegar a Beirute, que a continuação dos crimes contra os palestinianos receberá uma resposta do "resto do eixo" e que a "organização sionista" irá ser responsável por isso.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, cujo país apoia o Hamas palestiniano, afirmou ainda que a abertura de uma "nova frente" contra Israel no Médio Oriente estaria condicionada às "ações" do Estado israelita na Faixa de Gaza.

“As autoridades de certos países perguntam-nos sobre a possibilidade de abrir uma nova frente [contra Israel] na região", declarou Hossein Amir-Abdollahian.

"A nossa resposta clara relativamente a estas possibilidades é que tudo depende das ações do regime sionista em Gaza", acrescentou. "Mesmo agora, os crimes de Israel continuam e ninguém na região nos pede permissão para abrir novas frentes".

PUB
Momento-Chave
por RTP

Hamas diz ser cedo para falar sobre a libertação de reféns

Segundo um membro do Hamas disse à agência EFE, "é muito cedo para falar" da libertação dos mais de 100 reféns que, segundo as estimativas, estão em poder do movimento islamita na Faixa de Gaza, uma vez que prosseguem intensos bombardeamentos israelitas.

"É muito cedo para falar sobre a questão dos prisioneiros sem antes parar a agressão" na Faixa de Gaza, disse Osama Abu Khaled, membro do gabinete dos membros do Hamas, que acrescentou que a organização está a "estabelecer contactos com todas as partes envolvidas para pôr fim à agressão".

O Hamas continua a apelar às organizações humanitárias para que "forneçam ajuda urgente e rápida", bem como combustível e outros bens básicos face ao bloqueio israelita à Faixa de Gaza, onde mais de 2,2 milhões de pessoas estão à beira de uma catástrofe humanitária.

Abu Khaled reiterou que o movimento islamita, que controla Gaza desde 2007 e que está em guerra com Israel há seis dias, rejeita a abertura de um corredor humanitário por "ter como objetivo forçar a deslocação" dos habitantes de Gaza.

"O povo palestiniano, com toda a sua força, homens, mulheres, crianças e idosos, prefere morrer a abandonar a sua terra e as suas casas. O que é necessário é que as organizações humanitárias sejam autorizadas a entrar", afirmou.


C/Lusa
PUB
por RTP

Japão e Canadá condenam os ataques "de terror" do Hamas

Os dois países manifestaram ainda ao mais alto nível a certeza de que Israel tem direito a defender-se.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou esta quinta-feira o direito de Israel à auto-defesa de acordo com a lei internacional, condenando ainda a tomada de reféns por parte do grupo palestiniano Hamas.

Trudeau não quis contudo comentar a proibição total de entrada ou saída imposta por Israel à Faixa de Gaza após os ataques do Hamas, que controla o enclave desde 2007.

O Japão, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Yoko Kamikawa, condenou expressamente os ataques do Hamas sábado passado. Ao telefone com o seu homólogo israelita, Eli Cohen, Kamikawa considerou que estes "ataques terroristas" não têm qualquer justificação e são por isso resolutamente condenados por Tóquio.

O responsável pela diplomacia japonesa garantiu ainda a Cohen que o país apoia o direito de Israel a defender-se e o seu povo, de acordo com a lei internacional.
PUB
Momento-Chave
por RTP

UE. Presidentes da Comissão e do Parlamento em Israel esta sexta-feira

Ursula von der Leyen e Roberta Metsola são esperadas em Israel esta sexta-feira, anunciou um comunicado conjunto da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu.

A visita irá exprimir a solidariedade da União Europeia com Israel, depois da ofensiva sangrenta do Hamas.

"As duas dirigentes irão exprimir a sua solidariedade com as vítimas dos ataques terroristas do Hamas e reunir-se com dirigentes israelitas", refere o comunicado conjunto, precisando que "o programa da visita será anunciado mais tarde".

Nos próximos dias são esperados em Israel diversos líderes e altos responsáveis diplomáticos. 

É o caso da ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, cuja visita está agendada para domingo. A França tem a maior comunidade judaica da Europa e a maior comunidade muçulmana da Europa ocidental e tem de gerantir que as tensões entre ambas as comunidades não venha a afetar a sua própria segurança.

O secretário da Defesa dos Estado Unidos da América irá visitar igualmente Israel esta sexta-feira 13, depois da Administração Biden ter garantido esta semana todo o apoio militar de que Israel possa vir a necessitar, sem restrições nem condições.

Ao mesmo tempo, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, que hoje visitou Israel e que discursou ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, irá até à Jordânia, para se reunir com o rei Abdallah II e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, seguindo ainda para o Qatar, para debater o futuro do Hamas.

No âmbito das movimentações das lideranças regionais, destaque para a visita do MNE da Turquia ao Egito, dias 13 e 14, e do seu homólogo iraniano, que esta quinta-feira se deslocou ao Iraque e é aguardado na Síria e na Jordânia.

Turkey's foreign minister to visit Egypt Oct 13-14 to discuss regional issues
PUB
por Lusa

PCP condena ataques do Hamas e considera que não servem "interesses do povo palestiniano"

O secretário-geral do PCP condenou hoje os ataques do Hamas contra Israel, salientando que não servem "os interesses do povo palestiniano", mas considerou haver uma "certa hipocrisia" quanto ao tratamento das ações israelitas na Faixa de Gaza.

Em declarações aos jornalistas na Amadora, onde participou numa sessão pública sobre o Orçamento do Estado para 2024, Paulo Raimundo foi questionado se o PCP condena os ataques do Hamas deste sábado.

"Isso não há nenhuma dúvida. Tudo aquilo que envolva operações que tenham como objetivo e destinatário populações civis, é sempre condenável, seja ela do Hamas, seja de quem for", respondeu o secretário-geral do PCP.

No entanto, Paulo Raimundo defendeu que há uma "certa hipocrisia no ar" sobre esta matéria, considerando que se olha para os ataques do Hamas no sábado de uma maneira e de outra para a situação que se vive na Faixa de Gaza, com "praticamente três milhões de pessoas completamente isoladas, sem acesso a água, a alimentação, a cuidados médicos".

"Uns atos são condenáveis, porque são atos de índole terrorista, e os outros são o quê? É justiça? É uma vingança? É o quê?", questionou.

Interrogado se o PCP considera o Hamas uma organização terrorista, Paulo Raimundo respondeu: "Basta olhar para a história, perceber quem ajudou a financiar, a criar, e qual foi o objetivo fundamental da sua criação - em particular, combater as forças democráticas na própria Palestina - para tirar as conclusões".

"Quem olhar para a história (...) perceberá que, se há coisa que não serve os interesses do povo palestiniano, é este conjunto de ações. E, portanto, nós condenamos essas ações, e em particular as vítimas civis, inocentes, que estão a ser, tal e qual como agora, as primeiras vítimas deste processo", reforçou.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.

Além de ter matado centenas de pessoas em Israel, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, território que controla desde 2006.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo islamita palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela UE.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Novo balanço aponta 1.537 mortos e 6.612 feridos na Faixa de Gaza

O ministro da Saúde do governo de Gaza actualizou o número de vítimas dos ataques israelitas no enclave. Desde sábado morreram 1.537 palestinianos, incluindo 500 crianças e 276 mulheres, e 6.612 ficaram feridos.

Imprensa ligada também ao Hamas anunciou que só um bombardeamento israelita sobre uma casa no campo de Jaballa no norte da Faixa de Gaza matou 25 palestinianos.
PUB
por RTP

Judeus ucranianos vêm paralelos entre ambos os conflitos

A comunidade judaica, que vive na Ucrânia, acompanha com preocupação a situação em Israel. O conflito no Médio Oriente tem implicações também na guerra ucraniana.

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade
Reportagem dos enviados especiais da RTP à Ucrânia.
PUB
por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Médicos Sem Fronteiras. Maioria das vítimas na Faixa de Gaza são mulheres e crianças

Os escombros de edifícios destruídos na sequência de ataques israelitas, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 11 de outubro Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

Centenas de mortos, milhares de feridos e reféns, hospitais sobrelotados. A situação em Gaza é catastrófica, com o aumento da intensidade da violência e dos bombardeamentos na região, bloqueada por Israel, o sistema de saúde está a começar a entrar em colapso. A Médicos Sem Fronteiras (MSF) apelou, esta quinta-feira, ao fim da violência indiscriminada e da "punição coletiva" de Gaza que tem resultado num "derramamento de sangue" maioritariamente de mulheres e crianças.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira a organização internacional médica-humanitária no terreno disse estar “horrorizada com o brutal assassinato em massa de civis perpetrado pelo Hamas e com os ataques maciços a Gaza que estão a ser levados a cabo por Israel”.

A Médicos Sem Fronteiras (MSF) explica que o número de feridos “é extremamente elevado, com um afluxo constante a todos os hospitais da Faixa de Gaza” e que os hospitais estão sobrelotados e as equipas médicas “naturalmente, exaustas, trabalhando sem parar para tratar os feridos”.

A organização que tem relatado a situação através das redes sociais informou, esta quinta-feira, através de uma publicação na rede social X, antigo Twitter, que a maioria dos feridos pelos ataques são mulheres e crianças. 


Segundo Ayman Al-Djaroucha, vice-coordenador do projeto em Gaza, também na quarta-feira “todos os pacientes que recebemos em #Gaza eram crianças entre os dez e 14 anos - aqui, a maioria dos feridos são mulheres e crianças, pois estão mais frequentemente nas casas destruídas pelos ataques”, escreveu a MSFna rede social X.

A população de Gaza está atualmente presa na região e privada de todas as suas necessidades básicas, devido ao bloqueio total imposto por Israel de abastecimento de água, alimentos, eletricidade, combustível, medicamentos, equipamento médico ou à entrada de assistência humanitária na Faixa de Gaza.

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade
Na Faixa de Gaza a grande preocupação é atualmente a questão humanitária como testemunharam os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.

A Médicos Sem Fronteiras defende que “a declaração de guerra não deve, em caso algum, conduzir a uma punição coletiva da população de Gaza" e apela às autoridades israelitas para “facilitar, a passagem fronteiriça de Rafah, com o Egito” e pôr termo aos bombardeamentos no ponto de passagem. “As instalações e o pessoal médico têm de ser protegidos e respeitados; os hospitais e as ambulâncias não são alvos. O cerco imposto pelo governo israelita é inaceitável” afirma a MSF em comunicado.

A organização defende que é “necessário criar espaços seguros” uma vez que os “homens, as mulheres e as crianças que não participam nas hostilidades não têm um refúgio seguro para onde ir” e deste modo apela às autoridades e fações de Israel e da Palestina para estabelecerem espaços seguros.

“O que é que as pessoas podem fazer? Para onde é suposto irem?" questiona Matthias Kennes, chefe de Missão de MSF em Gaza, perante um cenário de destruição que a organização considerar ultrapassar as escaladas anteriores e que tem impossibilitado a prestação de assistência humanitária no terreno.

Também esta quinta-feira as Nações Unidas e a Cruz Vermelha alertaram para a iminência de um crise humanitária em massa na Faixa de Gaza, com o perigo de colapso do sistema de saúde, apontado pelo ministério da Saúde de Gaza diz que o sistema de saúde está a começar a entrar em colapso. Segundo dados da ONU, apenas oito dos 22 centros de saúde que operam em Gaza estão a funcionar.
PUB
Momento-Chave
por RTP

"Nós, palestinianos, vivemos 56 anos sob terrorismo diariamente". Entrevista ao representante da Palestina em Portugal

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Nabil Abuznaid, chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal, lembrou que os palestinianos estão a ser alvo de terrorismo há mais de meio século. Numa entrevista exclusiva à RTP esta quinta-feira, Abuznaid frisou ainda que os palestinianos "não vão substituir Israel", até porque já aceitaram viver lado a lado com esse Estado, numa "pequena porção" do território.

“Julgo que a ocupação é a mais elevada forma de terrorismo. Nós, os palestinianos, vivemos há 56 anos sob ocupação, sob terrorismo, diariamente. Na minha vida, não conheci um único dia de justiça ou paz”, lamentou Abuznaid.

“Temos, portanto, um conflito iniciado há 75 anos, estamos sob ocupação há 56 anos, e nada foi feito. Esperam que os palestinianos receberam a liberdade por correio? Têm de lutar pela liberdade e, lamento, há civis que morrem nesse processo”.

Questionado sobre se condena a intervenção do Hamas, o chefe da missão diplomática da Palestina respondeu que condena “todas as mortes”. “Veja Gaza hoje: famílias eliminadas, corpos em sacos de plástico, as pessoas não podem enterrá-los, crianças não têm medicamentos. Cortaram a água e a eletricidade”, frisou.

“Israel fechou o único ponto de saída, Rafah, para impedir que qualquer tipo de ajuda médica, ou outra, chegue a Gaza. O que chamam a isso?”.
"Questão palestiniana é questão interna nos EUA"
O representante salientou ainda que o povo palestiniano não apoia necessariamente o Hamas, mas destaca a importância da democracia.

“O Hamas considera que a nossa abordagem não é a melhor, então escolheu outra. Nós acreditamos na democracia, como vocês em Portugal. Têm todos os partidos, que não concordam uns com os outros, mas às vezes a democracia acaba por prevalecer, e é essa a situação com o Hamas”, elucidou.

Quanto às reações ocidentais ao conflito, Nabil Abuznaid condenou o facto de “os israelitas que agora destroem Gaza terem um porta-aviões vindo dos Estados Unidos para os proteger”. E deixou uma pergunta ao secretário de Estado norte-americano: “quando fala da segurança de Israel, deve declarar onde deverá existir segurança; será nos territórios ocupados?”.“Porque é que este conflito não pode terminar? Todos os conflitos no mundo terminaram pela ação humana, porque os conflitos são causados por seres humanos”, frisou Abuznaid.

Para o diplomata, “a questão palestiniana é uma questão interna nos Estados Unidos: para vencer eleições, para ganhar o apoio do lobby judaico”. Além disso, acredita que “a América é o único interveniente que pode trazer paz ao Médio Oriente”.

Abuznaid usou ainda o exemplo de António Guterres, que “constantemente pede um fim para este conflito e diz que os palestinianos já sofreram demasiado”.
Parlamento português "empolgou-se demasiado"
Sobre as cores da bandeira de Israel na fachada do Parlamento português, o responsável considera que os responsáveis políticos se “empolgaram demasiado quando souberam que 40 bebés foram mortos e que mulheres foram violadas”.

“Foi de facto revoltante, mas confirmou-se que afinal não era verdade. Nem os israelitas confirmaram estas notícias falsas”, recordou, referindo-se ao facto de uma fonte do Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros ter dito à AFP na quarta-feira que não podia confirmar tais factos.

Abuznaid disse estar, no entanto, grato ao Governo português “pela sua posição de apoio aos palestinianos todos estes anos”.

O representante da Palestina em Portugal acredita que os próximos tempos serão “dolorosos para todos”, sendo que a única solução “é parar esta guerra”.

“As guerras não têm vencedores. Penso que as guerras vão trazer mais destruição, mas encontram-se sempre pretextos para as guerras e os seus heróis. O melhor é ter heróis da paz”, defendeu.

Por último, deixou uma garantia: “Os palestinianos não vão substituir Israel. Nós aceitamos viver lado a lado com Israel, numa pequena porção da Palestina, apenas 22 por cento da Palestina histórica. Que melhor oferta precisam os israelitas que lhes façamos?”, questionou.
PUB
por RTP

Reunião da NATO. Aliados condenam ataque do Hamas

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Os ministros da Defesa da NATO reunidos em Bruxelas condenaram "o ataque indefensável do Hamas aos civis" e pedem a libertação de reféns. Na reunião foi mostrado um vídeo dos ataques com imagens que alguns ministros qualificaram de chocantes.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel assume como objetivo exterminar o Hamas

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Mohammed Saber - EPA

Israel assume como único objetivo o extermínio do Hamas através da maior operação militar de sempre que prepara contra Gaza.

O ministro israelita da Defesa afirmou que a força aérea já destruiu vários centros de comando, fábricas de armas e infraestruturas do Hamas.

Gaza prepara-se para enfrentar uma invasão que pode acontecer com meios aéreos, terrestres e marítimos.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel garante que Hamas perdeu controlo de grande parte da Faixa de Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

O Hamas já perdeu o controlo de grande parte da Faixa de Gaza, anunciou esta quinta-feira o porta-voz do exército israelita. Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, dão conta dos últimos desenvolvimentos.

PUB
por RTP

Guerra Israel-Hamas. EUA prometem apoio militar contínuo

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

O Parlamento israelita aprovou formalmente o governo de unidade nacional e também um gabinete de guerra.

Entretanto, o secretário de Estado norte-americano, que está em Israel, prometeu apoio militar incondicional dos Estados Unidos.

Já a Alemanha avisa que o silêncio da autoridade palestiniana ao não condenar os ataques do Hamas pode significar o cancelamento da ajuda internacional.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel. Enviados da RTP debaixo de chuva de rockets

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Em redor da Faixa de Gaza, a vida é marcada diariamente pelos alertas dos rockets palestinianos, pelo som das explosões em Gaza e pelos disparos da artilharia israelita.

Em Siderot, os enviados especiais da RTP voltaram a estar sob uma chuva de disparos.
PUB
por Lusa

Trump criticado por Biden por classificar Hezbollah de "inteligente"

O ex-presidente norte-americano Donald Trump foi hoje criticado pelo chefe de Estado, Joe Biden, e por alguns dos seus rivais Republicanos por descrever o Hezbollah, aliado do Hamas, como "muito inteligente".

"O Hezbollah é muito inteligente, eles são todos muito inteligentes", disse o ex-presidente e potencial candidato presidencial durante um comício eleitoral na noite de quarta-feira na Florida.

O magnata Republicano disse ainda que a ofensiva do Hamas não teria acontecido se tivesse permanecido na Casa Branca.

"Ninguém teria sequer sonhado em aventurar-se em Israel se as eleições não tivessem sido roubadas", disse o Republicano, que continua a insistir ser o legítimo vencedor das presidenciais de 2020, que perdeu para Joe Biden.

Biden criticou fortemente os comentários de Donald Trump, a quem poderá opor-se nas eleições presidenciais de 2024, dizendo que "nunca foi apropriado elogiar os terroristas que procuram destruir" Israel.

"É absurdo que alguém, e ainda mais um candidato presidencial (...) elogie os terroristas do Hezbollah chamando-os de `muito inteligentes`", acrescentou Ron DeSantis, governador da Florida e rival de Trump nas primárias Republicanas.

O grupo armado do Líbano Hezbollah, pró-iraniano, assumiu a responsabilidade por vários ataques a posições israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

As mortes chegam agora aos milhares neste conflito, desencadeado pela ofensiva mortal lançada no sábado pelo movimento islamita palestiniano em território israelita.

Trump já tinha lançado provocações sobre a atual política externa norte-americana, quando, no rescaldo da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, declarou que a estratégia do Presidente russo, Vladimir Putin, era "genial".

PUB
Momento-Chave
por RTP

Crise humanitária em Gaza. Israel mantém bloqueios até libertação de reféns

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Gaza está à beira de uma catástrofe humanitária depois de Israel ter cortado a água e a energia. Não deixa passar bens de primeira necessidade, alimentos e material de socorro.

Os israelitas avisam que só levantam o bloqueio quando o Hamas libertar os cerca de 150 reféns.
PUB
por RTP

Ataques israelitas tornam inoperacionais aeroportos na Síria

Bombardeamentos israelitas visaram dois aeroportos de Damasco e da cidade de Alepo, no norte, tornando-os inoperacionais, anunciaram fontes militares sírias.

Foram os primeiros ataques de Israel a solo sírio desde os ataques do Hamas. A Força Aérea israelita realiza regularmente bombardeamentos na Síria sobre o que designa como caravanas iranianas de abastecimento dos grupos palestinianos e libaneses anti-israelitas.

A fonte militar síria afirmou que os ataques se deram "em simultâneo", tendo sido realizados "pelo inimigo, Israel". Os bombardeamentos "atingiram as pistas dos dois aeroportos, tornando-os inoperacionais".

Israel não comentou os ataques, que poderão ser preventivos para o caso da Síria, cujo Governo é aliado do Irão, decidir intervir num eventual alastrar do conflito desencadeado pelo Hamas e lançar ataques aéreos contra alvos israelitas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou os bombardeamentos, acusando em comunicado Israel de "tentativa de exportar a crise".

O ministro sírio dos Transportes confirmou que os voos estão a ser desviados para o aeroporto de Lataquia, no oeste do país. 

A Organização das Nações Unidas alertou que o serviço aéreo de ajuda humanitária à Síria será "temporariamente suspenso" em consequência da inoperacionalidade dos aeroportos atingidos.

A diplomacia da Rússia, aliada do Irão na defesa do executivo sírio à contestação islamita sunita armada, insurgiu-se contra os ataques israelitas, que considerou "uma violação flagrante de soberania" do país "e das normas de direito internacional".

Os ataques coincidiram com o início de uma visita ao Iraque do ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, horas depois de uma chamada telefónica do presidente iraniano Ebrahim Raïssi aos seu homólogo sírio, Bashar al-Assad.

Raïssi pediu "aos países muçulmanos e árabes" para "se coordenarem" de forma a "por fim aos crimes" de Israel. Amir-Abdollahian, que acusou hoje Israel de "querer realizar um genocídio" na Faixa de Gaza, deverá visitar ainda a Síria e o Líbano.

O Irão é o maior aliado do Hamas, organização islamita palestiniana que jurou matar todos os judeus e destruir o Estado de Israel.

Aproximações recentes israelo-árabes, diplomáticas e económicas, e o retomar das relações entre a Arábia Saudita e o Irão poderão estar em perigo após o ataque do Hamas, sábado passado.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Dois polícias feridos a tiro no centro de Jerusalém

Dois polícias israelitas foram feridos a tiro hoje ao início da noite na Cidade Velha de Jerusalém "por um palestiniano", disse à Lusa fonte oficial israelita.

"Dois polícias foram atingidos a tiro por um palestiniano. Um deles com gravidade", disse a mesma fonte à Lusa.

Desconhecem-se ainda as circunstâncias do incidente ocorrido junto a uma esquadra da polícia, na zona histórica de Jerusalém.

Por volta das 20:00 (18:00 Lisboa) foram mobilizadas dezenas de viaturas da polícia e um helicóptero das forças de segurança sobrevoou o centro da cidade durante cerca de meia hora.

O incidente ocorre na véspera do dia sagrado dos muçulmanos e cinco dias depois da ofensiva militar de grande envergadura do Hamas a partir da Faixa de Gaza.

Em Jerusalém, parte dos estabelecimentos comerciais encerram as portas mais cedo desde o dia 07 de outubro e mesmo os locais turísticos estão praticamente vazios.

PUB
por RTP

Casa Branca "sem razões" para duvidar de autenticidade das imagens dos massacres

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou esta tarde que a Administração Biden não tem qualquer razão para duvidar da autenticidade das imagens macabras mostradas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao denunciar o massacre de cidadãos israelitas por militantes do Hamas, no passado sábado.

Kirby afirmou que as imagens comprovam a "absoluta depravação" do Hamas. "Não qtemos absolutamente razão nenhuma para duvidar da sua autenticidade".

Israel reconheceu nas últimas 24 horas não estar em posição de confirmar contudo declarações de um soldado a uma televisão, na qual afirmou ter visto bebés decapitados. O Hamas nega tal ocorrência.

Kirby revelou ainda na habitual reunião com a imprensa que Israel "não deseja" a colocação de forças norte-americanas no seu território.
PUB
por RTP

França confirma 13 mortos e 17 desaparecidos em Israel

Emmanuel Macron apelou o Estado hebreu a uma resposta ao Hamas "forte e justa"

O presidente francês anunciou ainda que estão confirmadas 13 vítimas de nacionalidade francesa no ataque do Hamas do passado sábado e apelou os franceses a manterem-se "unidos, para enviar uma poderosa mensagem de paz e de segurança para o Médio Oriente".

Esta quarta-feira, o ministro do Interior de França apelou à proibição de manifestações pró-palestinianas em todo o país, dois dias depois da primeira-ministra, Elisabete Borne, ter afiançado que não seriam tolerados quaisquer atos antisemitas em França.

O presidente Emmanuel Macron prometeu hoje fazer tudo para trazer de regresso os cidadãos franceses reféns do Hamas em Gaza, avisando que o único caminho para evitar um banho de sangue será garantir a segurança de Israel e criar um estado palestiniano.

A França acolhe a maior comunidade judaica da Europa, incluindo milhares de pessoas com dupla nacionalidade que habitam em Israel, assim como a maior população muçulmana da Europa ocidental.

O conflito israelo-palestiniano contribui para aumentar a tensão entre as duas comunidades e o Governo está preocupado com uma eventual escalada na prórpia França.

No seu discurso aos franceses, Macron anunciou que 13 cidadãos de França tinham sido mortos nos ataques do Hamas, e que outros 17, incluindo crianças, estavam desaparecidos, admitindo que alguns estivessem retidos em Gaza.

"A França está a fazer tudo ao lado das autoridades israelitas e dos nossos parceiros para o fazer regressar a casa em segurança, porque a França nunca abandona os seus filhos", afirmou.

Macron considerou o Hamas um grupo terrorista que visa a destruição de Israel e do seu povo, considerando que uma guerra sem fim não é a solução.

"Israel tem o direito a defender-se através da eliminação de grupos terroristas, incluindo o Hamas, através de ações concretas, mas também através da preservação das populações civis, por que esse é o dever das democracias", lembrou o presidente francês.

Nesse sentido macron garantiu que está em contacto com os líderes da região para garantir o encaminhamento de auxílio humanitário para os habitantes de Gaza.

"A luta contra o terrorismo não pode substituir a procura da paz", defendeu.

PUB
por Lusa

Netanyahu mostra a Blinken fotos de bebés mortos no ataque

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mostrou hoje ao secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, fotos de bebés alegadamente mortos e queimados pelo grupo islamita Hamas.

Numa das fotos pode ver-se o corpo de uma criança ensanguentada num saco mortuário e, nas outras duas, restos humanos carbonizados do que parecem ser dois bebés, segundo as imagens que já foram divulgadas na rede social X (antiga Twitter).

"Esta visão vai para além do que podemos imaginar para qualquer pessoa", comentou o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando que "o mundo vê novas provas da (...) desumanidade do Hamas (...) dirigida contra bebés, crianças pequenas, adultos, idosos, pessoas com deficiências".

Uma polémica começou nos últimos dias em torno da existência de provas de abusos cometidos pelo Hamas contra crianças de `kibutz` (antigas aldeias agrícolas coletivistas) atacados, depois de um soldado ter declarado a um canal de televisão que tinha havido situações de "bebés decapitados".

Os combates em algumas comunidades duraram vários dias e fizeram centenas de mortes e há ainda um número indeterminado de pessoas por identificar ou recuperar.

PUB
por Lusa

Paz vai centrar celebrações da peregrinação de outubro a Fátima

O reitor do Santuário revelou que não se pode ficar indiferente ao conflito no Médio Oriente, que veio somar-se ao drama da Ucrânia e sublinhou que "a paz é sempre temática maior em Fátima".
Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A cerca de quatro horas do início da peregrinação aniversária, Carlos Cabecinhas disse que "assim que este problema, ou que esta nova eclosão da tensão e da guerra no território israelita começou, as (...) celebrações [no santuário] ficaram imediatamente marcadas por esse aspeto".

"A paz é sempre temática maior em Fátima. E por isso, havendo um foco de conflito como este, não podíamos deixar de lembrar aos peregrinos de Fátima em cada dia e nas várias celebrações, esta intenção", disse o sacerdote.

Para Cabecinhas, este tema será sublinhado "de modo especial nesta peregrinação, porque a peregrinação é sempre um lugar ou um momento de grande visibilidade do próprio santuário".

Carlos Cabecinhas frisou que, em paralelo, "há uma grande intenção eclesial que vai acompanhar esta peregrinação, que é a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos".

"Mas, obviamente, o tema da paz é transversal a toda esta peregrinação e tem mesmo de o ser. Não só porque vamos rezar pela paz, como é inevitável que o tema da guerra volte a estar presente na peregrinação, porque está presente também no nosso dia a dia", afirmou aos jornalistas, acrescentando: "tínhamos o drama da guerra na Ucrânia, agora temos o drama da guerra em Israel, na Terra Santa, e nos territórios palestinianos, nomeadamente na Faixa de Gaza. São situações que nos preocupam de forma muito especial e às quais não podemos, de modo algum, ficar indiferentes".

O reitor do Santuário adiantou que haverá "preces específicas pela paz (...) nos momentos de oração da própria peregrinação".

A peregrinação de hoje e sexta-feira ao Santuário de Fátima é presidida pelo novo cardeal português Américo Aguiar, ainda presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e futuro bispo de Setúbal.

O objetivo do santuário ao convidar Américo Aguiar para presidir às celebrações desta peregrinação "era manter o tema da Jornada Mundial da Juventude presente no horizonte da Igreja em Portugal e presente no horizonte de Fátima".

A JMJ "foi um acontecimento marcante para o país e para a Igreja portuguesa e é um acontecimento cujo dinamismo não queremos deixar perder", acrescentou Carlos Cabecinhas.

A peregrinação de hoje e sexta-feira conta já com o registo de 105 grupos organizados de peregrinos, com a Itália, com 19 grupos, a ser o país estrangeiro com maior representação.

A França, com 11 grupos, e os Estados Unidos da América, com oito grupos, são os países que se seguem com maior representatividade, com o santuário a registar, para já, a presença de peregrinos de 32 países, desde Portugal ao Vietname, ou do Brasil à Ucrânia.

O programa oficial da peregrinação tem início às 21:30, com recitação do terço na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas e celebração da palavra no altar do recinto.

Após uma noite de vigília, terá lugar, às 07:00 de sexta-feira, a procissão eucarística, no recinto de oração, seguindo-se, duas horas depois, o terço na Capelinha das Aparições, a procissão, a missa internacional, a bênção dos doentes e a procissão do adeus.

com Lusa

PUB
por Lusa

Portugal e Palestina concordam na necessidade de travar violência revela MNE

O ministro dos Negócios Estrangeiros português falou hoje com o seu homólogo palestiniano, com quem concordou sobre a "necessidade de cessar a escalada de violência e de investir na ação político-diplomática".

Durante uma conversa telefónica, João Gomes Cravinho e o chefe da diplomacia palestiniana, Riyad al-Maliki, abordaram a "situação na região e perspetivas futuras após as recentes [reuniões] ministeriais [da] UE [União Europeia] e [da] Liga Árabe", segundo uma publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na rede social X (antigo Twitter).

"Convergência quanto à necessidade de cessar a escalada de violência e de investir na ação político-diplomática", acrescenta a publicação do MNE.

O ministro português também falou na quarta-feira com o homólogo de Omã, Badr al-Busaidi, "sobre a situação em Israel e na região".

"Boas perspetivas quanto ao reforço das relações" entre Portugal e Omã, segundo o Palácio das Necessidades.

O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, já tinha contactado, na terça-feira, com o seu homólogo israelita, Eli Cohen, a quem pediu a salvaguarda de vidas civis no conflito com o Hamas, condenando o ataque do movimento islamita.

"Na conversa telefónica com o ministro Eli Cohen, sublinhei a amizade entre Portugal e Israel e o pesar coletivo da nossa sociedade face aos abjetos ataques perpetrados pelo Hamas", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros português na rede social X.

Na conversa com o homólogo israelita, Cravinho manifestou solidariedade pelo ataque realizado no sábado pelo grupo islâmico Hamas, oferecendo as condolências pelas vítimas mortais.

Durante a conversa, foram abordadas "as perspetivas para o futuro e a necessidade de salvaguardar ao máximo vidas civis" na guerra declarada por Israel contra o grupo islâmico.

Horas antes, Cravinho falara telefonicamente com os seus homólogos do Egito e da Jordânia, sobre a situação em Israel e na região do Médio Oriente, de acordo com o ministério.

O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.

Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,

Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Parlamento de Israel aprova governo de emergência

O executivo acordado quarta-feira entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o líder da oposição Benny Gantz, deverá manter-se enquanto durar a guerra.

O acordo inclui cinco deputados da oposição, liderados por Benny Gantz, no executivo de Benjamin Netanyahu.

A decisão de criar um Governo de emergência foi tomada depois de o Governo de Netanyahu ter sido muito criticado por não ter conseguido impedir o ataque surpresa lançado pelo Hamas sobre território israelita no sábado passado.

O novo Governo foi negociado nos últimos dias e anunciado na quarta-feira à noite por Netanyahu juntamente com o ex-militar Benn
Numa votação que já se previa que fosse uma formalidade, o Knesset, o parlamento israelita, aprovou a inclusão de Gantz e de mais quatro deputados do seu partido de centro-direita Unidade Nacional no Governo liderado por Netanyahu, com 66 votos a favor e quatro contra.

O acordo estipula que Benny Gantz, Gadi Eisenkot - também ex-chefe do Estado-Maior -, o ex-ministro da Justiça Gideon Saar, e outros dois deputados integrarão o gabinete político e de segurança do Governo enquanto durar a guerra e que, durante esse período, só se gerirá o conflito, deixando de lado outras propostas legislativas.

O gabinete de gestão da guerra será composto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por Benny Gantz e pelo atual ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Ao acordo não se juntou Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, o maior da oposição, que criticou duramente Netanyahu, mas prometeu apoiar de fora o novo executivo.

Lapid criticou especialmente que Netanyahu mantenha no seu Governo "figuras extremistas", referindo-se ao ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, e ao ministro sem pasta Bezalel Smotrich, da extrema-direita religiosa.

Antes de se proceder à votação, Netanyahu tinha indicado que o novo Governo "envia uma grande mensagem, externa e interna" de unidade.

"Perante este conflito, estamos unidos na fraternidade interna e com preocupação mútua", afirmou o primeiro-ministro.

A votação foi precedida de momentos de tensão, quando o deputado do partido esquerdista Hadash-Taal, Ayman Odeh, apelou para se "retirar todos os civis - judeus, árabes e palestinianos - do ciclo de violência", sublinhando que "a vingança não é o caminho".

Um deputado do Likud, o partido de Netanyahu, respondeu-lhe gritando "Vingança contra o Hamas!" e recordou que o movimento islamita massacrou um milhar de civis no seu ataque do passado sábado a mais de 30 comunidades próximas da Faixa de Gaza.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e internacionalmente classificado como grupo terrorista, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de `rockets` e a incursão de combatentes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou até agora 1.300 mortos e 3.268 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde confirmou que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita fizeram pelo menos 1.354 mortos e 6.049 feridos e que também se registaram 31 mortos na Cisjordânia, bem como cerca de 180 feridos.

Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, cerca de 1.000 combatentes do Hamas foram também abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde prosseguem combates esporádicos.

com Lusa
PUB
por Lusa

Líder da oposição acusa governo de Netanyahu de "fracasso imperdoável"

O dirigente da oposição israelita Yair Lapid acusou hoje o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de um "fracasso imperdoável" por não ter conseguido impedir o ataque de sábado a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

"O fracasso de sábado é imperdoável", afirmou Lapid num discurso transmitido pela televisão, acrescentando que não irá integrar o governo de emergência anunciado no dia anterior por Netanyahu e pelo seu rival Benny Gantz.

Explicando que era a favor de um "governo de unidade nacional", Lapid disse que não queria fazer parte de um governo com "extremistas", citando Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Pública e chefe da Força Judaica, de extrema-direita.

Lapid referiu-se também à "responsabilidade" de Netanyahu, afirmando que "quem provoca um fracasso não o pode reparar".

O Parlamento reúne-se hoje à noite para ratificar o governo de emergência formado quarta-feira e que integra o também antigo ministro da Defesa, Benny Gantz.

Gantz, ainda antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, garantiu então que os dois vão formar um "gabinete de gestão de guerra" com cinco membros.

Além de Netanyahu e de Gantz, o gabinete será integrado também pelo atual ministro da Defesa Yoav Gallant, e dois outros altos funcionários que servirão como membros "observadores".

Segundo o acordo, o Governo não aprovará qualquer legislação ou decisão que não esteja relacionada com a guerra, enquanto os combates continuarem.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.

Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,

Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, além do número de mortos de ambos os lados, cerca de 1.000 milicianos do Hamas foram abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde continuam os combates esporádicos, tendo cinco milicianos sido mortos na quarta-feira.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Reino Unido vai enviar navios da Marinha Real britânica e aviões de vigilância para apoiar Israel

O primeiro-ministro britânico vai enviar enviar dois navios, helicópteros e aeronaves de vigilância da Marinha Real para o Mediterrâneo oriental com o objetivo de "apoiar Israel" e reforçar a estabilidade regional, adiantou o gabinete de Rishi Sunak esta quinta-feira.

As aeronaves de patrulha marítima e vigilância começam a voar na região a partir de sexta-feira.

Este apoio por parte do Reino Unido inclui dois navios da Marinha Real britânica, meios de vigilância, aeronaves P8 e uma companhia de fuzileiros navais.

Rishi Sunak considera que a ajuda a Israel irá “prevenir uma nova escalada” no conflito.
PUB
por Lusa

Blinken garante que israelitas não atacarão alvos civis

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, garantiu hoje que os civis de Gaza não serão alvo dos ataques israelitas e acusou o grupo islamita Hamas de os usar como "escudos humanos" contra os bombardeamentos israelitas.

"O Hamas continua a usar civis como escudos humanos, algo que não é novo, algo que sempre fez, colocando intencionalmente os civis em perigo para se proteger", disse Blinken numa conferência de imprensa em Telavive.

Blinken confirmou que discutiu com as autoridades de Israel as necessidades humanitárias da Faixa de Gaza, bombardeada pelo exército israelita, ao mesmo tempo que defendeu o direito de responder ao ataque mortal do Hamas.

"Discutimos formas de atender às necessidades humanitárias do povo de Gaza, a fim de protegê-lo, enquanto Israel realiza as suas operações de segurança legítimas para se defender contra o terrorismo e tentar garantir que isso nunca acontecerá de novo", disse Blinken.

O chefe da diplomacia norte-americana assegurou ainda ao Presidente israelita, Isaac Herzog, durante uma reunião em Telavive, que Israel ganhará a guerra com o Hamas, com recurso à ajuda dos EUA.

No início do encontro com Herzog, Blinken defendeu que o ataque sangrento contra Israel "é quase impossível de compreender" e que será "muito difícil de apagar das mentes e dos corações".

"Mas percebi uma intensa determinação de Israel em vencer. E os Estados Unidos estão aqui como aliado para ajudar a garantir que assim seja", disse Blinken.

O secretário de Estado norte-americano lembrou que no Médio Oriente existe "um caminho de integração, cooperação e normalização", que inclui os palestinianos, contra a via escolhida pelo Hamas, de "terror e destruição".

"A escolha é clara. Estamos juntos e caminharemos unidos, que é o que nos pede o nosso povo", insistiu Blinken.

Herzog agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela sua "enorme amizade" e afirmou que a visita de Blinken foi uma prova dessa estima.

"Temos de ser claros (...) que a segurança e defesa que merece o povo de Israel é uma prioridade", assegurou Herzog, que expressou a esperança de que a paz volte a Israel.

PUB
por RTP

Uso de fundos iranianos no Qatar está "seguro" garante Blinken

O secretario de Estado dos Estados Unidos garantiu que Washington tem estado a fiscalizar o destino de seis mil milhões de dólares oriundos de fundos iranianos e transferidos da Coreia do Sul para o Qatar, como parte de um acordo de troca de prisioneiros este ano.

Antony Blinken assegurou, durante uma conferência de imprensa em Telavive, que nenhum dos fundos foi gasto ou acedido.

O Irão é o principal apoiante do Hamas e existem suspeitas de que os fundos iranianos poderão ter sido usados para financiar as suas atividades.
PUB
por Antena 1

Agrava-se o conflito israelo-palestiniano

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Amir Cohen - Reuters

Agrava-se o conflito israelo-palestiniano. Israel promete um ataque maciço contra os líderes do Hamas. Neste momento a situação na Faixa de Gaza é precária com o cerco imposto por Israel.

Cresce a violência entre as duas partes. O Presidente da Autoridade Palestiniana condenou todos os ataques envolvendo civis e pediu o fim da agressão israelita contra o povo da Palestina.

A reportagem é do enviado especial da Antena 1 José Manuel Rosendo.
PUB
por RTP

Irão acusa Israel de querer cometer um "genocídio" em Gaza

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros acusou esta quinta-feira o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de querer cometer um “genocídio” ao impor um bloqueio de Gaza.

“A continuação dos crimes de guerra perpetrados por Netanyahu e os sionistas contra os civis de Gaza, ao sitiar e cortar o acesso a água e eletricidade e ao negar a entrada de medicamentos e alimentos” criou condições para o “genocídio”, argumentou o MNE iraniano, Hossein Amirabdollahian, numa declaração transmitida pela televisão estatal.

O chefe da diplomacia iraniana salienta ainda que a guerra que decorre em Gaza “não é contra o Hamas, mas contra todos os palestinianos”.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros esteve na capital do Iraque, onde se reuniu com o primeiro-ministro iraquiano, antes de viajar para o Líbano, onde esteve reunido com as milícias do Hezbollah.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Ponto da situação às 18h00

O Irão acusa Israel de quer cometer um genocídio em Gaza.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros responsabilizou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de cortes no fornecimento de eletricidade e água, além de negação da entrada de alimentos e medicamentos.

O exército de Israel anunciou que, desde sábado, bombardeou Gaza com 4.000 toneladas de explosivos. Estará a disparar Gaza com salvas de artilharia a cada 30 segundos.

As brigadas afiliadas com a Jihad islâmica anunciaram por sua vez que vão começar a bombardear cidades israelitas, a par do Hamas. Toda a costa norte de israel da Faixa de Gaza até Televive está sob ameaça dos mísseis palestinianos.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o executivo israelita em Telavive. Tem outras reuniões sexta-feira na Jordânia, com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e no Qatar.

Israel reviu o número de feridos para quase 4.000. O conflito fez já mais de 2.500 mortos, dos quais 1.354 em Gaza.

A ONU alerta que a situação humanitária na Faixa de Gaza está à beira da catástrofe, também pelo fim das reservas de combustível. Estão a ser estudados corredores seguros para levar ao enclave ajuda humanitária urgente.

Israel prometeu manter os cortes de água e energia a Gaza, enquanto não forem libertados todos os reféns sequestrados pelo Hamas. O grupo palestiniano ameaçou executá-los devido aos bombardeamentos israelitas mas até agora não há indícios de que esteja a executar a ameaça.

Os EUA garantiram que não tiveram indícios dos planos de ataque do Hamas e que não impuseram condições a israel no uso do apoio militar fornecido.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Brigadas al-Quds e al-Qassam anunciam bombardeamentos contra Israel

As brigadas afiliadas com o Hamas e a Jihad Islâmica da Palestina anunciaram que vão bombardear as cidades de Ashkelon e de Zikim "com uma importante barragem de mísseis".

As brigadas de al-Qassam já tinham alertado pelas 12h00 o bombardeamento de Askelon e Ashdod, "com dezenas de mísseis".

Desde o meio da tarde que as sirenes de alerta soam repetidamente em toda a área costeira entre o norte da Faixa de Gaza e Teleavive.
PUB
por RTP

Reino Unido reforça segurança da comunidade israelita

Downing Street apontou uma grande subida de atitudes anti-semitas no país como motivo para ordenar o reforço da segurança da comunidade judaica no Reino Unido.

O primeiro-ministro Rishi Sub«nak anunciou financiamentos extra para proteger as escolas judaicas e as sinagogas do país desde sábado e o ataque do Hamas.

O Community Security Trust (CST), uma organização criada para proteger os judeus britânicos contra o antissemitismo e outras ameaças, irá receber por isso três milhões de libras (3,5 milhões de euros), referiu o gabinete de Sunak em comunicado.

O Governo afirmou que o dinheiro permitirá ao CST contratar guardas adicionais para escolas e entradas das sinagogas nas noites de sexta-feira e nas manhãs de sábado.

O anúncio britânico acontece um dia depois de aquela organização ter divulgado que, entre 07 e 10 de outubro, registou pelo menos 89 incidentes antissemitas em todo o Reino Unido.

Este número representa aumento de 324% este ano em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o CST disse ter contabilizado 21 incidentes antissemitas.

O primeiro-ministro, Rishi Sunak, manifestou-se determinado a "fazer tudo o que estiver ao alcance" do seu governo para "proteger o povo judeu em todo o país".

"Se alguma coisa estiver a dificultar a segurança da comunidade judaica, nós resolvemos o problema. Têm o nosso total apoio", vincou.

A decisão acontece depois de a Polícia Metropolitana de Londres ter já ter reforçado a presença nas ruas, especialmente em bairros com comunidades judaicas.

Uma manifestação pró-Palestina perto da embaixada de Israel na segunda-feira à noite em Londres resultou em três detidos.

Hoje, o governo reuniu com responsáveis pela segurança sobre os protestos relacionados com a guerra entre Israel e o Hamas, que incluiu a ministra da Administração Interna, Suella Braverman, e representantes da polícia.

Braverman escreveu na terça-feira aos chefes de polícia de Inglaterra e do País de Gales recordando que o Hamas é uma organização terrorista proscrita, pelo que é ilegal apoiar ou ser seu membro.

Outros países europeus estão preocupados com eventuais atos anti-semitas. A França proibiu a realização de manifestações pró-palestinianas ea agência de notícias dos Países Baixos, ANP, anunciou o encerramento das escolas judaicas de Amsterdão esta sexta-feira.

com Lusa
PUB
por Lusa

Scholz anuncia a proibição de atividades do Hamas no país

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje a proibição de atividades do movimento islamita Hamas na Alemanha, depois da ofensiva lançada no sábado contra Israel, que deixou mais de 1.300 israelitas mortos.

Num discurso no Bundestag, Scholz indicou que a Samidoun, rede de solidariedade com os prisioneiros palestinianos, também será proibida devido à polémica que surgiu após a celebração do ataque.

"É desprezível. É desumano. Contradiz todos os valores do nosso país", disse Scholz. "Não deixaremos de agir contra o ódio e o incitamento ao ódio. Não toleramos o antissemitismo", acrescentou.

O Chanceler declarou que as autoridades irão aplicar a proibição de forma consistente. "Qualquer pessoa que glorifique os crimes do Hamas ou use os seus símbolos pode ser processada na Alemanha", disse.

"Qualquer pessoa que tolere assassínios e homicídios ou incite atos criminosos pode ser processada. Qualquer pessoa que queime bandeiras israelitas pode ser processada. Qualquer pessoa que apoie uma organização terrorista como o Hamas pode ser processada", detalhou.

Scholz afirmou que as forças de segurança irão exigir responsabilidades e import expressamente "a proibição de associações e atividades", sustentou.

Segundo dados do Gabinete para a Proteção da Constituição, o serviço de inteligência nacional, o Hamas conta com o apoio de cerca de 450 pessoas na Alemanha, muitas delas cidadãos alemães.

Não existe um ramo oficial do grupo terrorista na Alemanha e as associações próximas do movimento foram proibidas há anos. A única medida adicional possível é a proibição de atividades anunciada hoje.

Scholz confirmou que a ajuda ao desenvolvimento para a Palestina será suspensa, depois de o Governo ter anunciado a revisão dos apoios.

O chanceler esclareceu também que as autoridades devem primeiro concluir uma revisão de apoios para garantir que "serve melhor a paz regional e a segurança de Israel".

"Até que esta revisão seja concluída, não iremos disponibilizar quaisquer novos recursos de cooperação para o desenvolvimento", disse.

"Infelizmente, o sofrimento da população civil da Faixa de Gaza pode ser previsto, o que provavelmente aumentará ainda mais". "Mas a culpa é também do ataque do Hamas", adiantou.

Scholz indicou também estar a fazer todos os possíveis para conseguir a libertação de todos os reféns às mãos do Hamas. "Estou em contacto com o Presidente do Egito e falarei também com o Presidente turco", disse.

Por outro lado, Israel solicitou hoje à Alemanha munições para os seus navios de guerra, disse o Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

O ministro afirmou ainda que irá falar com as autoridades israelitas para ter mais detalhes sobre o pedido de Israel e confirmou que Berlim entregará equipamentos médicos. "Estamos com Israel", afirmou.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.

Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,

Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

As Nações Unidas disserem que a guerra originou também mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza.

PUB
por RTP

Blinken no Qatar sexta-feira para reuniões sobre o Hamas

O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, é esperado no Qatar sexta-feira para reuniões com os líderes qataris sobre o movimento islamista palestiniano em guerra com Israel, confirmaram fontes norte-americanas.

Bliken é aguardado igualmente sexta-feira na Jordânia onde deverá reunir-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e com o rei jordano, Abdallah II.

O responsável norte-americano esteve hoje em Israel, tendo repetido garantias dadas pelo presidente Joe Biden de que os Estados Unidos estão "ao lado" dos israelitas na sua guerra contra o Hamas, em retaliação pelo ataque e invasão perpetrados pelo grupo palestiniano.

O Qatar acolhe há uma década um gabinete do Hamas em Doha e forneceu ajudas a Gaza orçadas em milhões de dólares. O Emir do Qatar é por isso considerado crucial nas negociações com o grupo islamita palestinano, considerado terrorista pelos estados Unidos da América e pela União Europeia, além de Israel.

O Emir do Qatar foi por isso recebido em Berlim esta quinta-feira, pelo chanceler alemão Olaf Scholz, que afirmou estar a recorrer "a todos os seus contactos" para impedir uma escalada do conflito entre o Hamas e Israel, assim como a libertção dos reféns sequestrados pelo Hamas.

"Seria irresponsável não utilizar todos os contactos que podem ajudar", tendo em conta a esta "situação dramática", explicou Scholz perante o parlamento alemão.

Durante o encontro em Berlim, os dois líderes "debateram o destino dos reféns, incluindo os cidadãos alemães", de acordo com o gabinete de Scholz. O chanceler exigiu a sua libertação "o mais depressa possível" e reiterou que a Alemanha está "sem reservas ao lado de Israel", país que "tem o direito, em virtude do direito internacional, de se defender e de defender os seus cidadãos".
PUB
Momento-Chave
por RTP

Número de feridos em Israel sobre para 3.391

O Ministério da Saúde de Israel confirma em comunicado um novo balanço dos feridos registados desde sábado.

No país há 3.391 feridos, 406 dos quais hospitalizados, acima do total de 1.800 anteriormente contabilizado.

Israel conta ainda 1.200 mortos.
PUB
por RTP

Ministro francês do Interior ordena proibição de manifestações pró-Palestina

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, ordenou esta quinta-feira a proibição de "manifestações pró-palestinianas porque são suscetíveis de gerar distúrbios à ordem pública", considerou.

Num telegrama enviado aos prefeitos das várias cidades francesas e a que a agência France Presse teve acesso, o governante francês sublinhou a necessidade de garantir “a proteção sistemática e visível de todos os lugares frequentados pelo povo francês de fé judaica”.

Os "estrangeiros perpetradores" de eventuais crimes "devem ver sistematicamente retiradas as suas autorizações de residência e a sua expulsão deve ser implementada sem demora”.

"As manifestações pró-Palestina, porque são susceptíveis de gerar agitação na ordem pública, devem ser proibidas; a organização destas manifestações proibidas deve dar origem a detenções”.

De acordo com o jornal Le Monde, há no total 280 locais considerados sensíveis em território francês - desde escolas, associações religiosas e sinagogas - que foram colocados sob vigilância reforçada por cerca de 10.000 membros da polícia.
PUB
por RTP

Governo da Palestina denuncia morte "em massa" do povo de Gaza

O primeiro-ministro da Cisjordânia anunciou que o seu executivo está a trabalhar com o Egito no sentido de abrir corredores que entreguem ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

"Encerrar todos os acessos à Faiza de Gaza e impedir a ajuda significa matar em massa o nosso povo em Gaza", afirmou Mohammad Shtayyeh em comunicado.

O primeiro-ministro palestiniano exige ainda o fim imediato do que chamou os "crimes cometidos pelo exército israelita e os colonos".
PUB
por Antena 1

NATO. Ministro israelita mostra vídeo com imagens violentas dos ataques do Hamas

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Matthys Olivier - EPA

A ministra da Defesa esteve na reunião da NATO onde se falou da situação em Israel. Helena Carreiras disse que o ministro israelita não partilhou pormenores sobre as operações no terreno.

Partilhou, isso sim, um vídeo que deixou os responsáveis da Defesa dos aliados impressionados. 

Mais pormenores no trabalho da correspondente da Antena 1 em Bruxelas, Andrea Neves.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Lloyd Austin. EUA não tiveram sinais quanto aos planos do Hamas

O secretário da Defesa norte-americano garantiu que os Estados Unidos não tiveram qualquer indício de que o Hamas preparava um ataque contra Israel.

Lloyd Austin afirmou também que, se os tivessem, os teriam partilhado com Israel.

"Se tivessemos tais indicações, te-las-íamos partilhado com Israel, mas tanto quanto sei, não tínhamos nada parecido", afirmou Austin em conferência de imprensa após uma reunião dos ministros de Defesa da NATO, em Bruxelas.

Austin referiu ainda que a Administração Biden não fez qualquer exigência nem impôs condições a Israel quanto ao auxílio militar enviado.

"Não impusemos nenhuma condição â utilização dos nossos equipamentos. Trata-se de um exército profissional comandado por uma hierarquia de comando profissional. Esperamos que façam as coisas da forma correcta na implementação da sua campanha", declarou o secretario da Defesa norte-americano.

O primeiro avião carregado com municções oriundas dos Estados Unidos aterrou em Israel na quarta-feira.

O maior porta-aviões dos EUA foi enviado para a região do Mediterrânio e o presidente Joe Biden adimitiu enviar um outro se necessário.
PUB
por RTP

Mahmoud Abbas exige "o fim imediato da agressão" contra o povo palestiniano

Em comunicado, o presidente da Autoridade Palestiniana condenou os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza em retaliação pelo ataque do Hamas.

Quarta-feira o ataque de um grupo de colonos israelitas numa localidade a sul de Nablus, na Cisjordânia, terá ainda provocado a morte a quatro palestinianos, levando a receios de um alastrar do conflito entre Israel e o Hamas.

O presidente da Autoridade Palestiniana insurgiu-se igualmente contra o assassínio de civis "nos dois lados".

Abbas reuniu-se na Jordânia com o rei Abdallah II, tendo rejeitado na ocasião "as práticas que consistem em matar civis e maltrata-los, nos dois lados", de acordo com um comunicado da presidência palestiniana.

Abbas "exigiu o fim imediato da agressão contra o povo palestiniano", referiu a mesma texto.
PUB
por Lusa

Ministra da Defesa espera que Telavive entenda que luta é contra Hamas e não contra palestinianos

A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, defendeu hoje que a luta de Israel é contra o movimento islamita Hamas e não contra a população palestiniana e disse esperar que esse seja o entendimento de Telavive.

"A luta é contra o Hamas, é contra um movimento terrorista e não contra o povo palestiniano. Esperamos que seja esse também o entendimento de Israel", sustentou Helena Carreiras, em declarações aos jornalistas depois de uma reunião de ministros da defesa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

A governante defendeu que é necessário separar as águas entre "o que é um atentado do Hamas terrorista" e "aquilo que é o povo palestiniano, a própria Autoridade Palestiniana e a necessidade de evitar a escalda regional".

A ministra da Defesa confirmou uma notícia que estava a ser avançada por vários órgãos de comunicação social israelitas: o homólogo de Israel, Yoav Gallant, mostrou uma compilação de vídeos sem censura sobre o ataque do Hamas no último fim de semana.

Helena Carreiras revelou que reagiu "com grande choque" às imagens que viu em conjunto com os outros ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo o secretário-geral da aliança político-militar: "São imagens semelhantes àquelas que temos visto nas redes sociais, mas são imagens chocantes."

Questionada sobre o pedido feito na quarta-feira por Jens Stoltenberg de uma resposta proporcionada por parte de Israel e salvaguardando os civis palestinianos, a governante portuguesa disse que não houve essas garantias por parte de Yoav Gallant durante a reunião no quartel-general da NATO.

"É aquilo que todos [os aliados] pedimos aqui, é aquilo que esperamos que possa vir a acontecer. Há um pedido para que isso aconteça e são os próximos tempos que vão mostrar o que vai acontecer. Nessa altura, naturalmente, todos poderemos avaliar o que vai acontecer", completou.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel bombardeou Faixa de Gaza com 4.000 toneladas de explosivos

O número foi revelado pelo exército israelita e refere-se a cinco dias de bombardeamentos intensivos. Terão sido atingidos mais de 200 alvos, incluindo uma das bases do Hamas, hospitais e escolas.

"Cerca de 6.000 bombas foram largadas sobre a Faixa de Gaza para um peso total de 4.000 toneladas de explosivos" desde sábado, indica o comunicado do exército israelita, sublinhando que os bombardeamentos mataram "centenas de terroristas".

Segundo a Agência France Presse, Israel está a disparar uma salva de artilharia a cada 30 segundos, num "dilúvio de fogo", numa "cadência implacável, regulada como um relógio" com objetivos na Faixa de Gaza "quase não visíveis a partir das posições de disparo".
PUB
por RTP

MNE da Alemanha vai visitar Israel esta sexta-feira

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, vai visitar Israel esta sexta-feira em sinal de “solidariedade” com o Estado judeu.
PUB
por RTP

Deixar a guerra para trás. David Nora estudava em Jerusalém há dois anos

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Na quarta-feira regressou a Portugal mais um português vindo de Israel. David Nora, um jovem estudante na Universidade Hebraica em Jerusalém, veio para Portugal pelos próprios meios, não fazendo parte dos grupos de portugueses repatriados pela Força Aérea. Em entrevista à RTP, o jovem português explica como conseguiu sair de Israel e relata a situação vivida no Médio Oriente.

"É complicado porque tenho vários amigos meus que estão lá ainda, tenho colegas meus que estão na guerra, tenho colegas meus que estão no bunker há cinco dias e que viviam perto de Gaza", conta.

Com o escalar da situação que foi acompanhando através das redes sociais e após a "segunda sirene que começou a intensificar-se cada vez mais, com os rockets a chegarem a Jerusalém", David Nora percebeu que tinha de sair de Israel.

"Aí percebi que com mais intensidade e com as sirenes a tocarem cada vez mais, o melhor a fazer é fazer uma mochila para estar preparado no caso da Embaixada ou alguém me contactar para poder evacuar rápido".O relato de cenas "barbáricas e horrendas" e a confirmação do "Estado de guerra" por parte das autoridades israelitas fizeram o jovem querer sair de Israel.


"Pelos comunicados que foram dados durante a noite, do primeiro-ministro israelita e do ministro da Defesa que declararam guerra oficial e que o plano era dizimar Gaza, então eu percebi que o melhor a fazer era voar dali para fora o mais rápido possível"
, conta.

No entanto, o jovem português explica que teve dificuldades em contactar o Serviço de Emergência Consular mas que depois de algumas tentativas e esforços nesse sentido acabou por ser contactado diretamente pelo serviço.

"O Gabinete de Emergência Consular contactou-me, disse que neste momento a prioridade não era para os residentes era só para os turistas e que eu sendo residente tinha que procurar os meios comerciais", disse à RTP.

Neste sentido e apesar da dificuldade em encontrar voos devido ao tráfego aéreo elevado, David Nora conseguiu um voo para Praga com a ajuda de amigos que estavam em Portugal.

O jovem português residente em Israel há dois anos não pensa voltar: "Ainda é muito cedo para voltar, porque acho que as coisas vão escalar muito rápido e vão escalar a grandes dimensões, por isso para já não".
PUB
Momento-Chave
por RTP

Número de mortos em Gaza ultrapassa os 1.400

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, o conflito já provocou 1.417 mortos e 6.268 feridos.
PUB
por RTP

Cidade israelita de Siderot voltou a ser atingida por uma chuva de rockets

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Amir Cohen - Reuters

Os poucos habitantes que se mantêm na cidade têm procurado abrigos, como contam os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Irão acusa Israel de procurar um “genocídio” ao cercar Gaza

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão acusou Israel de procurar um "genocídio" ao impor um cerco à Faixa de Gaza.

"Hoje, a continuação dos crimes de guerra perpetrados por Netanyahu e pelos sionistas contra os civis de Gaza, cercando, cortando água e eletricidade e negando a entrada de medicamentos e alimentos, criou condições onde os sionistas procuram um genocídio de todas as pessoas em Gaza", disse Hossein Amir-Abdollahian.

"A guerra que testemunhamos hoje na Faixa de Gaza não é apenas a guerra dos sionistas contra o Hamas, é a guerra dos sionistas contra todos os palestinianos”, acrescentou.
PUB
por RTP

Bombardeamentos junto à Faixa de Gaza intensificaram-se

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, os enviados especiais da RTP, testemunham no terreno o intensificar dos ataques junto à Faixa de Gaza. Em redor desta área, o Governo israelita criou uma zona militar fechada.

Ashkelon, onde os repórteres portugueses se encontram, está no limite dessa zona e tem cada vez mais militares no terreno fazendo pressupor um ataque terrestre.
PUB
por RTP

Faixa de Gaza está na iminência de enfrentar crise humanitária em massa

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Haithan Imad - EPA

O alerta vem das Nações Unidas mas também da Cruz Vermelha. As reservas de energia estão a terminar. Há geradores de hospitais que vão deixar de funcionar nas próximas horas.

Apesar dos avisos, Israel mantém o corte do fornecimento de água, luz e combustível até que todos os reféns sejam libertados pelo Hamas.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Há já 2.500 mortos confirmados no conflito no Médio Oriente

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Haitham Imad - EPA

Israel perdeu 1.300 pessoas. Do lado dos palestinianos, morreram 1.200. A defesa israelita promete aniquilar o Hamas e, na última noite, atacou um quartel-general de operações do movimento e terá matado um oficial da Marinha.

Entretanto, o Hamas voltou hoje a desmentir as informações de que os combatentes degolaram crianças.
PUB
Momento-Chave
"Os EUA protegem Israel"
por RTP

Blinken garante "apoio inabalável" dos EUA a Israel

O secretário de Estado dos Estados Unidos reiterou todo o apoio militar a Israel, garantindo que há um apoio bipartidário “esmagador” no Congresso para ajudar o Estado hebraico.

“A mensagem que trago para Israel é a seguinte: podem ser suficientemente fortes sozinhos para se defenderem, mas enquanto a América existir, nunca terão de o fazer. Estaremos sempre presentes ao vosso lado”, garantiu Blinken.
Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Antony Blinken adiantou que os EUA vão enviar mais material militar para Israel e deixou um recado a “qualquer adversário, seja um Estado ou não, que pense aproveitar-se da atual crise para atacar Israel”. “Não o façam. Os Estados Unidos apoiam Israel”, avisou Blinken.
PUB
25 americanos mortos
por RTP

Hamas não representa as "aspirações legítimas" dos palestinianos, diz Blinken

O secretário de Estado Antony Blinken revelou a atualização do número de mortos norte-americanos, adiantando que são 25 os mortos decorrentes do ataque do Hamas. Blinken considerou que o movimento não representa os palestinianos.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Netanyahu: Hamas deve ser "esmagado" como o grupo Estado Islâmico

O primeiro-ministro israelita está a realizar por esta hora uma conferência de imprensa ao lado de Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos. Defendeu que o Hamas deve ser "esmagado". 

“O Hamas é como o ISIS e tal como o ISIS foi esmagado, também o Hamas será esmagado”, disse Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita defende que o Hamas “deve ser tratado exatamente da mesma forma como o ISIS foi tratado”, ou seja, “deve ser excluído da comunidade das nações”. “Nenhum líder deverá encontrar-se com eles, nenhum país o deve acolher e aqueles que o fizerem deverão ser sancionados”, afirmou.
PUB
por RTP

X (ex-Twitter) diz que excluiu ou denunciou "dezenas de milhares de mensagens"

A rede social disse ter “excluído ou denunciado dezenas de milhares de publicações” relacionadas ao ataque do Hamas a Israel, em resposta às ameaças de sanções da União Europeia por espalhar informações falsas. 

“Desde o ataque terrorista a Israel, agimos para remover ou denunciar dezenas de milhares de publicações”, disse a CEO do X, Linda Yaccarino, numa carta dirigida ao comissário europeu Thierry Breton e publicada na sua conta.
“Todos os dias somos lembrados da nossa responsabilidade global de proteger a conversa pública, garantindo que todos tenham acesso a informações em tempo real e salvaguardando a plataforma para todos os nossos utilizadores. Em resposta ao recente ataque terrorista a Israel por parte do Hamas, redistribuímos recursos e reorientamos as equipas internas que trabalham sem parar para resolver esta situação em rápida evolução”, argumenta Linda Yaccarino na publicação em que revela a carta enviada à Comissão Europeia.
PUB
por RTP

Governo israelita diz que não pode confirmar se crianças foram decapitadas pelo Hamas

O governo israelita não confirma a alegação de que crianças foram decapitadas durante o ataque do Hamas no sábado, disse uma autoridade israelita à CNN, contradizendo uma declaração pública anterior do gabinete do primeiro-ministro.

“Houve casos de militantes do Hamas que cometeram decapitações e outras atrocidades ao estilo do ISIS [Estado Islâmico]. No entanto, não podemos confirmar se as vítimas eram homens ou mulheres, soldados ou civis, adultos ou crianças”, disse o responsável.

A notícia de que crianças foram decapitadas em Kfar Aza, no sul de Israel, foi divulgadaa esta terça-feira pelos meios de comunicação israelitas. As Forças de Defesa de Israel (IDF) mais tarde descreveram a cena como um “massacre”.

Esta quarta-feira, o Hamas voltou a desmentir ter decapitado crianças, depois de o presidente dos Estados Unidos ter dito que viu imagens “de terroristas a decapitar crianças”.

“Mostrem-nos uma imagem de que o Hamas matou civis, de que o Hamas matou crianças, de que o Hamas matou mulheres. Não matamos civis”, disse Ghazi Hamad, membro do gabinete político do Hamas.

A Casa Branca também já veio esclarecer que Joe Biden não viu fotografias concretas e que os responsáveis norte-americanos “não confirmaram esses relatos de forma independente”.

PUB
por RTP

Número de mortos em Gaza aumenta para 1.354

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza atualizou o número de mortos no conflito com Israel desde sábado para 1.354. Há ainda registo de 6.049 feridos.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Gaza. Ministério alerta para colapso do sistema de saúde

Na Faixa de Gaza, a grande preocupação neste momento é a questão humanitária. A agência das Nações Unidas diz que apenas oito dos 22 centros de saúde que operam em Gaza estão a funcionar e o Ministério da Saúde de Gaza diz que o sistema de saúde está a começar a entrar em colapso.

A última noite no enclave foi de intensos bombardeamentos, que continuaram durante esta manhã, tal como testemunharam os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel. Missão de repatriamento desencadeada por Portugal dada por terminada

A missão de repatriamento desencadeada por Portugal para trazer os cidadãos nacionais que sinalizaram que pretendiam deixar Israel foi dada como terminada esta quinta-feira, após a chegada das últimas 22 pessoas esta manhã.

“Desta forma, todos os cidadãos nacionais que sinalizaram às autoridades portugueses a intenção de voltar, já estão em Portugal”, diz o gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), num comunicado enviado às redações.

No total, a missão de repatriamento transportou duas centenas de pessoas, entre nacionais e estrangeiros, sendo 160 portugueses.

O Ministério adianta que permanecem em Israel cerca de dois mil cidadãos portugueses que ainda não manifestaram vontade de abandonar o país.

O MNE salienta que Portugal foi “um dos primeiros países a conseguir desencadear um voo militar e, por conseguinte, a repatriar cidadãos nacionais”.

A operação “contou com a colaboração das autoridades cipriotas, que disponibilizaram instalações para acolher o primeiro grupo de cidadãos, que esperou pelo segundo que vinha a bordo do C-130 para, depois em conjunto, rumarem a Portugal num voo fretado pelo Estado português, que chegou ontem de manhã a Lisboa”.
PUB
por RTP

Blinken vai encontrar-se com o presidente da Palestina esta sexta-feira

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai encontrar-se com o presidente da Autoridade da Palestina, Mahmoud Abbas, e o rei da Jordânia, Abdullah II, esta sexta-feira na capital da Jordânia, Amã.

"Como parte dos esforços contínuos da liderança palestiniana para pôr fim a esta guerra devastadora Abbas reúne-se hoje em Amã com Abdullah II. Espera-se também que o presidente se reúna amanhã, sexta-feira, com o secretário de Estado Anthony Blinken", indica Hussein Sheikh, ministro palestiniano dos Assuntos Civis, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

PUB
por Lusa

Alemanha usará "todos os seus contactos" para evitar escalada de guerra

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que a Alemanha usará "todos os seus contactos" para evitar uma escalada no conflito no Médio Oriente e para libertar reféns.

A declaração de Scholz surge após o ataque surpresa do Hamas a Israel.

"Nesta situação dramática, seria irresponsável não utilizar todos os contactos que podem ajudar", declarou o líder alemão perante o Bundestag.

O chanceler alemão tem hoje previsto encontrar-se com o Emir do Qatar, alguém que é visto como um intermediário possível entre as duas partes.

Scholz também anunciou que proibirá, no seu território, todas atividades consideradas ligadas ao Hamas.

Esta medida visa em particular uma associação cujos membros expressaram apoio aos ataques do Hamas contra Israel.

"O Ministério Federal do Interior irá proibir a atividade do Hamas na Alemanha", declarou o chanceler aos deputados alemães.

"Uma associação como a Samidoun, cujos membros celebram os atos terroristas mais brutais nas ruas, será proibida na Alemanha", especificou.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) e por outras nações.

Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

PUB
por Antena 1

Biden assinala "dia mais mortífero para os judeus desde o Holocausto"

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Samuel Corum/Pool - EPA

O presidente dos Estados Unidos comparou o ataque do Hamas em território israelita com os atos perpetrados pela Alemanha nazi na II Guerra Mundial. Joe Biden assinala mesmo o que considera ser “o dia mais mortífero para os judeus desde o Holocausto”.

O presidente norte-americano garante que o país está empenhado em apoiar Israel na recuperação dos reféns sob custódia do movimento palestiniano Hamas. Palavras de Joe Biden, na quarta-feira, em Washington, durante um encontro com líderes da comunidade judaica nos Estados Unidos.

Entretanto, não para de aumentar o número de pessoas desalojadas na Faixa de Gaza. As Nações Unidas contam mais 75 mil palestinianos sem casa em 24 horas. O número total aumenta assim para quase 340 mil.

Os hospitais de Gaza também estão a ficar sem material como ligaduras ou camas.

Com o continuar deste conflito, o Brasil convocou uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU para sexta-feira, com o objetivo de discutir a situação na Faixa de Gaza.
PUB
por RTP

Gaza sem água ou combustível até que reféns sejam libertados, avisa ministro israelita

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, reiterou esta quinta-feira que o seu país não permitirá a entrada de bens de primeira necessidade ou ajuda humanitária em Gaza até que o movimento islâmico palestino Hamas liberte as pessoas sequestradas no sábado em Israel.

"Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum camião de combustível entrará até que os israelitas raptados regressem a casa", escreveu Katz na rede social X.

Cerca de 150 israelitas, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade foram feitos reféns pelo Hamas, segundo o governo israelita.
PUB
por Lusa

Forças israelitas atacam quartel do Hamas que responde com foguetes contra Telavive

O exército israelita afirmou hoje ter atacado durante a noite o quartel-general operacional do movimento islamita Hamas, que respondeu com o lançamento de foguetes contra Telavive.

O comando `Nohva` integra "terroristas selecionados por responsáveis do Hamas" com a missão de realizar emboscadas, raides, operações de sabotagem, entre outras, indicaram as Forças de Defesa de Israel (FDI), em comunicado.

As FDI informaram ainda que mataram Mohamed Abu Shamla, um oficial da marinha do Hamas, que alegadamente utilizava a sua casa para armazenar armas navais "para realizar operações terroristas contra Israel".

Dezenas de habitantes de Gaza morreram nos contínuos bombardeamentos noturnos de Israel no norte da Faixa de Gaza. No campo de refugiados de Jabalia, foram registados 15 mortos e dezenas de feridos, enquanto pelo menos sete palestinianos foram mortos na cidade de Khan Younis e sete no campo de refugiados de Nuseirat.

Por seu lado, o Hamas afirmou ter disparado foguetes contra Telavive, na sequência de ataques israelitas contra dois campos de refugiados na Faixa de Gaza, o enclave palestiniano controlado pelo movimento islamita desde 2007.

"As Brigadas Ezzedine al-Qassam dispararam foguetes contra Telavive em resposta aos ataques israelitas contra civis nos campos de Al-Shati e Al-Jabalia", declarou o Hamas.

O movimento islamita lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), além de outros Estados.

PUB
por RTP

Blinken já está em Israel

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, já aterrou em Israel, onde vai robustecer o apoio da Administração Biden às autoridades locais.

Estima-se que Blinken vai também encontrar-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

Blinken também tentará ajudar a garantir a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas, alguns dos quais são norte-americanos.
PUB
Chegaram a Portugal mais 22 pessoas retiradas de Israel. Oito são cidadãos portugueses
por RTP

Mais repatriados em Lisboa

O avião militar partiu ao início da madrugada de Chipre e o voo aterrou esta manhã no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa.
Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade
A operação de repatriamento dos portugueses que estavam em Israel deverá terminar hoje.
PUB
por Lusa

Brasil convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU

O Brasil quer discutir a situação na Faixa de Gaza Carlo Allegri - Reuters

O Brasil convocou uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU para sexta-feira, para discutir a situação na Faixa de Gaza, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.

O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, interrompeu uma viagem pela Ásia para ir a Nova Iorque, para participar na reunião, convocada pelo Brasil, que atualmente preside ao Conselho de Segurança.

O Brasil já tinha convocado uma reunião de urgência do Conselho de Segurança, "a fim de tratar da situação na Faixa de Gaza", para 8 de outubro, um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas contra Israel.

No final da reunião de domingo, realizada à porta fechada, diversos membros do Conselho de Segurança condenaram a ofensiva do Hamas, com os Estados Unidos a lamentarem, porém, a ausência de unanimidade.

O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 1.200, avançou o Ministério da Saúde palestiniano, na sequência de um aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas, desde 2007.

Na quarta-feira, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu à ONU que lance mão de todos os recursos para pôr fim "à mais grave violação aos direitos humanos" no conflito entre o Hamas e Israel.

O governante disse que crianças jamais podiam ser feitas reféns, não importa em que lugar do mundo, de acordo com uma nota publicada nas redes sociais.

"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelitas que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeamento para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", afirmou.

"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelitas e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará a trabalhar pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", concluiu.

O Ministério da Defesa de Israel afirmou, na quarta-feira, que há brasileiros entre os reféns que o Hamas fez na ofensiva lançada contra Israel, onde residem 14 mil brasileiros aos quais se somam mais seis mil nos territórios palestinianos.

 

PUB
por Lusa

Cruz Vermelha em contacto com Hamas para a libertação de reféns

As imagens são o testemunho fiel da situação Mohammed Saber - EPA

A Cruz Vermelha disse estar em contacto com Hamas e com as autoridades israelitas para trabalhar pela libertação dos reféns que o movimento islamita fez no ataque surpresa lançado contra Israel, no sábado.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu também que "ambos os lados reduzam o sofrimento dos civis", de acordo com um comunicado.

"Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, facilitar a comunicação entre os reféns e familiares, e facilitar qualquer possível libertação", sublinhou o diretor regional do CICV para o Médio Oriente, na mesma nota.

Fabrizio Carboni lembrou também que a tomada de reféns é proibida pelo Direito Internacional Humanitário e qualquer pessoa detida deve ser imediatamente libertada.

Acredita-se que dezenas de israelitas e estrangeiros, soldados, civis, crianças e mulheres, estejam nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza, desde o início da ofensiva.

As autoridades israelitas identificam 150 reféns, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas e corpos continuam a ser identificados.

Carboni mostrou-se também preocupado com o destino dos civis na Faixa de Gaza, na sequência do aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas.

À medida que Gaza perde energia, "os hospitais perdem energia, pondo em risco recém-nascidos colocados em incubadoras e pacientes idosos a receber oxigénio. A diálise renal é interrompida e os raios X não podem ser realizados", lembrou o responsável.

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em morgues", insistiu o dirigente da Cruz Vermelha, sublinhando também que o acesso à água potável já é difícil em Gaza.

"Nenhum pai quer ser obrigado a dar água suja a uma criança com sede", insistiu Carboni.

 

PUB
Mais 24 pessoas retiradas de Israel chegam a Lisboa
por RTP

Ponto de situação

  • Oito cidadãos portugueses e 14 de outras nacionalidades chegaram ao início da manhã desta quinta-feira ao aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa. O avião militar partiu ao início da madrugada de Chipre. A operação de repatriamento dos portugueses que estavam em Israel dever agora ficar concluída;

  • Em Portugal estavam já 152 portugueses que conseguiram sair de Israel. Chegaram na quarta-feira numa operação coordenada pelo Governo português e que contou com o apoio da Força Aérea. No mesmo voo vieram 14 pessoas de outras nacionalidades. A maior parte dos que decidiram voltar são turistas. Em Israel, permanecem cerca de dois mil cidadãos portugueses que ainda não manifestaram vontade de abandonar o país;

  • Duas luso-israelitas morreram nos ataques do Hamas ao festival de música no deserto do Neguev. Tinham 22 e 25 anos e eram descendentes de judeus sefarditas de origem portuguesa. Uma delas ainda tentou fugir, mas acabou por ser morta num abrigo onde tinha procurado refúgio. Outros três cidadãos israelitas com passaporte português continuam desaparecidos. A Comunidade Israelita do Porto avançou que dois dos desaparecidos são homens com 28 e 53 anos;

  • O presidente da República manifestou a convicção de que o ataque do Hamas contribui para a radicalização numa zona já muito sensível. Marcelo Rebelo de Sousa expressou também pesar pela morte das duas jovens luso-israelitas;

  • A Sinagoga do Porto foi vandalizada com frases contra a política israelita. No portão da Sinagoga escreveram "Libertem a Palestina". "Acabem com o apartheid de Israel" foi a frase escrita nos muros. A Sinagoga do Porto é a maior da Península Ibérica. A PSP do Porto está a investigar:

  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, é esperado nas próximas horas em Israel, onde vai robustecer o apoio da Administração Biden às autoridades locais. Vai também avistar-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas;

  • Segundo os serviços de saúde palestinianos, morreram já 1.200 pessoas em consequência dos bombardeamentos aéreos israelitas sobre Gaza. O balanço de vítimas israelitas da ofensiva desencadeada no último fim de semana pelo Hamas é igual;

  • Israel formou na quarta-feira um executivo de crise que integra Benny Gantz, rosto da oposição ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, afiança que há união em torno do objetivo de "varrer esta coisa chamada Hamas da face da Terra";

  • Israel tem 300 mil reservistas posicionados perto da fronteira com a Faixa de Gaza para uma cada vez mais provável operação terrestre;

  • O primeiro-ministro israelita deixou na quarta-feira uma ameaça ao movimento radical palestiniano que controla a Faixa de Gaza: "Cada membro do Hamas é um homem morto".
PUB
por RTP

Guerra Israel-Hamas. Única central de Gaza ficou sem combustível

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Christophe Van Der Perre - Reuters

As Nações Unidas e a União Europeia apelam à criação de um corredor humanitário em Gaza enquanto se intensifica a ofensiva israelita contra o Hamas.

Dois dias depois de Israel ter cortado o abastecimento de energia e água a Gaza, a única central de eletricidade no enclave deixou de funcionar por falta de combustível.

O território prepara-se agora para uma ofensiva terrestre, que o ministro da Defesa de Israel afirma que irá mudar a face de Gaza.
PUB
por RTP

Embaixador palestiniano aponta cenário "terrível" devido a ataques israelitas

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Ibraim Alzeben, Embaixador da Palestina no Brasil e Paraguai está na Cisjordânia, chegou ao território para um período de férias dois dias antes do ataque a Israel.

Em entrevista ao correspondente Pedro Sá Guerra, o diplomata fala de um cenário terrível, os ataques não param, critica quem acusa o Hamas de organização terrorista e aponta o dedo aos jornalistas e à comunidade internacional que só vêm um lado deste conflito.
PUB
por RTP

"Free Palestine". Sinagoga vandalizada no Porto

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A sinagoga do Porto foi vandalizada. Durante a madrugada foram pintadas as paredes do templo. Para os israelitas em Portugal a vida mudou também muito nos últimos dias.

PUB
por RTP

Manifestantes juntaram-se em Lisboa a favor do povo palestiniano

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A escalada do conflito no Médio Oriente tem provocado protestos pacíficos em Portugal de apoio a ambos os lados.

Ontem, cerca de 400 pessoas fizeram uma vigília de apoio a Israel.

Hoje manifestantes juntaram-se no Martim Moniz a favor do povo palestiniano.
PUB
por RTP

NATO preocupada com implicações da guerra no Médio Oriente

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Johanna Geron - Reuters

Os ministros da Defesa da NATO estão preocupados com as implicações da escalada do conflito no Médio Oriente. Na primeira visita ao quartel-general da Aliança Atlântica, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu garantias dos aliados de que o apoio à Ucrânia vai continuar pelo tempo que for necessário.

PUB