Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Amir Cohen - Reuters
Os dois países manifestaram ainda ao mais alto nível a certeza de que Israel tem direito a defender-se.
Ursula von der Leyen e Roberta Metsola são esperadas em Israel esta sexta-feira, anunciou um comunicado conjunto da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu.
O secretário-geral do PCP condenou hoje os ataques do Hamas contra Israel, salientando que não servem "os interesses do povo palestiniano", mas considerou haver uma "certa hipocrisia" quanto ao tratamento das ações israelitas na Faixa de Gaza.
Em declarações aos jornalistas na Amadora, onde participou numa sessão pública sobre o Orçamento do Estado para 2024, Paulo Raimundo foi questionado se o PCP condena os ataques do Hamas deste sábado.
"Isso não há nenhuma dúvida. Tudo aquilo que envolva operações que tenham como objetivo e destinatário populações civis, é sempre condenável, seja ela do Hamas, seja de quem for", respondeu o secretário-geral do PCP.
No entanto, Paulo Raimundo defendeu que há uma "certa hipocrisia no ar" sobre esta matéria, considerando que se olha para os ataques do Hamas no sábado de uma maneira e de outra para a situação que se vive na Faixa de Gaza, com "praticamente três milhões de pessoas completamente isoladas, sem acesso a água, a alimentação, a cuidados médicos".
"Uns atos são condenáveis, porque são atos de índole terrorista, e os outros são o quê? É justiça? É uma vingança? É o quê?", questionou.
Interrogado se o PCP considera o Hamas uma organização terrorista, Paulo Raimundo respondeu: "Basta olhar para a história, perceber quem ajudou a financiar, a criar, e qual foi o objetivo fundamental da sua criação - em particular, combater as forças democráticas na própria Palestina - para tirar as conclusões".
"Quem olhar para a história (...) perceberá que, se há coisa que não serve os interesses do povo palestiniano, é este conjunto de ações. E, portanto, nós condenamos essas ações, e em particular as vítimas civis, inocentes, que estão a ser, tal e qual como agora, as primeiras vítimas deste processo", reforçou.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
Além de ter matado centenas de pessoas em Israel, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, território que controla desde 2006.
O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo islamita palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela UE.
O ministro da Saúde do governo de Gaza actualizou o número de vítimas dos ataques israelitas no enclave. Desde sábado morreram 1.537 palestinianos, incluindo 500 crianças e 276 mulheres, e 6.612 ficaram feridos.
A comunidade judaica, que vive na Ucrânia, acompanha com preocupação a situação em Israel. O conflito no Médio Oriente tem implicações também na guerra ucraniana.
Centenas de mortos, milhares de feridos e reféns, hospitais sobrelotados. A situação em Gaza é catastrófica, com o aumento da intensidade da violência e dos bombardeamentos na região, bloqueada por Israel, o sistema de saúde está a começar a entrar em colapso. A Médicos Sem Fronteiras (MSF) apelou, esta quinta-feira, ao fim da violência indiscriminada e da "punição coletiva" de Gaza que tem resultado num "derramamento de sangue" maioritariamente de mulheres e crianças.
“Hoje [11/10] todos os pacientes que recebemos em #Gaza eram crianças entre os 10 e 14 anos - aqui, a maioria dos feridos são mulheres e crianças, pois estão mais frequentemente nas casas destruídas pelos ataques."
— Médicos Sem Fronteiras (@MSF_Portugal) October 12, 2023
- Ayman Al-Djaroucha, vice-coordenador do projeto em Gaza
Nabil Abuznaid, chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal, lembrou que os palestinianos estão a ser alvo de terrorismo há mais de meio século. Numa entrevista exclusiva à RTP esta quinta-feira, Abuznaid frisou ainda que os palestinianos "não vão substituir Israel", até porque já aceitaram viver lado a lado com esse Estado, numa "pequena porção" do território.
Os ministros da Defesa da NATO reunidos em Bruxelas condenaram "o ataque indefensável do Hamas aos civis" e pedem a libertação de reféns. Na reunião foi mostrado um vídeo dos ataques com imagens que alguns ministros qualificaram de chocantes.
Foto: Mohammed Saber - EPA
Israel assume como único objetivo o extermínio do Hamas através da maior operação militar de sempre que prepara contra Gaza.
O Hamas já perdeu o controlo de grande parte da Faixa de Gaza, anunciou esta quinta-feira o porta-voz do exército israelita. Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, dão conta dos últimos desenvolvimentos.
O Parlamento israelita aprovou formalmente o governo de unidade nacional e também um gabinete de guerra.
Em redor da Faixa de Gaza, a vida é marcada diariamente pelos alertas dos rockets palestinianos, pelo som das explosões em Gaza e pelos disparos da artilharia israelita.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump foi hoje criticado pelo chefe de Estado, Joe Biden, e por alguns dos seus rivais Republicanos por descrever o Hezbollah, aliado do Hamas, como "muito inteligente".
"O Hezbollah é muito inteligente, eles são todos muito inteligentes", disse o ex-presidente e potencial candidato presidencial durante um comício eleitoral na noite de quarta-feira na Florida.
O magnata Republicano disse ainda que a ofensiva do Hamas não teria acontecido se tivesse permanecido na Casa Branca.
"Ninguém teria sequer sonhado em aventurar-se em Israel se as eleições não tivessem sido roubadas", disse o Republicano, que continua a insistir ser o legítimo vencedor das presidenciais de 2020, que perdeu para Joe Biden.
Biden criticou fortemente os comentários de Donald Trump, a quem poderá opor-se nas eleições presidenciais de 2024, dizendo que "nunca foi apropriado elogiar os terroristas que procuram destruir" Israel.
"É absurdo que alguém, e ainda mais um candidato presidencial (...) elogie os terroristas do Hezbollah chamando-os de `muito inteligentes`", acrescentou Ron DeSantis, governador da Florida e rival de Trump nas primárias Republicanas.
O grupo armado do Líbano Hezbollah, pró-iraniano, assumiu a responsabilidade por vários ataques a posições israelitas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
As mortes chegam agora aos milhares neste conflito, desencadeado pela ofensiva mortal lançada no sábado pelo movimento islamita palestiniano em território israelita.
Trump já tinha lançado provocações sobre a atual política externa norte-americana, quando, no rescaldo da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, declarou que a estratégia do Presidente russo, Vladimir Putin, era "genial".
Gaza está à beira de uma catástrofe humanitária depois de Israel ter cortado a água e a energia. Não deixa passar bens de primeira necessidade, alimentos e material de socorro.
Bombardeamentos israelitas visaram dois aeroportos de Damasco e da cidade de Alepo, no norte, tornando-os inoperacionais, anunciaram fontes militares sírias.
Dois polícias israelitas foram feridos a tiro hoje ao início da noite na Cidade Velha de Jerusalém "por um palestiniano", disse à Lusa fonte oficial israelita.
"Dois polícias foram atingidos a tiro por um palestiniano. Um deles com gravidade", disse a mesma fonte à Lusa.
Desconhecem-se ainda as circunstâncias do incidente ocorrido junto a uma esquadra da polícia, na zona histórica de Jerusalém.
Por volta das 20:00 (18:00 Lisboa) foram mobilizadas dezenas de viaturas da polícia e um helicóptero das forças de segurança sobrevoou o centro da cidade durante cerca de meia hora.
O incidente ocorre na véspera do dia sagrado dos muçulmanos e cinco dias depois da ofensiva militar de grande envergadura do Hamas a partir da Faixa de Gaza.
Em Jerusalém, parte dos estabelecimentos comerciais encerram as portas mais cedo desde o dia 07 de outubro e mesmo os locais turísticos estão praticamente vazios.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou esta tarde que a Administração Biden não tem qualquer razão para duvidar da autenticidade das imagens macabras mostradas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao denunciar o massacre de cidadãos israelitas por militantes do Hamas, no passado sábado.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mostrou hoje ao secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, fotos de bebés alegadamente mortos e queimados pelo grupo islamita Hamas.
Numa das fotos pode ver-se o corpo de uma criança ensanguentada num saco mortuário e, nas outras duas, restos humanos carbonizados do que parecem ser dois bebés, segundo as imagens que já foram divulgadas na rede social X (antiga Twitter).
"Esta visão vai para além do que podemos imaginar para qualquer pessoa", comentou o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando que "o mundo vê novas provas da (...) desumanidade do Hamas (...) dirigida contra bebés, crianças pequenas, adultos, idosos, pessoas com deficiências".
Uma polémica começou nos últimos dias em torno da existência de provas de abusos cometidos pelo Hamas contra crianças de `kibutz` (antigas aldeias agrícolas coletivistas) atacados, depois de um soldado ter declarado a um canal de televisão que tinha havido situações de "bebés decapitados".
Os combates em algumas comunidades duraram vários dias e fizeram centenas de mortes e há ainda um número indeterminado de pessoas por identificar ou recuperar.
"A paz é sempre temática maior em Fátima. E por isso, havendo um foco de conflito como este, não podíamos deixar de lembrar aos peregrinos de Fátima em cada dia e nas várias celebrações, esta intenção", disse o sacerdote.
Para Cabecinhas, este tema será sublinhado "de modo especial nesta peregrinação, porque a peregrinação é sempre um lugar ou um momento de grande visibilidade do próprio santuário".
Carlos Cabecinhas frisou que, em paralelo, "há uma grande intenção eclesial que vai acompanhar esta peregrinação, que é a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos".
"Mas, obviamente, o tema da paz é transversal a toda esta peregrinação e tem mesmo de o ser. Não só porque vamos rezar pela paz, como é inevitável que o tema da guerra volte a estar presente na peregrinação, porque está presente também no nosso dia a dia", afirmou aos jornalistas, acrescentando: "tínhamos o drama da guerra na Ucrânia, agora temos o drama da guerra em Israel, na Terra Santa, e nos territórios palestinianos, nomeadamente na Faixa de Gaza. São situações que nos preocupam de forma muito especial e às quais não podemos, de modo algum, ficar indiferentes".
O reitor do Santuário adiantou que haverá "preces específicas pela paz (...) nos momentos de oração da própria peregrinação".
A peregrinação de hoje e sexta-feira ao Santuário de Fátima é presidida pelo novo cardeal português Américo Aguiar, ainda presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e futuro bispo de Setúbal.
O objetivo do santuário ao convidar Américo Aguiar para presidir às celebrações desta peregrinação "era manter o tema da Jornada Mundial da Juventude presente no horizonte da Igreja em Portugal e presente no horizonte de Fátima".
A JMJ "foi um acontecimento marcante para o país e para a Igreja portuguesa e é um acontecimento cujo dinamismo não queremos deixar perder", acrescentou Carlos Cabecinhas.
A peregrinação de hoje e sexta-feira conta já com o registo de 105 grupos organizados de peregrinos, com a Itália, com 19 grupos, a ser o país estrangeiro com maior representação.
A França, com 11 grupos, e os Estados Unidos da América, com oito grupos, são os países que se seguem com maior representatividade, com o santuário a registar, para já, a presença de peregrinos de 32 países, desde Portugal ao Vietname, ou do Brasil à Ucrânia.
O programa oficial da peregrinação tem início às 21:30, com recitação do terço na Capelinha das Aparições, seguida da procissão das velas e celebração da palavra no altar do recinto.
Após uma noite de vigília, terá lugar, às 07:00 de sexta-feira, a procissão eucarística, no recinto de oração, seguindo-se, duas horas depois, o terço na Capelinha das Aparições, a procissão, a missa internacional, a bênção dos doentes e a procissão do adeus.
com Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros português falou hoje com o seu homólogo palestiniano, com quem concordou sobre a "necessidade de cessar a escalada de violência e de investir na ação político-diplomática".
Durante uma conversa telefónica, João Gomes Cravinho e o chefe da diplomacia palestiniana, Riyad al-Maliki, abordaram a "situação na região e perspetivas futuras após as recentes [reuniões] ministeriais [da] UE [União Europeia] e [da] Liga Árabe", segundo uma publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) na rede social X (antigo Twitter).
"Convergência quanto à necessidade de cessar a escalada de violência e de investir na ação político-diplomática", acrescenta a publicação do MNE.
O ministro português também falou na quarta-feira com o homólogo de Omã, Badr al-Busaidi, "sobre a situação em Israel e na região".
"Boas perspetivas quanto ao reforço das relações" entre Portugal e Omã, segundo o Palácio das Necessidades.
O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, já tinha contactado, na terça-feira, com o seu homólogo israelita, Eli Cohen, a quem pediu a salvaguarda de vidas civis no conflito com o Hamas, condenando o ataque do movimento islamita.
"Na conversa telefónica com o ministro Eli Cohen, sublinhei a amizade entre Portugal e Israel e o pesar coletivo da nossa sociedade face aos abjetos ataques perpetrados pelo Hamas", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros português na rede social X.
Na conversa com o homólogo israelita, Cravinho manifestou solidariedade pelo ataque realizado no sábado pelo grupo islâmico Hamas, oferecendo as condolências pelas vítimas mortais.
Durante a conversa, foram abordadas "as perspetivas para o futuro e a necessidade de salvaguardar ao máximo vidas civis" na guerra declarada por Israel contra o grupo islâmico.
Horas antes, Cravinho falara telefonicamente com os seus homólogos do Egito e da Jordânia, sobre a situação em Israel e na região do Médio Oriente, de acordo com o ministério.
O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
O executivo acordado quarta-feira entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o líder da oposição Benny Gantz, deverá manter-se enquanto durar a guerra.
O dirigente da oposição israelita Yair Lapid acusou hoje o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de um "fracasso imperdoável" por não ter conseguido impedir o ataque de sábado a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
"O fracasso de sábado é imperdoável", afirmou Lapid num discurso transmitido pela televisão, acrescentando que não irá integrar o governo de emergência anunciado no dia anterior por Netanyahu e pelo seu rival Benny Gantz.
Explicando que era a favor de um "governo de unidade nacional", Lapid disse que não queria fazer parte de um governo com "extremistas", citando Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Pública e chefe da Força Judaica, de extrema-direita.
Lapid referiu-se também à "responsabilidade" de Netanyahu, afirmando que "quem provoca um fracasso não o pode reparar".
O Parlamento reúne-se hoje à noite para ratificar o governo de emergência formado quarta-feira e que integra o também antigo ministro da Defesa, Benny Gantz.
Gantz, ainda antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, garantiu então que os dois vão formar um "gabinete de gestão de guerra" com cinco membros.
Além de Netanyahu e de Gantz, o gabinete será integrado também pelo atual ministro da Defesa Yoav Gallant, e dois outros altos funcionários que servirão como membros "observadores".
Segundo o acordo, o Governo não aprovará qualquer legislação ou decisão que não esteja relacionada com a guerra, enquanto os combates continuarem.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro".
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, além do número de mortos de ambos os lados, cerca de 1.000 milicianos do Hamas foram abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde continuam os combates esporádicos, tendo cinco milicianos sido mortos na quarta-feira.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, garantiu hoje que os civis de Gaza não serão alvo dos ataques israelitas e acusou o grupo islamita Hamas de os usar como "escudos humanos" contra os bombardeamentos israelitas.
"O Hamas continua a usar civis como escudos humanos, algo que não é novo, algo que sempre fez, colocando intencionalmente os civis em perigo para se proteger", disse Blinken numa conferência de imprensa em Telavive.
Blinken confirmou que discutiu com as autoridades de Israel as necessidades humanitárias da Faixa de Gaza, bombardeada pelo exército israelita, ao mesmo tempo que defendeu o direito de responder ao ataque mortal do Hamas.
"Discutimos formas de atender às necessidades humanitárias do povo de Gaza, a fim de protegê-lo, enquanto Israel realiza as suas operações de segurança legítimas para se defender contra o terrorismo e tentar garantir que isso nunca acontecerá de novo", disse Blinken.
O chefe da diplomacia norte-americana assegurou ainda ao Presidente israelita, Isaac Herzog, durante uma reunião em Telavive, que Israel ganhará a guerra com o Hamas, com recurso à ajuda dos EUA.
No início do encontro com Herzog, Blinken defendeu que o ataque sangrento contra Israel "é quase impossível de compreender" e que será "muito difícil de apagar das mentes e dos corações".
"Mas percebi uma intensa determinação de Israel em vencer. E os Estados Unidos estão aqui como aliado para ajudar a garantir que assim seja", disse Blinken.
O secretário de Estado norte-americano lembrou que no Médio Oriente existe "um caminho de integração, cooperação e normalização", que inclui os palestinianos, contra a via escolhida pelo Hamas, de "terror e destruição".
"A escolha é clara. Estamos juntos e caminharemos unidos, que é o que nos pede o nosso povo", insistiu Blinken.
Herzog agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela sua "enorme amizade" e afirmou que a visita de Blinken foi uma prova dessa estima.
"Temos de ser claros (...) que a segurança e defesa que merece o povo de Israel é uma prioridade", assegurou Herzog, que expressou a esperança de que a paz volte a Israel.
O secretario de Estado dos Estados Unidos garantiu que Washington tem estado a fiscalizar o destino de seis mil milhões de dólares oriundos de fundos iranianos e transferidos da Coreia do Sul para o Qatar, como parte de um acordo de troca de prisioneiros este ano.
Amir Cohen - Reuters
Agrava-se o conflito israelo-palestiniano. Israel promete um ataque maciço contra os líderes do Hamas. Neste momento a situação na Faixa de Gaza é precária com o cerco imposto por Israel.
O Irão acusa Israel de quer cometer um genocídio em Gaza.
As brigadas afiliadas com o Hamas e a Jihad Islâmica da Palestina anunciaram que vão bombardear as cidades de Ashkelon e de Zikim "com uma importante barragem de mísseis".
Downing Street apontou uma grande subida de atitudes anti-semitas no país como motivo para ordenar o reforço da segurança da comunidade judaica no Reino Unido.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje a proibição de atividades do movimento islamita Hamas na Alemanha, depois da ofensiva lançada no sábado contra Israel, que deixou mais de 1.300 israelitas mortos.
Num discurso no Bundestag, Scholz indicou que a Samidoun, rede de solidariedade com os prisioneiros palestinianos, também será proibida devido à polémica que surgiu após a celebração do ataque.
"É desprezível. É desumano. Contradiz todos os valores do nosso país", disse Scholz. "Não deixaremos de agir contra o ódio e o incitamento ao ódio. Não toleramos o antissemitismo", acrescentou.
O Chanceler declarou que as autoridades irão aplicar a proibição de forma consistente. "Qualquer pessoa que glorifique os crimes do Hamas ou use os seus símbolos pode ser processada na Alemanha", disse.
"Qualquer pessoa que tolere assassínios e homicídios ou incite atos criminosos pode ser processada. Qualquer pessoa que queime bandeiras israelitas pode ser processada. Qualquer pessoa que apoie uma organização terrorista como o Hamas pode ser processada", detalhou.
Scholz afirmou que as forças de segurança irão exigir responsabilidades e import expressamente "a proibição de associações e atividades", sustentou.
Segundo dados do Gabinete para a Proteção da Constituição, o serviço de inteligência nacional, o Hamas conta com o apoio de cerca de 450 pessoas na Alemanha, muitas delas cidadãos alemães.
Não existe um ramo oficial do grupo terrorista na Alemanha e as associações próximas do movimento foram proibidas há anos. A única medida adicional possível é a proibição de atividades anunciada hoje.
Scholz confirmou que a ajuda ao desenvolvimento para a Palestina será suspensa, depois de o Governo ter anunciado a revisão dos apoios.
O chanceler esclareceu também que as autoridades devem primeiro concluir uma revisão de apoios para garantir que "serve melhor a paz regional e a segurança de Israel".
"Até que esta revisão seja concluída, não iremos disponibilizar quaisquer novos recursos de cooperação para o desenvolvimento", disse.
"Infelizmente, o sofrimento da população civil da Faixa de Gaza pode ser previsto, o que provavelmente aumentará ainda mais". "Mas a culpa é também do ataque do Hamas", adiantou.
Scholz indicou também estar a fazer todos os possíveis para conseguir a libertação de todos os reféns às mãos do Hamas. "Estou em contacto com o Presidente do Egito e falarei também com o Presidente turco", disse.
Por outro lado, Israel solicitou hoje à Alemanha munições para os seus navios de guerra, disse o Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.
O ministro afirmou ainda que irá falar com as autoridades israelitas para ter mais detalhes sobre o pedido de Israel e confirmou que Berlim entregará equipamentos médicos. "Estamos com Israel", afirmou.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
As Nações Unidas disserem que a guerra originou também mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza.
O secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, é esperado no Qatar sexta-feira para reuniões com os líderes qataris sobre o movimento islamista palestiniano em guerra com Israel, confirmaram fontes norte-americanas.
O Ministério da Saúde de Israel confirma em comunicado um novo balanço dos feridos registados desde sábado.
O primeiro-ministro da Cisjordânia anunciou que o seu executivo está a trabalhar com o Egito no sentido de abrir corredores que entreguem ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Matthys Olivier - EPA
A ministra da Defesa esteve na reunião da NATO onde se falou da situação em Israel. Helena Carreiras disse que o ministro israelita não partilhou pormenores sobre as operações no terreno.
O secretário da Defesa norte-americano garantiu que os Estados Unidos não tiveram qualquer indício de que o Hamas preparava um ataque contra Israel.
Em comunicado, o presidente da Autoridade Palestiniana condenou os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza em retaliação pelo ataque do Hamas.
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, defendeu hoje que a luta de Israel é contra o movimento islamita Hamas e não contra a população palestiniana e disse esperar que esse seja o entendimento de Telavive.
"A luta é contra o Hamas, é contra um movimento terrorista e não contra o povo palestiniano. Esperamos que seja esse também o entendimento de Israel", sustentou Helena Carreiras, em declarações aos jornalistas depois de uma reunião de ministros da defesa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
A governante defendeu que é necessário separar as águas entre "o que é um atentado do Hamas terrorista" e "aquilo que é o povo palestiniano, a própria Autoridade Palestiniana e a necessidade de evitar a escalda regional".
A ministra da Defesa confirmou uma notícia que estava a ser avançada por vários órgãos de comunicação social israelitas: o homólogo de Israel, Yoav Gallant, mostrou uma compilação de vídeos sem censura sobre o ataque do Hamas no último fim de semana.
Helena Carreiras revelou que reagiu "com grande choque" às imagens que viu em conjunto com os outros ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo o secretário-geral da aliança político-militar: "São imagens semelhantes àquelas que temos visto nas redes sociais, mas são imagens chocantes."
Questionada sobre o pedido feito na quarta-feira por Jens Stoltenberg de uma resposta proporcionada por parte de Israel e salvaguardando os civis palestinianos, a governante portuguesa disse que não houve essas garantias por parte de Yoav Gallant durante a reunião no quartel-general da NATO.
"É aquilo que todos [os aliados] pedimos aqui, é aquilo que esperamos que possa vir a acontecer. Há um pedido para que isso aconteça e são os próximos tempos que vão mostrar o que vai acontecer. Nessa altura, naturalmente, todos poderemos avaliar o que vai acontecer", completou.
O número foi revelado pelo exército israelita e refere-se a cinco dias de bombardeamentos intensivos. Terão sido atingidos mais de 200 alvos, incluindo uma das bases do Hamas, hospitais e escolas.
Na quarta-feira regressou a Portugal mais um português vindo de Israel. David Nora, um jovem estudante na Universidade Hebraica em Jerusalém, veio para Portugal pelos próprios meios, não fazendo parte dos grupos de portugueses repatriados pela Força Aérea. Em entrevista à RTP, o jovem português explica como conseguiu sair de Israel e relata a situação vivida no Médio Oriente.
Foto: Amir Cohen - Reuters
Os poucos habitantes que se mantêm na cidade têm procurado abrigos, como contam os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, os enviados especiais da RTP, testemunham no terreno o intensificar dos ataques junto à Faixa de Gaza. Em redor desta área, o Governo israelita criou uma zona militar fechada.
Foto: Haithan Imad - EPA
O alerta vem das Nações Unidas mas também da Cruz Vermelha. As reservas de energia estão a terminar. Há geradores de hospitais que vão deixar de funcionar nas próximas horas.
Foto: Haitham Imad - EPA
Israel perdeu 1.300 pessoas. Do lado dos palestinianos, morreram 1.200. A defesa israelita promete aniquilar o Hamas e, na última noite, atacou um quartel-general de operações do movimento e terá matado um oficial da Marinha.
“Todos os dias somos lembrados da nossa responsabilidade global de proteger a conversa pública, garantindo que todos tenham acesso a informações em tempo real e salvaguardando a plataforma para todos os nossos utilizadores. Em resposta ao recente ataque terrorista a Israel por parte do Hamas, redistribuímos recursos e reorientamos as equipas internas que trabalham sem parar para resolver esta situação em rápida evolução”, argumenta Linda Yaccarino na publicação em que revela a carta enviada à Comissão Europeia.Everyday we're reminded of our global responsibility to protect the public conversation by ensuring everyone has access to real-time information and safeguarding the platform for all our users. In response to the recent terrorist attack on Israel by Hamas, we've redistributed… https://t.co/VR2rsK0J9K
— Linda Yaccarino (@lindayaX) October 12, 2023
Na Faixa de Gaza, a grande preocupação neste momento é a questão humanitária. A agência das Nações Unidas diz que apenas oito dos 22 centros de saúde que operam em Gaza estão a funcionar e o Ministério da Saúde de Gaza diz que o sistema de saúde está a começar a entrar em colapso.
As part of the effort exerted around the clock by the Palestinian leadership to stop this devastating war, and within the framework of the joint effort between #Jordan and #Palestine, HE President Mahmoud Abbas is meeting today in Amman with his brother, His Majesty King Abdullah… https://t.co/jcDkyglHim
— حسين الشيخ Hussein AlSheikh (@HusseinSheikhpl) October 12, 2023
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que a Alemanha usará "todos os seus contactos" para evitar uma escalada no conflito no Médio Oriente e para libertar reféns.
A declaração de Scholz surge após o ataque surpresa do Hamas a Israel.
"Nesta situação dramática, seria irresponsável não utilizar todos os contactos que podem ajudar", declarou o líder alemão perante o Bundestag.
O chanceler alemão tem hoje previsto encontrar-se com o Emir do Qatar, alguém que é visto como um intermediário possível entre as duas partes.
Scholz também anunciou que proibirá, no seu território, todas atividades consideradas ligadas ao Hamas.
Esta medida visa em particular uma associação cujos membros expressaram apoio aos ataques do Hamas contra Israel.
"O Ministério Federal do Interior irá proibir a atividade do Hamas na Alemanha", declarou o chanceler aos deputados alemães.
"Uma associação como a Samidoun, cujos membros celebram os atos terroristas mais brutais nas ruas, será proibida na Alemanha", especificou.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) e por outras nações.
Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Samuel Corum/Pool - EPA
O presidente dos Estados Unidos comparou o ataque do Hamas em território israelita com os atos perpetrados pela Alemanha nazi na II Guerra Mundial. Joe Biden assinala mesmo o que considera ser “o dia mais mortífero para os judeus desde o Holocausto”.
O exército israelita afirmou hoje ter atacado durante a noite o quartel-general operacional do movimento islamita Hamas, que respondeu com o lançamento de foguetes contra Telavive.
O comando `Nohva` integra "terroristas selecionados por responsáveis do Hamas" com a missão de realizar emboscadas, raides, operações de sabotagem, entre outras, indicaram as Forças de Defesa de Israel (FDI), em comunicado.
As FDI informaram ainda que mataram Mohamed Abu Shamla, um oficial da marinha do Hamas, que alegadamente utilizava a sua casa para armazenar armas navais "para realizar operações terroristas contra Israel".
Dezenas de habitantes de Gaza morreram nos contínuos bombardeamentos noturnos de Israel no norte da Faixa de Gaza. No campo de refugiados de Jabalia, foram registados 15 mortos e dezenas de feridos, enquanto pelo menos sete palestinianos foram mortos na cidade de Khan Younis e sete no campo de refugiados de Nuseirat.
Por seu lado, o Hamas afirmou ter disparado foguetes contra Telavive, na sequência de ataques israelitas contra dois campos de refugiados na Faixa de Gaza, o enclave palestiniano controlado pelo movimento islamita desde 2007.
"As Brigadas Ezzedine al-Qassam dispararam foguetes contra Telavive em resposta aos ataques israelitas contra civis nos campos de Al-Shati e Al-Jabalia", declarou o Hamas.
O movimento islamita lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), além de outros Estados.
O Brasil convocou uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU para sexta-feira, para discutir a situação na Faixa de Gaza, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.
O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, interrompeu uma viagem pela Ásia para ir a Nova Iorque, para participar na reunião, convocada pelo Brasil, que atualmente preside ao Conselho de Segurança.
O Brasil já tinha convocado uma reunião de urgência do Conselho de Segurança, "a fim de tratar da situação na Faixa de Gaza", para 8 de outubro, um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas contra Israel.
No final da reunião de domingo, realizada à porta fechada, diversos membros do Conselho de Segurança condenaram a ofensiva do Hamas, com os Estados Unidos a lamentarem, porém, a ausência de unanimidade.
O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 1.200, avançou o Ministério da Saúde palestiniano, na sequência de um aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas, desde 2007.
Na quarta-feira, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu à ONU que lance mão de todos os recursos para pôr fim "à mais grave violação aos direitos humanos" no conflito entre o Hamas e Israel.
O governante disse que crianças jamais podiam ser feitas reféns, não importa em que lugar do mundo, de acordo com uma nota publicada nas redes sociais.
"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelitas que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeamento para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", afirmou.
"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelitas e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará a trabalhar pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", concluiu.
O Ministério da Defesa de Israel afirmou, na quarta-feira, que há brasileiros entre os reféns que o Hamas fez na ofensiva lançada contra Israel, onde residem 14 mil brasileiros aos quais se somam mais seis mil nos territórios palestinianos.
A Cruz Vermelha disse estar em contacto com Hamas e com as autoridades israelitas para trabalhar pela libertação dos reféns que o movimento islamita fez no ataque surpresa lançado contra Israel, no sábado.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu também que "ambos os lados reduzam o sofrimento dos civis", de acordo com um comunicado.
"Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, facilitar a comunicação entre os reféns e familiares, e facilitar qualquer possível libertação", sublinhou o diretor regional do CICV para o Médio Oriente, na mesma nota.
Fabrizio Carboni lembrou também que a tomada de reféns é proibida pelo Direito Internacional Humanitário e qualquer pessoa detida deve ser imediatamente libertada.
Acredita-se que dezenas de israelitas e estrangeiros, soldados, civis, crianças e mulheres, estejam nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza, desde o início da ofensiva.
As autoridades israelitas identificam 150 reféns, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas e corpos continuam a ser identificados.
Carboni mostrou-se também preocupado com o destino dos civis na Faixa de Gaza, na sequência do aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas.
À medida que Gaza perde energia, "os hospitais perdem energia, pondo em risco recém-nascidos colocados em incubadoras e pacientes idosos a receber oxigénio. A diálise renal é interrompida e os raios X não podem ser realizados", lembrou o responsável.
"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em morgues", insistiu o dirigente da Cruz Vermelha, sublinhando também que o acesso à água potável já é difícil em Gaza.
"Nenhum pai quer ser obrigado a dar água suja a uma criança com sede", insistiu Carboni.
Foto: Christophe Van Der Perre - Reuters
As Nações Unidas e a União Europeia apelam à criação de um corredor humanitário em Gaza enquanto se intensifica a ofensiva israelita contra o Hamas.
Ibraim Alzeben, Embaixador da Palestina no Brasil e Paraguai está na Cisjordânia, chegou ao território para um período de férias dois dias antes do ataque a Israel.
A sinagoga do Porto foi vandalizada. Durante a madrugada foram pintadas as paredes do templo. Para os israelitas em Portugal a vida mudou também muito nos últimos dias.
A escalada do conflito no Médio Oriente tem provocado protestos pacíficos em Portugal de apoio a ambos os lados.
Foto: Johanna Geron - Reuters
Os ministros da Defesa da NATO estão preocupados com as implicações da escalada do conflito no Médio Oriente. Na primeira visita ao quartel-general da Aliança Atlântica, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu garantias dos aliados de que o apoio à Ucrânia vai continuar pelo tempo que for necessário.