Israel e Palestinianos criam gabinete comum de operações para combater pandemia

por RTP

A medida foi anunciada pelo porta voz da Autoridade Palestiniana, Ibrahim Milhem, como uma medida de cooperação necessária para combater a propagação do novo coronavírus.

“As nossas fronteias comuns e relações não deixam espaço de hesitação para tomar medidas severas e cooperar ao mais alto nível para evitar a propagação do vírus”, disse Milhem na terça feira.

A revelação não é surpreendente, dada a cooperação registada desde o momento em que foram detetados os primeiros casos, no hotel Angel, em Beit Jala, no início do mês. “A maioria das medidas que tomámos na área de Belém depois da deteção dos primeiros casos, foram sempre feitas em coordenação com as autoridades israelitas”, revelou ao Jerusalem Post um responsável palestiniano da área da saúde, relembrando que Israel disponibilizou Kits de teste ao coronavírus e que as análises aos casos palestinianos foram feitas em hospitais israelitas.
A Autoridade Palestiniana revelou na quarta-feira a existência de 44 casos no território.
Apesar do tema de cooperação entre Autoridade Palestiniano e Israel ser historicamente sensível, isso não se parece verificar no combate ao novo coronavírus.

“Este é o momento de deixar de lado as nossas diferenças e trabalhar em conjunto contra a pandemia, que não distingue entre árabes e judeus”, disse um responsável da Autoridade Palestiniana.

O chefe do departamento internacional da Administração Civil, Yotam Shefer, revela que nas últimas três semanas o Gabinete do Coordenador para as atividades nos Territórios, em colaboração com o Ministério da Saúde, tem trabalhado para ajudar os palestinianos nesta luta comum contra o coronavírus.

Yotam Shefer revela que desde quarta-feira foi determinado um encerramento da Cisjordânia e Faixa de Gaza, com exceção de casos humanitários, como tratamentos em hospitais israelitas. ”Belém ainda está encerrada em função do crescimento do vírus na cidade”, acrescentou.

A cooperação com Israel é feita em diferentes áreas, desde civil a áreas de segurança. “Estamos a falar de saúde, que é a nossa prioridade máxima”, explicou.
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