Israel confirma morte de refém do Hamas com nacionalidade portuguesa

por Inês Moreira Santos - RTP
Ronen Zvulun - Reuters

Israel confirmou esta sexta-feira a morte de Dror Or, que tinha sido feito refém pelo Hamas a 7 de outubro. O homem de 49 anos era um dos reféns com nacionalidade portuguesa, por ser descendente de judeus sefarditas. O corpo está retido na Faixa de Gaza, indicaram, em comunicado, as autoridades do Estado hebraico.

"Foi agora confirmado que Dror Or, raptado pelo Hamas em 7 de outubro, foi assassinado e o seu corpo está detido em Gaza", declarou o Governo israelita na conta oficial no X, acrescentando que os filhos Alma, Noam e o Yahli são agora órfãos.


Dror Or, de 49 anos, foi morto e o corpo está retido na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, indicaram em comunicado as autoridades do kibbutz Be'eri, onde vivia e cujos habitantes foram dos mais afetados pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra o território israelita.
O anúncio da morte de Dror Or surge num momento em que os países mediadores - Catar, Estados Unidos e Egito - aguardam a resposta do Hamas a uma nova proposta de tréguas combinada com a libertação dos reféns.

O Governo português "lamenta muito" a morte do cidadão luso-israelita, mas diz não ter acesso a mais informações porque a vítima foi tratada, para "todos os efeitos", como um israelita.

Segundo fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o caso está a ser tratado "para todos os efeitos" como o de um cidadão israelita, o que significa que o executivo português não tem "acesso a informação nenhuma".

"O Governo português lamenta muito a morte" deste cidadão e "reitera a exigência de libertação imediata e incondicional de todos os reféns, em especial, dos que tenham nacionalidade portuguesa", adiantou a mesma fonte. Questionada se já houve contactos entre os Governo português e o executivo israelita a propósito destes caso, disse não existir "nada".
A mulher de Dror Or foi morta no ataque, enquanto dois dos seus três filhos, de 17 e 13 anos, foram raptados e depois libertados no âmbito de um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas, no final de novembro.




A notícia da morte do cidadão com nacionalidade portuguesa foi avançada pelo jornal britânico The Guardian.
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