A escalada no Médio Oriente continua a intensificar-se. O exército israelita atingiu, durante a madrugada desta terça-feira, dezenas de alvos do movimento xiita libanês Hezbollah. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, depois de terem sido disparados mísseis do Líbano em direção à região de Afula e aos vales no norte de Israel, vários "aviões de guerra atacaram dezenas de locais" em território libanês.
“Aviões de guerra atacaram dezenas de locais” em várias zonas no sul do Líbano, acrescentaram as autoridades, referindo que o movimento xiita tinha também lançado ataques contra território israelita durante a noite. O mesmo comunicado adiantava que durante os ataques houve explosões secundárias que indicam “a presença de armas armazenadas nos edifícios”.O exército referiu também disseram que artilharia e tanques atingiram alvos perto das cidades de Ayta ash Shab e Ramyeh, no sul do Líbano.
Já na segunda-feira Israel tinha bombardeado o Líbano, afirmando ter atingido cerca de 1.600 alvos do Hezbollah, num dos mais intensos ataques transfronteiriços em quase um ano. Segundo as forças israelitas, os ataques visam alvos do Hezbollah, que tem lançado mísseis contra Israel em apoio ao Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse ao gabinete de segurança na segunda-feira que o objetivo destas operações militares no Líbano é eliminar o "Hezbollah da guerra com o Hamas”.
Piores confrontos entre Israel e Hezbollah
O Ministério libanês da Saúde disse, por seu lado, que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas nos ataques israelitas das últimas 24 horas. É já o dia mais mortal do conflito entre Israel e o Hezbollah, desde 2006.Entretanto, também o Hezbollah afirmou ter retaliado com dezenas de rockets disparados para o norte de Israel, precisando que tinham como alvo os "principais paióis" do Exército na zona, bem como um quartel militar, perto da cidade portuária de Haifa, e ainda uma fábrica de explosivos.
Ao início da manhã desta terça-feira, o exército israelita confirmou ter intercetado mais de 50 rockets disparados do Líbano em direção ao norte de Israel.
“A maioria dos projéteis foi intercetada”, disse o exército num comunicado.
O fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah - que prometeu continuar a atacar Israel "até ao fim da agressão em Gaza", abrindo uma segunda frente de batalha na região para o Exército israelita - aumentaram de intensidade desde a vaga de explosões simultâneas de equipamentos de comunicação (primeiro, pagers e, depois, walkie-talkies), atribuídas a Israel, que em todo o Líbano fizeram 39 mortos e quase 3.000 feridos, a 17 e 18 de setembro, segundo as autoridades libanesas.
Na sexta-feira, o bombardeamento israelita de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute matou 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo o líder, Ibrahim Aqil. O balanço total foram 45 vítimas mortais, incluindo civis, de acordo com as autoridades libanesas.
Estes são os piores confrontos entre Israel e o Hezbollah desde a guerra de 2006.
