O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai realizar mais uma visita a Israel e à Cisjordânia até ao final da semana, bem como ao Dubai, adiantou hoje fonte da diplomacia dos Estados Unidos.
“Durante as suas reuniões no Médio Oriente, [Blinken] irá enfatizar a necessidade de continuar a prestar assistência humanitária a Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e melhorar a proteção dos civis em Gaza”, referiu um responsável do Departamento de Estado norte-americano, que falou sob condição de anonimato.
Blinken também defenderá mais uma vez a criação de um Estado palestiniano independente como a única solução a longo prazo e discutirá os esforços para “conter o conflito”, segundo a mesma fonte citada pela agência France-Presse (AFP).
O secretário de Estado norte-americano, que iniciou hoje uma viagem pela Europa, deve deslocar-se a Telavive para se encontrar com autoridades israelitas, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e depois a Ramallah para se encontrar com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, de acordo com responsável.
Embora não tenha sido adiantada nenhuma data específica, a viagem de Blinken a Israel deverá ocorrer na quinta-feira, depois de ter participado na terça e quarta-feira numa reunião da NATO em Bruxelas e na quarta-feira numa reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Skopje, capital da Macedónia.
Pouco depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, Blinken fez uma maratona pela região, viajando várias vezes entre Israel e a Jordânia, em particular, e visitando vários outros países árabes.
Fez outra viagem no início do mês à região, indo pela primeira vez desde o início do conflito, a Ramallah.
Na sexta-feira, viajará para Dubai para continuar as discussões com o objetivo de evitar qualquer escalada do conflito, frisou ainda a fonte do Departamento de Estado.
Naquele emirado irão marcar presença vários governantes de todo o mundo, onde participam na cimeira da ONU sobre o clima (COP28), que decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de perto de 3.000 militantes, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.