Israel alega que abateu até ao momento sete comandantes de brigada do Hezbollah
As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram hoje que eliminaram até ao momento sete comandantes de brigada do Hezbollah e reiteraram a intenção de continuar a ofensiva no sul do Líbano contra o grupo xiita apoiado pelo Irão.
"As IDF continuam as operações direcionadas no setor libanês e, em estreita cooperação entre a Força Aérea, foram eliminados até ao momento sete comandantes de brigada, 21 comandantes de batalhão e 24 comandantes de companhia da organização terrorista Hezbollah", indicou o Exército em comunicado militar a propósito do conflito com o grupo armado libanês, iniciado em 08 de outubro do ano passado e que se intensificou no último mês.
Relativamente ao número de mortos, as IDF registaram mais de 2.000 membros do Hezbollah mortos, um número que inclui acima de 1.200 militantes desde o início da ofensiva terrestre em solo libanês, em 01 de outubro.
Além disso, as forças israelitas atacaram "mais de 3.200 alvos terroristas", incluindo "centenas de depósitos de armas, centenas de veículos de lançamento, posições antitanque, infraestruturas terroristas e centros de comando".
Até 300 "alvos terroristas" foram atacados só no último dia, acrescentaram as IDF, que já tinham anunciado que quase 30 instalações ligadas ao grupo financeiro Al-Qard al-Hassan, afiliado ao Hezbollah, foram atingidas em bombardeamentos realizados no domingo à noite em várias partes do Líbano, incluindo o subúrbio sul de Beirute.
Em sentido contrário, os sistemas de defesa aérea israelitas identificaram o lançamento de cerca de 170 `rockets` contra Israel, a maioria dos quais provenientes do Líbano, segundo o Exército, que não detalhou quantos foram disparados da Faixa de Gaza.
"Na zona norte dos Montes Golã, foram identificados aproximadamente 45 projéteis do Líbano para território israelita e caíram em espaços abertos", informou em comunicado o Exército, que anteriormente já tinha detetado outros lançamentos contra a região norte do país, provocando alguns incêndios, aos quais responderam os bombeiros e os serviços de emergência.
O Exército israelita alega que o Hezbollah está a enfrentar problemas para enviar os reforços necessários para combater as cinco divisões israelitas que operam no sul do Líbano e que a quantidade de armas apreendidas está a afetar a sua capacidade da organização para realizar ataques.
Israel estima que o Hezbollah tenha 30% dos `rockets` que possuía antes da guerra, o que representa milhares de unidades.
Pelo menos 2.483 pessoas foram mortas no Líbano e mais de 11.600 ficaram feridas em ataques israelitas desde 08 de outubro de 2023, de acordo com as autoridades libanesas, quando eclodiram confrontos com o grupo xiita Hezbollah no âmbito da guerra na Faixa de Gaza.
No entanto, a maioria das mortes foi registada desde que Israel iniciou uma campanha de bombardeamentos em grande escala no Líbano em 23 de setembro, que por sua vez obrigaram mais de 1,2 milhões de pessoas a fugir das suas casas.