Iron Dome. Como funciona o principal sistema de defesa antiaérea de Israel?
Israel abateu a maior parte dos 300 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro enviados pelo Irão num ataque que já foi considerado como "sem precedentes", mas tal não teria sido possível sem um dos melhores sistemas de defesa antiaérea a nível mundial. No centro desse sistema encontra-se o Iron Dome, também conhecido como Cúpula de Ferro. Em que consiste este sistema?
O sistema consiste em várias baterias localizadas em Israel, cada uma delas com três a quatro lançadores capazes de dispararem 20 mísseis intercetores. Esses mísseis, ao serem disparados, percorrem um trajeto em arco – o que explica o nome “cúpula” (“dome”). Nesse trajeto, acabam por embater nos mísseis ou drones lançados pelo inimigo, destruindo-os.
O sistema começou a ser desenvolvido em 2006, após o conflito entre Israel e o grupo militante Hezbollah, do sul do Líbano. Nessa altura, os milhares de rockets lançados pelo grupo mataram dezenas de pessoas em Israel.
O Iron Dome representa um dos pilares estratégicos da aliança entre Telavive e os Estados Unidos. No ano passado, apenas dois dias após o ataque de 7 de outubro pelo Hamas, o Governo de Benjamin Netanyahu pediu a Washington mais munições para os seus aviões de combate e mais intercetores para o Iron Dome.
Os intercetores do sistema possuem 15 centímetros de largura e três metros de comprimento, reunindo vários pequenos sensores que detetam os projéteis de curto alcance. Para combater dispositivos de longo alcance, Israel depende de outro sistema: o Arrow.
O Arrow ("Flecha") foi concebido para intercetar mísseis balísticos armados com bombas nucleares ou de outro tipo fora da atmosfera terrestre. Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou este domingo que este sistema foi bem-sucedido “contra um número significativo de mísseis balísticos” disparados pelo Irão.
c/ agências