Irão rejeita apelo dos países ocidentais para renunciar a ameaças contra Israel
O Irão rejeitou esta terça-feira os apelos lançados por vários países ocidentais no sentido de renunciar às ameaças contra Israel. Teerão explicou que não irá pedir "autorização" para responder ao assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, ação que atribui a Telavive.
Na segunda-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, apelava juntamente com outros líderes de países europeus - França, Itália, Alemanha e Reino Unido - para que o Irão "renunciasse às suas ameaças de ataque militar contra Israel".
Num comunicado conjunto divulgado pela Casa Branca, os cinco países ocidentais expressam "apoio pela defesa de Israel contra a agressão iraniana e contra ataques dos grupos terroristas apoiados pelo Irão"."Todas as partes devem cumprir as suas responsabilidades", defendem os países europeus e os EUA.
Na resposta iraniana, citada pelas agências Reuters e France Presse, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma esta terça-feira que o pedido desses países "carece de lógica, contradiz totalmente aos princípios e regras do Direito Internacional e constitui um apoio" a Israel. Mais acrescenta que o comunicado em causa "não faz objeções aos crimes internacionais do regime sionista" mas "exige descaradamente que o Irão não responda a uma violação da sua soberania e integridade territorial".
"Inação do Conselho de Segurança"
O porta-voz do MNE responde ao apelo ocidental com um pedido: que os países ocidentais "se levantem de uma vez por todas contra a guerra em Gaza".
"A inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o amplo apoio político e militar dos governos ocidentais ao regime sionista são os principais fatores para a expansão regional da crise de Gaza" defende Nasser Kanaani .
Esta altercação diplomática surge um dia depois de os Estados Unidos terem anunciado que iriam acelerar a mobilização de meios para o Médio Oriente, com o envio de um submarino com mísseis guiados e um porta-aviões para a região mais cedo do que previsto.
O objetivo passa pelo "reforço da postura e das capacidades das forças militares norte-americanas em todo o Médio Oriente perante a escalada das tensões regionais".
Nas últimas semanas, os Estados Unidos já tinham confirmado que iriam enviar reforços adicionais após a recente escalada no conflito, com o ataque israelita em Beirute que provocou a morte de Fuad Shukr, principal comandante militar do Hezbollah, e o ataque não reivindicado que matou Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, quando este se encontrava em Teerão.
c/ agências
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