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Irão rejeita acusações de Israel sobre envolvimento na sabotagem em França

por Lusa
Funcionários dos caminhos de ferro franceses no local de um dos ataques com fogo posto que atingiram o TGV Brian Snyder - Reuters

O Irão rejeitou hoje acusações israelitas de envolvimento na sabotagem de linhas ferroviárias em França ou de que planeia atacar a delegação israelita nos Jogos Olímpicos de Paris, afirmando destinarem-se a desviar atenções do "genocídio" em Gaza.

"As acusações e ódio difundido pelo ministro do regime assassino de crianças de Israel contra a República Islâmica do Irão em relação com os Jogos Olímpicos de Paris são uma tentativa desesperada de desviar a opinião pública mundial do genocídio em Gaza", indicou na rede social X Naser Kanani, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Kanani afirmou que as acusações do "regime" israelita são "mais ridículas que credíveis" e contradizem a Carta Olímpica baseada na paz e na amizade.

As linhas do comboio de alta velocidade (TGV) em França foram hoje alvo de sabotagem, no dia da abertura os Jogos, afetando centenas de milhares de pessoas.

Pouco após esta incidente, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, afirmou no X que a ação contra a rede ferroviária francesa foi executada sob a influência do "Eixo do mal do Irão", e acrescentou que Teerão planeia ataques contra os atletas israelitas e de outros países participantes nas Olimpíadas.

Katz fazia referência ao "eixo da resistência", aliança informal anti-israelita liderada pelo Irão e formada pelo Hezbollah libanês, o Hamas palestiniano e os Huthis do Iémen, entre outras formações em particular no Iraque e Síria.

Kanani assegurou no entanto que o seu país participará com normalidade no evento desportivo.

"A delegação desportiva da República Islâmica do Irão participará nas Olimpíadas de Paris com dezenas de atletas e campeões nacionais", disse Kanani, que desejou "êxito ao Governo francês" na organização do evento desportivo.

O Irão e Israel são inimigos acérrimos, referem-se a uma ameaça existencial mútua, competem pela hegemonia regional e mantêm uma guerra encoberta com ciberataques, assassinatos e sabotagens.

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