Irão assegura continuidade da luta de Nasrallah após a sua morte

por Lusa

O Irão assegurou hoje que o caminho do líder máximo do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrala, vai continuar após a sua morte no bombardeamento israelita de sexta-feira nos subúrbios de Beirute.

"O caminho glorioso do líder da resistência Hassan Nasrallah vai continuar e o seu objetivo sagrado de libertar Jerusalém será realizado, se Deus quiser", escreveu o porta-voz da diplomacia iraniana, Naser Kanani, nas redes sociais.

Anteriormente, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, tinha apelado ao mundo muçulmano para apoiar o Hezbollah no confronto com Israel, numa mensagem sem qualquer referência a Nasrallah.

"É obrigatório para todos os muçulmanos apoiar orgulhosamente o povo libanês e o Hezbollah com os seus recursos e ajudá-lo a enfrentar o regime usurpador, cruel e maléfico [de Israel]", afirmou Khamenei, numa mensagem divulgada pela agência oficial Irna.

O Irão lidera e financia o chamado "eixo de resistência" contra Israel, que inclui o Hezbollah, o Hamas palestiniano e os huthis do Iémen, além de outros grupo extremistas.

O Hezbollah também declarou que vai continuar a "guerra santa" contra Israel, apesar da morte de Nasrallah.

"A direção do Hezbollah continuará a sua `jihad` contra o inimigo em apoio de Gaza e da Palestina, em defesa do Líbano", disse o partido numa declaração publicada pela sua rede de televisão Al Manar.

A morte de Nasrallah foi anunciada pelo exército israelita hoje de manhã e confirmada horas depois pelo Hezbollah.

Nasrallah morreu num bombardeamento israelita, realizado na sexta-feira à tarde, contra a sede do Hezbollah, nos subúrbios do sul de Beirute.

"Nasrallah está agora com Alá como um grande mártir", disse o Hezbollah numa declaração divulgada pela sua rede de televisão Al Manar, sem mencionar as circunstâncias da morte do líder.

O Hezbollah (Partido de Deus) recordou que Nasrallah assumiu as rédeas do partido em 1992 e conduziu-o à "libertação do Líbano em 2000" e ao fim da ocupação israelita do sul, "a vitória de 2006".

Após o anúncio, a rede de televisão Al Manar transmitiu orações e cessou a cobertura em direto dos bombardeamentos israelitas no Líbano.

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