Inventores do LED vencem Nobel de Física

por Andreia Martins, RTP
Foto: Yuriko Nakao/Reuters

Os investigadores japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura repartem o Nobel da Física de 2014 pela descoberta de díodos emissores de luz azul e consequentemente as lâmpadas LED, que produzem mais luz com menos eletricidade.

A Real Academia das Ciências Sueca distinguiu esta terça-feira, em Estocolmo, os três cientistas japoneses pela investigação dos díodos emissores de luz azul que levou à criação das lâmpadas LED.

O anúncio foi feito esta terça-feira de manhã pelo secretário permanente da Academia Sueca, Staffan Normark, que explicou a importância e o elemento inovador das das três investigações paralelas: "Já tinhamos o verde e o vermelho, fazia falta o desenvolvimento da luz azul".

Akasaki, Amano e Nakamura começaram as respetivas investigações ainda na década de 90, com descobertas que revolucionaram as tecnologias e a indústria da iluminação. Os díodos vermelhos e verdes eram já habituais há mais de 30 anos, mas a formação de semicondutores azuis continuava a ser um desafio para a comunidade científica. 

"Grande benefício para a humanidade"
Enquanto Isamu Akasaki e Hiroshi Amano desenvolviam em conjunto as suas investigações na Universidade de Nagóia, no Japão, Shuji Nakamura trabalhava numa pequena empresa de Tokushima, a Nichia Corporation, indústria de engenharia química japonesa, onde acabaram por obter sucesso "quando todos os outros falhavam", dizia o Comité científico do prémio num comunicado.

"Hoje carregamos estas luzes LED todos os dias, nos nossos bolsos. Estão presentes em grande parte dos smartphones, por exemplo", esclareceu o painel científico.

O Comité responsável pela atribuição do prémio destacou depois da atribuição que "esta invenção permite ter luz artificial de forma muito mais eficiente".

Por isso mesmo, pode vir a revolucionar o acesso à iluminação e eletricidade. "O prémio recompensa uma invenção de grande benefício para a humanidade. Fazendo o uso do LED, a luz pode ser criada de uma nova forma".

Acrescenta o Comité da Academia que esta invenção constitui uma "grande promessa" para melhorar a qualidade de vida de "mais de 1,5 mil milhões de pessoas que não têm acesso a redes de eletricidade".
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