Começaram a chegar este domingo de manhã, a Valência, mil militares que vão reforçar as operações no terreno. Somam-se aos mais de 3500 que já estão nas áreas atingidas pelas inundações, provocadas pela tempestade Dana na semana passada em Espanha. O governo regional de Valência, fechou nas últimas horas o acesso a peões e carros particulares em dez das localidades afetadas pelas inundações, num dia em que o Rei Felipe VI e Pedro Sánchez visitam estas zonas e é esperada mais chuva.
O objetivo é "garantir os trabalhos de emergência", assim como a segurança nas zonas, incluindo a de voluntários, escreveu o governo valenciano na rede social X.
O último balanço aponta para 213 vítimas mortais, em consequência das cheias em vários territórios espanhóis. E as autoridades anunciaram, esta manhã, que já foram realizadas mais de 180 autópsias e identificadas 67 das vítimas.
Este domingo, o presidente do Governo espanhol e o rei Felipe VI vão visitar as zonas mais afetadas pela tempestade. O primeiro-ministro espanhol, assim como o Governo da comunidade de Valência, estão a ser criticados pela resposta à tragédia.
Pedro Sánchez admitiu, no sábado, que a ajuda está a chegar tardiamente e a Câmara do Comércio de Espanha diz que 845 mil pessoas sofreram os estragos desta tempestade.
O primeiro-ministro anunciou manhã que oferecia ao presidente valenciano Carlos Mazón todos os recursos que solicitasse para enfrentar as consequências da DANA. O autarca pediu, este domingo, sete ministros do Executivo espanhol para se juntarem a cinco grupos de “resposta imediata” que, frisou, atuarão em seu nome para enfrentar os problemas gerados na saúde, habitação, infra-estruturas, emprego, economia e segurança.
O leste de Espanha, em especial a região de Valência, foi atingido na terça-feira por um temporal que causou, provavelmente, as maiores inundações da Europa neste século, disse no sábado o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que reconheceu haver uma “situação trágica” na região de Valência e anunciou o envio de mais 5.000 militares para o terreno e de mais 5.000 elementos das forças de segurança.
Com este reforço, há já mais de 7.000 militares nas zonas afetadas pelas cheias e 10.000 elementos da Polícia Nacional e da Guarda Civil, no maior dispositivo de forças do Estado jamais mobilizado em Espanha em tempos de paz.
Sánchez disse que além dos mais de 200 mortos confirmados até agora, dezenas de famílias continuam a procurar pessoas desaparecidas.
O primeiro-ministro disse que as prioridades neste momento, no terreno, continuam a ser salvar vidas, recuperar e identificar cadáveres e restabelecer os serviços básicos.