Cientistas norte-americanos descobriram um novo órgão no corpo humano, ao qual deram o nome de interstício. A descoberta foi publicada na revista Scientific Reports e os investigadores acreditam que esta descoberta pode ser importante para estudar as metástases do cancro, e ajudar a compreender como a doença se espalha pelo corpo.
O interstício ainda não tinha sido descrito porque é destruído ao ser colocado nas lâminas microscópicas utilizadas para analisar as células do corpo. No entanto, com novas técnicas de observação através de imagem, o grupo de cientistas norte-americanos conseguiu descobrir o órgão.
No artigo publicado na revista Scientific Report, os cientistas destacam que esta descoberta pode ser importante para o estudo de metástases de cancro, bem como do edema, da fibrose e dos mecanismos de funcionamento de tecidos e órgãos.
Há três anos os cientistas tinham utilizado em novo endoscópio para procurar metáteses no cancro biliar e acabou por descobrir novas cavidades que não estavam, ainda, identificadas. O que os levou a uma investigação mais abrangente. Os endoscópios são utilizados para examinar órgãos internos, retirar amostras dos tecidos e fazer diagnósticos.
Com este endoscópio, depois de injetar um pouco de corante fluorescente na veia do paciente durante uma endoscopia, pode-se examinar o tecido vivo a um nível microscópico.
O interstício junta-se a outros órgãos recentemente descobertos, como o mesentério, uma dupla prega da membrana que cobre a parede abdominal, que foi reconhecido como órgão em 2017.
Para que o interstício ganhe o estatuto de novo órgão é necessários que haja consenso científico pelo que é necessário que outros grupos de cientistas analisem e confirmem esta descoberta.