Impeachment. Donald Trump absolvido no processo de destituição

por RTP
Termina assim o processo de destituição de Donald Trump Reuters

Donald Trump foi esta quarta-feira absolvido pelo Senado norte-americano das acusações de abuso de poder e de obstrução ao Congresso. Os 100 elementos do Senado votaram separadamente os dois artigos que suportavam o impeachment do Presidente norte-americano.

A primeira acusação, de abuso de poder, obteve 52 votos a favor da inocência e 48 contra. Já a acusação de obstrução ao Congresso obteve 53 votos para "inocente" e 47 para "culpado".

Dos 48 votos que levaram à absolvição da acusação de abuso de poder, 47 partiram de democratas e apenas um veio de um republicano: Mitt Romney, que tinha já esta quarta-feira avançado que iria votar para condenar Donald Trump.

O senador republicano defendeu que as ações do Presidente espelham "um assalto flagrante aos direitos eleitorais, à segurança nacional e aos valores fundamentais" dos norte-americanos.

Donald Trump já reagiu ao resultado das votações, publicando no Twitter um vídeo onde faz alusão à campanha presidencial e que termina com a frase "Trump para sempre".


O processo de impeachment foi levantado em dezembro passado pela oposição democrata, depois de quase duas semanas de discussão à volta de dois artigos para destituição que foram aprovados pela maioria democrata na Câmara de Representantes.

Os republicanos têm a maioria no Senado (53-47) e, por essa razão, já se esperava a votação de hoje resultasse na absolvição do Presidente, embora vários senadores não tenham indicado previamente o seu sentido de voto.

Nas alegações finais, esta semana, os democratas insistiram na versão de que Trump abusou do cargo ao pressionar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar a atividade da família de Joe Biden, rival democrata, e de que tentou perturbar a investigação levada a cabo pela Câmara de Representantes.

A equipa de advogados do Presidente voltou ao argumento de que não houve pressão junto de nenhum líder estrangeiro, negando igualmente qualquer ato de obstrução ao Congresso.

Donald Trump tem repetido que tudo não passa de uma "caça às bruxas" destinada a prejudicar a sua campanha para reeleição nas presidenciais de novembro próximo.

Este foi o terceiro julgamento de impeachment na história dos Estados Unidos (para além dos de Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998) e também nos dois casos anteriores os processos de destituição absolveram os presidentes.

c/ agências
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