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Imigração ilegal. Montenegro defende em Bruxelas mecanismos de repatriamento

por Cristina Santos - RTP
Christopher Neundorf - EPA

À entrada para os trabalhos do Conselho Europeu, em Bruxelas, o primeiro-ministro sublinhou esta quinta-feira que uma coisa é criar regras, outra é não respeitar "os Direitos Humanos" e a dignidade das pessoas migrantes. Luís Montenegro reconheceu que Portugal precisa de receber imigrantes, mas com condições dignas, e que abertura não se deve confundir com política de "portas escancaradas".

O primeiro-ministro insistiu na necessidade de haver consequências para a imigração ilegal, portanto “sem ter as portas escancaradas”. O chefe do Governo garantiu ainda que Portugal está disponível para acolher imigrantes, sim, mas sem ter uma política em que “basta chegar a Portugal e a situação fica para as autoridades portuguesas resolverem”.

Luís Montenegro referiu que, “acabando com (a regra de) manifestação de interesses como o instrumento de entrada no país já fez diminuir em cerca de 80 por cento os pedidos”. Isto significa, referiu o primeiro-ministro, que quem quer vir para Portugal “vem com um objetivo de trabalho definido, muitas vezes respondendo às necessidades do mercado e da nossa economia. É isso que se pretende”.
Foto: Olivier Hoslet - EPA

O debate sobre as migrações na União Europeia domina a agenda do Conselho Europeu marcado pelos diferentes pontos de vista e contextos dos Estados-membros na gestão migratória.O encontro vai servir para analisar como combater a imigração ilegal, reforçar os retornos de pessoas nessa situação e melhorar as vias legais de integração.

Luís Montenegro participa na reunião do Conselho Europeu que tem como convidado especial o presidente da Ucrânia. Volodymyr Zelensky vai discursar, em Bruxelas, sobre o plano de vitória na guerra contra a Rússia.
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