Imagens revelam que refém com nacionalidade portuguesa estava vivo quando foi capturado em Gaza
As imagens revelaram atacantes do Hamas a questionar Or Levy, um refém com nacionalidade portuguesa, se era soldado das Forças de Defesa de Israel enquanto implorava para não ser capturado ou baleado.
Nas imagens, segundo descreve o Jerusalem Post, vê-se Levy escondido num abrigo enquanto se ouvem explosões na área circundante. Um outro vídeo mostra Levy a ser levado numa carrinha ao lado de Hersh Goldberg-Polin e Elia Cohen. Estes são os primeiros sinais de que Levy foi feito refém em vida e que pode mesmo ainda estar vivo.
Levy, de 33 anos, e a mulher, Eynav Elkayam Levy, de 32, participavam no festival de música de 7 de outubro. Chegaram momentos antes do início do ataque perpetrado pelo Hamas e fugiram para um abrigo antiaéreo que foi posteriormente cercado pelos membros do Hamas. A mulher de Or Levy morreu pouco depois.
Michael, irmão de Levy, descreveu o vídeo como algo “muito difícil” de ver. O irmão surge “rodeado de corpos”, incluindo o da mulher. “Ouve-se os terroristas a falarem entre si em árabe, dizendo que há ninguém vivo” e depois a “perguntarem-lhe se é um soldado”.
“Ouve-se Or a implorar para não ser capturado ou baleado", acrescenta Michael, citado pelo jornal The Jerusalem Post.
O irmão de Or Levy, Michael, já veio a Portugal várias vezes ao longo
dos últimos meses, num esforço conjunto de várias famílias para que os
reféns do Hamas regressem a casa.
Desde o ataque de 7 de outubro que o filho de Or Levy e Eynav Elkayam Levy está ao cuidado dos avós. “Somos uma família à espera do nosso filho”, desabafa Geula Levy, a mãe de Or.
Estes avós criam o neto com a normalidade possível, enquanto aguardam notícias do filho. “Com uma criança, devemos comportar-nos como se tudo estivesse normal - rir com ele e estar com ele”, conta Geula.
“Rimo-nos e choramos à noite, ele faz com que tudo seja mais fácil para nós”, acrescenta. “Não tenho o privilégio de poder colapsar. Tenho o meu neto e o meu filho ainda por regressar. É difícil, nada nos prepara para isto”, afirma ainda.