A chuva intensa que caiu durante a madrugada na pequena ilha de Ataúro, a norte de Díli, não fez esmorecer os ânimos da vasta equipa envolvida nos preparativos do extenso Festival de Música e Cultura que começa, esta segunda-feira.
Durante os últimos dias, equipas vindas de Díli, apoiadas por habitantes locais, estiveram a preparar o recinto principal do festival localizado num espaço amplo, usado por vezes como campo de futebol, na capital da ilha, Vila Maumeta.
A chuva intensa obrigou a voltar a colocar mais terra no recinto, tapando grandes poças de água, com as cadeiras e os panos que decoravam a tribuna de honra a terem que ser colocados ao sol para secar.
Durante quatro dias dezenas de grupos musicais e culturais de todo Timor-Leste vão mostrar música, dança, gastronomia e artesanato e outros produtos locais.
A iniciativa é do presidente, José Ramos-Horta, - depois juntou-se o gabinete do primeiro-ministro Taur Matan Ruak -- e o vasto programa inclui um pouco de tudo: desde um desafio de aventura a corridas de barcos tradicionais e natação no mar, concursos de música, pintura e poesia e uma Feira do Livro, entre outras.
Um evento sem precedentes na ilha, que leva a população de Ataúro a aumentar significativamente esta semana - fala-se de mais de 1.500 visitantes e participantes - e que fez crescer o parque automóvel como nunca.
Durante dias, dezenas de autocarros, carros oficiais e veículos de apoio - incluindo carros de bombeiros e ambulâncias - foram transportados para a ilha no ferry Sucesso, sempre carregado de centenas de passageiros.
Ataúro, recorde-se, possui uma área geográfica de 140,5 quilómetros quadrados e uma população de 7.832 pessoas.
Nas zonas mais próximos da costa, entre Beloi e Vila Maumeta, multiplicam-se as atividades, com vários espaços preparados para as atividades do Festival, e desafiam-se ao máximo as parcas infraestruturas e condições da ilha.