Ilha e população de Las Palmas ainda sofrem consequências da erupção de há um ano
Um ano após a mais longa erupção vulcânica em Las Palmas, nas Canárias, a ilha continua perturbada pelas consequências da lava e cinzas que cobriram parte do território, sublinha hoje a imprensa espanhola assinalando o aniversário.
Apesar dos canais de apoio económico e social implementados pela administração pública regional e central, com mais de 565 milhões de euros vindos do governo central, cerca de 180 pessoas, por exemplo, continuam a viver em hotéis devido às condições das suas casas, e outras hospedadas por amigos ou familiares.
Isto um ano depois da erupção, que durou 85 dias, até 13 de dezembro de 2021, e deixou casas e infraestruturas submersas pela lava, causando outros danos materiais significativos e um impacto negativo severo na economia local, na agricultura e no turismo.
Os meios de comunicação espanhóis dedicaram uma cobertura significativa a este aniversário com reportagens e entrevistas para avaliar a situação.
"Gostávamos que não fosse assim", disse hoje Angel Victor Torres, governador das Ilhas Canárias, em entrevista à Cadena Ser.
"A indisponibilidade para que as pessoas regressem às suas casas deve-se a razões científicas", acrescentou, referindo que existem algumas soluções alternativas.
O Instituto Nacional italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV) e o das Ilhas Canárias (INVOLCAN) calcularam que o vulcão em Las Palmas expulsou cerca de 217 milhões de metros cúbicos de material piroclástico.
Segundo explicaram especialistas desses serviços à agência de noticias Efe, em alguns locais as explosões de lava atingiram os 65 metros, o suficiente para cobrir completamente um estádio de futebol como o Camp Nou, em Barcelona (48 metros) ou o Santiago Bernabéu, em Madrid (45 metros).