Igor Kirillov. Kiev reivindica assassinato do comandante da força nuclear russa
Um oficial superior do exército russo morreu, esta terça-feira, numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou inicialmente o Comité de Investigação russo, responsável pelas principais investigações no país. Os serviços de segurança ucranianos (SBU) assumiram, entretanto, a responsabilidade pelo assassinato de Igor Kirillov e de um assistente que estava com o militar.
"O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirillov, e o adjunto morreram" na explosão, acrescentou a mesma fonte.
O chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química (NBC), estava a sair de um edifício residencial na manhã desta terça-feira quando um dispositivo escondido numa motorizada explodiu, esclareceu o Comité de Investigação da Rússia, adiantando ainda que o dispositivo foi detonado remotamente.
Posteriormente, as autoridades ucranianas confirmaram o “ataque a bomba de hoje contra o tenente-general Igor Kirillov”, alegando tratar-se de uma “operação especial da SBU”. Num comunicado divulgado no Telegram, os serviços de segurança ucranianos apontavam o militar russo de ser “responsável pelo uso em massa de armas químicas proibidas”.De acordo com a reportagem da France Presse no local, as janelas de vários apartamentos ficaram estilhaçadas pela explosão tendo a polícia isolado a zona. A entrada do edifício também ficou danificada.
As autoridades russas abriram um "processo criminal pelo assassinato de dois militares".
"Investigadores, peritos forenses e serviços operacionais estão a trabalhar no local", adiantou o comité de investigação.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou através de uma mensagem difundida pelas redes sociais a perda de um "general destemido que nunca se escondeu nas costas dos outros", lutando "pela Pátria e pela verdade".
O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".
O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".
Trata-se do mais alto responsável militar russo morto em Moscovo desde o início da ofensiva russa contra território ucraniano, em fevereiro de 2022. Em outubro, o Reino Unido já tinha sancionado Kirillov, por este supervisionar o uso de armas químicas na Ucrânia e por ser considerando um "porta-voz significativo da desinformação do Kremlin".
O SBU tinham também acusado a Rússia de usar armas químicas mais de 4.800 vezes sob a liderança do general. Acusações que Moscovo sempre negou.
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