Huthis do Iémen dizem que "não ficarão de braços cruzados" face a "genocídio em Gaza"
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, alertaram hoje que "não ficarão de braços cruzados face à guerra genocida" na Faixa de Gaza e ameaçaram "cumprir o seu dever religioso" se Israel continuar a bombardear o enclave palestiniano.
O Conselho Político Supremo do movimento xiita afirmou em comunicado que o grupo está "a monitorizar de perto a situação" e condenou "os crimes atrozes e os massacres genocidas cometidos pelo inimigo sionista contra o povo palestiniano".
Os Huthis também avisaram que "cruzar as `linhas vermelhas` força o Iémen a cumprir seu dever religioso e de princípios".
Esta nova ameaça surge depois de responsáveis norte-americanos, citados pelo The Wall Street Journal terem afirmado que os Huthis dispararam cinco mísseis de cruzeiro fornecidos pelo Irão e cerca de 30 `drones` contra Israel.
Segundo o jornal, na semana passada o contratorpedeiro USS Carney, estacionado no norte do Mar Vermelho, abateu quatro dos mísseis de cruzeiro, enquanto o quinto foi destruído pelos sistemas antiaéreos da Arábia Saudita.
Até agora, nem os Huthis nem Riade comentaram esta informação.
Em 10 de outubro, três dias após o início da guerra em Gaza após o ataque do braço armado do grupo islamita Hamas contra Israel, o principal líder dos Huthis, Abdelmalek al Huti, disse num discurso que o movimento está disposto a "envolver-se na batalha" em apoio aos palestinianos.
O Pentágono confirmou na terça-feira que desde 17 de outubro as forças dos Estados Unidos e da coligação foram alvo de dez ataques às suas bases no Iraque e de três na Síria por grupos apoiados pelo Irão.
Estes grupos pró-Irão, com presença no Iraque, na Síria e no Iémen, fazem parte da chamada Resistência Islâmica e ameaçaram repetidamente que atacariam instalações norte-americanas no Médio Oriente e em Israel se Washington continuasse a apoiar o Estado Judeu ou se decidisse intervir militarmente em Gaza.