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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Huthis contabilizam quase 100 navios atacados no Mar Vermelho

por Lusa

Os Huthis do Iémen atacaram quase 100 navios "ligados ao inimigo israelita" no Mar Vermelho e no Golfo de Aden desde o início das ações de apoio aos palestinianos em Gaza, afirmou hoje o líder dos rebeldes.

Num discurso transmitido pela televisão Al-Masirah, controlada pelo seu movimento, Abdel Malek al-Huthi referiu novos ataques contra oito navios, acrescentando que "o número total de navios ligados ao inimigo alvo de ataques atingiu 98".

Os ataques tiveram um "grande efeito e foram um sucesso", afirmou, dizendo aos Estados Unidos e ao Reino Unido: "Ninguém nos pode impedir de levar a cabo as nossas operações de apoio aos palestinianos em Gaza".

Segundo o chefe dos rebeldes iemenitas, Israel e os seus aliados "não têm outra alternativa senão pôr fim ao bloqueio e à agressão em Gaza" de forma a pôr termo aos ataques dos rebeldes à marinha mercante.

O grupo rebelde iemenita, apoiado por Teerão, também saudou o ataque iraniano a Israel no passado fim de semana.

"A resposta foi vigorosa, tanto em termos de quantidade como de qualidade, e veio do território iraniano", declarou o líder.

No contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em curso há mais de seis meses, os Huthis têm vindo a realizar ataques desde novembro no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, por onde passa 12% do comércio mundial.

Inicialmente alegando visar navios ligados a Israel, os Huthis estenderam depois os seus alvos a navios associados aos Estados Unidos e ao Reino Unido, em represália pelos ataques efetuados a partir de janeiro por Washington e Londres contra as suas posições no Iémen.

Estes ataques fizeram aumentar os custos dos seguros dos navios que transitam pelo Mar Vermelho e levaram muitas companhias de navegação a preferir a passagem muito mais longa pelo extremo sul do continente africano.

Washington, o principal aliado de Israel, criou em dezembro uma coligação multinacional para "proteger" o tráfego marítimo, mas não conseguiu travar os ataques.

Também a União Europeia enviou a operação "Aspides", com o objetivo de proteger o comércio no canal do Suez.

Em menos de dois meses, a missão europeia repeliu 11 ataques e escoltou 68 navios no Mar Vermelho.

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