Huthis aplaudem "firmeza histórica" de palestinianos após acordo de trégua

por Lusa
As armas vão "calar-se" a partir de domingo Khaled Abdullah - Reuter

Os rebeles Huthis do Iémen apontaram que foi a "firmeza histórica" do povo palestiniano perante a agressão israelita que levou ao acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Os "grandes sacrifícios" e a determinação dos palestinianos, juntamente com a morte dos "seus grandes líderes", incluindo Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar, do movimento islamita Hamas, fizeram com que o governo israelita fosse forçado a aceitar um cessar-fogo, afirmou, na quarta-feira, Mohammad Abdul Salam em declarações divulgadas pela agência de notícias iemenita Saba.

"Nós, no Iémen, agradecemos a Deus por permitir que o nosso amado povo e as nossas forças armadas assumam esta responsabilidade, apoiando Gaza com manifestações semanais que moveram massas e operações militares eficazes e influentes desde o início do dilúvio até ao anúncio do cessar-fogo em Gaza", acrescentou.

O porta-voz dos Huthis sublinhou que, embora esta batalha esteja "a chegar ao fim" com o anúncio da trégua, a "contínua ocupação da Palestina constitui uma ameaça para a segurança e a estabilidade da região".

"Não haverá uma verdadeira paz na região a não ser que desapareça esta entidade emergente imposta por uma força ocidental e norte-americana que lhe fornece os meios de sobrevivência à custa do povo palestiniano e dos povos da região", concluiu, referindo-se a Israel.

Um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas entra em vigor, em Gaza, no domingo.

A trégua prevê a libertação de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos, e o acesso humanitário à Faixa de Gaza, onde mais de 46.700 pessoas morreram desde 07 de outubro de 2023.

 

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