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EUA abatem míssil disparado pelos Houthis contra navio de guerra norte-americano

por RTP
O abate do míssil pelos EUA foi o mais recente incidente no Mar Vermelho, onde os Houthis têm atacado a navegação internacional. LPhot Chris Sellars - Handout via Reuters

Caças norte-americanos abateram no domingo um míssil de cruzeiro antinavio disparado a partir de áreas ocupadas por Houthis no Iémen. O míssil dirigia-se a um contratorpedeiro norte-americano que operava no sul do Mar Vermelho. A informação foi avançada pelo exército dos Estados Unidos.

“A 14 de janeiro, aproximadamente às 16h45 (hora de Sanaa, capital do Iémen), um míssil de cruzeiro antinavio foi disparado de áreas militantes Houthis apoiadas pelo Irão no Iémen contra o [contratorpedeiro] USS Laboon (DDG 58), que operava no sul do Mar Vermelho”, anunciou, na rede social X, o Comando Central dos Estados Unidos.

Ainda segundo o Centcom, “o míssil foi abatido nas proximidades da costa de Hudaydah por caças norte-americanos” e “não foram registados feridos ou danos”.

Este é o primeiro ataque dos Houthis reconhecido pelos EUA depois de Washington e Londres, em conjunto com forças de outros países, bombardearem na sexta-feira e no sábado posições dos rebeldes em resposta aos ataques a navios mercantes no Mar Vermelho.

Ainda no domingo, os Houthis tinham dito que observaram aviões norte-americanos a sobrevoar a área próxima ao espaço aéreo e às zonas costeiras do Iémen.

O porta-voz dos Houthis, Mohammed Abdulsalam, descreveu a atividade dos aviões "inimigos" como uma violação flagrante da soberania nacional.

Após os acontecimentos de domingo, não é claro se é esperada alguma retaliação dos EUA, embora o presidente Joe Biden tenha dito anteriormente que "não vai hesitar em tomar medidas adicionais para proteger" o povo norte-americano "e o livre fluxo do comércio internacional, caso seja necessário".
Ameaças de resposta "forte"
O abate do míssil pelos EUA foi, assim, o mais recente incidente no Mar Vermelho, onde os Houthis têm atacado a navegação internacional naquela que dizem ser uma campanha de apoio aos palestinianos cercados pelas forças israelitas na Faixa de Gaza.

Em consequência, têm-se registado vários ataques aéreos norte-americanos e britânicos contra alvos Houthis no Iémen, originando ameaças de uma resposta "forte" por parte dos mesmos e aumentando as preocupações sobre o alargamento do conflito no Médio Oriente.

As forças de Telavive conduzem uma ofensiva em grande escala contra o Hamas, em retaliação ao massacre em 7 de outubro perpetrado pelo movimento islamita, que fez 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

A resposta de Israel na Faixa de Gaza fez já mais de 23 mil mortos e mais de 59 mil feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

c/ agências
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