O hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, está a ser alvo de ataques "sem precedentes" pelo exército israelita desde sábado. A denúncia foi feita este domingo pelo diretor do hospital, Hussam Abu Safiya.
Em comunicado, o responsável adianta que, atualmente, estão internadas cerca de 400 pessoas, incluindo bebés na unidade de recém-nascidos cujas vidas dependem de oxigénio e de incubadoras.
O hospital Kamal Adwan é por esta altura um dos poucos ainda se mantém em funcionamento no enclave palestiniano, onde poucos médicos subsistem para tratar os doentes. "Não podemos evacuar estes pacientes em segurança sem assistência, equipamento e tempo", acrescentou.
O médico negou que o Kamal Adwan tenha recebido ordens de evacuação do exército e criticou o facto de não lhes terem sido dados os meios para facilitar a retirada dos doentes.
Segundo o responsável, os ataques foram feitos "sem aviso prévio" e sem permitir que os pacientes procurassem abrigo.
"Trata-se de protocolos e procedimentos oficiais que devem ser seguidos para que a ocupação [israelita] cumpra as suas obrigações no âmbito do direito humanitário internacional", destacou o diretor do hospital.
O responsável lembrou ainda que os hospitais e as escolas são locais que não devem ser objeto de guerra.
Este domingo, o Exército israelita informou que facilitou na última sexta-feira a entrega de 5.000 litros de combustível ao hospital Kamal Adwan.
O combustível é essencial para o funcionamento do hospital situado em Gaza, permitindo o funcionamento dos geradores que produzem eletricidade.
Já este domingo, o gabinete de imprensa do Governo do Hamas em Gaza condenou os ataques ao hospital destacando que "esta não é a primeira vez que o exército de ocupação comete ataques contra o hospital Kamal Adwan".
(com agências)