Um homem foi detido para interrogatório, esta segunda-feira, no nordeste dos Estados Unidos no âmbito das investigações ao assassínio, em plena rua, do chefe de uma gigante americana de seguros de saúde.
Este homem, cuja identidade não foi revelada, atraiu a atenção dos investigadores depois de ter sido encontrado na posse do mesmo tipo de arma utilizada no assassinato de Brian Thompson, diretor da UnitedHealthcare, noticiou o canal NBC, citando duas fontes próximas das investigações. O homem está sob custódia policial na área de Altoona, Pensilvânia. A
fonte policial falou à Associated Press sob condição de anonimato, por não ter autorização para discutir detalhes da investigação em curso.
O homem teria também consigo um manifesto com críticas às empresas de saúde, acusando-as de colocarem os lucros acima dos cuidados, informou o New York Times, citando um alto responsável judicial.
Thompson,
de 50 anos, foi morto durante uma aparente emboscada premeditada na
madrugada de 4 de dezembro no centro de Manhattan, quando se dirigia
para a conferência anual de investidores da empresa.
A polícia admitiu a possibilidade de o atirador ter usado uma arma
veterinária de cano longo – normalmente usada para sacrificar animais –
para cometer o assassínio.
O crime foi presenciado por transeuntes, em frente a um hotel, uma cena
filmada por uma câmara de videovigilância e entretanto vista por milhões de
pessoas.
O atirador fugiu a pé após o tiroteio e usou depois uma
bicicleta elétrica para seguir até ao Central Park, a alguns quarteirões de
distância. Foi lançada uma enorme caça ao homem.
O que se sabe
Na semana passada, investigadores do Departamento de Polícia da Cidade
de Nova Iorque (NYPD) divulgaram fotos, sem máscara, de uma “pessoa de
interesse”, tiradas num albergue no Upper West Side, pouco antes do suspeito
viajar para o local do tiroteio em Midtown Manhattan.
Na noite de quinta-feira, a CNN citou "várias fontes policiais" para indicar que os primeiros indícios apontavam que o suspeito viajou de Atlanta para Nova Iorque num autocarro Greyhound, 10 dias antes do tiroteio, tendo chegado à cidade a 24 de novembro.
O homem, cuja identidade ainda não foi revelada publicamente, hospedou-se então no albergue de Upper West Side, pagando a estadia em dinheiro vivo e dando como identificação uma carta de condução falsa de Nova Jérsia. Depois de assassinar Brian Thompson, com o rosto parcialmente coberto por uma máscara, o autor do crime foi visto pela última vez no Central Park.
Na cena do crime, os investigadores apreenderam imagens de câmaras de segurança e balas, e recolheram uma garrafa de água e uma embalagem de barra de proteína compradas num Starbucks, assim como um telefone, que pode estar vinculado ao assassino.
Na garrafa de água foi recuperada uma impressão digital “borrada”, sem se saber até agora se possibilitou alguma identificação positiva para a investigação. Provas de ADN também podem ter sido recolhidas nos objetos encontrados, e o telefone pode fornecer pistas digitais.
Na cena do crime, os investigadores apreenderam imagens de câmaras de segurança e balas, e recolheram uma garrafa de água e uma embalagem de barra de proteína compradas num Starbucks, assim como um telefone, que pode estar vinculado ao assassino.
Na garrafa de água foi recuperada uma impressão digital “borrada”, sem se saber até agora se possibilitou alguma identificação positiva para a investigação. Provas de ADN também podem ter sido recolhidas nos objetos encontrados, e o telefone pode fornecer pistas digitais.
A polícia não avançou de imediato quaisquer motivos para o crime e acredita que o assassino conseguiu
deixar Nova Iorque.
Relatos dos media norte-americanos revelaram que foram encontradas as palavras negar, defender e depor – termos frequentemente
usados pelas companhias de seguros para rejeitar reclamações – inscritos nas balas e cartuchos usados no
crime.
A informação provocou uma avalanche de especulações sobre o motivo do assassinato mas não foi confirmada pela fonte policial desta segunda-feira, de acordo com a Newsweek.