Homem detido por alegada tentativa de assassínio de Javier Milei

por Lusa
A tentativa de atingir o presidente surgiu num momento de grande instabilidade na Argentina Juan Ignacio Roncoroni - EPA

A polícia deteve um homem que tentava entrar na sede do governo da Argentina com um machete, para alegadamente "matar o presidente" Javier Milei.

A ministra da Segurança argentina explicou que uma agente da segurança da Casa Rosada desarmou o homem, ao ver o cabo de madeira do machete dentro de uma mochila que ele trazia.

Numa conferência de imprensa, Patricia Bullrich elogiou os agentes que intervieram no incidente e indicou que o homem foi entregue à polícia da capital, Buenos Aires.

Na rede social X (antigo Twitter), Bullrich acrescentou que o detido se aproximou da sede do Governo da Argentina por volta das 19h45 de quinta-feira em Lisboa "com um machete e outros elementos cortantes".

De acordo com o jornal argentino "Clarín", o homem trazia também discos enferrujados usados para cortar metal e madeira e, ao ser detido, disse: "Eu sou Deus e vou matar o presidente".

Mais tarde, o Ministério da Segurança disse que o machete que o homem carregava tinha um comprimento "de aproximadamente 40 centímetros".

"O detido disse ser argentino, de 29 anos, residente no bairro de Pilar, em Buenos Aires", indicou o ministério.

Uma juíza de um tribunal da capital ordenou que o homem ficasse em prisão preventiva por suspeitas de ter cometido o crime de "intimidação pública".

O incidente aconteceu um dia depois de tumultos entre a polícia e centenas de trabalhadores públicos que invadiram os seus locais de trabalho em Buenos Aires e noutras cidades próximas.

Os trabalhadores, que já tinham informados da sua dispensa, invadiram os edifícios governamentais com tambores, condenando o seu despedimento, que consideram injusto, e exigindo a reintegração.

Horas antes, o Governo da Argentina anunciou um corte de 15 mil empregos públicos como parte da campanha do presidente Javier Milei para reduzir a despesa pública, em mais uma medida que adensou a tensão com manifestantes e sindicatos.

 

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