Holocausto. Estudo identifica 245 mil sobreviventes em mais de 90 países
Quase oito décadas depois do Holocausto, existem cerca de 245.000 sobreviventes espalhados por mais de 90 países. Os dados são de um estudo realizado pela Claims Conference, uma organização que se dedica à compensação das vítimas da perseguição nazi.
Segundo o estudo, 49% dos sobreviventes do Holocausto vivem em Israel, 18% na Europa Ocidental e na América do Norte, 12% nos países que faziam parte da antiga União Soviética.
O relatório revela também que a mediana de idades dos sobreviventes é de 86 anos e que mais de metade são mulheres.
“A maioria dos sobreviventes encontram-se num período da vida em que a necessidade de cuidados de saúde está a aumentar”, diz Gideon Taylor, presidente da Claims Conference, no relatório divulgado pela organização.

“Os dados obrigam-nos a aceitar a realidade de que os sobreviventes do Holocausto não estarão connosco para sempre; na verdade, já perdemos a maioria dos sobreviventes", diz Greg Schneider.
Auschwitz, 79 anos depois
Auschwitz, campo de concentração e extermínio, foi libertado a 27 de janeiro de 1945 pelo Exército Vermelho. É considerado o símbolo máximo do Holocausto.
Entre 1940 e 1945, o complexo de Auschwitz era composto por três campos: Auschwitz I, campo de concentração; Auschwitz II (Birkenau), campo de concentração e de extermínio; Auschwitz III (Monowitz), campo de trabalho escravo onde foi instalada uma fábrica de borracha sintética, a I.G. Farben.
Em Auschwitz, mais de um milhão de seres humanos foram gaseados. Judeus e ciganos foram utilizados como cobaias em experiências médicas. O Holocausto provocou uma diminuição da população judaica em um terço a nível mundial e em dois terços na Europa.

Foto: O portão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) do antigo campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz em Oswiecim, Polónia. | Foto: Kacper Pempel - Reuters
Baruch Lopes Leão de Laguna, judeu de origem portuguesa, foi pintor da escola dos retratistas holandeses, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. Quando o terrritório dos Países Baixos é invadido pelos nazis em 1941, o pintor é obrigado a refugiar-se no norte do país, onde acaba por ser capturado e levado para Auschwitz. É assassinado lá em 1943. Cerca de quatro mil judeus de origem portuguesa que viviam nos Países Baixos foram mortos nas câmaras de gás, refere Esther Mucznik no livro "Portugueses no Holocausto" (ed. A Esfera dos Livros).
José Brito Mendes, operário português que vivia nos arredores de Paris, escondeu Cécile, uma criança judia de cinco anos, cujos os pais haviam sido deportados para os campos de extermínio. Este ato levou a que, em 2004, fosse distinguido com o título de “Justos entre as Nações”, atribuído pelo Yad Vashem, a “Autoridade Nacional Israelita para a Memória dos Mártires e Heróis”.
Sampaio Garrido, Embaixador em Budapeste, foi outro dos portugueses a ser premiado com o título de “Justos entre as Nações”, em 2010, por ter impedido que centenas de judeus fossem deportados para campos de concentração.
A 27 de janeiro comemora-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Foi instituído pelas Nações Unidas, em 2005. Assinalar o dia, tem como objetivo não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus.
O relatório revela também que a mediana de idades dos sobreviventes é de 86 anos e que mais de metade são mulheres.
“A maioria dos sobreviventes encontram-se num período da vida em que a necessidade de cuidados de saúde está a aumentar”, diz Gideon Taylor, presidente da Claims Conference, no relatório divulgado pela organização.
“Agora está na hora de redobrarmos a nossa atenção para com esta população em declínio”, acrescenta. Greg Schneider, vice-presidente da Claims Conference, alerta para a importância de “olhar além dos números para ver os indivíduos que eles representam”. “São judeus que nasceram num mundo que queria vê-los assassinados”, sublinha.
“Os dados obrigam-nos a aceitar a realidade de que os sobreviventes do Holocausto não estarão connosco para sempre; na verdade, já perdemos a maioria dos sobreviventes", diz Greg Schneider.
Auschwitz, 79 anos depois
Auschwitz, campo de concentração e extermínio, foi libertado a 27 de janeiro de 1945 pelo Exército Vermelho. É considerado o símbolo máximo do Holocausto.
Entre 1940 e 1945, o complexo de Auschwitz era composto por três campos: Auschwitz I, campo de concentração; Auschwitz II (Birkenau), campo de concentração e de extermínio; Auschwitz III (Monowitz), campo de trabalho escravo onde foi instalada uma fábrica de borracha sintética, a I.G. Farben.
Em Auschwitz, mais de um milhão de seres humanos foram gaseados. Judeus e ciganos foram utilizados como cobaias em experiências médicas. O Holocausto provocou uma diminuição da população judaica em um terço a nível mundial e em dois terços na Europa.
Foto: O portão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) do antigo campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz em Oswiecim, Polónia. | Foto: Kacper Pempel - Reuters
Baruch Lopes Leão de Laguna, judeu de origem portuguesa, foi pintor da escola dos retratistas holandeses, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. Quando o terrritório dos Países Baixos é invadido pelos nazis em 1941, o pintor é obrigado a refugiar-se no norte do país, onde acaba por ser capturado e levado para Auschwitz. É assassinado lá em 1943. Cerca de quatro mil judeus de origem portuguesa que viviam nos Países Baixos foram mortos nas câmaras de gás, refere Esther Mucznik no livro "Portugueses no Holocausto" (ed. A Esfera dos Livros).
José Brito Mendes, operário português que vivia nos arredores de Paris, escondeu Cécile, uma criança judia de cinco anos, cujos os pais haviam sido deportados para os campos de extermínio. Este ato levou a que, em 2004, fosse distinguido com o título de “Justos entre as Nações”, atribuído pelo Yad Vashem, a “Autoridade Nacional Israelita para a Memória dos Mártires e Heróis”.
Sampaio Garrido, Embaixador em Budapeste, foi outro dos portugueses a ser premiado com o título de “Justos entre as Nações”, em 2010, por ter impedido que centenas de judeus fossem deportados para campos de concentração.
A 27 de janeiro comemora-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Foi instituído pelas Nações Unidas, em 2005. Assinalar o dia, tem como objetivo não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus.