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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Biden dá início à cimeira da Aliança Atlântica. "Hoje a NATO é mais poderosa do que nunca"

por RTP
Foto: Cândida Pinto - RTP

Washington recebe esta semana a cimeira da NATO e a guerra na Ucrânia como um dos temas fortes em cima da mesa. No entanto, o presidente norte-americano também está no centro das atenções após vários dias de especulação sobre a sua saúde. No discurso de boas vindas aos aliados presentes, Joe Biden afirmou que a NATO está "mais poderosa do que nunca".

A cimeira anual decorre nos Estados Unidos quando se assinalam 75 anos desde a fundação da Aliança Atlântica. Esta poderá ser a última cimeira de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, quando faltam poucos meses para as eleições, marcadas para 5 de novembro.

“É um prazer receber-vos neste ano marcante, olhar para trás com orgulho de tudo o que alcançámos e olhar para o nosso futuro partilhado com força e determinação”, afirmou Biden.

O líder norte-americano aproveitou a ocasião para anunciar que os Estados Unidos vão fornecer defesas aéreas adicionais à Ucrânia. O anúncio chega num momento crítico na defesa desse país, um dia após ataques mortais russos que devastaram o maior hospital pediátrico ucraniano.

O presidente russo, Vladimir Putin, "não quer nada mais, nada menos do que a subjugação total da Ucrânia e limpá-la do mapa", mas "a Ucrânia pode e vai parar Putin", frisou Biden.

Em comunicado após o anúncio de Biden, a Casa Branca adiantou que serão fornecidos "sistemas estratégicos de defesa aérea adicionais, incluindo baterias Patriot adicionais doadas pelos Estados Unidos, Alemanha e Roménia; componentes Patriot doados pelos Países Baixos e outros parceiros para permitir a operação de uma bateria Patriot adicional".

De acordo com a nota, está ainda incluído um sistema de defesa aérea SAMP-T doado pela Itália.

"Estamos empenhados em fornecer à Ucrânia capacidades adicionais de defesa aérea, à medida que esta se defende contra a agressão contínua da Rússia, incluindo os ataques deliberados da Rússia às cidades ucranianas e às infraestruturas civis e críticas", refere.
Futuro de Biden marca cimeira
O apoio à Ucrânia domina a cimeira, mas também a liderança de Biden, numa altura em que há um intenso debate na sociedade norte-americana em relação à saúde do presidente norte-americano, questões que se intensificaram desde o debate entre Donald Trump e Joe Biden, no final de junho.

Certo é que as decisões do futuro inquilino da Casa Branca poderão ter grande impacto no futuro da Aliança Atântica. No início deste ano, o antigo presidente dos Estados Unidos e atual candidato do Partido Republicano sugeriu que a NATO não deveria garantir a segurança dos membros que não cumpram com o objetivo de investir 2 por cento do respetivo PIB em Defesa em caso de ataque.

Ou seja, Trump avançou com uma ameaça de incumprimento do artigo 5º do Tratado de Washington, que prevê o princípio da defesa mútua: um ataque contra um membro da NATO seja considerado um ataque contra todos.

Perante os aliados reunidos a partir desta terça-feira em Washington, Joe Biden garantiu que uma "maioria bipartidária" de norte-americanos compreende que a NATO faz com que o país fique "mais seguro".
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