O braço armado do Hamas afirmou hoje que os reféns detidos na Faixa de Gaza se encontram numa situação "muito difícil", um ano após terem sido raptados durante o ataque do movimento islamita palestiniano a Israel.
"Dizemos [aos israelitas] que podiam ter recuperado todos os vossos reféns vivos há um ano (...). A situação dos restantes reféns, psicologicamente e em termos de saúde, tornou-se muito difícil", declarou o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida, num vídeo difundido pelo movimento palestiniano e difundido pelo canal do Qatar Al Jazeera.
O representante afirmou ainda que o Hamas pretende travar uma "longa batalha de desgaste" contra Israel.
"A nossa escolha é continuar o confronto numa longa, dolorosa e dispendiosa batalha de desgaste para o inimigo", disse.
Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam na posse do Hamas.
O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.