Hamas ameaça abater reféns face a intenções irredutíveis de Bibi Netanyahu
Depois de um dia marcado por protestos em Israel, Benjamin Netanyahu falou ao país e anunciou que mantém a intenção de controlar o Corredor de Filadélfia, entre a Faixa de Gaza e o Egito, um dos pontos de bloqueio nas negociações com o movimento islamita palestiniano Hamas. Perante a posição irredutível do primeiro-ministro israelita, o porta-voz do braço armado Brigadas al-Qassam, Abu Ubaida, anunciou que transmitiu novas instruções aos guardas sobre como lidar com reféns.
“Alcançar os objetivos da guerra passa pelo Corredor de Filadélfia”, afirmou o chefe de Governo de Israel, numa conferência de imprensa, alegando que “o controlo do corredor de Filadélfia garante que os reféns não serão contrabandeados para fora de Gaza”.
“Não vou ceder à pressão”, insistiu, acreditando que o controlo deste eixo era uma “questão existencial” para Israel.
“Não vamos desistir das questões existenciais para Israel, só quando o Hamas compreender isso é que seremos capazes de chegar a um acordo”, disse Netanyahu.
Recordando os seis reféns encontrados mortos em Gaza, o primeiro-ministro assegurou que “o assassinato dos reféns não aconteceu por causa da nossa decisão sobre o corredor de Filadélfia, mas por causa do próprio Hamas”.
Segundo o mesmo, os reféns foram executados pelo Hamas com um “tiro na nuca”.
"Peço perdão por não os ter trazido de volta vivos. Estivemos perto, mas não tivemos sucesso", afirmou ainda Netanyahu, dirigindo-se às famílias dos reféns que estavam em posse do movimento islamita palestiniano Hamas desde 7 de outubro de 2023.
O chefe do Governo israelita acrescentou que o Hamas “pagará um preço muito alto”, num momento em que as negociações entre as duas partes em conflito, mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos, se mantêm num impasse.
Reféns regressam “em caixões” se Israel continuar pressão militar
No domingo, as autoridades israelitas confirmaram a recuperação dos corpos de seis reféns de um túnel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, acusando o Hamas de ser responsável pelas mortes. O grupo islamita, por sua vez, aponta as culpas para Israel.
De acordo com o porta-voz do braço armado do Hamas, Brigadas al-Qassam, os guardas responsáveis pelos reféns receberam novas instruções.
"A insistência de Netanyahu em libertar reféns através de pressão militar, em vez de fechar um acordo, significa que eles serão devolvidos às suas famílias em caixões. As famílias devem escolher se os querem vivos ou mortos", disse Abu Ubaida, citado pela Reuters.
No domingo, as autoridades israelitas confirmaram a recuperação dos corpos de seis reféns de um túnel na cidade de Rafah, no sul de Gaza, acusando o Hamas de ser responsável pelas mortes. O grupo islamita, por sua vez, aponta as culpas para Israel.
De acordo com o porta-voz do braço armado do Hamas, Brigadas al-Qassam, os guardas responsáveis pelos reféns receberam novas instruções.
"A insistência de Netanyahu em libertar reféns através de pressão militar, em vez de fechar um acordo, significa que eles serão devolvidos às suas famílias em caixões. As famílias devem escolher se os querem vivos ou mortos", disse Abu Ubaida, citado pela Reuters.