Há dezasseis portugueses retidos no Sudão

por RTP
EPA

Há 16 portugueses retidos no Sudão. Foram apanhados pelo conflito armado que começou no passado dia 12 entre o Exército do Sudão e um grupo paramilitar.

Os portugueses retidos no Sudão são, na maioria, trabalhadores de várias empresas. Estão hospedados em hotéis ou em casas particulares e estão todos a ter acompanhamento da embaixada de Portugal no Cairo.
Em entrevista à RTP, João Soares, um dos portugueses retidos no Sudão, apela a uma extração tão rápido quanto possível.

Segundo João Soares, estão a ser preparados planos de evacuação, mas nesta altura não há possibilidade de qualquer avião se aproximar.
Os combates, que começaram no sábado, 15 de abril, entre o exército sudanês e as forças paramilitares de apoio rápido (RSF), seguem-se a semanas de tensão entre as duas fações militares, que lutam pelo poder no país.

A tensão aumentou depois de o grupo paramilitar ter reivindicado o controlo do aeroporto e do palácio presidencial de Cartum, numa aparente tentativa de golpe de Estado.

A luta pelo poder colocou o general Abdel Fattah al-Burhan, comandante das forças armadas, contra o general Mohammed Hamdan Dagalo, 'Hemedti', chefe das Forças de Apoio Rápido, um grupo paramilitar, numa reviravolta face à organização conjunta de um golpe militar em outubro de 2021, que derrubou o então governo de transição que sucedeu a décadas de Omar Al-Bashir no poder.

Os confrontos, que começaram em Cartum e se alastraram às cidades vizinhas de Omdurman e Bahri, são os mais graves em décadas e correm o risco de dividir o Sudão entre as duas fações militares que partilharam o poder durante uma difícil transição política.

Até ao momento, o conflito já provocou perto de 300 mortos e milhares de feridos.
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