O secretário-geral da ONU, António Guterres, que está desde quarta-feira em Kiev, faz esta quinta-feira a sua primeira visita à Ucrânia desde o início da ofensiva russa naquele país, a 24 de fevereiro.
Após estas visitas, Guterres irá encontrar-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.
Ao chegar na quarta-feira à capital ucraniana, numa conferência de imprensa improvisada para os jornalistas portugueses presentes em Kiev, Guterres disse que a prioridade mais imediata no conflito da Ucrânia é criar condições para salvar os civis que se encontram retidos na fábrica metalúrgica Azovstal em Mariupol (leste), sitiada pelo exército russo desde o início da guerra e frequentemente caracterizada como a “cidade mártir”.
Assumindo-se como um “mensageiro de paz”, Guterres mostrou-se empenhado em pgarantir as condições para que a ONU, em cooperação com as autoridades russas e ucranianas, possa estabelecer um corredor humanitário que permita a saída de centenas de civis da fábrica, onde estarão retidos mais de 400 feridos, civis e militares.
Antes destas declarações, Guterres afirmou, através de uma publicação na rede social Twitter, que chegava a Kiev com o intuito de "continuar com o trabalho para alargar o apoio humanitário e assegurar a retirada de civis das zonas de combate".
O antigo primeiro-ministro português reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, na terça-feira, em Moscovo.