Guterres pede fim do "derramamento de sangue" em Gaza e no Líbano

por Inês Moreira Santos - RTP
Eduardo Munoz - Reuters

Prestes da fazer um ano desde que começou o conflito no Médio Oriente, com o ataque do Hamas a Israel, o secretário-geral das Nações Unidas apelou ao fim da "violência chocante" e do "derramamento de sangue" em Gaza e no Líbano.

“Este dia é uma oportunidade para a comunidade internacional condenar mais uma vez em voz alta os atos abomináveis ​​do Hamas, incluindo a tomada de reféns”, disse António Guterres, num vídeo divulgado nas redes sociais.

Guterres, que foi declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita, exigiu a “libertação imediata e incondicional” dos reféns, ao mesmo tempo que apelou ao Hamas que “permitisse que o Comité Internacional da Cruz Vermelha visitasse estes reféns”.



As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, segundo as autoridades israelitas. Das pessoas raptadas durante o ataque do ano passado, 97 continuam reféns na Faixa de Gaza, incluindo 64 presumivelmente vivas e 33 mortas.

“Desde 07 de outubro, foi desencadeada uma onda de violência chocante e derramamento de sangue”, disse ainda o secretário-geral da ONU. “É tempo de libertar os reféns (...) É tempo de silenciar as armas. É tempo de acabar com o sofrimento que tomou conta da região”.

Também no Líbano as forças israelitas intensificaram os ataques contra o movimento xiita Hezbollah nas últimas semanas, com bombardeamentos quase constantes, incluindo na capital Beirute. De acordo com o Governo de Beirute, cerca de duas mil pessoas terão sido mortas e 1,2 milhões estão deslocadas.

“A guerra que se seguiu aos terríveis ataques de há um ano ainda está a destruir vidas e a infligir profundo sofrimento humano aos palestinianos em Gaza e, hoje, ao povo libanês”
, disse Guterres.

Guterres reiterou o compromisso da ONU em alcançar “uma solução duradoura para o conflito em que Israel, a Palestina e todos os outros países da região possam finalmente viver em paz, dignidade e respeito mútuo”.

C/agências
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