Guterres consternado com "contínua matança e destruição" após ataques russos

por Lusa

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou os ataques russos de hoje a infraestruturas energéticas ucranianas e manifestou-se consternado com a "contínua matança e destruição" no país.

"O secretário-geral condena nos termos mais fortes os ataques em grande escala com mísseis e drones perpetrados hoje pela Federação Russa contra cidades e vilas ucranianas por todo o país, incluindo contra infraestruturas civis, energéticas e outras infraestruturas críticas", indicou o vice-porta-voz de Guterres, Farhan Haq, em comunicado.

De acordo com a nota, os ataques terão "matado e ferido muitos civis e causado grandes danos", incluindo à Central Hidroelétrica de Dnipro, na região de Zaporijia, deixando mais de um milhão de ucranianos sem acesso a eletricidade e água em Kharkiv, Kryvyi Rih e Zaporijia.

"O secretário-geral está consternado com a contínua matança e destruição e sublinha mais uma vez que os ataques contra civis e infraestruturas civis violam o direito humanitário internacional. São inaceitáveis e devem acabar imediatamente", concluiu.

Horas antes, também a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia condenou os ataques russos de hoje que deixaram várias cidades sem água e eletricidade, admitindo estar indignada pela magnitude das violações ao direito humanitário internacional.

"Estou indignada com a magnitude dos ataques das forças armadas russas às infraestruturas energéticas de toda a Ucrânia", afirmou Denise Brown, num comunicado hoje divulgado.

A Rússia lançou esta madrugada um dos maiores ataques aéreos contra o território ucraniano desde o início da guerra, causando pelo menos cinco mortos e danificando infraestruturas críticas.

Kiev pediu fornecimentos de emergência à Roménia, Eslováquia e Polónia enquanto decorre a reparação das infraestruturas danificadas pelos ataques russos.

A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, depende da ajuda do Ocidente em armamento para fazer frente às tropas russas.

Kiev lançou uma contraofensiva no verão com resultados modestos, que atribuiu ao atraso na chegada de armamento, e tem criticado as hesitações de alguns países no envio de armas.

Moscovo respondeu à contraofensiva com um aumento dos ataques contra a Ucrânia nos últimos meses.

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