O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à Birmânia para acabar com a violência contra a minoria Rohingya. Em apenas uma semana, triplicou o número de refugiados para o Bangladesh.
"Quando um terço da população Rohingya é obrigada a sair do país, consegue encontrar uma palavra melhor para descrever?", foi assim que António Guterres respondeu a uma pergunta de um jornalista durante uma conferência de imprensa onde considerou haver uma limpeza étnica do povo Rohingya.
"Quando lá estive na semana passada, havia 125 mil refugiados Rohingya que tinham fugido para o Bangladesh. Esse número triplicou para 380 mil", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas.

Guterres apelou às autoridades da Birmânia para suspenderem as operações militares, que começaram no final de agosto, contra a minoria Rohingya, que já levaram à fuga de 400 mil pessoas.
Um porta-voz presidencial birmanês confirmou que 176 aldeias “Rohingya” estão desertas, em consequência da fuga de todos os residentes devido à violência no estado de Rakhin, no oeste do país.
O porta-voz não usou o termo Rohingya, mas bengali, a palavra normalmente usada na Birmânia, onde se considera que aquela minoria migrou ilegalmente do Bangladesh.

As autoridades da Birmânia, de maioria budista, não reconhecem a cidadania aos Rohingya, cerca de um milhão de pessoas com religião muçulmana, impondo-lhes múltiplas restrições, incluindo a privação de liberdade de movimentos.
A ONU tem manifestado preocupação com a violência do Estado birmanês sobre os Rohingya. Na segunda-feira, o Alto-Comissário para os Direitos Humanos, Zeid Ra`ad Al Hussein, descreveu a situação como "um exemplo clássico de limpeza étnica".
"Quando lá estive na semana passada, havia 125 mil refugiados Rohingya que tinham fugido para o Bangladesh. Esse número triplicou para 380 mil", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas.
Guterres apelou às autoridades da Birmânia para suspenderem as operações militares, que começaram no final de agosto, contra a minoria Rohingya, que já levaram à fuga de 400 mil pessoas.
Um porta-voz presidencial birmanês confirmou que 176 aldeias “Rohingya” estão desertas, em consequência da fuga de todos os residentes devido à violência no estado de Rakhin, no oeste do país.
O porta-voz não usou o termo Rohingya, mas bengali, a palavra normalmente usada na Birmânia, onde se considera que aquela minoria migrou ilegalmente do Bangladesh.
As autoridades da Birmânia, de maioria budista, não reconhecem a cidadania aos Rohingya, cerca de um milhão de pessoas com religião muçulmana, impondo-lhes múltiplas restrições, incluindo a privação de liberdade de movimentos.
A ONU tem manifestado preocupação com a violência do Estado birmanês sobre os Rohingya. Na segunda-feira, o Alto-Comissário para os Direitos Humanos, Zeid Ra`ad Al Hussein, descreveu a situação como "um exemplo clássico de limpeza étnica".