ONU apela à entrada imediata de ajuda humanitária em Ghouta

por Antena 1
A situação em Ghouta Oriental é insustentável Sana/ EPA

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou ao acesso imediato dos comboios humanitários à região de Ghouta Oriental, na Síria.

Depois de uma primeira incursão, as caravanas ficaram bloqueadas devido aos bombardeamentos das forças do Presidente Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia.

Citado pela agência France Presse, António Guterres pede que todos os envolvidos permitam que os "comboios entreguem bens essenciais a centenas de milhares de pessoas que necessitam desesperadamente deles".

A Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre a Síria aponta o dedo em várias direções: aos ataques aéreos levados a cabo pela Rússia, à coligação liderada pelos Estados Unidos, ao Governo de Assad, ao Estado Islâmico e a outros grupos combatentes.

O presidente desta comissão de investigação das Nações Unidas, Paulo Sérgio Pinheiro, diz que ninguém está isento de culpas.

Em entrevista à Rádio das Nações Unidas, Paulo Sérgio Pinheiro acrescenta que entre vencedores e derrotados a população fica sempre a perder.

Desde 18 de fevereiro, pelo menos 800 civis foram mortos em bombardeamentos contra o enclave de Ghouta oriental. Esta quarta-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem prevista uma reunião de emergência para abordar a guerra na Síria.
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