Maputo, 20 jul (Lusa) - A Guiné Equatorial não vai aderir hoje à CPLP como membro de pleno direito, porque registou "poucos progressos" no respeito ao regulamento interno da organização, disse hoje o vice-Presidente angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
Os passos dados pela Guiné Equatorial visando obter o estatuto de membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um dos temas centrais da IX Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que hoje se realiza em Maputo.
O vice-Presidente de Angola, país que hoje cede a presidência da CPLP para Moçambique, considerou que o alargamento dos pedidos de adesão ao estatuto de observador associado e consultivo "são provas do crescente prestígio" da comunidade lusófona.
"No entanto, poucos progressos há a registar nestes domínios", pois, por exemplo, "não chegou a haver progressos com o diálogo com os observadores associados, nomeadamente o Senegal, Ilhas Maurícias e a Guiné-Equatorial", disse Fernando Piedade dos Santos na sessão de abertura da cimeira de Maputo.
Segundo o vice-Presidente de Angola, a aprovação do regimento da CPLP "criou fortes condicionantes aos observadores associados" o que resultou na desistência da Ucrânia na candidatura ao estatuto de observador.
"Neste momento estão ainda em análise as situações da República da Geórgia, República Árabe Sarauí Democrática, mas ambas são candidaturas problemáticas por serem estados envolvidos em conflitos e também pelo facto de vários estados-membros (da CPLP) não reconhecerem a República Árabe Sarauí Democrática", disse o governante angolano.