O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, classificou o tiroteio e os confrontos militares registados em Bissau, sexta-feira, como uma tentativa de golpe de Estado.
A mesma acusação já tinha sido feita pela oposição guineense.
"Esta tentativa de golpe de Estado terá consequências pesadas", afirmou o chefe de Estado à chegada ao aeroporto de Bissau, depois de uma semana ausente do país em visitas oficiais a Roma, Timor Leste e Dubai, para participar na COP28.
Em declarações aos jornalistas, o presidente guineense recusou falar em português e referiu-se apenas às tensões dos últimos dias no país.
Umaro Sissoco Embaló, falu numa "tentativa de golpe de Estado" contra o Presidente da República e anunciou uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.
"O teatro acabou", insistiu o chefe de Estado, frisando que "toda a gente que está implicada nesta tentativa vai pagar caro".
O presidente da República anunciou que "segunda-feira, haverá uma comissão de inquérito" e reiterou que "a Guiné-Bissau não pode viver mais em teatro".
Sissoco Embaló disse ainda que "há indícios", incluindo escutas telefónicas, de que "esse golpe" não é de agora, que "foi preparado antes de 16 de novembro", o dia da comemoração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, organizada pela Presidência da República.
O presidente considera que o comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, que foi preso na sexta-feira, agiu "a mando de alguém" quando foi às celas da Polícia Judiciária retirar os dois governantes para os levar para o quartel.
"Tchongo não é maluco até ao ponto de ir rebentar as instalações da Polícia Judiciária", afirmou.
"Todos sabem quem são"
O chefe de Estado guineense insistiu que "não se faz golpe ao presidente da Assembleia, nem ao primeiro-ministro, só se faz ao chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas".
Em declarações aos jornalistas, o presidente guineense recusou falar em português e referiu-se apenas às tensões dos últimos dias no país.
Umaro Sissoco Embaló, falu numa "tentativa de golpe de Estado" contra o Presidente da República e anunciou uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.
"O teatro acabou", insistiu o chefe de Estado, frisando que "toda a gente que está implicada nesta tentativa vai pagar caro".
O presidente da República anunciou que "segunda-feira, haverá uma comissão de inquérito" e reiterou que "a Guiné-Bissau não pode viver mais em teatro".
Sissoco Embaló disse ainda que "há indícios", incluindo escutas telefónicas, de que "esse golpe" não é de agora, que "foi preparado antes de 16 de novembro", o dia da comemoração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, organizada pela Presidência da República.
O presidente considera que o comandante da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, que foi preso na sexta-feira, agiu "a mando de alguém" quando foi às celas da Polícia Judiciária retirar os dois governantes para os levar para o quartel.
"Tchongo não é maluco até ao ponto de ir rebentar as instalações da Polícia Judiciária", afirmou.
"Todos sabem quem são"
O chefe de Estado guineense insistiu que "não se faz golpe ao presidente da Assembleia, nem ao primeiro-ministro, só se faz ao chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas".
O presidente lembrou a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022 para vincar que já tinha dito àqueles que consideraram que "fizeram teatro" nessa ocasião e "disseram que era inventona", que não voltaria a repetir-se.
Sissoco evocou a frase do antigo presidente guineense Kumba Yalá, "vivemos em paz ou morremos todos", e disse "é dessa vez".
O presidente da República defendeu que "o império da lei tem que funcionar na Guiné-Bissau" e disse que se a Procuradoria-Geral da República deixar de ser o advogado do Estado, ele próprio está "disponível para fazer isso" e evitar que o país caia "num colapso".
"Se eu vou ser sacrificado é dessa vez", afirmou.
Sissoco Embaló afirmou que "todos sabem quem são" os autores do "golpe", referindo a seguir que "não há casa de ninguém atacada", numa alusão à denúncia do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, de que a residência tinha sido cercada e alvejada, com o próprio em casa.
O Presidente convidou os jornalistas a irem "a casa das pessoas ver se foram atacadas, se uma única casa" foi atacada.
À pergunta sobre o alegado envolvimento do Presidente da República nos acontecimentos de sexta-feira, respondeu: "envolvimento como? Será que vou dar golpe a mim próprio?"
Coligação governamental denuncia uso excessivo de força
Sobre o envolvimento das tropas da Presidência nos confrontos defendeu que "um dos papéis do batalhão da Presidência da República é manter e coadjuvar o Estado-Maior General, é assim que funciona".
"O batalhão da Presidência da República, no nosso sistema ou no estatuto de Defesa Nacional, é para proteger o Presidente República", frisou.
Sissoco evocou a frase do antigo presidente guineense Kumba Yalá, "vivemos em paz ou morremos todos", e disse "é dessa vez".
O presidente da República defendeu que "o império da lei tem que funcionar na Guiné-Bissau" e disse que se a Procuradoria-Geral da República deixar de ser o advogado do Estado, ele próprio está "disponível para fazer isso" e evitar que o país caia "num colapso".
"Se eu vou ser sacrificado é dessa vez", afirmou.
Sissoco Embaló afirmou que "todos sabem quem são" os autores do "golpe", referindo a seguir que "não há casa de ninguém atacada", numa alusão à denúncia do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, de que a residência tinha sido cercada e alvejada, com o próprio em casa.
O Presidente convidou os jornalistas a irem "a casa das pessoas ver se foram atacadas, se uma única casa" foi atacada.
À pergunta sobre o alegado envolvimento do Presidente da República nos acontecimentos de sexta-feira, respondeu: "envolvimento como? Será que vou dar golpe a mim próprio?"
Coligação governamental denuncia uso excessivo de força
Sobre o envolvimento das tropas da Presidência nos confrontos defendeu que "um dos papéis do batalhão da Presidência da República é manter e coadjuvar o Estado-Maior General, é assim que funciona".
"O batalhão da Presidência da República, no nosso sistema ou no estatuto de Defesa Nacional, é para proteger o Presidente República", frisou.
A coligação no Governo na Guiné-Bissau acusou contudo sexta-feira o batalhão do Palácio Presidencial de fazer um uso "desproporcional e despropositado" da força após confrontos com a Guarda Nacional relacionados com a detenção de dois membros do executivo.
Em declarações à agência Lusa a partir de Bissau, uma fonte da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, que pediu para não ser identificada, considerou que a troca de tiros que ocorreu na madrugada e manhã de sexta-feira em Bissau foi "um golpe de força da Presidência da República contra a Guarda Nacional que simplesmente havia protegido a vida de dois membros do governo".
"Nada justifica tal uso da força e este nível de violência indiscriminada", acrescentou a mesma fonte, pedindo à comunidade internacional que exija uma intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO), que tem no país uma força desde a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022
Em declarações à agência Lusa a partir de Bissau, uma fonte da Coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, que pediu para não ser identificada, considerou que a troca de tiros que ocorreu na madrugada e manhã de sexta-feira em Bissau foi "um golpe de força da Presidência da República contra a Guarda Nacional que simplesmente havia protegido a vida de dois membros do governo".
"Nada justifica tal uso da força e este nível de violência indiscriminada", acrescentou a mesma fonte, pedindo à comunidade internacional que exija uma intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO), que tem no país uma força desde a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022
Sexta-feira a capital da Guiné-Bissau foi palco de confrontos entre a Guarda nacional e forças do Batalhão do Palácio presidencial, de acordo com fontes militares.
Terá sido uma reação à prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro, nas últimas horas do mês de novembro. Foram ambos libertados por soldados da Guarda Nacional mas acabaram por ser reconduzidos à prisão.
Acusações de corrupção
Depois dos combates, o comandante da Guarda Nacional da Guiné-Bissau e mais alguns elementos da corporação foram detidos e conduzidos para as instalações do Estado Maior General das Forças armadas na Amura, em Bissau, avançaram à Lusa fontes militares.
De acordo com as fontes, o coronel Vítor Tchongo "e mais alguns soldados" da Guarda Nacional foram detidos por elementos da Polícia Militar.
De acordo com as fontes, o coronel Vítor Tchongo "e mais alguns soldados" da Guarda Nacional foram detidos por elementos da Polícia Militar.
Também de acordo com a Agência Lusa, os confrontos ocorreram numa altura em que o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan, se encontrava fora do país.
Os tiros ecoaram em dois momentos por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.
Os tiros ecoaram em dois momentos por toda a cidade de Bissau e partiram das imediações do quartel no bairro de Luanda e de outras instalações da Guarda Nacional, de acordo com os relatos que foram chegando à Lusa.
Os governantes detidos preventivamente estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 10 milhões de dólares) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.
Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.
Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial em curso.
Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.
Vários dirigentes da pasta da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada, no âmbito do processo judicial em curso.