Guiné-Bissau. PR chama a atenção a partidos político no Governo e diz que "fazer política é um ato de responsabilidade"
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, chamou hoje a atenção aos partidos políticos que integram o Governo de iniciativa presidencial e disse que "fazer política é um ato de responsabilidade".
"Penso que é preciso que as pessoas que estão no Governo percebam que fazer política é um ato de responsabilidade. Já lhes chamei a atenção, principalmente aos que estão no Governo. O que o povo que saber é o que eles querem fazer", disse Umaro Sissoco Embaló.
A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas a 04 de junho e 20 partidos políticos e duas coligações iniciaram no sábado a campanha eleitoral, que vai decorrer até 02 de junho.
O Presidente guineense falava na Presidência, em Bissau, após um encontro com os régulos, líderes tradicionais.
"Os partidos políticos têm de mostrar ao povo o que fizeram e o que querem fazer, apesar de haver partidos políticos que não possam mostrar às pessoas o que fizeram, porque nunca fizeram nada", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
Após ter dissolvido o parlamento, em maio de 2022, o Presidente formou um Governo de iniciativa presidencial, formado pelo Movimento Alternância Democrática (Madem-G15), Partido da Renovação Social (PRS) e Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
"Os partidos do Governo de iniciativa presidencial não se podem atacar um ao outro porque a responsabilidade é partilhada, quer tenham feito bem, quer tenham feito mal. É irresponsabilidade e infantilidade. Vou estar atento aos discursos de todos. Não têm o direito de se atacar mutuamente", afirmou o chefe de Estado.
O Presidente guineense pediu também civismo e disse não querer desordem no país, durante a campanha eleitoral.
"Chamei ontem o ministro do Interior e disse-lhe que todos os partidos têm de ser tratados de igual forma, independentemente da sua maneira de se comportar", afirmou Sissoco Embaló.
O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação Plataforma Aliança Inclusiva -- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, denunciou terça-feira bloqueios à sua ação de campanha em Bissau, acompanhada por milhares de apoiantes, depois de as forças de segurança terem impedido o acesso à sede do PAIGC, situada na Praça dos Heróis Nacionais, situada ao lado da Presidência guineense.