A cerimónia simbólica da tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló, apontado como vencedor das presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições, começou perto das 14:00 locais (mesma hora em Lisboa) num hotel da capital guineense.
Presentes na cerimónia estão deputados do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15) e do Partido da Renovação Social (PRS), além de várias figuras políticas da Guiné-Bissau.
A comunidade internacional está representada apenas pelos embaixadores da Gâmbia e do Senegal em Bissau.
A tomada de posse simbólica foi marcada por Sissoco Embaló enquanto decorre no Supremo Tribunal de Justiça um contencioso eleitoral interposto pelo candidato Domingos Simões Pereira.
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, disse hoje que esta tomada de posse é "um golpe de Estado" com o patrocínio do Presidente cessante do país, José Mário Vaz, com a finalidade de instalar Umaro Sissoco Embaló na presidência.
"Por ordem do ex-Presidente José Mário Vaz, o batalhão da Presidência da República ocupou os perímetros do hotel Azalai para permitir a tomada de posse ilegal de um candidato às eleições, numa altura em que se aguarda pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o diferendo eleitoral", lê-se numa publicação na página de Facebook de Aristides Gomes.
Várias artérias e cruzamentos de Bissau estão a ser patrulhadas por soldados armados, embora a população e os transportes circulem livremente.
O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, que conforme a lei do país é quem concede a posse ao Presidente eleito, demarcou-se da cerimónia, alegando aguardar pela decisão do tribunal.