Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Reuters
REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
São palavras da diretora executiva da Unicef numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Foto: José Pinto Dias - RTP
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos deveria começar esta quinta-feira, mas será protelada por 24 horas. O Governo Israelita aprovou o acordo com o Hamas para a libertação de 50 reféns, mulheres e crianças. Um entendimento saudado na Cisjordânia.
Foto: Reuters
O embaixador de Israel admite que este acordo tem vários riscos e diz que a guerra não vai terminar enquanto não aniquilarem com o Hamas. Já o chefe da diplomacia da Palestina em Portugal acredita que esta trégua pode ditar o fim da guerra.
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Do Ocidente aos países árabes, há votos para que este seja o primeiro passo para o fim do conflito que já dura há mais de seis semanas.
São 50 as mulheres e crianças israelitas que vão ser libertadas esta quinta-feira de manhã por troca de 150 prisioneiros palestinianos. A Autoridade Palestiniana acredita que isto pode significar uma viragem no conflito, mas Benjamin Netanyahu já reafirmou que vai retomar a guerra depois do cessar-fogo de quatro dias.
O chefe da missão diplomática da Palestina em Lisboa considerou hoje a trégua no conflito entre Israel e Hamas "uma boa notícia", mas lamentou que o primeiro-ministro israelita tenha afirmado que, após o cessar-fogo, retomará os combates.
"É uma boa notícia porque, a cada minuto, a cada dia, olhamos para a televisão e vemos o número de pessoas mortas e a destruição em Gaza. Hoje é a notícia da esperança de que muitos reféns ou prisioneiros serão libertados e tenho a certeza de que haverá sorrisos nos rostos de algumas pessoas, por parte das suas famílias de ambos os lados", disse à agência Lusa Nabil Abuznaid, que participou hoje numa iniciativa de estudantes universitários em favor da Palestina.
Abuznaid salientou esperar que os quatro dias de cessar-fogo possam ser "o início de uma trégua final que ponha fim a esta guerra e que ponha fim à ocupação das terras palestinianas".
Questionado pela Lusa sobre o facto de o primeiro-ministro israelita ter afirmado que, logo após a trégua, continuará as ações com vista à eliminação do Hamas na Faixa de Gaza, o diplomata palestiniano acusou Benjamim Netanyahu de querer "uma vitória a qualquer preço".
"Netanyahu é um perdedor, perdeu a popularidade do seu povo, é acusado de corrupção, não conseguiu sequer proteger Israel no dia 07 de outubro e esta é realmente a situação atual. Está à procura de uma vitória a qualquer preço, o que, na minha opinião, não é possível em guerras. Não conseguiu sequer proteger o seu próprio povo", sustentou.
"Penso que a vitória seria se ele avançasse para a paz para acabar com a ocupação. Penso que foi isso que [Itzhak] Rabin [o quinto primeiro-ministro de Israel, de 1974 a 1977, e de 1992 até ao seu assassínio em 1995] aprendeu com a primeira Intifada. Quando viu a violência e viu a posição da comunidade internacional, pensou que a melhor maneira era falar com o inimigo, os palestinianos, e assinou um acordo de paz com [Yasser] Arafat [presidente da Organização para a Libertação da Palestina -- OLP, e líder da Fatah)", acrescentou Abuznaid.
Para o diplomata palestiniano, ao evitar seguir o caminho de Rabin, o atual primeiro-ministro israelita "deixou de ter credibilidade para continuar a ser um líder" em Israel, pois colocou o país numa "situação difícil".
Israel e o movimento islamita Hamas chegaram a um acordo sobre a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza em troca de prisioneiros palestinianos, e que também prevê uma "pausa humanitária" de quatro dias, como referiu o Qatar, um dos mediadores deste entendimento.
O objetivo é permitir a entrada de mais ajuda humanitária e de emergência, no contexto do cerco total que o enclave palestiniano enfrenta, sem abastecimento de água, eletricidade e combustível.
A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE) -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 47.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Portugal quer retirar de Gaza e acolher mais dez a doze palestinianos que têm relações com o país, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, que confirmou que todas as pessoas com nacionalidade portuguesa já saíram do território.
Segundo João Gomes Cravinho, o Governo tinha uma "lista prioritária" de 16 pessoas com nacionalidade portuguesa para retirar da Faixa de Gaza e a última saiu na terça-feira.
"Mas continuamos com várias outras pessoas, palestinianas, que gostaríamos também de ver retiradas de Gaza, para poderem estar em segurança e poderem vir para Portugal", afirmou o ministro aos jornalistas, em Madrid, onde hoje esteve numa reunião dos titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros do grupo de países do sul da União Europeia (UE), conhecido como MED9.
João Gomes Cravinho disse que são "10, 12 pessoas" que estão em Gaza e que Portugal quer acolher, por razões humanitárias, por terem ligações ao país, como um visto de residência ou familiares em território nacional.
O ministro recusou dar mais pormenores por haver "grande sensibilidade no diálogo com as autoridades" de Israel e Egito, os dois países de que depende a retirada de Gaza.
Na terça-feira, uma bebé de nacionalidade portuguesa foi retirada de Gaza em segurança, sendo a última do grupo de cidadãos sinalizados por Portugal para saírem deste território, segundo indicou fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, na sequência do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas neste enclave.
Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza, referiu a fonte oficial da diplomacia portuguesa.
Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha divulgado a saída de oito cidadãos sinalizados por Portugal - dois nacionais e seis familiares - através da passagem de Rafah, a qual está aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito.
Numa nota informativa, a diplomacia portuguesa especificava que a saída da menor ainda não tinha ocorrido devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares.
Um bombardeamento no sul da Faixa de Gaza na quarta-feira passada causou a morte de três portugueses, uma adulta e duas crianças, e dois familiares, que estavam incluídos na lista que o Governo português forneceu às autoridades para a retirada da Faixa de Gaza.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14.000 mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.
Segundo as Nações Unidas, a guerra já provocou 1,7 milhões de deslocados em Gaza.
A agência das Nações Unidas alertou também para o facto de a sobrelotação dos abrigos improvisados estar "a conduzir a uma propagação significativa de doenças, incluindo doenças respiratórias agudas e diarreia, a levantar problemas ambientais e de saúde e a limitar a capacidade da Agência para prestar serviços".🔺 Since the beginning of the war, at least 191 people sheltering in @UNRWA schools have been killed & 798 reported injured in #Gaza
— UNRWA (@UNRWA) November 22, 2023
🔺@UNRWA received confirmed reports that 2 schools, in the North & Middle Area, were completely demolished by explosions.https://t.co/PKt580EJQF pic.twitter.com/el2NlpPBwv
O acordo de cessar-fogo, que se prevê que dure quatro dias, entra em vigor às 10h00 (8h00 em Lisboa). Para o Hamas é urgente travar a máquina de guerra israelita, como assinalam os enviados especiais da RTP Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.
A Comissão Europeia quer aproveitar a trégua de quatro dias no Médio Oriente para intensificar a ajuda humanitária a Gaza.
Após 47 dias de guerra, esforços diplomáticos e pressão das famílias dos reféns, Israel e o Hamas chegaram a um acordo.
Há muito que a comunidade internacional pedia para que a trégua acontecesse. Joe Biden elogia Benjamin Netanyahu pelo compromisso assumido.
Ao fim de seis semanas de guerra no Médio Oriente, Israel e Hamas chegaram a um acordo. O grupo extremista comprometeu-se a libertar pelo menos 50 reféns que se encontram em Gaza. Em troca, Israel vai libertar 150 palestinianos da prisão, para além de interromper os bombardeamentos no sul de Gaza durante quatro dias e de deixar entrar nessa região ajuda humanitária.
O movimento islamita Hamas anunciou hoje que as tréguas de quatro dias acordadas com Israel em troca da libertação de 50 reféns entrarão em vigor às 10:00 locais de quinta-feira (08:00 em Lisboa).
"A trégua na Faixa de Gaza começará às 10h00 de amanhã [quinta-feira]", declarou Musa Abou Marzouk, membro sénior da ala política do Hamas, à cadeia de televisão Al Jazeera do Qatar.
Marzouk adiantou que o Hamas "está preparado para um cessar-fogo global e para uma troca de prisioneiros", antes de indicar que "a maior parte" dos reféns feitos durante os ataques de 7 de outubro a libertar "são estrangeiros", sem dar mais pormenores.
JSD //APN
Lusa/Fim
We welcome the announcement of the Israel-Hamas agreement for 50 Israeli hostages to be released. My thoughts are with the families, some of whom my @WHO colleagues and I met with in recent weeks.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) November 22, 2023
We also welcome the 4-day pause in fighting that will allow more aid to be safely…
Quarenta e cinco dias depois do reacender do conflito no Médio Oriente, Israel e Hamas chegaram a um acordo para a libertação de reféns que implica um curto cessar-fogo. As negociações foram complexas e duraram várias semanas, contando com o apoio do Catar, Estados Unidos e Egito.
During a five days intense mission to the Middle East I met the leaders of Israel and Palestine and many other major regional actors.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) November 21, 2023
I come back with a lot of worries and a bit of hope. Read my new blog post : https://t.co/EWb4zRcP3B pic.twitter.com/yl853Mkfu5
A Jordânia exigiu hoje que a trégua temporária entre Israel e o movimento islamita Hamas seja um passo rumo à "cessação total da guerra" e agradeceu os esforços de mediação do Qatar, Egito e Estados Unidos para a alcançar.
"É importante que esta trégua seja um passo que conduza à cessação total da guerra contra a Faixa de Gaza e que contribua para a cessação da escalada dos ataques contra civis e da sua deslocação forçada", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Sufyan al Qudah.
O responsável destacou a "importância do acordo para garantir a chegada da ajuda humanitária a todas as regiões da Faixa de Gaza de uma forma que responda a todas as necessidades e assegure a estabilidade e permanência nas suas casas aos habitantes de Gaza".
A trégua, que entrará em vigor nas próximas 24 horas, permitirá ao Hamas libertar 50 mulheres e crianças, mantidas reféns em Gaza desde o ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro, em troca da libertação, por parte de Israel, de um número indeterminado de "mulheres e crianças palestinianas detidas em prisões israelitas".
A pausa, de quatro dias, prorrogável, permitirá também a entrada no enclave palestiniano de "um maior número de comboios humanitários e de ajuda, incluindo combustível destinado a necessidades humanitárias", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
A Jordânia, que assinou a paz com Israel em 1994 e é o segundo Estado árabe a fazê-lo, depois do Egito (1979), é um dos países que mais rejeitou a ofensiva de Israel em Gaza, tendo retirado há três semanas o seu embaixador de Telavive com a condição de devolvê-lo assim que a guerra terminasse.
Tanto Amã como o Cairo rejeitaram categoricamente o deslocamento forçado da população de Gaza para território egípcio ou jordano, algo que disseram que considerariam uma "declaração de guerra" e uma "ameaça".
O acordo entre Israel e Hamas para a libertação de reféns em Gaza foi selado durante a última madrugada. O Governo de Benjamin Netanyahu, composto por partidos da direita à esquerda, conseguiu um entendimento para que o acordo se materializasse. A contrapartida será a libertação de 150 prisioneiros palestinianos, número aventado pelo movimento radical.
Os presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu saudaram hoje o acordo sobre a anunciada trégua em Gaza e a libertação dos reféns indicando que a pausa deve ser aproveitada para "intensificar" a ajuda humanitária.
"A Comissão Europeia fará todo o possível para aproveitar esta pausa para uma onda humanitária para Gaza", disse a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, em comunicado, adiantando que pediu ao seu comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, que intensificasse os envios de ajuda e o "mais rápido possível para aliviar a crise humanitária".
Ursula von der Leyen saudou também com "grande satisfação" o acordo alcançado para a libertação de 50 reféns e a pausa nas hostilidades.
"Cada dia que estas mães e crianças são mantidas reféns por terroristas é demais. Partilho a alegria das famílias que em breve poderão voltar a abraçar os seus entes queridos", acrescentou Von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia disse estar também "muito grata a todos aqueles que trabalharam incansavelmente através dos canais diplomáticos nas últimas semanas para negociar este acordo" e apelou ao Hamas para "libertar imediatamente todos os reféns e permitir-lhes regressar a casa em segurança".
Também os presidentes do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram a sua satisfação com o acordo para uma pausa humanitária nas hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns.
Roberta Metsola disse numa mensagem na rede social X (antigo Twitter) que a libertação dos reféns dá "alguma esperança às famílias devastadas em Israel e algum alívio aos palestinianos em Gaza".
A presidente do Parlamento Europeu apelou ainda para que se aproveite este momento para "redobrar esforços para devolver todos os refugiados às suas casas, intensificar a ajuda humanitária e aproveitar este raio de esperança para encontrar uma solução duradoura e sustentável e uma verdadeira visão de paz que reconstrua o horizonte político".
Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, agradeceu especialmente ao Qatar e ao Egito por ajudarem na negociação do acordo e apelou ao Hamas para libertar "todos" os refugiados.
O antigo primeiro-ministro belga também considerou "crucial" aproveitar esta pausa nas hostilidades para permitir que o máximo de ajuda humanitária chegue ao que é necessário em Gaza.
O Qatar disse hoje que vai ser anunciado nas próximas 24 horas o início da trégua de quatro dias entre Israel e o movimento islamita Hamas, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros catari descreveu as conversações que produziram o acordo para uma "pausa humanitária" como o resultado de uma mediação do Egito, dos EUA e do Qatar.
"O acordo inclui a libertação de 50 reféns, mulheres e crianças civis, atualmente detidas na Faixa de Gaza, em troca da libertação de um número de mulheres e crianças palestinianas detidas em prisões israelitas", referiu o ministério.
O Qatar sublinhou que o cessar-fogo "irá permitir a entrada de um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária, incluindo combustível designado para necessidades humanitárias".
Israel aceitou na terça-feira o acordo, com todos os membros do executivo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a votarem a favor, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
O Hamas saudou hoje o acordo, mas garantiu que a luta não terminou.
Telavive declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter lançado um ataque contra Israel a 07 de outubro, no qual morreram mais de 1.200 pessoas e 240 foram raptadas e levadas para Gaza.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse hoje apoiar o acordo assinado com o movimento islamita Hamas para uma trégua de quatro dias, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
"As reservas são compreensíveis, dolorosas e difíceis, mas dadas as circunstâncias apoio a decisão do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] e do Governo de continuar com o acordo de libertação de reféns", disse Herzog.
Numa nota publicada na rede social X (antigo Twitter), o chefe de Estado disse esperar que o acordo "seja o primeiro passo para devolver todos os reféns a casa".
"O Estado de Israel, o exército e as forças de segurança continuarão a agir por todos os meios para atingir este objetivo, juntamente com o regresso da segurança absoluta para os cidadãos de Israel", acrescentou Herzog.
Israel aceitou na terça-feira o acordo, com todos os membros do executivo de Netanyahu a votarem a favor, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
O Qatar disse hoje que vai ser anunciado nas próximas 24 horas o início da trégua de quatro dias entre Israel e o movimento islamita Hamas, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros catari descreveu as conversações que produziram o acordo para uma "pausa humanitária" como o resultado de uma mediação do Egito, dos EUA e do Qatar.
"O início da pausa será anunciado nas próximas 24 horas e terá a duração de quatro dias, sujeito a prorrogação", referiu o comunicado.
"O acordo inclui a libertação de 50 reféns, mulheres e crianças civis, atualmente detidas na Faixa de Gaza, em troca da libertação de um número de mulheres e crianças palestinianas detidas em prisões israelitas", referiu o ministério.
"O número de pessoas libertadas irá aumentar em fases posteriores da implementação do acordo", acrescentou o comunicado.
O Qatar sublinhou que o cessar-fogo "irá permitir a entrada de um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária, incluindo combustível designado para necessidades humanitárias".
O Hamas saudou hoje o acordo, mas garantiu que a luta não terminou. "Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos", alertou o grupo, num comunicado.
Esta trégua surge após semanas de pressão crescente por parte da comunidade internacional e dos principais organismos internacionais, como as Nações Unidas, para pôr termo aos ataques incessantes, que também já causaram mais de 1,5 milhões de deslocados.
Telavive declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter lançado um ataque contra Israel a 07 de outubro, no qual morreram mais de 1.200 pessoas e 240 foram raptadas e levadas para Gaza.
Os EUA e a Rússia saudaram o acordo confirmado hoje entre Israel e o movimento islamita Hamas para uma trégua de quatro dias, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que estava "extraordinariamente satisfeito" com a possível libertação de reféns sequestrados em Israel por militantes do Hamas em 07 de outubro, no âmbito de um acordo aprovado pelo governo israelita.
"Estou extraordinariamente satisfeito que muitas destas almas corajosas (...) se reúnam com as suas famílias assim que este acordo for totalmente implementado", disse Biden num comunicado divulgado pela Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos da América.
O líder norte-americano elogiou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo seu "compromisso" com "uma pausa prolongada para garantir que este acordo possa ser plenamente executado e garantir o fornecimento de ajuda humanitária adicional para aliviar o sofrimento das famílias palestinianas inocentes em Gaza".
"É importante que todos os aspetos deste acordo sejam totalmente implementados", alertou Biden.
O Presidente do EUA indicou também que a "maior prioridade" é garantir a segurança dos reféns norte-americanos.
"Desde os primeiros momentos do ataque brutal do Hamas, a minha equipa de segurança nacional e eu temos trabalhado em estreita colaboração com os parceiros regionais (...) Não vou parar até que todos sejam libertados", sublinhou Biden.
Também Moscovo demonstrou satisfação pelo acordo, resultado da mediação do Egito, dos EUA e do Qatar, sublinhando que "isto é exatamente aquilo a que a Rússia apelou desde o início da escalada do conflito".
A Rússia "saúda o acordo entre Israel e o Hamas sobre uma pausa humanitária de quatro dias", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakarova, citada por agências de notícias do país.
O Qatar disse hoje que vai ser anunciado nas próximas 24 horas o início de uma "pausa humanitária", que "terá a duração de quatro dias, sujeito a prorrogação".
"O acordo inclui a libertação de 50 reféns, mulheres e crianças civis, atualmente detidas na Faixa de Gaza, em troca da libertação de um número de mulheres e crianças palestinianas detidas em prisões israelitas", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros catari.
"O número de pessoas libertadas irá aumentar em fases posteriores da implementação do acordo", acrescentou o comunicado.
O Qatar sublinhou que o cessar-fogo "irá permitir a entrada de um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária, incluindo combustível designado para necessidades humanitárias".
Israel aceitou na terça-feira o acordo, com todos os membros do executivo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a votarem a favor, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
O Hamas saudou hoje o acordo, mas garantiu que a luta não terminou. "Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos", alertou o grupo, num comunicado.
Esta trégua surge após semanas de pressão crescente por parte da comunidade internacional e dos principais organismos internacionais, como as Nações Unidas, para pôr termo aos ataques incessantes, que também já causaram mais de 1,5 milhões de deslocados.
Telavive declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter lançado um ataque contra Israel a 07 de outubro, no qual morreram mais de 1.200 pessoas e 240 foram raptadas e levadas para Gaza.
Foto: EPA
Está traçado o plano para a eventual libertação dos reféns que estão nas mãos do Hamas desde o dia 7 de outubro. Podem ser libertadas ainda esta semana 20 mulheres e 30 crianças.
Apesar de haver um acordo para a libertação de mais de 50 reféns do Hamas, Benjamin Netanyahu apresenta neste momento o plano ao seu governo que apresenta várias fações, muitas delas não estão de acordo. O acordo com a liderança do Hamas ainda terá de ser aprovado pelo Supremo Tribunal de Israel.
Os enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, estão em Israel a acompanhar os últimos desenvolvimentos em relação ao acordo para a libertação de 53 reféns em cativeiro desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.
No norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano, o confronto com o Hezbollah tem vindo a crescer e devido aos combates muitas cidades israelitas estão agora praticamente desertas.
O Papa Francisco reúne-se esta quarta-feira no Vaticano, em momentos separados, com familiares dos israelitas que permanecem reféns do movimento islamita Hamas e com um grupo de famílias de palestinianos afetados pelo conflito em curso na Faixa de Gaza.
Já saiu da Faixa de Gaza a bebé portuguesa que escapou a três bombardeamentos. Nour Ashour tem e um ano e foi levada para o Egito, onde está agora em segurança.