Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Andreia Martins, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Alexander Ermochenko - Reuters

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por Lusa

Organizações de defesa de jornalistas dizem que em Gaza não há locais seguros

Organizações de defesa de jornalistas denunciaram hoje as condições de trabalho destes profissionais na Faixa de Gaza, "onde não há qualquer lugar seguro", em consequência da resposta israelita ao ataque do Hamas, de 07 de outubro.

"Estejam a trabalhar em campo aberto, em tendas de imprensa colocadas perto de hospitais ou nas suas casas ou em abrigos improvisados, com os seus entes queridos, os jornalistas que continuam a cobrir esta guerra estão em perigo constante de serem mortos", descreveu a Repórteres sem Fronteiras (RSF), em comunicado.

Também hoje, ao início do dia, o Comité de Proteção dos Jornalistas (CPJ) expressou as suas "graves preocupações" com o colapso da internet e das redes telefónicas na Faixa de Gaza e apelou ao Egito e a Israel que autorizem a entrada de combustível no território palestiniano cercado.

Esta organização de defesa da liberdade de imprensa, baseada em Nova Iorque, afirmou, em comunicado, que o `blackout` das comunicações causado pela falta de combustível na Faixa de Gaza representa "um risco extremo para as vidas dos jornalistas que reportam a partir da Faixa de Gaza".

Acresce que, "ao impedirem a entrada de combustível na Faixa de Gaza, o governo israelita está a impedir os jornalistas na Faixa de Gaza de fornecerem ao mundo notícias sobre a guerra, o que deixa a comunidade internacional vulnerável à propaganda mortal e à desinformação", acusou Sherif Mansour, coordenador do CPJ para a região do Médio Oriente e Norte de África.

No seu texto, a RSF adiantou que está em contacto permanente com jornalistas, "que têm feito relatos comoventes do ambiente em que trabalham".

Um exemplo é a descrição feita pelo correspondente da agência France Press na Faixa de Gaza nos últimos 27 anos, Adel Al Zaanoon. Como disse, ao descrever o seu quotidiano: "Estamos sob pressão constante com bombardeamentos por todos os lados, terra, mar e ar".

O correspondente da RSF na Faixa de Gaza desde 2018, Ola Al Zaanoon, que foi hospitalizado, depois de ter sofrido os efeitos de um bombardeamento israelita perto de Rafah. Como detalhou: "Fui ferido quando a casa ao lado daquela em que nos tínhamos refugiado foi bombardeada".

Já Hani Alsaher, jornalista que trabalha para vários meios locais e internacionais na Faixa de Gaza, descreveu o que é noticiar a partir do terreno para ele e os seus camaradas: "As cenas de banho de sangue deixam cicatrizes para sempre nas nossas almas, depois de testemunharmos essas cenas, seja durante os bombardeamentos, seja depois".

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Momento-Chave
por RTP

O apelo da ONU. "Não estamos a pedir a Lua", apenas "um cessar-fogo humanitário"

Os chefes das operações humanitárias da ONU, da Agência para os Refugiados (ACNUR) e da Organização Mundial de Saúde exigiram na sexta-feira um “cessar-fogo humanitário” na Faixa de Gaza.

"Não estamos a pedir a Lua. Estamos a pedir medidas básicas necessárias para satisfazer as necessidades essenciais da população civil e travar o desenvolvimento desta crise", frisou o chefe das operações humanitárias da ONU, Martin Griffiths.

O responsável acrescentou que este pedido pode ser "um cessar-fogo humanitário". "Chamem-lhe o que quiserem, mas o que é necessário, do ponto de vista humanitário, é simples: parar os combates para permitir que os civis se possam movimentar em segurança", afirmou.

Também o alto comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR), Volker Türk, apelou a um cessar-fogo "por razões humanitárias e de Direitos Humanos".

“Não se trata apenas de uma questão de entrega urgente de alimentos e de assistência humanitária significativa, mas também de criar um espaço para sair deste horror”, defendeu o responsável.
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Momento-Chave
por RTP

Israel permite entrega de algum combustível em Gaza

As autoridades palestinianas responsáveis pela fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, anunciaram esta sexta-feira que foram entregues 17 mil litros de combustível naquele enclave. Essa entrega tem como intuito alimentar os geradores das empresas de telecomunicações.

Na quinta-feira, a Paltel, empresa palestiniana de telecomunicações, anunciou a "suspensão de todos os serviços" por falta de combustível. Em Israel, o gabinete de guerra autorizou entretanto a entrada diária de dois camiões de combustível, isto de forma a "cumprir o pedido dos Estados Unidos".

Em declarações citadas pela agência Reuters, uma autoridade israelita que não quis ser identificada adiantou esta sexta-feira que os dois camiões diários com autorização de entrada têm como objetivo atender às necessidades da ONU, mas que esta ajuda será de apoio "mínimo" a nível sanitário.

Um responsável do Departamento de Estado dos EUA adiantou que Telavive se comprometeu a permitir a entrada de 120 mil litros de combustível a cada 48 horas para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados palestinianos (UNRWA), mas também para garantir a dessanilização de água, o funcionamento de esgotos, padarias e hospitais no sul de Gaza.
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por Lusa

Famílias de vítimas israelitas do Hamas reúnem-se com TPI

Familiares das vítimas israelitas do ataque do Hamas em 7 de outubro reuniram-se hoje com um procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), disse o seu advogado, e pediram mandados de prisão contra os líderes do grupo islamita palestiniano.

"A investigação está a progredir", afirmou François Zimeray à agência France Presse após a reunião, duas semanas depois de ter apresentado um processo ao procurador Karim Khan em representação de nove famílias de vítimas israelitas.

As famílias pretendem que o Hamas seja processado por crimes de guerra e genocídio e que o TPI emita um mandado de captura internacional contra os seus líderes.

Em Israel, cerca de 1.200 pessoas foram mortas desde 07 de outubro, a maioria das quais civis massacrados no dia do ataque do Hamas, numa violência e numa escala sem precedentes desde a criação do estado judeu em 1948. Mais de 240 pessoas foram feitas reféns.

Israel lançou então uma ofensiva de retaliação massiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, na qual cerca de 12 mil pessoas foram mortas, a maioria igualmente civis, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo grupo palestiniano.

Qualquer pessoa ou grupo pode apresentar um caso ao TPI para investigação, mas o tribunal, com sede em Haia, não é obrigado a aceitá-lo.

Especialistas jurídicos defenderam à France Presse que ambos os lados poderiam ser acusados de crimes de guerra.

O TPI, criado em 2002 para julgar as piores atrocidades do mundo, abriu uma investigação em 2021 sobre alegados crimes de guerra nos Territórios Palestinianos, incluindo alegados crimes cometidos pelas forças israelitas, pelo Hamas e por outros grupos armados da Palestina.

Khan disse que o seu mandato se aplicaria a alegados crimes cometidos durante a guerra atual. Mas as suas equipas não conseguiram entrar na Faixa de Gaza, nem em Israel, que não é membro do TPI.

No entanto, Zimeray acredita que o encontro de hoje é "muito importante", sustentando que "há israelitas que confiam no tribunal, na sinceridade do procurador e no profissionalismo da sua equipa".

Esta postura, disse ainda, ajudará a mostrar aos familiares das vítimas que "o tribunal é capaz de fazer justiça pelos crimes que sofreram".

Também hoje, cinco países signatários do tratado que criou o TPI pediram uma investigação sobre a possibilidade de estarem a ser cometidos crimes de guerra na Palestina.

"O meu gabinete recebeu um pedido sobre a situação no Estado da Palestina por parte dos seguintes cinco países-membros: África do Sul, Bangladesh, Bolívia (...) Comores e Jibuti", anunciou hoje o procurador Karim Khan, que confirmou que o tribunal internacional já está a investigar a situação.

Khan disse que o seu mandato se aplicará a alegados crimes cometidos durante a guerra atual, iniciada em 07 de outubro, após um ataque do grupo islamita Hamas em território israelita.

Contudo, o procurador avisa que, neste momento, as equipas do tribunal não estão a conseguir entrar em Gaza, nem em Israel, que não é membro do TIJ, mas que pode ser acusado de crimes de guerra, de acordo com especialistas em direito internacional.

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por Lusa

Tribunal Internacional investiga crimes de guerra na Palestina

Cinco países signatários do tratado que criou o Tribunal Internacional de Justiça Internacional (TIJ) pediram hoje uma investigação sobre a possibilidade de estarem a ser cometidos crimes de guerra na Palestina.

"O meu gabinete recebeu um pedido sobre a situação no Estado da Palestina por parte dos seguintes cinco países-membros: África do Sul, Bangladesh, Bolívia (...) Comores e Jibuti", anunciou hoje o procurador Karim Khan, que confirmou que o tribunal internacional já está a investigar a situação.

O TIJ - órgão das Nações Unidas que foi criado em 2002 para julgar as piores atrocidades do mundo - abriu uma investigação em 2021 sobre alegados crimes de guerra nos territórios palestinianos, incluindo alegados crimes cometidos pelas forças israelitas, pelo Hamas e por outros grupos armados palestinianos.

Khan disse que o seu mandato se aplicará a alegados crimes cometidos durante a guerra atual, iniciada em 07 de outubro, após um ataque do grupo islamita Hamas em território israelita.

Contudo, o procurador avisa que, neste momento, as equipas do tribunal não estão a conseguir entrar em Gaza, nem em Israel, que não é membro do TIJ, mas que pode ser acusado de crimes de guerra, de acordo com especialistas em direito internacional.

Um país-membro pode apresentar ao procurador um caso em que um ou mais crimes da competência do tribunal possam ter sido cometidos, solicitando-lhe que investigue a situação para determinar se uma pessoa ou pessoas específicas devem ser acusadas.

"Desde o início do meu mandato, em junho de 2021, criei pela primeira vez uma equipa dedicada para fazer avançar a investigação sobre a situação no Estado da Palestina", disse o procurador, acrescentando que já foram recolhidas muitas informações.

Em Israel, 1.200 pessoas foram mortas desde 07 de outubro, a maioria delas civis massacrados no dia do ataque do movimento islamita Hamas, numa violência e numa escala sem precedentes desde a criação de Israel em 1948.

Desde essa data, Israel lançou uma ofensiva retaliatória contra o Hamas em Gaza, durante a qual mais de 12.000 pessoas foram mortas, segundo o Ministério da Saúde no território controlado pelo Hamas.

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por RTP

RTP em Israel. Movimento reúne 45 mil mulheres israelitas e palestinianas pela paz

O conflito em Gaza faz aumentar a tensão na Cisjordânia. Um movimento de mulheres cruza Israel, a Cisjordânia e Gaza a exigir uma solução pacífica na região, como constatou a enviada especial da RTP a Jerusalém, Cândida Pinto.

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por RTP

Aumenta a contestação a Netanyahu em Israel

A partir de Telavive, o enviado especial da RTP, Paulo Jerónimo, dá conta de uma quebra na popularidade do primeiro-ministro israelita.

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por RTP

Borrell critica "falhanço na comunidade internacional"

O chefe da diplomacia da União Europeia reuniu-se com o primeiro-ministro palestiniano.

Josep Borrell sublinhou o direito de defesa de Israel, mas disse que um horror não justifica outro horror.
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Momento-Chave
por RTP

Guterres acusa israelitas de terem deturpado as suas declarações

António Guterres voltou a defender a solução dos dois Estados. O secretário-geral da ONU acusou alguns responsáveis israelitas de terem deturpado as suas declarações sobre o ataque do Hamas a 7 de outubro.

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por RTP

Biden sublinha necessidade "urgente" da libertação de reféns pelo Hamas

Joe Biden e o emir do Catar, o sheikh, Tamim bin Hamad Al-Thani, conversaram esta sexta-feira sobre "os esforços em curso para aumentar o fluxo de ajuda humanitária tão necessária em Gaza".

O presidente dos Estados Unidos enfatizou a necessidade "urgente" da libertação imediata dos reféns capturados pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro, adiantou a Casa Branca.
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Momento-Chave
por RTP

Israel vai atingir o Hamas em todo o território de Gaza, incluindo o sul

As tropas israelitas estão prontas a atingir alvos do Hamas onde quer que estejam, inclusive no sul da Faixa de Gaza, adiantou o principal porta-voz militar de Israel esta sexta-feira. As operações continuam no norte do enclave palestiniano.

"Estamos determinados a avançar com a nossa operação. Isso irá acontecer onde quer que o Hamas exista, inclusive no sul" da Faixa de Gaza, adiantou o almirante Daniel Hagari em conferência de imprensa.
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Momento-Chave
por Antena 1

Josep Borrell defende regresso da Autoridade Palestiniana à Faixa de Gaza

Nasser Nasser/Pool via REUTERS

O chefe da diplomacia europeia esteve em Ramallah e defendeu o regresso da Autoridade Palestiniana à Faixa de Gaza.

É uma forma de dar estabilidade ao território, acredita Josep Borrell, e de permitir a solução de "dois Estados" para resolver o conflito.

O chefe da diplomacia europeia falava em Ramallah, na Cisjordânia, numa declaração conjunta com o primeiro-ministro da Palestina.

Borrell sublinha também que é preciso impedir a escalada da violência por parte dos colonos israelitas.
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por Lusa

Colapso de comunicações em Gaza impede apurar número real de mortos, diz a ONU

O número real de vítimas em Gaza é "provavelmente muito superior" aos 11 mil mortos anunciados, uma vez que a atualização dos dados esteve parada por cinco dias devido ao colapso das comunicações no enclave, segundo a ONU.

Num briefing na Assembleia Geral da ONU sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza, Martin Griffiths, o subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, afirmou que, além do colapso da rede de comunicações - devido à falta de combustível -, a contabilização real do número de vítimas é dificultada pela demora em descobrir corpos debaixo dos destroços.

"Mais de 41.000 unidades habitacionais foram destruídas ou gravemente danificadas - o que representa cerca de 45% do parque habitacional em Gaza", disse, em referência aos danos causados pelos ataques das tropas israelitas, em guerra com o movimento Hamas.

Há poucos ou nenhuns cuidados médicos disponíveis no norte de Gaza, afirmou Martin Griffiths, apontando que dos 24 hospitais com capacidade de internamento no norte do enclave, apenas um - o Al Ahli - está atualmente operacional e a admitir pacientes.

Dezoito hospitais foram fechados e evacuados desde o início das hostilidades e outros cinco - incluindo o Al Shifa, privado de eletricidade três dias após a entrada das forças israelitas -, prestam serviços extremamente limitados a pacientes que já foram internados.

"Estes hospitais não são acessíveis de forma fiável devido à insegurança, não têm eletricidade ou materiais essenciais e não admitem novos pacientes", declarou o líder humanitário, que participou na sessão da Assembleia Geral de forma virtual.

"É, sem dúvida, uma crise humanitária que, em qualquer medida, é intolerável e não pode continuar. Em muitos aspetos, o direito humanitário internacional parece ter sido virado de cabeça para baixo", acrescentou.

Por mais terrível que seja a situação em Gaza, "poderá piorar muito", avaliou o subscretário-geral, admitindo verdadeiras preocupações de que, se não forem adotadas medidas imediatas, este conflito possa ramificar-se ainda mais para outras partes do Território Palestiniano Ocupado e arrastar a região "para uma conflagração com consequências ainda mais catastróficas".

Griffiths recordou ainda os cerca de 240 reféns detidos pelo grupo islamita Hamas, "desde bebés a octogenários", que enfrentam mais de 40 dias de cativeiro.

"Eles devem ser liberados imediatamente e sem condições. Entretanto, devem ser tratados com humanidade e poder receber visitas do Comité Internacional da Cruz Vermelha", apelou.

Também o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, participou na sessão, considerando "lamentável" e "patética" a quantidade de ajuda permitida até agora em Gaza, defendendo a necessidade de se reabastecer rapidamente os hospitais, reconstituir a força de trabalho da saúde e garantir que os serviços de saúde estão protegidos.

Até agora, a OMS verificou 152 ataques aos cuidados de saúde em Gaza, 170 na Cisjordânia e 33 em Israel, que incluem ataques a hospitais, clínicas, ambulâncias, profissionais de saúde e a pacientes.

Referindo-se particularmente ao hospital Al Shifa, Tedros Adhanom sublinhou que, "mesmo que o Hamas tenha utilizado o hospital para fins militares, o hospital, e na verdade todas as instalações de cuidados de saúde, nunca ficam desprovidos de proteção ao abrigo do direito humanitário".

"A escala da resposta de Israel [ao ataque de 7 de outubro do hamas] parece cada vez mais injustificável. A OMS, tal como o resto do sistema da ONU, é imparcial. Não estamos de um lado ou de outro. Estamos do lado da humanidade", observou.

O líder da OMS aproveitou ainda a sessão da Assembleia Geral para questionar o futuro da própria ONU, avaliando que esta crise é um "teste decisivo" para as Nações Unidas e para os seus Estados-Membros.

"Estamos a testemunhar a destruição de vidas e propriedades numa escala terrível. Mas também estamos a testemunhar a destruição da civilidade, do sistema baseado em regras e da confiança entre os países", advogou.

"Se vocês, como Estados-Membros das Nações Unidas, não querem ou não podem parar este derramamento de sangue, então devemos perguntar: para que servem as Nações Unidas?", questionou o diretor-geral da OMS, apelando ao fim deste conflito.

O briefing de hoje foi solicitado pela Líbia e pela Mauritânia, nas respetivas qualidades de presidente do Grupo Árabe e de presidente do Grupo da Organização de Cooperação Islâmica.

Participaram representantes de várias agências da ONU, como o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, entre outros, que repetiram os apelos por um cessar-fogo imediato.

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Momento-Chave
por RTP

Pelo menos 12 mil mortos nos bombardeamentos israelitas, diz o governo de Gaza

Pelo menos 12 mil palestinianos, incluindo cinco mil crianças, morreram em ataques israelitas em Gaza desde 7 de outubro. A informação foi avançada esta sexta-feira pelo governo de Gaza.
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Momento-Chave
por RTP

Hamas anuncia morte de mais um refém

As Brigadas al-Qasam, braço armado do Hamas, anunciaram esta sexta-feira a morte de um refém sequestrado.

Em comunicado, o braço armado do Hamas revela hoje ter transferido alguns dos reféns para centros médicos para que possam ser assistidos "devido à gravidade do seu estado de saúde" na sequência dos ataques do exército israelita.

Um dos reféns recebeu "cuidados intensivos" no hospital. Depois de recuperado, o refém foi transferidos de volta para o seu local de cativeiro. Acabou por morrer devido a "ataques de pânico que sofreu em resultado de repetidos bombardeamentos em torno do seu local de detenção".

As Brigadas al-Qasam acrescentam que irão publicar material sobre esta questão, mas não adiantaram para já mais pormenores.

Por outro lado, a ala política do Hamas acusou Israel de "cometer genocídio" no Hospital al-Shifa.

com Lusa
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por Lusa

Universidades dos EUA sob investigação por antissemitismo e islamofobia

O Departamento de Educação dos Estados Unidos abriu uma série de investigações sobre antissemitismo e islamofobia em universidades de prestígio, cujos `campi` foram abalados pelas reações à guerra entre Israel e o Hamas.

As universidades de Columbia, de Cornell e da Pensilvânia, três instituições de elite da costa leste norte-americana, estão entre as investigadas, anunciou o hoje o Departamento de Educação num comunicado.

Sete instituições, incluindo um grupo escolar do Kansas, são visadas nesta que é a primeira vaga de investigações deste tipo levadas a cabo pelo departamento desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.

Cinco investigações dizem respeito a acusações de "assédio antissemita" e duas de "assédio islamofóbico", segundo o departamento.

"O ódio não tem lugar nas nossas escolas, ponto final", afirmou o secretário de Educação, Miguel Cardona, no comunicado, citado pela agência francesa AFP.

Cardona disse que as instituições "devem atuar para garantir ambientes educativos seguros e inclusivos, onde todos sejam livres de aprender" e onde os estudantes "sejam protegidos do ódio e da discriminação".

No final de outubro, a Casa Branca (presidência) já tinha alertado para o "aumento alarmante de incidentes antissemitas nas escolas e nos `campi` universitários" desde o ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro.

Universidades norte-americanas têm sido palco de polémicas sobre o conflito, nomeadamente a de Harvard, na qual uma declaração pró-palestiniana assinada por associações de estudantes provocou a indignação dos responsáveis políticos, alguns acusando-os de antissemitismo.

Na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, duas associações de estudantes que apelaram ao cessar-fogo na Faixa de Gaza foram suspensas, acusadas de terem feito "discursos ameaçadores e intimidatórios".

Na Universidade de Cornell, no norte do estado de Nova Iorque, as aulas foram canceladas em 03 de novembro para acalmar o `campus`, na sequência da acusação federal contra um estudante que ameaçou de morte colegas judeus.

Na da Pensilvânia, foram projetadas mensagens antissemitas em edifícios de um `campus` em Filadélfia na semana passada, segundo a universidade.

"A universidade continuará a combater de forma vigilante o antissemitismo e todas as formas de ódio", disse um porta-voz à AFP.

As investigações, baseadas na legislação antidiscriminação adotada durante o movimento dos direitos civis na década de 1960, podem levar ao corte de subsídios federais recebidos pelas instituições, ou mesmo a uma investigação criminal.

O ataque do Hamas a Israel de 07 de outubro causou mais de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

A ofensiva militar israelita que se lhe seguiu provocou mais de 11.500 mortos na Faixa de Gaza, de acordo com o grupo islamita palestiniano.

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por RTP

Hamas transferiu reféns "sionistas" para centros de atendimento

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, disse que reféns "sionistas" não foram mantidos em hospitais, mas foram transferidos para centros de atendimento para tratamento devido à gravidade da sua condição e para salvar as suas vidas.
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Momento-Chave
Devido à falta de eletricidade
por RTP

Ministério da Saúde do Hamas anuncia 24 mortos no hospital de Al Shifa em dois dias

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas, disse hoje que 24 doentes morreram nas últimas 24 horas no hospital al-Shifa, que se encontra privado de eletricidade, três dias após a entrada das forças israelitas.

As mortes são justificadas pelo porta-voz do Ministério da Saúde do Governo do movimento islamita palestiniano Hamas, Ashraf al-Qidreh, com a paragem de equipamentos médicos vitais devido ao corte de energia no maior complexo hospitalar da Faixa de Gaza.
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Momento-Chave
Forças israelitas "não encontraram nada", avança médico
por RTP

Hospital Al Shifa sem água nem comida

Um médico do hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza, revelou que a comida e a água estavam a acabar e que os suprimentos fornecidos pelos militares israelitas eram "escassos".

“O que aconteceu foi as pessoas ficarem sem comida e sem água potável. Ontem, as tropas israelitas forneceram alguma comida e água, o que é insuficiente”.

O médico Ahmed El Mokhallalati acrescentou à Reuters, por telefone, que as forças israelitas estavam a fazer buscas no complexo hospitalar, mas que "não tinham encontrado nada. Não encontraram uma única resistência".

"É uma situação totalmente aterradora, os tanques israelitas e as tropas israelitas têm-se movido dentro da área do hospital, por todo o hospital", disse Mokhallalati, um cirurgião nascido na Irlanda que se formou no Cairo e praticou em Londres.

"A situação é muito difícil. Estão a disparar a toda a hora, em todas as áreas."

Ahmed El Mokhallalati revelou ainda que nenhum bebé morreu no hospital desde que as forças israelitas entraram.

O hospital, que é o maior da Faixa de Gaza e que se tornou o foco da preocupação global, está repleto de doentes e pessoas deslocadas.
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por RTP

Portugueses deixam Gaza e rumam ao Cairo. "Uma saída complicada"

Foto: José Pinto Dias - RTP

A partida dos oito portugueses, que estava prevista para a passada quarta-feira, só agora foi possível.

As autoridades egípcias não estavam a possibilitar que o grupo atravessasse a fronteira, apesar dos apelos do Governo português, como contam os enviados da RTP Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.
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por RTP

Israel partilha imagens do que diz serem túneis do Hamas debaixo de hospitais

As Forças de Defesa de Israel partilharam imagens e vídeos daquilo que garantem ser túneis do Hamas debaixo dos hospitais de Gaza. A operação militar no hospital de al-Shifa terá sido motivada por "fortes indicações" de que haveria reféns no local, o que acabou por não se confirmar.

A ONU alerta para o risco iminente de fome em Gaza. Algumas das imagens nesta reportagem podem ser chocantes.
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por RTP

Irão promete ajuda do "eixo da resistência" ao Hamas

O chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irão prometeu hoje que Teerão e outros membros do “eixo da resistência” impedirão Israel de atingir os seus objetivos em Gaza, incluindo a eliminação do Hamas.

“Os seus irmãos do eixo estão unidos a si”, afirmou Esmail Qaani numa mensagem dirigida a Mohamad Deif, chefe das Brigadas Ezzeldin al-Qassam, o braço armado do Hamas.

Qaani disse na mensagem que os aliados do eixo “não permitirão que o inimigo atinja os seus objetivos sujos em Gaza e na Palestina”.

Descreveu os ataques de 7 de outubro do Hamas contra Israel como “uma grande epopeia”, segundo a agência iraniana IRNA.

“Mostraram claramente a fraqueza e a fragilidade do regime usurpador sionista e demonstraram de uma forma prática e decisiva que o regime é mais fraco do que uma teia de aranha”, afirmou.

Qaani disse que a Palestina e a região “não serão as mesmas de antes” após os ataques do Hamas, conhecidos como a “Tempestade de Al Aqsa”.

Acrescentou que os confrontos contra o exército israelita em Gaza “mostram que a resistência é capaz de inovar”, de acordo com a IRNA, citada pela agência espanhola Europa Press.

c/Lusa
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por RTP

Oito cidadãos sinalizados já saíram de Gaza

Já estão fora de Gaza oito cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas para a retirada do território – dois nacionais e seis familiares – os quais estão, neste momento, a caminho do Cairo.

Uma cidadã palestiniana, com residência em Portugal, optou por permanecer no território.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, “prosseguem ainda as diligências para a retirada da menor que estava autorizada a sair, e cujos familiares tragicamente faleceram no bombardeamento da passada quarta-feira, o que não foi possível até ao momento devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares”.

A saída decorreu através da passagem de Rafah, aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito.

O comunicado acrescenta que de “tratou de uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, coadjuvadas por uma equipa portuguesa que se deslocou esta manhã à fronteira para auxiliar na retirada”.

As Embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, estiveram em contacto permanente com estes cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança.

O repatriamento destes oito cidadãos, a partir do Egito, ficará a cargo do Estado Português, que assegura alojamento e transporte para território nacional.
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Para aliviar os hospitais sobrecarregados
por RTP

OMS apela à retirada diária de doentes para o Egito

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou na sexta-feira a um fluxo regular e diário de doentes autorizados a deixar a Faixa de Gaza para serem tratados no Egito, a fim de aliviar os hospitais sobrecarregados.

A OMS espera poder enviar uma equipa para Gaza o mais rapidamente possível para avaliar a situação e pede que "seja criado um mecanismo para facilitar a evacuação dos doentes mais críticos", disse Richard Peeperkorn, chefe do gabinete da OMS nos territórios palestinianos ocupados, aos jornalistas em Genebra, por videoconferência a partir de Jerusalém.

O responsável explicou que 50 a 60 pacientes por dia terão de ser evacuados para o Egito.

A OMS apela a "evacuações médicas diárias seguras e sem entraves (...) de pacientes gravemente feridos e doentes para o Egito", resumiu a organização numa nota enviada aos meios de comunicação social.

Segundo a OMS, 47 dos 72 centros de cuidados primários em Gaza estão fora de serviço e 25 dos 36 hospitais não estão operacionais, com os outros a terem dificuldades em funcionar.

"É evidente que isto não é suficiente para satisfazer as necessidades contínuas decorrentes das hostilidades", acrescentou Peeperkorn.

Antes da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque do movimento islamita em solo israelita a 7 de outubro, havia cerca de 3.500 camas de hospital em Gaza. "Atualmente, existem cerca de 1.400", afirmou o responsável da OMS.

O responsável referiu ainda dezenas de milhares de casos de infeções respiratórias agudas e de diarreia. A OMS está também preocupada com a varicela e com as doenças de pele, em particular.
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por RTP

Papa vai encontrar-se com familiares de reféns

Francisco vai encontrar-se na próxima semana com familiares de reféns israelitas detidos pelo Hamas, avançou fonte do Vaticano à Reuters.

O número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, disse que a Santa Sé acredita que a libertação dos reféns e um cessar-fogo - que Israel tem excluído até agora - são dois "pontos fundamentais" para resolver a crise.
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Momento-Chave
por RTP

Portugueses sinalizados em Gaza já passaram fronteira de Rafah

Os portugueses que estavam retidos em Gaza, já sairam do território e passaram por volta das 10h00 a fronteira de Rafah. Seguiram para o Cairo onde vão ficar num hotel a aguardar o regresso a Portugal. 

As autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, tinham autorizado a saída para os cidadãos sinalizados por Portugal. Dificuldades na fronteira atrasaram o resgate dos cidadãos portugueses, entre outros estrangeiros.
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por RTP

150 mil litros de combustível entram na Faixa de Gaza

Cerca de 150 mil litros de combustível destinados a abastecer os geradores de hospitais entraram na Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, que liga o enclave ao Egito, informaram os meios de comunicação social egípcios.

As estações de televisão egípcias Al Qahera News e Extra News, próximas do governo egípcio, disseram que "cerca de 150.000 litros de combustível entraram de Rafah para hospitais na Faixa de Gaza".

C/Lusa
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por RTP

Israel aprova a entrada diária de dois camiões de combustível em Gaza

Uma fonte política disse ao jornal Haaretz que o gabinete de guerra de Israel aprovou por unanimidade uma recomendação conjunta das IDF e do serviço de segurança Shin Bet no sentido de dar cumprimento ao pedido dos EUA de permitir a entrada diária de dois camiões a gasóleo na Faixa de Gaza.

O combustível é necessário para os esforços da ONU para manter as infraestruturas de água e esgotos na Faixa.

A decisão do gabinete concede a Israel o espaço de manobra diplomático necessário para o seu objetivo de eliminar o Hamas, acrescentou a fonte.
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Guerra entre Israel e Hamas na agenda
por RTP

Erdogan a caminho de Berlim

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, desloca-se hoje à Alemanha, no meio de tensões relacionadas com a guerra entre Israel e o Hamas.

No início desta semana, Erdoğan chamou a Israel um "Estado terrorista". Entretanto, o chanceler alemão, Olaf Scholz, tem defendido repetidamente o direito de Israel a defender-se, dizendo que "as acusações que estão a ser feitas contra Israel são absurdas".

O líder turco encontrar-se-á com Scholz e com o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier.
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População passou de 1,2 milhões para 807 mil
por RTP

Um terço da população de Gaza foi deslocada pela guerra

O Gabinete Central de Estatística palestiniano calculou em 807 mil a população da cidade de Gaza e da província de Gaza Norte.

Antes da guerra, a população destas duas áreas era de 1,2 milhões de pessoas, o que significa que cerca de um terço das pessoas que aí viviam foram deslocadas pela guerra.
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Relatos da Cisjordânia
por RTP

Ex-presidente do parlamento do Hamas morto pelas forças israelitas

Segundo o jornal israelita Haaretz, que cita informações divulgadas na Cisjordânia, Ahmed Bahar, membro sénior da ala política do Hamas, foi morto pelas FDI durante os combates na Faixa de Gaza.

Bahar era o presidente do parlamento do Hamas em 2006, quando a organização assumiu o controlo da Faixa de Gaza.
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A sul da cidade de Gaza
por RTP

Ataque israelita atinge escola que abrigava milhares de pessoas

Várias pessoas morreram ou ficaram feridas depois de um ataque israelita ter atingido a escola de al-Falah, que alberga milhares de pessoas deslocadas, no bairro de al-Zaytoun, a sul da cidade de Gaza, avança a Al Jazeera.
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Após disparos contra o norte de Israel
por RTP

Israel ataca alvos do Hezbollah no Líbano

As forças israelitas atingiram alvos do Hezbollah no Líbano, incluindo infraestruturas terroristas, instalações de armazenamento de armas e vários postos militares, depois de o Hezbollah ter assumido a responsabilidade por disparos de mísseis antitanque contra Israel.

As forças israelitas também atingiram um míssil antitanque que se dirigia para a zona de Malkiya, no norte de Israel.
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Faltam alimentos e água potável
por RTP

OMS muito preocupada com propagação de doenças em Gaza

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que está muito preocupada com a propagação de doenças em Gaza, depois dos bombardeamentos israelitas terem levado a população a aglomerar-se em abrigos. Faltam alimentos e água potável.

"Estamos extremamente preocupados com a propagação da doença quando chegar o inverno", afirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS no Território Palestiniano Ocupado.

“Mais de 70 mil casos de infeções respiratórias agudas e mais de 44 mil casos de diarreia foram registados no enclave densamente povoado, números significativamente mais elevados do que o esperado”, enumerou.
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Hezbollah dispara a partir do Líbano
por RTP

Movimento xiita libanês confirma ter lançado míssil anti-tanque contra posto do Tsahal no norte de Israel

O projétil do Hezbollah visou um posto do exército em Malkiya, no norte do Estado hebraico, confirmaram também as Forças de Defesa de Israel.
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por Lusa

Ajuda humanitária suspensa devido a falha nos sistemas de comunicação

Os sistemas de comunicação na Faixa de Gaza estão hoje inoperacionais, pelo segundo dia consecutivo, fazendo com que as agências de ajuda humanitária suspendessem as entregas transfronteiriças.

"Gaza recebe agora apenas 10% dos alimentos necessários diariamente e a desidratação e a subnutrição estão a aumentar, com quase todos os 2,3 milhões de pessoas no território a necessitarem de alimentos", disse o porta-voz regional do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas para o Médio Oriente, Abeer Etefa.

"As pessoas enfrentam a possibilidade imediata de morrer de fome", alertou.

"Com poucos camiões a entrar em Gaza e nenhum combustível para distribuir os alimentos, "não há forma de satisfazer as atuais necessidades de fome", disse.

De acordo com Abeer Etefa, a rutura da rede de comunicações, que é crucial para a coordenação da entrega da ajuda, significou um agravamento ainda maior da situação.

A agência da ONU para refugiados palestinianos (UNRWA) informou que nenhuma entrega de ajuda poderia entrar hoje no sul de Gaza vinda do Egito.

"Vimos combustível, alimentos, água e assistência humanitária serem usados como arma de guerra", disse a porta-voz da agência, Juliette Touma.

O combustível é necessário para os geradores que alimentam sistemas de comunicação de emergência, hospitais, centrais de dessalinização e outras infraestruturas críticas em Gaza.

Israel tem entrado mais profundamente na Cidade de Gaza e as suas tropas têm procurado no maior hospital de Gaza, Shifa, vestígios de um centro de comando do Hamas que os militares alegam estar localizado debaixo do edifício.

Os militares têm mostrado imagens do que dizem ser a entrada de um túnel e armas encontradas num camião dentro do complexo, mas ainda não há nenhuma evidência do centro de comando, que o Hamas e Shifa negam existir.

O ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas contra o sul de Israel, a 07 de outubro, deixou mais de 1.200 mortos, tendo sido feitos paralelamente mais de 240 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com o corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

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por Lusa

Israel reclama morte de cinco "terroristas" na Cisjordânia

Raneen Sawafta - Reuters

Pelo menos cinco palestinianos foram mortos hoje na sequência de um ataque aéreo israelita durante uma operação militar em Jenin, Cisjordânia ocupada, que, segundo fontes palestinianas, se estendeu também ao principal hospital da cidade.

O exército israelita anunciou que matou pelo menos "cinco terroristas" em Jenin, "reduto dos grupos armados palestinianos" na Cisjordânia ocupada, enquanto o Hamas anunciou a morte de três dos seus combatentes.

Por outro lado, a agência noticiosa oficial palestiniana WAFA noticiou que o Exército israelita atacou uma "concentração de civis" no campo de refugiados de Jenin, matando três pessoas e ferindo outras nove.

A WAFA referiu ainda que se tratou de um ataque em grande escala, que afetou vários bairros da cidade e incluiu um cerco de horas ao hospital Ibn Sina.

Segundo a agência, as tropas israelitas cercaram o centro médico, interrogaram o pessoal médico, examinaram as ambulâncias e exigiram a evacuação do edifício.

O Exército israelita anunciou que as tropas levaram a cabo uma "vasta operação antiterrorista" em Jenin, durante a qual as forças atacaram do ar "um esquadrão de terroristas armados que dispararam" e, num incidente separado, "neutralizaram terroristas que abriram fogo e lançaram explosivos".

"No total, pelo menos cinco terroristas foram neutralizados, seis armas foram confiscadas e oito suspeitos foram presos", disse o porta-voz militar.

O exército israelita acrescentou que, durante a operação, "os terroristas e os atiradores fugiram em veículos e ambulâncias em direção à zona do hospital Ibn Sina onde se esconderem".

Em resposta, as forças perseguiram-nos e conseguiram parar um veículo à entrada do hospital.

Questionado pela EFE, o porta-voz militar não deu qualquer informação sobre o alegado cerco ao centro médico.

As intervenções militares israelitas na Cisjordânia têm ocorrido quase diariamente desde o ano passado e intensificaram-se ainda mais desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, na sequência de um ataque do Hamas contra solo israelita.

Desde essa altura, cerca de 200 palestinianos foram mortos e mais de 2.700 ficaram feridos na Cisjordânia em incidentes violentos com as forças de segurança israelitas ou com colonatos judeus da região.

Israel prendeu mais de 1.750 palestinianos na Cisjordânia desde o início da guerra de Gaza, mais de 1.000 alegadamente ligados ao Hamas.

A Cisjordânia ocupada enfrenta a maior espiral de violência em duas décadas e mais de 400 palestinianos já foram mortos em 2023, na sua maioria milicianos em confrontos armados com tropas e atacantes israelitas, mas também civis, incluindo 85 menores.

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Menores acusados de tentativa de homicídio
por RTP

Dois árabes israelitas de 14 anos estão acusados pela Procuradoria israelita

Os adolescentes da cidade árabe de Umm al-Fahm, no norte de Israel, foram formalmente acusados de tentarem matar um soldado israelita. A Procuradoria afirma que pretenderiam tornar-se "shahids", ou mártires.
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Palestiniano abatido perto de Hebron
por RTP

Forças de Defesa de Israel dizem ter abatido homem que abriu fogo contra soldados na Cisjordânia

De acordo com o exército israelita, o homem fez embater o veículo que conduzia contra uma barricada. Saiu do carro e começou a disparar sobre os militares do Estado hebraico.
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Apelo aos países em desenvolvimento
por RTP

Primeiro-ministro indiano exorta líderes a unirem-se face aos desafios colocados pela guerra no Médio Oriente

Numa cimeira virtual com mais de uma centena de países, Narendra Modi afirmou que "este é o tempo de os países do sul global se unirem para o bem global".

A cimeira da Voz do Sul Global realizou-se na sequência das decisões adotadas em setembro durante a cimeira do G20 - encontro que Nova Deli descreveu como um sucesso diplomático e que viu a União Africana integrar o bloco.
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"Possibilidade imediata de fome"
por RTP

Programa Alimentar Mundial adverte para escassez em massa de alimentos na Faixa de Gaza

A diretora executiva do Programa Alimentar Mundial, estrutura das Nações Unidas, afirma que as provisões de alimentos e água no território palestinianos debaixo de ataque das Forças de Defesa de Israel são "praticamente não existentes". Os civis, avisa, "enfrentam a possibilidade imediata de fome".
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Ponto de situação
por RTP

Exército israelita reivindica "danos significativos" em complexos subterrâneos de Gaza

  • As Forças de Defesa de Israel indicam ter atacado, nos últimos dias, dois complexos subterrâneos em Gaza, causando "danos significativos". Estas operações teriam por algo figuras da hierarquia do Hamas que ali estariam escondidas, entre as quais o chefe da brigada do norte do território;

  • O diretor do hospital al-Shifa adverte para centenas de doentes que permanecem nesta unidade invadida por tropas israelitas e descreve pessoas "a gritar de sede". A escassez de água e de oxigénio é crescente;

  • O exército israelita revela ter encontrado o corpo da soldado Noa Marciano, de 19 anos, refém do Hamas em Gaza. A morte de Marciano havia sido anunciada na terça-feira, um dia após o movimento radical palestiniano ter divulgado informações. "O corpo da soldado Noa Marciano (...) foi extraído pelas tropas do exército israelita de uma estrutura adjacente ao hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, e transferido para o território israelita", indica o Tsahal em comunicado;

  • As forças do Estado hebraico despejaram panfletos sobre o sul da Faixa de Gaza, em redor de Khan Younis, instando as populações de quadro lcalidades a procurarem abrigo;

  • As forças de segurança israelitas dizem ter abatido três homens armados que dispararam contra um posto de controlo numa via da Cisjordânia para Jerusalém. Na última noite, a cidade de Jenin, neste território governado pela Autoridade Palestiniana, terá sido alvo de uma incursão israelita;

  • O alto representante para a Política Externa da União Europeia visitou Israel. Josep Borrell transmitiu uma mensagem de solidariedade aos israelitas. Pediu também a Telavive para "não se deixar consumir pelo ódio na guerra contra o Hamas";

  • As telecomunicações na Faixa de Gaza estão fora de serviço por falta de combustível. As Nações Unidas falam mesmo de uma tentativa deliberada de estrangular as operações humanitárias;

  • Os dez cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas ainda não conseguiram sair de Gaza. Na Guiné-Bissau, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que há muitas dificuldades na fronteira de Rafah e que a retirada não depende de Portugal. João Gomes Cravinho deu conta de contactos permanentes com as embaixadas do Cairo e de Telavive.
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por Lusa

Lula fala com Herzog sobre situação humanitária em Gaza

Lula falou com Herzog sobre a urgência de resgatar os reféns de Gaza EPA

O presidente do Brasil manteve conversações com o homólogo israelita, Isaac Herzog, sobre a situação humanitária em Gaza e os reféns do movimento islamita Hamas, após ter criticado fortemente a reação de Israel.

"Falei (por telefone) com o presidente de Israel, Isaac Herzog, sobre a libertação dos reféns do Hamas e o repatriamento dos brasileiros da Faixa de Gaza", escreveu Luiz Inácio Lula da Silva, na rede social X (antigo Twitter).

Na segunda-feira, Lula criticou fortemente a resposta de Israel ao ataque do Hamas de 7 de outubro, que desencadeou a guerra entre as duas partes, classificando-a como "tão grave" como os ataques do movimento islamita palestiniano.

Lula comprometeu-se com Herzog "a reforçar" o pedido de libertação dos reféns do Hamas, lembrando as discussões sobre este assunto com os dirigentes do Irão, do Egito e da Autoridade Palestiniana, de acordo com um comunicado da Presidência brasileira.

O governante brasileiro também expressou "grande preocupação com a grave crise humanitária em Gaza" e "consternação com a perda de vidas, particularmente de crianças", indicou a mesma nota.

 

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por RTP

Josep Borrell pede a Telavive que "não se deixe consumir pelo ódio"

Foto: Olivier Hoslet - EPA

As telecomunicações na Faixa de Gaza estão fora de serviço por falta de combustível. As Nações Unidas queixaram-se do que consideram ser uma tentativa deliberada de estrangular as operações humanitárias no enclave.

De visita a Israel, o chefe da diplomacia europeia apelou a Telavive para "não se deixar consumir pelo ódio na guerra contra o Hamas".
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por RTP

Faixa de Gaza. Portugueses continuam a aguardar retirada

O enviado-especial da RTP, Paulo Jerónimo, sublinha que a retirada de portugueses está a ser sucessivamente adiada.

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por RTP

Dez cidadãos sinalizados por Portugal ainda não conseguiram sair de Gaza

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

Na Guiné Bissau, o Ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que existem muitas dificuldades na fronteira de Rafah e a retirada não depende de Portugal.

João Gomes Cravinho não clarificou se a saída dos portugueses pode acontecer ainda hoje ou se terá de ser adiada.

No entanto, mantém a expetativa que a chegada ao Egito será muito em breve.

Na terça-feira o governo português foi informado pelas autoridades egípcias e israelitas que hoje os cidadãos portugueses teriam autorização para atravessar a fronteira.

João Gomes Cravinho disse que as autoridades portuguesas se mantêm em contacto permanente com as do Cairo e Telavive.
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por RTP

Portugueses mortos em Gaza. Ahmed Ashour perdeu dois filhos e a mulher

Foto: Reuters

Um bombardeamento provocou a morte de três cidadãos portugueses na Faixa de Gaza. Ahmed Ashour soube ontem que perdeu dois filhos menores e a mulher no sul do território e responsabilizou o Governo português.

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