Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Ahmed El Mokhallalati - Reuters
O líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye, criticou hoje Israel por se recusar a acatar a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre pausas humanitárias na Faixa de Gaza para permitir ajuda ao enclave palestiniano.
Haniye apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a cessar completamente as hostilidades, a abrir as passagens fronteiriças e a pôr fim definitivamente ao bloqueio da Faixa de Gaza, segundo as suas declarações citadas pelo portal de notícias Al Quds.
Além disso, expressou a sua condenação dos "crimes de guerra e limpeza étnica" de Israel tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia, ao mesmo tempo que criticou "a guerra contra os hospitais", que vai contra "todos os valores humanos",
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira a resolução -- apresentada por Malta -- com 12 votos a favor, zero contra e três abstenções da Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, que exige que as pausas durem dias suficientes para prestar ajuda às pessoas afetadas pelo conflito.
O líder do Hamas apelou também para a implementação das decisões tomadas na cimeira dos países árabes e muçulmanos realizada no sábado em Riade, sobre a proteção dos locais sagrados e a cessação da violência na Faixa de Gaza.
Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
Mais de 200 cidadãos estrangeiros ou com dupla nacionalidade deixaram hoje a Faixa de Gaza, através da fronteira de Rafah, junto ao Egito, assim como nove feridos palestinianos acompanhados por nove familiares, adiantaram fontes humanitárias.
De acordo com o diretor da Cruz Vermelha egípcia no Sinai, Raed Abdelnaser Amin, citado pela EFE, "225 estrangeiros, com dupla nacionalidade e egípcios de origem palestiniana chegaram à fronteira de Rafah a partir da Palestina".
Destacou também que hoje saíram da Faixa de Gaza nove feridos acompanhados por nove familiares, com os quais chegaram a território egípcio, entre os quais o menor Abdulá al Kahil, quen enviou uma mensagem de socorro ao presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi.
O responsável da Cruz Vermelha adiantou ainda que brevemente "se espera que abandonem Gaza 842 estrangeiros, entre eles 193 egípcios de origem palestiniana e 649 estrangeiros dos EUA, Bielorrússia, Suécia, Bósnia e Herzegovina, Bahrein e Cazaquistão, de acordo com a lista de retirados".
Segundo o acordo para a retirada destes cidadãos, as pessoas que saem de Gaza têm 72 horas para abandonar o Egito, uma responsabilidade que reca nas embaixadas dos países envolvidos.
As autoridades egípcias, em articulação com Israel, autorizaram a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos, adiantou esta quarta-feira à noite o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, revelou que se esperava que os 10 cidadãos nacionais e familiares saíssem hoje através da passagem de Rafah, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito, mas a meio da tarde apontou dificuldades na fronteira que estariam a dificultar o processo.
Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
O Hezbollah realizou hoje oito ataques contra objetivos militares no norte de Israel, alguns dos quais em simultâneo, informou o grupo xiita libanês.
Segundo o movimento armado, os ataques visaram seis postos militares e quartéis israelitas, bem como dois grupos de soldados que se tinham reunido nas proximidades de posições localizadas nas zonas norte de Israel.
Duas destas ações foram lançadas simultaneamente às 12:15 locais (10:15 em Lisboa) e outras duas foram executadas às 14:25 (12:25), de acordo com notas divulgadas pelo Hezbollah.
O grupo xiita assumiu a responsabilidade por um lançamento de mísseis guiados realizado à tarde contra o posto de Jal al-Alam, mas no caso dos restantes ataques do dia limitou-se a dizer que foram levados a cabo com "armas adequadas", sem especificar.
O Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos ataques cruzados no último mês através da fronteira do Líbano, que já deixaram dezenas de mortos, mais de 300 feridos e quase 26.000 deslocados internos só no lado libanês.
Os confrontos intensificaram-se desde 07 de outubro, quando o movimento islamita palestiniano Hamas atacou o sul de Israel, desencadeando um novo conflito no Médio Oriente.
Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
A população de Gaza, onde desde o início do atual conflito entraram apenas 10% dos alimentos necessários para a subsistência dos habitantes, "enfrenta a ameaça imediata de fome", alertou hoje o Programa Alimentar Mundial da ONU.
"As reservas de alimentos e de água são praticamente inexistentes e apenas uma fração do que é necessário está a atravessar as fronteiras. Com a aproximação rápida do inverno, a insegurança e a sobrelotação dos abrigos e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer à fome", declarou Cindy McCain, diretora executiva do PAM.
Também hoje numa teleconferência de imprensa em Nova Iorque, a porta-voz do PAM para o Médio Oriente, Abeer Etefa, apresentou detalhes sobre a situação no terreno, indicando que a população de Gaza faz atualmente uma refeição por dia "e limita-se à comida enlatada, a única disponível neste momento".
"O pão tornou-se um verdadeiro luxo", acrescentou Etefa, frisando que os "pescadores não podem sair para o mar, nem os agricultores podem chegar às suas terras, e a última padaria que funcionava com a ajuda do PAM teve de fechar".
A estas deficiências soma-se o facto de os frigoríficos terem parado de funcionar por falta de eletricidade, pelo que as famílias não conseguem conservar alimentos perecíveis.
"Começamos a ver casos de desidratação e desnutrição, que aumentam rapidamente e a cada dia", assegurou.
Também Juliette Touma, diretora de comunicações da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinianos (UNRWA), participou na videoconferência, indicando que, devido ao novo `apagão` de comunicações registado em Gaza, não haverá uma operação transfronteiriça na passagem de Rafah na manhã de sexta-feira.
"A rede de comunicações em Gaza está desligada porque não há combustível e isso torna impossível gerir ou coordenar caravanas de ajuda humanitária", disse.
"Hoje, Gaza parece ter sido atingida por um terramoto, só que é provocado pelo homem e poderia ter sido totalmente evitado", lamentou, acrescentando que a população e as equipas de ajuda humanitária no terreno estão "desidratadas, famintas e exaustas".
Touma considerou "simplesmente ultrajante" que as agências humanitárias estejam reduzidas "à mendicância de alimentos" e criticou o facto de que, nesta guerra, "água, alimentos e combustível estejam a ser usados como armas de guerra".
Segundo o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, os bombardeamentos israelitas iniciados a 07 de outubro mataram mais de 11.500 pessoas, na maioria civis, incluindo 4.710 crianças.
Do lado israelita, o ataque do Hamas, organização considerada terrorista por União Europeia e Estados Unidos, causou cerca de 1.200 mortos, na sua maioria civis, segundo as autoridades israelitas. Cerca de 240 pessoas foram também feitas reféns e levadas para Gaza.
O exército israelita anunciou hoje a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 51 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra contra o Hamas.
Foto: Olivier Hoslet - EPA
As telecomunicações na Faixa de Gaza estão fora de serviço por falta de combustível. As Nações Unidas queixaram-se do que consideram ser uma tentativa deliberada de estrangular as operações humanitárias no enclave.
Foto: Reuters
Um bombardeamento provocou a morte de três cidadãos portugueses na Faixa de Gaza. Ahmed Ashour soube ontem que perdeu dois filhos menores e a mulher no sul do território e responsabilizou o Governo português.
Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters
Na Guiné Bissau, o Ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que existem muitas dificuldades na fronteira de Rafah e a retirada não depende de Portugal.
REUTERS/Mohammed Salem
Com milhares de casas destruídas pelos bombardeamentos, milhares de palestinianos encontram um teto nos hospitais.
Um terço das mortes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza ocorreu no sul do enclave, para onde Telavive ordenou a retirada da população do norte, denunciou hoje fonte da ONU.
"Não há lugar seguro na Faixa de Gaza, nem no norte, nem no sul, nem na zona central, nem sequer as instalações da ONU são seguras", lamentou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla inglesa), Philippe Lazzarini, numa conferência de imprensa em Genebra.
Seis semanas depois de ter começado, a guerra provocou a maior deslocação forçada de palestinianos da história, muito superior à de 1948, na altura da criação de Israel, que obrigou 750.000 palestinianos a abandonar as suas terras, contra os cerca de 1,7 milhões atualmente.
O Ministério da Saúde do Hamas afirmou hoje que o exército israelita atacou vários serviços do hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, onde se encontram centenas de doentes, pessoal e civis, e destruiu várias infraestruturas de radiologia e diálise.
"Destruíram o departamento de radiologia e bombardearam o de queimados e de diálise" do hospital, o maior de Gaza, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh.
"Estão no recinto a interrogar os médicos, os feridos e os deslocados. Não temos eletricidade, nem água potável, nem alimentos. [...] Milhares de mulheres, crianças, doentes e feridos correm perigo de vida", acrescentou.
Segundo al-Qidreh, os `bulldozers` israelitas destruíram parcialmente a entrada sul do complexo, "perto da maternidade", que já tinha sido danificada por projéteis de tanques disparados nos últimos dias, indicou o Ministério da Saúde do Hamas.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano de 07 de outubro, o primeiro do género desde a criação do Estado israelita.
Do lado israelita, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, sobretudo civis, massacrados nesse dia, e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns, segundo as autoridades.
Em retaliação, Israel tem bombardeado implacavelmente a Faixa de Gaza, que se encontra sob um cerco total. Os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.500 pessoas, na sua maioria civis, incluindo 4.710 crianças, de acordo com o governo do Hamas.
Imagens relacionadas com reféns capturados pelo movimento islamita palestiniano Hamas durante o seu ataque a Israel foram encontradas em computadores apreendidos no Hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, disse hoje o Exército israelita.
As imagens foram encontradas em equipamentos "pertencente ao Hamas", disse um oficial das Forças de Defesa de Israel (FDI) em comunicado, acrescentando que a operação estava hoje em curso, pelo segundo dia consecutivo, na maior unidade hospitalar da Faixa de Gaza, onde permanecem centenas de doentes, funcionários e civis abrigados da guerra no enclave.
O principal hospital da Faixa de Gaza é apresentado por Israel como um centro estratégico e militar do Hamas, uma alegação rejeitada pelo movimento islamita, no poder no território desde 2007.
As FDI realizam atividades operacionais "precisas e específicas dentro do complexo hospitalar", que são "geridas por etapas, de acordo com avaliações da situação em curso", informou o comandante militar israelita.
"Os militares avançam de edifício em edifício, revistando cada andar, enquanto centenas de doentes e pessoal médico permanecem no complexo", segundo a mesma fonte, que afirmou que a operação "é realizada de forma discreta, metódica e exaustiva", com base em interrogatórios feitos no local.
O comando militar israelita insistiu que "existe uma infraestrutura terrorista bem escondida" no complexo de saúde.
De acordo com o oficial israelita, até agora foram encontradas "armas, informações - incluindo sobre os acontecimentos de 07 de outubro -, equipamentos tecnológicos, equipamento militar, centros de comando e controlo e equipamentos de comunicações, todos pertencentes ao Hamas".
Números avançados à agência France-Presse (AFP) indicam que na unidade hospital se encontram cerca de 2.300 pessoas.
O Ministério da Saúde do Hamas, por sua vez, afirmou que o exército israelita atacou vários serviços do hospital.
"Destruíram o serviço de radiologia e bombardearam os serviços de queimados e diálise", disse à AFP o porta-voz do Ministério, Ashraf al-Qidreh.
"Eles estão no complexo a entrevistar médicos, feridos e deslocados", assinalou, descrevendo a situação: "Não temos eletricidade, água potável ou alimentos (...) Milhares de mulheres, crianças, doentes e feridos correm perigo de morte".
As escavadoras israelitas, acusou o porta-voz, destruíram parcialmente a entrada sul do complexo, perto da maternidade, já danificada por disparos de tanques nos últimos dias.
Após o seu primeiro dia de intervenção, na quarta-feira, o exército israelita afirmou ter encontrado "munições, armas e equipamento militar" no Hospital al-Shifa, divulgando imagens de armamento que afirmam pertencer ao Hamas.
Em reação, o Ministério da Saúde do Governo do Hamas apenas disse, citado pela agência France-Presse, que o Exército israelita "não encontrou armas nem equipamento militar" no hospital al-Shifa e que "não autoriza" a presença de armamento nos seus estabelecimentos hospitalares.
A AFP não conseguiu verificar estas afirmações de forma independente.
Em 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje, em Bissau, que existem dificuldades na fronteira de Rafah, não tendo sido ainda possível resgatar os dez cidadãos que se encontram na Faixa de Gaza sinalizados por Portugal.
João Gomes Cravinho falava à Lusa no final da cerimónia que marcou os 50 anos da declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau, na qual participaram, também, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.
"Ontem [terça-feira] fomos informados pelas autoridades egípcias e israelitas que sairiam hoje. Até agora não tem sido possível", disse, referindo que "tem havido muitos problemas na fronteira" de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, mantendo-se as autoridades portuguesas "em contacto permanente" com as do Cairo e de Telavive.
Afirmando não ser ainda "claro se conseguem sair hoje ou se terá de ser adiado", Cravinho disse que a sua "expectativa é que possam sair em breve", sublinhando que a retirada não depende de Portugal.
Em comunicado divulgado na quarta-feira à noite, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que as autoridades egípcias, em articulação com Israel, tinham autorizado a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos.
"A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, nas próximas horas, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito", referiu então a diplomacia portuguesa, no mesmo comunicado em que anunciou a morte de três portugueses num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza.
Falando terça-feira à noite, em Bissau, João Gomes Cravinho lamentou a morte dos três cidadãos portugueses em Gaza, acrescentando que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa, juntamente com dois familiares.
O ministro, que chegou a Bissau na terça-feira, parte hoje à tarde para Lisboa, na companhia do primeiro-ministro, António Costa.
Forças de Defesa de Israel via Reuters
Três palestinianos morreram e quatro polícias israelitas ficaram feridos, esta quinta-feira de manhã, num posto de controlo entre a Cisjordânia e o sul Jerusalém. Os atacantes começaram a disparar sobre a polícia e acabaram por morrer.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse hoje que as negociações com o grupo islamita Hamas para a libertação dos reféns raptados na Faixa de Gaza não são sérias.
"Não tenho a certeza se as negociações são reais", defendeu Herzog, lançando suspeitas sobre a eficácia do resultado das negociações em curso entre as autoridades israelitas e o grupo islamita, com mediação do Qatar, procurando uma solução para o conflito aberto desde 07 de outubro.
"Para ser honesto, ainda não vejo uma resposta séria do Hamas", argumentou o líder israelita, em entrevista à agência espanhola de notícias EFE, a partir da residência presidencial em Jerusalém.
"Vejo que há avanços e recuos. Sei que existe um processo de mediação por parte do Qatar", acrescentou o Presidente, que, no entanto, expressou o seu receio de que o Hamas esteja a realizar "jogos psicológicos para enlouquecer Israel".
"Este é o momento de oferecer algo e de mostrar seriedade na libertação de reféns, começando pelas crianças e mulheres", disse Herzog, referindo-se à possível libertação de pelo menos alguns dos 239 reféns em Gaza.
O Presidente também agradeceu ao Egito pela sua postura "muito ativa e positiva" na apresentação de propostas, apesar das "circunstâncias complexas".
Questionado sobre se Israel estará disposto a embarcar numa troca de prisioneiros, conforme solicitado pelo Hamas, Herzog limitou-se a dizer que ainda não se está nessa fase.
O Presidente israelita também acusou o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, de ser "um megalómano, ao estilo Hitler", que "não entende a capacidade dos humanos de conversar".
Segundo fontes, parte do problema da negociação é que não são os líderes políticos do Hamas no Catar que tomam as decisões no terreno, o que corresponde à ala militar do movimento na Faixa, além do facto de que cada ronda de diálogo leva "dois ou três dias".
Com tudo isso, as rondas de negociações continuam em locais itinerantes, tanto em Doha, capital do Qatar, quanto no Egito, com a participação também dos Estados Unidos, com o objetivo de chegar a um acordo definitivo entre ambas as partes o mais rápido possível.
A cadeia de intermediários significa que Israel, os EUA, o Qatar e o Egito se reúnem primeiro e depois transmitem a mensagem aos líderes do Hamas em Doha e, mais tarde, em Gaza.
A lista com autorizações de saída é atualizada frequentemente. As negociações são complexas, envolvendo Israel, o Egito e outros países terceiros.
Ahmed Ashour soube na quarta-feira que perdeu dois filhos menores e a mulher no sul do território. Responsabiliza o Governo Português pela morte da família.
Foto: Alexander Ermochenko - Reuters
Governo e Presidência da República lamentam a morte de
cidadãos portugueses que aguardavam autorização para sair do território em guerra.
Amã revelou que sete funcionários foram feridos em bombardeamentos na quarta-feira, segundo relatos.We are deeply concerned that Jordanian medical personnel in Gaza were wounded in an attack near their field hospital, and we are profoundly grateful to medical professionals providing critical care to Palestinians in Gaza. Their essential role in conflict must be protected.
— Jake Sullivan (@JakeSullivan46) November 16, 2023
A Comissão Europeia indicou hoje que "várias centenas" de cidadãos da União Europeia (UE) aguardam aval para sair da Faixa de Gaza, após muitos já terem saído, mas remeteu os dados exatos para os Estados-membros.
"Ainda há várias centenas de cidadãos da UE em Gaza à espera de sair e já conseguimos retirar muitas centenas de cidadãos da UE, mas os números exatos são da responsabilidade e competência dos Estados-membros", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano.
Falando na conferência de imprensa diária da instituição europeia, em Bruxelas, depois de ter sido anunciado que três portugueses morreram em bombardeamentos na Faixa de Gaza e que, entretanto, foi autorizada a saída da região de 10 pessoas sinalizadas por Portugal, Peter Stano reforçou que cabe a cada país da UE "comunicar e cuidar" dos seus cidadãos.
Numa altura em que o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, realiza uma visita ao Médio Oriente para discutir o acesso à ajuda humanitária na Faixa de Gaza e a solução de dois Estados (Israel e Palestina), o porta-voz indicou que a ocasião também servirá para "abordar a necessidade de cuidar dos cidadãos da UE".
Três portugueses morreram num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, enclave onde decorre uma guerra entre as forças israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas desde o início de outubro, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros esta madrugada.
Estes três portugueses - uma mulher e duas crianças -, assim como dois palestinianos, seus familiares, que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, lamentando as mortes.
A tutela revelou ainda na nota que as autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, autorizaram a saída de Gaza para 10 cidadãos sinalizados por Portugal para a retirada daquele território, dois dos quais luso-palestinianos.
"A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, nas próximas horas, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito", destacou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar estender-se a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.320 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
"O ataque em Gush Etzion prova mais uma vez que o conceito falha não só em Gaza, mas também na Judeia e Samaria (o nome bíblico para a Cisjordânia usado pelas autoridades israelitas para se referirem ao território)", disse Ben Gvir.מברך את כוחות הביטחון על מניעת פיגוע גדול ומאחל החלמה לפצועים. הפיגוע בגוש עציון מוכיח שוב שהקונספציה כשלה לא רק בעזה, אלא גם ביהודה ושומרון. צריך לטפל בחמאס איו"ש וברשות הפלסטינית שהיא בעלת תפיסות דומות לחמאס, וראשיה הזדהו עם טבח החמאס, בדיוק כמו שמטפלים בעזה. האמון במכחיש השואה…
— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) November 16, 2023
EPA
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamentou a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, após um bombardeamento realizado pelas forças militares de Israel.
Foi igualmente referido que o Hamas usava as embarcações civis no ancoradouro para fins terroristas e para dirigir e levar a cabo ataques navais.ביממות האחרונות, בלחימה רב זרועית, לוחמי צוות הקרב של חטיבה 188 יחד עם לוחמי שייטת 13, השיגו שליטה מבצעית על המעגן המרכזי של עזה בו שלט ארגון הטרור חמאס.
— דובר צה״ל דניאל הגרי - Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) November 16, 2023
בפשיטה המשולבת של כוחות השייטת, השריון וההנדסה יחד עם חה״א, הושמדו כעשרה פירי מנהרות, וארבעה מבנים המהווים תשתיות טרור >> pic.twitter.com/wwIOwbxvnA
O exército israelita anunciou hoje a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 50 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra contra o Hamas.
Em 07 de outubro, o Hamas levou a cabo um ataque contra o território de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, em represália, Israel tem bombardeado Gaza sem tréguas, matando 11.500 palestinianos, segundo o governo do Hamas.
Em 27 de outubro, os tanques israelitas entraram em Gaza no âmbito de uma operação terrestre destinada a "aniquilar" o Hamas que controla o enclave.
A polícia alemã lançou hoje uma grande operação, com 54 buscas em sete regiões, contra um centro islamita suspeito de apoiar o movimento xiita libanês Hezbollah, anunciou o Ministério do Interior.
"Numa altura em que muitos judeus se sentem particularmente ameaçados, não toleramos a propaganda islamita nem as campanhas antissemitas e anti-israelitas", declarou a ministra do Interior, Nancy Faeser, em comunicado.
A operação policial tem como alvo o "Centro Islâmico de Hamburgo" e cinco outras organizações suspeitas de lhe estarem ligadas.
A Alemanha considera o Hezbollah uma organização terrorista e proibiu as suas atividades no país em abril de 2020.
As buscas têm como alvo 54 propriedades em várias regiões da Alemanha.
As atividades do centro destinam-se a difundir o "conceito revolucionário" dos mulás iranianos (educados na teologia islâmica), "suspeito de ser contrário à ordem constitucional na Alemanha", acrescenta-se na mesma nota.
O centro controla a mesquita Imam Ali, em Hamburgo. Os serviços de informação internos da Alemanha suspeitam que este "exerce uma forte influência" a partir dessa mesquita sobre outras mesquitas e associações, "até à tomada total do controlo", indicou o Ministério do Interior.
No seio deste movimento, "existem claras tendências antissemitas e anti-israelitas que são também propagadas através de vários canais mediáticos", acrescentou.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, prometeu proteger os judeus na Alemanha ao comemorar o 85.º aniversário do pogrom (perseguição) nazi da Noite dos Cristais, há uma semana, num contexto de ressurgimento de atos antissemitas desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, no início de outubro.
A Alemanha e muitos outros países temem também que o conflito no Médio Oriente se reacenda, nomeadamente no Líbano, através do Hezbollah.
Desde o início da guerra, já se registaram confrontos entre o Hezbollah e Israel na zona fronteiriça entre os dois países.
Pelo menos sete pessoas ficaram feridas num ataque armado a sul de Jerusalém, informou a polícia israelita, acrescentando que três atacantes foram neutralizados.
"O ataque, com tiros, ocorreu há pouco num posto de controlo em Jerusalém, três `terroristas` foram neutralizados pelas forças de segurança", indicou um porta-voz da polícia que não forneceu informações sobre o estado de saúde dos atacantes.
"Sete pessoas ficaram feridas na sequência do ataque e estão a ser retiradas do local para receberem tratamento médico", acrescentou.
Um jornalista da agência France-Presse que se encontrava no local ouviu "fortes rajadas de tiros de armas automáticas" no posto de controlo.
Este ataque ocorre no 41.º dia de guerra entre Israel e o movimento Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza.
Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram mais de 11 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.
Os membros do Conselho apelaram esta quarta-feira a pausas "urgentes e prolongadas" dos combates em toda a Faixa de Gaza, durante um número de dias suficiente para deixar entrar a ajuda humanitária.
Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters
O exército israelita fez uma incursão ao hospital que acredita ser usado pelo Hamas como escudo para um centro de operações subterrâneo, alegação secundada pelos Estados Unidos.
Foto: David Araújo - RTP
No norte de Israel vivem-se dias de medo devido aos ataques diários do Hezbollah. A economia parou e a maioria das pessoas não sai de casa, como constataram os enviados especiais da RTP a Acre, Cândida Pinto e David Araújo.
Os enviados especiais da RTP estão a acompanhar no terreno os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente.
Foto: Johanna Geron - EPA
Três cidadãos portugueses e dois familiares morreram na sequência de um bombardeamento israelita na Faixa de Gaza. Duas das vítimas eram menores. O Governo português já transmitiu a Israel o "desgosto" que sente.