Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Andreia Martins, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Ahmed El Mokhallalati - Reuters

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por Lusa

Líder do Hamas critica israelitas por não acatarem decisões da ONU

O líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye, criticou hoje Israel por se recusar a acatar a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre pausas humanitárias na Faixa de Gaza para permitir ajuda ao enclave palestiniano.

Haniye apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a cessar completamente as hostilidades, a abrir as passagens fronteiriças e a pôr fim definitivamente ao bloqueio da Faixa de Gaza, segundo as suas declarações citadas pelo portal de notícias Al Quds.

Além disso, expressou a sua condenação dos "crimes de guerra e limpeza étnica" de Israel tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia, ao mesmo tempo que criticou "a guerra contra os hospitais", que vai contra "todos os valores humanos",

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira a resolução -- apresentada por Malta -- com 12 votos a favor, zero contra e três abstenções da Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, que exige que as pausas durem dias suficientes para prestar ajuda às pessoas afetadas pelo conflito.

O líder do Hamas apelou também para a implementação das decisões tomadas na cimeira dos países árabes e muçulmanos realizada no sábado em Riade, sobre a proteção dos locais sagrados e a cessação da violência na Faixa de Gaza.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

PUB
por Lusa

Mais de 200 estrangeiros saíram hoje de Gaza por Rafah

Mais de 200 cidadãos estrangeiros ou com dupla nacionalidade deixaram hoje a Faixa de Gaza, através da fronteira de Rafah, junto ao Egito, assim como nove feridos palestinianos acompanhados por nove familiares, adiantaram fontes humanitárias.

De acordo com o diretor da Cruz Vermelha egípcia no Sinai, Raed Abdelnaser Amin, citado pela EFE, "225 estrangeiros, com dupla nacionalidade e egípcios de origem palestiniana chegaram à fronteira de Rafah a partir da Palestina".

Destacou também que hoje saíram da Faixa de Gaza nove feridos acompanhados por nove familiares, com os quais chegaram a território egípcio, entre os quais o menor Abdulá al Kahil, quen enviou uma mensagem de socorro ao presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi.

O responsável da Cruz Vermelha adiantou ainda que brevemente "se espera que abandonem Gaza 842 estrangeiros, entre eles 193 egípcios de origem palestiniana e 649 estrangeiros dos EUA, Bielorrússia, Suécia, Bósnia e Herzegovina, Bahrein e Cazaquistão, de acordo com a lista de retirados".

Segundo o acordo para a retirada destes cidadãos, as pessoas que saem de Gaza têm 72 horas para abandonar o Egito, uma responsabilidade que reca nas embaixadas dos países envolvidos.

As autoridades egípcias, em articulação com Israel, autorizaram a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos, adiantou esta quarta-feira à noite o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, revelou que se esperava que os 10 cidadãos nacionais e familiares saíssem hoje através da passagem de Rafah, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito, mas a meio da tarde apontou dificuldades na fronteira que estariam a dificultar o processo.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Hezbollah lança oito ataques contra território israelita

O Hezbollah realizou hoje oito ataques contra objetivos militares no norte de Israel, alguns dos quais em simultâneo, informou o grupo xiita libanês.

Segundo o movimento armado, os ataques visaram seis postos militares e quartéis israelitas, bem como dois grupos de soldados que se tinham reunido nas proximidades de posições localizadas nas zonas norte de Israel.

Duas destas ações foram lançadas simultaneamente às 12:15 locais (10:15 em Lisboa) e outras duas foram executadas às 14:25 (12:25), de acordo com notas divulgadas pelo Hezbollah.

O grupo xiita assumiu a responsabilidade por um lançamento de mísseis guiados realizado à tarde contra o posto de Jal al-Alam, mas no caso dos restantes ataques do dia limitou-se a dizer que foram levados a cabo com "armas adequadas", sem especificar.

O Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos ataques cruzados no último mês através da fronteira do Líbano, que já deixaram dezenas de mortos, mais de 300 feridos e quase 26.000 deslocados internos só no lado libanês.

Os confrontos intensificaram-se desde 07 de outubro, quando o movimento islamita palestiniano Hamas atacou o sul de Israel, desencadeando um novo conflito no Médio Oriente.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

PUB
Momento-Chave
por RTP

"Um horror não justifica outro". As palavras de Josep Borrell na primeira visita a Israel após o ataque de 7 de outubro

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou esta quinta-feira a Israel para que "não se deixe consumir pela raiva". Apela à proteção dos civis em Gaza, ao mesmo tempo que diz compreender o desespero das famílias dos reféns.

"Compreendo a vossa raiva, mas não se deixem consumir pela raiva. (...) Um horror não justifica outro", argumentou.

O alto representante da UE para a Política Externa está em Israel, naquela que é a primeira visita ao país desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro. Borrell demonstrou solidariedade para com os israelitas, em especial no kibbutz Be'eri.

"Eu sei o que é que um kibbutz significa para os israelitas. Eu percebo o que é que a família de um kibbutz sente com os seus filhos, pais ou filhas que foram raptados", afirmou o responsável europeu.

O Hamas matou pelo menos 130 residentes deste kibbutz e levou outros como reféns.
PUB
por RTP

Exército israelita encontra túnel e armas no complexo hospitalar de al-Shifa

Os militares israelitas avançaram esta quinta-feira que descobriram um túnel do Hamas e um veículo com armas no complexo hospitalar al-Shifa, em Gaza. "No Hospital al-Shifa, as tropas das Forças de Defesa de Israel encontraram um túnel operacional e um veículo com um grande número de armas", adiantou o exército israelita.
PUB
por RTP

Corpo encontrado perto de hospital. Exército israelita diz que a refém foi "assassinada por terroristas"

O exército israelita afirmou que a refém cujo corpo foi encontrado junto ao Hospital al-Shifa foi "assassinada por terroristas na Faixa de Gaza".

O corpo foi descoberto por uma unidade militar numa casa nas proximidades do hospital. Junto aos restos mortais foram encontradas armas dos captores, avançou o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari.

A mulher de 65 anos foi raptada no kibutz Be'eri, no sul de Israel. Foi identificada como Yehudit Weiss.
PUB
por Lusa

Programa Alimentar Mundial diz que palestinianos "enfrentam ameaça imediata de fome"

A população de Gaza, onde desde o início do atual conflito entraram apenas 10% dos alimentos necessários para a subsistência dos habitantes, "enfrenta a ameaça imediata de fome", alertou hoje o Programa Alimentar Mundial da ONU.

"As reservas de alimentos e de água são praticamente inexistentes e apenas uma fração do que é necessário está a atravessar as fronteiras. Com a aproximação rápida do inverno, a insegurança e a sobrelotação dos abrigos e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer à fome", declarou Cindy McCain, diretora executiva do PAM.

Também hoje numa teleconferência de imprensa em Nova Iorque, a porta-voz do PAM para o Médio Oriente, Abeer Etefa, apresentou detalhes sobre a situação no terreno, indicando que a população de Gaza faz atualmente uma refeição por dia "e limita-se à comida enlatada, a única disponível neste momento".

"O pão tornou-se um verdadeiro luxo", acrescentou Etefa, frisando que os "pescadores não podem sair para o mar, nem os agricultores podem chegar às suas terras, e a última padaria que funcionava com a ajuda do PAM teve de fechar".

A estas deficiências soma-se o facto de os frigoríficos terem parado de funcionar por falta de eletricidade, pelo que as famílias não conseguem conservar alimentos perecíveis.

"Começamos a ver casos de desidratação e desnutrição, que aumentam rapidamente e a cada dia", assegurou.

Também Juliette Touma, diretora de comunicações da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinianos (UNRWA), participou na videoconferência, indicando que, devido ao novo `apagão` de comunicações registado em Gaza, não haverá uma operação transfronteiriça na passagem de Rafah na manhã de sexta-feira.

"A rede de comunicações em Gaza está desligada porque não há combustível e isso torna impossível gerir ou coordenar caravanas de ajuda humanitária", disse.

"Hoje, Gaza parece ter sido atingida por um terramoto, só que é provocado pelo homem e poderia ter sido totalmente evitado", lamentou, acrescentando que a população e as equipas de ajuda humanitária no terreno estão "desidratadas, famintas e exaustas".

Touma considerou "simplesmente ultrajante" que as agências humanitárias estejam reduzidas "à mendicância de alimentos" e criticou o facto de que, nesta guerra, "água, alimentos e combustível estejam a ser usados como armas de guerra".

Segundo o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, os bombardeamentos israelitas iniciados a 07 de outubro mataram mais de 11.500 pessoas, na maioria civis, incluindo 4.710 crianças.

Do lado israelita, o ataque do Hamas, organização considerada terrorista por União Europeia e Estados Unidos, causou cerca de 1.200 mortos, na sua maioria civis, segundo as autoridades israelitas. Cerca de 240 pessoas foram também feitas reféns e levadas para Gaza.

O exército israelita anunciou hoje a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 51 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra contra o Hamas.

PUB
por RTP

Josep Borrell pede a Telavive que "não se deixe consumir pelo ódio"

Foto: Olivier Hoslet - EPA

As telecomunicações na Faixa de Gaza estão fora de serviço por falta de combustível. As Nações Unidas queixaram-se do que consideram ser uma tentativa deliberada de estrangular as operações humanitárias no enclave.

De visita a Israel, o chefe da diplomacia europeia apelou a Telavive para "não se deixar consumir pelo ódio na guerra contra o Hamas".
PUB
por RTP

Portugueses mortos em Gaza. Ahmed Ashour perdeu dois filhos e a mulher

Foto: Reuters

Um bombardeamento provocou a morte de três cidadãos portugueses na Faixa de Gaza. Ahmed Ashour soube ontem que perdeu dois filhos menores e a mulher no sul do território e responsabilizou o Governo português.

PUB
por RTP

Dez cidadãos sinalizados por Portugal ainda não conseguiram sair de Gaza

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

Na Guiné Bissau, o Ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que existem muitas dificuldades na fronteira de Rafah e a retirada não depende de Portugal.

João Gomes Cravinho não clarificou se a saída dos portugueses pode acontecer ainda hoje ou se terá de ser adiada.

No entanto, mantém a expetativa que a chegada ao Egito será muito em breve.

Na terça-feira o governo português foi informado pelas autoridades egípcias e israelitas que hoje os cidadãos portugueses teriam autorização para atravessar a fronteira.

João Gomes Cravinho disse que as autoridades portuguesas se mantêm em contacto permanente com as do Cairo e Telavive.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Exército israelita diz ter encontrado corpo de um refém do Hamas no Hospital al-Shifa

O exército israelita adiantou esta quinta-feira que foi descoberto o corpo de um refém no Hospital al-Shifa, em Gaza. Trata-se do corpo de uma mulher tomada como refém desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.

A mulher foi raptada no kibutz de Beeri e o seu corpo foi "retirado pelas tropas do exército israelita de uma estrutura adjacente ao Hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, e foi transferido para território israelita", segundo um comunicado de imprensa das Forças de Defesa de Israel.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Forças israelitas vão passar à "próxima fase"

O exército israelita indicou esta quinta-feira que a parte ocidental da cidade de Gaza foi desobstruída na sequência de operações levadas a cabo pelo exército contra o Hamas.

Yoav Gallant, ministro israelita da Defesa, indicou que as Forças de Defesa de Israel estão a passar para a "próxima fase" da operação terrestre na Faixa de Gaza após ter assumido o controlo de "toda a parte ocidental".

O ministro indicou ainda que o Exército israelita fez "descobertas significativas" relacionadas com as atividades do Hamas no hospital al-Shifa.

Este hospital, o maior da Faiza de Gaza, é considerado como um dos centros estratégicos e militares do Hamas.

Yoav Gallant não deu quaisquer detalhes sobre o material encontrado pelos soldados no hospital.
PUB
por RTP

Hamas reivindica ataque na Cisjordânia. Um soldado israelita morreu

As brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram esta quinta-feira a responsabilidade por um ataque a um posto de controlo que separa Jerusalém da Cisjordânia ocupada.

Neste ataque, morreu pelo menos um soldado israelita. Dizem que o ataque ocorreu para "vingar o sangue dos mártires de Gaza".

Ao início da tarde, o exército israelita confirmou a morte de um soldado israelita de 20 anos após um ataque com arma automática.

Outros três membros das forças de segurança de Israel ficaram feridos. De acordo com a polícia israelita, o ataque foi levado a cabo por "três terroristas" que chegaram de carro vindos da Cisjordânia e dispararam contra as forças de segurança".

Os três elementos que levaram a cabo este ataque foram mortos. "Dada a quantidade de munições, pistolas e machados encontrados no carro, tudo indica que os agressores estavam a planear um grande ataque ou um massacre em Israel", declarou aos jornalistas o chefe da polícia israelita, Kobi Shabtai.


PUB
por Antena 1

Hospitais de Gaza tornam-se os únicos abrigos para muitos palestinianos

REUTERS/Mohammed Salem

Com milhares de casas destruídas pelos bombardeamentos, milhares de palestinianos encontram um teto nos hospitais.

Mesmo com as forças israelitas à procura de elementos dos Hamas nas unidades de saúde, não há alternativa, como conta ao jornalista Gonçalo Costa Martins, o coordenador de uma organização não governamental, a partir do sul da Faixa de Gaza.
PUB
por Lusa

Um terço das mortes na Faixa de Gaza ocorreu no sul, para onde Telavive ordenou a retirada

Um terço das mortes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza ocorreu no sul do enclave, para onde Telavive ordenou a retirada da população do norte, denunciou hoje fonte da ONU.

"Não há lugar seguro na Faixa de Gaza, nem no norte, nem no sul, nem na zona central, nem sequer as instalações da ONU são seguras", lamentou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla inglesa), Philippe Lazzarini, numa conferência de imprensa em Genebra.

Seis semanas depois de ter começado, a guerra provocou a maior deslocação forçada de palestinianos da história, muito superior à de 1948, na altura da criação de Israel, que obrigou 750.000 palestinianos a abandonar as suas terras, contra os cerca de 1,7 milhões atualmente.

PUB
por Lusa

Hamas acusa Israel de ter "destruído" serviços do hospital al-Shifa

O Ministério da Saúde do Hamas afirmou hoje que o exército israelita atacou vários serviços do hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, onde se encontram centenas de doentes, pessoal e civis, e destruiu várias infraestruturas de radiologia e diálise.

"Destruíram o departamento de radiologia e bombardearam o de queimados e de diálise" do hospital, o maior de Gaza, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh.

"Estão no recinto a interrogar os médicos, os feridos e os deslocados. Não temos eletricidade, nem água potável, nem alimentos. [...] Milhares de mulheres, crianças, doentes e feridos correm perigo de vida", acrescentou.

Segundo al-Qidreh, os `bulldozers` israelitas destruíram parcialmente a entrada sul do complexo, "perto da maternidade", que já tinha sido danificada por projéteis de tanques disparados nos últimos dias, indicou o Ministério da Saúde do Hamas.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano de 07 de outubro, o primeiro do género desde a criação do Estado israelita.

Do lado israelita, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, sobretudo civis, massacrados nesse dia, e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns, segundo as autoridades.

Em retaliação, Israel tem bombardeado implacavelmente a Faixa de Gaza, que se encontra sob um cerco total. Os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.500 pessoas, na sua maioria civis, incluindo 4.710 crianças, de acordo com o governo do Hamas.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Exército diz ter encontrado imagens relacionadas com reféns no Hospital Al Shifa

Imagens relacionadas com reféns capturados pelo movimento islamita palestiniano Hamas durante o seu ataque a Israel foram encontradas em computadores apreendidos no Hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, disse hoje o Exército israelita.

As imagens foram encontradas em equipamentos "pertencente ao Hamas", disse um oficial das Forças de Defesa de Israel (FDI) em comunicado, acrescentando que a operação estava hoje em curso, pelo segundo dia consecutivo, na maior unidade hospitalar da Faixa de Gaza, onde permanecem centenas de doentes, funcionários e civis abrigados da guerra no enclave.

O principal hospital da Faixa de Gaza é apresentado por Israel como um centro estratégico e militar do Hamas, uma alegação rejeitada pelo movimento islamita, no poder no território desde 2007.

As FDI realizam atividades operacionais "precisas e específicas dentro do complexo hospitalar", que são "geridas por etapas, de acordo com avaliações da situação em curso", informou o comandante militar israelita.

"Os militares avançam de edifício em edifício, revistando cada andar, enquanto centenas de doentes e pessoal médico permanecem no complexo", segundo a mesma fonte, que afirmou que a operação "é realizada de forma discreta, metódica e exaustiva", com base em interrogatórios feitos no local.

O comando militar israelita insistiu que "existe uma infraestrutura terrorista bem escondida" no complexo de saúde.

De acordo com o oficial israelita, até agora foram encontradas "armas, informações - incluindo sobre os acontecimentos de 07 de outubro -, equipamentos tecnológicos, equipamento militar, centros de comando e controlo e equipamentos de comunicações, todos pertencentes ao Hamas".

Números avançados à agência France-Presse (AFP) indicam que na unidade hospital se encontram cerca de 2.300 pessoas.

O Ministério da Saúde do Hamas, por sua vez, afirmou que o exército israelita atacou vários serviços do hospital.

"Destruíram o serviço de radiologia e bombardearam os serviços de queimados e diálise", disse à AFP o porta-voz do Ministério, Ashraf al-Qidreh.

"Eles estão no complexo a entrevistar médicos, feridos e deslocados", assinalou, descrevendo a situação: "Não temos eletricidade, água potável ou alimentos (...) Milhares de mulheres, crianças, doentes e feridos correm perigo de morte".

As escavadoras israelitas, acusou o porta-voz, destruíram parcialmente a entrada sul do complexo, perto da maternidade, já danificada por disparos de tanques nos últimos dias.

Após o seu primeiro dia de intervenção, na quarta-feira, o exército israelita afirmou ter encontrado "munições, armas e equipamento militar" no Hospital al-Shifa, divulgando imagens de armamento que afirmam pertencer ao Hamas.

Em reação, o Ministério da Saúde do Governo do Hamas apenas disse, citado pela agência France-Presse, que o Exército israelita "não encontrou armas nem equipamento militar" no hospital al-Shifa e que "não autoriza" a presença de armamento nos seus estabelecimentos hospitalares.

A AFP não conseguiu verificar estas afirmações de forma independente.

Em 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

PUB
por RTP

Programa Alimentar Mundial alerta para perigo de "fome generalizada" em Gaza

O Programa Alimentar Mundial alertou esta quinta-feira para a situação de "fome generalizada" que a Faixa de Gaza enfrenta, com necessidade de assistência alimentar urgente.

"O fornecimento de alimentos e de água é praticamente inexistente em Gaza e apenas uma fração do que é necessário chega através das fronteiras", adiantou a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial, Cindy McCain, em comunicado.

A responsável assinalou ainda para um agravamento da situação com a aproximação do inverno, com "abrigos inseguros e sobrelotados e falta de água potável".

"Os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer à fome", alertou a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial.
PUB
por RTP

Crescente Vermelho da Palestina relata "ataque violento" de Israel ao hospital Ahli Arab em Gaza

O Crescente Vermelho da Palestina relatou esta quinta-feira a ocorrência de um "ataque violento" no Hospital Ahli Arab, em Gaza.

Esta informação surge numa altura em que o exército israelita tem cada vez mais controlo do território palestiniano, em particular dos hospitais.

"As equipas de resgate não se conseguem deslocar e chegar aos feridos", acrescentou ainda o Crescente Vermelho, responsável pela gestão deste hospital.

Nas últimas horas, o Ministério da Saúde do Hamas adiantou que o exército israelita atacou várias instalações do hospital al-Shifa, em Gaza.
PUB
por RTP

Comunicações "totalmente cortadas" novamente em Gaza por falta de combustível

O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) disse esta quinta-feira que as comunicações foram novamente "totalmente cortadas" com a Faixa de Gaza.

"Gaza está mais uma vez a sofrer um apagão total de comunicações (...) porque não há combustível", afirmou Philippe Lazzarini em conferência de imprensa a partir de Genebra.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Dificuldades na fronteira atrasam resgate de cidadãos sinalizados por Portugal - MNE

O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje, em Bissau, que existem dificuldades na fronteira de Rafah, não tendo sido ainda possível resgatar os dez cidadãos que se encontram na Faixa de Gaza sinalizados por Portugal.

João Gomes Cravinho falava à Lusa no final da cerimónia que marcou os 50 anos da declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau, na qual participaram, também, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.

"Ontem [terça-feira] fomos informados pelas autoridades egípcias e israelitas que sairiam hoje. Até agora não tem sido possível", disse, referindo que "tem havido muitos problemas na fronteira" de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, mantendo-se as autoridades portuguesas "em contacto permanente" com as do Cairo e de Telavive.

Afirmando não ser ainda "claro se conseguem sair hoje ou se terá de ser adiado", Cravinho disse que a sua "expectativa é que possam sair em breve", sublinhando que a retirada não depende de Portugal.

Em comunicado divulgado na quarta-feira à noite, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que as autoridades egípcias, em articulação com Israel, tinham autorizado a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos.

"A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, nas próximas horas, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito", referiu então a diplomacia portuguesa, no mesmo comunicado em que anunciou a morte de três portugueses num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza.

Falando terça-feira à noite, em Bissau, João Gomes Cravinho lamentou a morte dos três cidadãos portugueses em Gaza, acrescentando que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa, juntamente com dois familiares.

O ministro, que chegou a Bissau na terça-feira, parte hoje à tarde para Lisboa, na companhia do primeiro-ministro, António Costa.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Gaza sem comunicações, dizem empresas de telecomunicações

Todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza foram interrompidos porque todas as fontes de energia que sustentavam a rede se esgotaram, disseram as principais empresas de telecomunicações de Gaza, Paltel e Jawwal, num comunicado na quinta-feira.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel atingiu casa do líder do Hamas em Gaza

Forças de Defesa de Israel via Reuters

Três palestinianos morreram e quatro polícias israelitas ficaram feridos, esta quinta-feira de manhã, num posto de controlo entre a Cisjordânia e o sul Jerusalém. Os atacantes começaram a disparar sobre a polícia e acabaram por morrer.

Mais de 40 dias depois do início da ofensiva, o exército de Israel volta a entrar no Hospital Al-Shifa que garante que é usado como posto de comando do Hamas. Uma informação confirmada pelo presidente dos Estados Unidos.
PUB
Momento-Chave
Em Gaza
por RTP

Ministério da Saúde do Hamas afirma que Israel “destruiu” serviços do hospital Al Shifa

O Ministério da Saúde do Hamas afirmou que o exército israelita atacou vários serviços do hospital de al-Shifa, na cidade de Gaza, onde se encontram centenas de doentes, pessoal e civis, destruindo as infraestruturas de radiologia.

"Destruíram o departamento de radiologia e bombardearam o departamento de queimaduras e diálise" deste hospital, o maior de Gaza, disse à AFP o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Presidente israelita duvida de seriedade das negociações sobre reféns

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse hoje que as negociações com o grupo islamita Hamas para a libertação dos reféns raptados na Faixa de Gaza não são sérias.

"Não tenho a certeza se as negociações são reais", defendeu Herzog, lançando suspeitas sobre a eficácia do resultado das negociações em curso entre as autoridades israelitas e o grupo islamita, com mediação do Qatar, procurando uma solução para o conflito aberto desde 07 de outubro.

"Para ser honesto, ainda não vejo uma resposta séria do Hamas", argumentou o líder israelita, em entrevista à agência espanhola de notícias EFE, a partir da residência presidencial em Jerusalém.

"Vejo que há avanços e recuos. Sei que existe um processo de mediação por parte do Qatar", acrescentou o Presidente, que, no entanto, expressou o seu receio de que o Hamas esteja a realizar "jogos psicológicos para enlouquecer Israel".

"Este é o momento de oferecer algo e de mostrar seriedade na libertação de reféns, começando pelas crianças e mulheres", disse Herzog, referindo-se à possível libertação de pelo menos alguns dos 239 reféns em Gaza.

O Presidente também agradeceu ao Egito pela sua postura "muito ativa e positiva" na apresentação de propostas, apesar das "circunstâncias complexas".

Questionado sobre se Israel estará disposto a embarcar numa troca de prisioneiros, conforme solicitado pelo Hamas, Herzog limitou-se a dizer que ainda não se está nessa fase.

O Presidente israelita também acusou o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, de ser "um megalómano, ao estilo Hitler", que "não entende a capacidade dos humanos de conversar".

Segundo fontes, parte do problema da negociação é que não são os líderes políticos do Hamas no Catar que tomam as decisões no terreno, o que corresponde à ala militar do movimento na Faixa, além do facto de que cada ronda de diálogo leva "dois ou três dias".

Com tudo isso, as rondas de negociações continuam em locais itinerantes, tanto em Doha, capital do Qatar, quanto no Egito, com a participação também dos Estados Unidos, com o objetivo de chegar a um acordo definitivo entre ambas as partes o mais rápido possível.

A cadeia de intermediários significa que Israel, os EUA, o Qatar e o Egito se reúnem primeiro e depois transmitem a mensagem aos líderes do Hamas em Doha e, mais tarde, em Gaza.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Portugueses em Gaza sem garantia de conseguir sair

A lista com autorizações de saída é atualizada frequentemente. As negociações são complexas, envolvendo Israel, o Egito e outros países terceiros.

Os enviados da RTP Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estão em Sderot, junto ao norte de Faixa de Gaza, e revelam que a fronteira de Rafah abre pontualmente para permitir a saída de cidadãos estrangeiros.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Familiar de vítimas portuguesas em Gaza responsabiliza Governo

Ahmed Ashour soube na quarta-feira que perdeu dois filhos menores e a mulher no sul do território. Responsabiliza o Governo Português pela morte da família.

PUB
por RTP

Governo e Presidência lamentam morte de portugueses em Gaza

Foto: Alexander Ermochenko - Reuters

Governo e Presidência da República lamentam a morte de
cidadãos portugueses que aguardavam autorização para sair do território em guerra.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Casa Branca preocupado com ataque perto de hospital de campanha

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que os EUA estão "profundamente preocupados com o facto de o pessoal médico jordano em Gaza ter sido ferido num ataque perto do seu hospital de campanha".

"O seu papel essencial no conflito deve ser protegido", escreveu Sullivan num post no X, chamando à Jordânia "um aliado fundamental".
Amã revelou que sete funcionários foram feridos em bombardeamentos na quarta-feira, segundo relatos.
PUB
Opções limitadas
por RTP

ONU procura formas para evacuar hospital Al Shifa

A ONU está a procurar formas de evacuar o hospital Al Shifa, em Gaza, mas as opções estão limitadas por restrições logísticas e de segurança, afirmou um alto funcionário da Organização Mundial de Saúde.

“Um dos obstáculos é que o Crescente Vermelho Palestiniano não tem combustível suficiente para as suas ambulâncias em Gaza para evacuar os pacientes”, disse à Reuters o diretor regional de emergências da OMS, Rick Brennan.

Segundo Brennan, “o Egito está disposto a permitir que as suas ambulâncias entrem em Gaza para ajudar a evacuar as pessoas, desde que sejam dadas garantias de segurança e de uma passagem segura”.

A OMS entendeu que ainda havia cerca de 600 pacientes, incluindo 27 em estado crítico no hospital Al Shifa, onde as forças israelitas entraram esta semana após um cerco de dias.

“Estamos a analisar a possibilidade de uma evacuação médica completa, mas existem muitas preocupações em matéria de segurança e muitos constrangimentos logísticos. As nossas opções são bastante limitadas, mas esperamos ter melhores notícias nas próximas 24 horas”, acrescentou.

Segundo diretor regional de emergências da OMS, “a evacuação teria como prioridade os doentes em estado crítico e os 36 recém-nascidos que perderam o acesso às incubadoras devido à falta de combustível para gerar energia”.

A ideia é tirar a maioria dos doentes do hospital Al Shifa durante os próximos dias ou semanas.

“Levaríamos a maior parte deles para os hospitais do sul de Gaza, mas esses também já estão sobrecarregados, o que constitui outro fator de complicação. A outra opção é, obviamente, levar alguns deles para o Egito”, esclareceu.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Várias centenas de cidadãos da UE aguardam aval para sair de Gaza

A Comissão Europeia indicou hoje que "várias centenas" de cidadãos da União Europeia (UE) aguardam aval para sair da Faixa de Gaza, após muitos já terem saído, mas remeteu os dados exatos para os Estados-membros.

"Ainda há várias centenas de cidadãos da UE em Gaza à espera de sair e já conseguimos retirar muitas centenas de cidadãos da UE, mas os números exatos são da responsabilidade e competência dos Estados-membros", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano.

Falando na conferência de imprensa diária da instituição europeia, em Bruxelas, depois de ter sido anunciado que três portugueses morreram em bombardeamentos na Faixa de Gaza e que, entretanto, foi autorizada a saída da região de 10 pessoas sinalizadas por Portugal, Peter Stano reforçou que cabe a cada país da UE "comunicar e cuidar" dos seus cidadãos.

Numa altura em que o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, realiza uma visita ao Médio Oriente para discutir o acesso à ajuda humanitária na Faixa de Gaza e a solução de dois Estados (Israel e Palestina), o porta-voz indicou que a ocasião também servirá para "abordar a necessidade de cuidar dos cidadãos da UE".

Três portugueses morreram num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, enclave onde decorre uma guerra entre as forças israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas desde o início de outubro, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros esta madrugada.

Estes três portugueses - uma mulher e duas crianças -, assim como dois palestinianos, seus familiares, que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, lamentando as mortes.

A tutela revelou ainda na nota que as autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, autorizaram a saída de Gaza para 10 cidadãos sinalizados por Portugal para a retirada daquele território, dois dos quais luso-palestinianos.

"A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, nas próximas horas, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito", destacou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 41.º dia e continua a ameaçar estender-se a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.320 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

PUB
por RTP

Josep Borrell exorta Estado de Israel a não ser "consumido pela raiva"

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, pediu esta quinta-feira que Israel não seja "consumido pela raiva" na resposta ao ataque do Hamas, alegando que "um horror não justifica outro".

"Eu entendo, mas deixe-me pedir-lhe que não se deixe consumir pela raiva. Acho que é isso que os parceiros de Israel podem dizer", afirmou Borrell num discurso durante a visita a Israel.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Ministro israelita defende que se trate Autoridade Palestiniana como o Hamas

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, afirmou que a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "deve ser tratada da mesma forma" que o movimento islamita Hamas.

Numa mensagem publicada na conta pessoal na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, Ben Gvir sustentou a afirmação depois de um ataque terrorista ainda por reivindicar, ao início do dia, a um posto de controlo a sul de Jerusalém, que feriu sete pessoas.
"O ataque em Gush Etzion prova mais uma vez que o conceito falha não só em Gaza, mas também na Judeia e Samaria (o nome bíblico para a Cisjordânia usado pelas autoridades israelitas para se referirem ao território)", disse Ben Gvir.

"Temos de confrontar o Hamas e a Autoridade Nacional Palestiniana, que tem uma visão semelhante à do Hamas e cujos dirigentes simpatizam com o massacre perpetrado pelo Hamas (nos ataques de 7 de outubro), da mesma forma que o fazemos em Gaza", afirmou.

Ben Gvir disse que confiar no Presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que descreveu como "um negacionista do Holocausto", é um ato de "ilegalidade".

"A contenção vai rebentar-nos na cara, tal como aconteceu em Gaza. É altura de agir", afirmou.

Ben Gvir é um dos elementos mais extremistas do governo israelita, chefiado por Benjamin Netanyahu e constituído por partidos de extrema-direita e ultraortodoxos.

Desde que foi nomeado ministro, Ben Gvir fez uma série de declarações que suscitaram críticas, incluindo a sua defesa de que a mobilidade dos colonos na Cisjordânia, região controlada pela ANP, associada à organização Fatah, deve prevalecer sobre a dos palestinianos.

Além disso, descreveu os colonos responsáveis por ataques a aldeias palestinianas na Cisjordânia como "crianças doces" e fez visitas à Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, ações fortemente criticadas pelas autoridades palestinianas e pelos países muçulmanos da região.

O ataque de hoje perpetrado por três indivíduos armados, todos eles "neutralizados" pelas forças de segurança, e deixou sete feridos, um dos quais em estado crítico.

Até ao momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do tiroteio, que ocorreu quando o veículo foi intercetado num posto de controlo.

c/Lusa
PUB
"Dezenas de pessoas foram mortas"
por RTP

Rússia preocupada com ataques de Israel na Cisjordânia

A Rússia está preocupada com os ataques do exército israelita na Cisjordânia ocupada, durante os quais "dezenas de pessoas foram mortas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, na quinta-feira.

Israel tem vindo a atacar grupos armados na Cisjordânia com intensidade crescente, enquanto trava uma guerra contra o Hamas e a Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, outro território onde os palestinianos procuram estabelecer um Estado independente.
PUB
Momento-Chave
Afirma Volker Turk
por RTP

"Nenhuma parte de Gaza é segura"

O Presidente do Conselho de Segurança da ONU, Volker Turk, comentou o lançamento de panfletos pelo exército israelita em Khan Younis, afirmando que o exército israelita tem a obrigação de garantir que as pessoas que foram evacuadas recebam um aviso efetivo, possam encontrar segurança, ser alojadas, obter abrigo e alimentos durante um período limitado.

"Temos sido absolutamente claros: neste momento, não consideramos que qualquer parte de Gaza seja segura", afirmou Turk.
PUB
“Alegações extremamente graves”
por RTP

ONU quer inquérito internacional a violações dos direitos humanos

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou esta quinta-feira "alegações extremamente graves" de violações do direito internacional na guerra entre Israel e o Hamas e apelou à realização de um inquérito internacional.

"As alegações extremamente graves de múltiplas e graves violações do direito internacional humanitário, independentemente dos autores, exigem uma investigação rigorosa e o apuramento de responsabilidades", afirmou o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, durante uma reunião de informação dos países membros sobre a sua recente viagem ao Médio Oriente, acrescentando que "é necessária uma investigação internacional".

Durante a sua viagem à região, o alto funcionário da ONU visitou o posto fronteiriço de Rafah, entre o Egito e Gaza.
PUB
Momento-Chave
por Antena 1

MNE lamenta a morte de três cidadãos portugueses em Gaza

EPA

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamentou a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, após um bombardeamento realizado pelas forças militares de Israel.

Gomes Cravinho refere que "aquilo que aconteceu, com a morte de três cidadãos nacionais e dois familiares diretos desses cidadãos, é mais uma prova de que este não é o caminho certo".

"Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos", defendeu.

Segundo o ministro, estas vítimas civis constavam da "lista prioritária" de 16 pessoas a retirar de Gaza fornecida por Portugal às autoridades de Israel e do Egito.

Para João Gomes Cravinho, "pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa" o que se chame, "desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis".

O ministro comunicou ter recebido do seu colega israelita a indicação de que esta quinta-feira "sairão dez cidadãos nacionais e familiares" de Gaza, havendo "três cidadãos menores ainda por sair".

Questionado sobre se Portugal podia ter feito mais, o ministro respondeu: "Nós estamos em contacto desde o início, desde 8 ou 9 de outubro, com as autoridades egípcias e israelitas, fornecendo os elementos que fomos recebendo sobre cidadãos portugueses e familiares imediatos".

Também Marcelo Rebelo de Sousa lamentou as mortes dos três civis e dois familiares na Faixa de Gaza.

Na página da Presidência, o chefe de Estado diz que espera que um grupo de civis com nacionalidade portuguesa considera sair do centro do conflito o quanto antes.


PUB
Momento-Chave
Dez túneis e quatro edifícios destruídos
por RTP

Exército israelita afirma que assumiu "controlo operacional" do porto de Gaza

As forças do Shayetet 13, o corpo de artilharia, de engenharia e a força aérea invadiram o ancoradouro naval central em Gaza, utilizado até agora pelo Hamas, e tomaram o seu controlo, segundo o porta-voz das FDI.

Segundo o anúncio, as forças mataram dez terroristas armados que se encontravam no local e destruíram cerca de dez túneis e quatro edifícios que funcionavam como infraestruturas terroristas.

Foi igualmente referido que o Hamas usava as embarcações civis no ancoradouro para fins terroristas e para dirigir e levar a cabo ataques navais.
PUB
Apelo do embaixador palestiniano na ONU
por RTP

"Acordem" para o "genocídio" de Israel

O embaixador palestiniano na ONU apelou aos restantes países para que “acordem” para o “genocídio” de Israel e frisou que o direito internacional não é “um pacto suicida”.

"Deviam acordar nesta sala. É um massacre, é um genocídio. E estamos a ver isso na televisão. Isto não pode continuar", afirmou Ibrahim Khraishi, em Genebra.


PUB
Momento-Chave
por Lusa

Exército de Israel regista 50 baixas desde o início da guerra

O exército israelita anunciou hoje a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 50 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra contra o Hamas.

Em 07 de outubro, o Hamas levou a cabo um ataque contra o território de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, em represália, Israel tem bombardeado Gaza sem tréguas, matando 11.500 palestinianos, segundo o governo do Hamas.

Em 27 de outubro, os tanques israelitas entraram em Gaza no âmbito de uma operação terrestre destinada a "aniquilar" o Hamas que controla o enclave.

 

 

PUB
por RTP

Forças israelitas detêm 69 palestinianos na Cisjordânia

Após invadiram casas na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas detiveram 69 palestinianos, revelou a agência noticiosa Wafa.
PUB
Momento-Chave
Alerta ONU
por RTP

Surtos de doenças infeciosas e fome parecem "invitáveis" em Gaza

Após uma visita ao Médio Oriente, Volker Turk, chefe dos direitos humanos das Nações Unidas, afirmou que os surtos de doenças infeciosas e de fome parecem “inevitáveis” em Gaza, após semanas de ataques israelitas.

Turk, que descreveu os bombardeamentos de Israel como "de uma intensidade raramente experimentada neste século", manifestou também preocupação com o aumento da violência e da discriminação contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental.

"Na minha opinião, isto cria uma situação potencialmente explosiva, e quero ser claro: estamos muito para além do nível de alerta precoce", disse Turk.

"Estou a tocar a campainha de alarme mais alta possível sobre a Cisjordânia ocupada."


PUB
Casa de Ismail Haniyeh atingida
por RTP

A casa do líder do Hamas em Gaza foi alvo de um bombardeamento aéreo

O ataque dos caças israelitas à casa do líder do gabinete político do Hamas foi anunciado na plataforma de mensagens Telegram pelas Forças de Defesa de Israel.

De acordo com as forças israelitas, o edifício estaria a ser "usado como infraestrutura terrorista e servia habitualmente como ponto de encontro para altos líderes do Hamas".

Ismail Haniyeh reside há vários anos no Qatar.
PUB
por Lusa

Polícia alemã lança operação nacional contra centro suspeito de apoiar Hezbollah

A polícia alemã lançou hoje uma grande operação, com 54 buscas em sete regiões, contra um centro islamita suspeito de apoiar o movimento xiita libanês Hezbollah, anunciou o Ministério do Interior.

"Numa altura em que muitos judeus se sentem particularmente ameaçados, não toleramos a propaganda islamita nem as campanhas antissemitas e anti-israelitas", declarou a ministra do Interior, Nancy Faeser, em comunicado.

A operação policial tem como alvo o "Centro Islâmico de Hamburgo" e cinco outras organizações suspeitas de lhe estarem ligadas.

A Alemanha considera o Hezbollah uma organização terrorista e proibiu as suas atividades no país em abril de 2020.

As buscas têm como alvo 54 propriedades em várias regiões da Alemanha.

As atividades do centro destinam-se a difundir o "conceito revolucionário" dos mulás iranianos (educados na teologia islâmica), "suspeito de ser contrário à ordem constitucional na Alemanha", acrescenta-se na mesma nota.

O centro controla a mesquita Imam Ali, em Hamburgo. Os serviços de informação internos da Alemanha suspeitam que este "exerce uma forte influência" a partir dessa mesquita sobre outras mesquitas e associações, "até à tomada total do controlo", indicou o Ministério do Interior.

No seio deste movimento, "existem claras tendências antissemitas e anti-israelitas que são também propagadas através de vários canais mediáticos", acrescentou.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, prometeu proteger os judeus na Alemanha ao comemorar o 85.º aniversário do pogrom (perseguição) nazi da Noite dos Cristais, há uma semana, num contexto de ressurgimento de atos antissemitas desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, no início de outubro.

A Alemanha e muitos outros países temem também que o conflito no Médio Oriente se reacenda, nomeadamente no Líbano, através do Hezbollah.

Desde o início da guerra, já se registaram confrontos entre o Hezbollah e Israel na zona fronteiriça entre os dois países.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Sete feridos em ataque armado em Jerusalém

Pelo menos sete pessoas ficaram feridas num ataque armado a sul de Jerusalém, informou a polícia israelita, acrescentando que três atacantes foram neutralizados. 

"O ataque, com tiros, ocorreu há pouco num posto de controlo em Jerusalém, três `terroristas` foram neutralizados pelas forças de segurança", indicou um porta-voz da polícia que não forneceu informações sobre o estado de saúde dos atacantes. 

"Sete pessoas ficaram feridas na sequência do ataque e estão a ser retiradas do local para receberem tratamento médico", acrescentou. 

Um jornalista da agência France-Presse que se encontrava no local ouviu "fortes rajadas de tiros de armas automáticas" no posto de controlo.

Este ataque ocorre no 41.º dia de guerra entre Israel e o movimento Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza.

Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram mais de 11 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.

PUB
Tiroteio às portas de Jerusalém
por RTP

Pelo menos seis pessoas ficaram feridas num ataque com armas de fogo próximo de um posto de controlo na Cisjordânia

Segundo o jornal israelita Haaretz, que cita os serviços locais de emergência médica, foram abatidos no local do ataque três presumíveis atiradores. Terá sido também detetado um engenho explosivo. O alvo foi um posto de controlo das forças de segurança israelitas a sul de Jerusalém.
PUB
Carro colide com barricada
por RTP

Polícia ferido à porta da embaixada de Israel em Tóquio

Um homem fez esta quinta-feira colidir o carro que conduzia contra uma barricada à entrada da embaixada de Israel em Tóquio, ferindo pelo menos um agente da polícia. O condutor, de 53 anos, foi detido no local. O incidente teve lugar numa zona da capital japonesa que tem sido palco de manifestações pró-palestinianas.
PUB
Momento-Chave
O que disse Joe Biden
por RTP

Presidente dos Estados Unidos defende posição israelita de recusa de cessar-fogo

"O Hamas já disse publicamente que planeia atacar Israel outra vez, como fizeram antes, decapitando bebés, queimando mulheres e crianças vivas. Por isso, a ideia de que vão parar e não fazer nada não é realista", afirmou o presidente norte-americano, referindo-se a relatos - alegados casos de decapitação de menores - que não estão confirmados.

Joe Biden quis ainda sublinhar que a máquina de guerra israelita passou a privilegiar operações terrestres, por oposição ao que descreveu como bombardeamentos aéreos potencialmente "indiscriminados". 

"Eles estão a percorrer os túneis, estão a entrar no hospital. Estão também a fazer chegar incubadoras e outros meios para ajudar as pessoas no hospital e deram, dizem-me, aos médicos e enfermeiros a oportunidade de sair do caminho do perigo. Por isso, isto é diferente do que estaria a ocorrer antes, o bombardeamento indiscriminado", sustentou.

Biden acenou, por último, com a possibilidade de um acordo, a breve trecho, para a libertação de civis, dizendo mesmo que os israelitas poderiam anuir a uma "pausa". Mas depressa emendou a mão, diante do aparente desconforto do secretário de Estado Antony Blinken, declarando-se "tenuemente esperançoso".
PUB
Ponto de situação
por RTP

Biden "tenuemente esperançoso" em acordo para libertação de reféns do Hamas

  • O presidente dos Estados Unidos diz-se "tenuemente esperançoso" de que possa ser alcançado um acordo para a libertação de reféns do Hamas em Gaza. Em declarações proferidas após um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, Joe Biden sublinhou que Washington tem observado uma "grande cooperação" por parte do Qatar, país que encabeça os esforços negociais entre as partes em conflito;

  • Joe Biden voltou também a referir-se à ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo movimento radical palestiniano, para afirmar: "A ideia de que eles vão parar e não fazer nada não é realista";

  • As Forças de Defesa de Israel anunciaram ter encontrado armas no hospital Al-Shifa, o maior de Gaza. O Tsahal fez uma incursão nesta unidade, que acredita ser usada pelo Hamas como base de operações, acusação negada pelo movimento radical;

  • Na Faixa de Gaza, uma mulher e duas crianças com nacionalidade portuguesa morreram por causa dos bombardeamentos israelitas. Entre as vítimas, contam-se mais dois familiares. Estes bombardeamentos ocorreram na zona sul de Gaza;

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamentou as mortes e deu conta da saída de Gaza dos outros cidadãos com nacionalidade portuguesa;

  • Segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza, divulgado há já cinco dias, morreram pelo menos 11 mil pessoas na contraofensiva israelita, incluindo mais de 4.500 crianças. O ataque lançado no início de outubro pelo Hamas fez 1.200 mortos.

PUB
Momento-Chave
por Graça Andrade Ramos - RTP

Conselho de Segurança apela a "pausas humanitárias urgentes e prolongadas" em Gaza

Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, durante a reunião do Conselho de Segurança a 10 de novembro de 2023 David 'Dee' Delgado

Os membros do Conselho apelaram esta quarta-feira a pausas "urgentes e prolongadas" dos combates em toda a Faixa de Gaza, durante um número de dias suficiente para deixar entrar a ajuda humanitária.

Exigiram ainda a libertação incondicional de todos os reféns "na posse do Hamas ou de outros grupos".

A resolução tem um forte ângulo humanitário, com especial destaque para a situação das crianças em Gaza.

Foi aprovada por 12 membros do Conselho de Segurança e a abstenção do Estados Unidos, do Reino Unido e da Rússia.

Os dois primeiros abstiveram-se devido à falta de condenação do Hamas. A Rússia absteve-se por ter visto rejeitados os seus apelos à "cessação das hostilidades".

A resolução, aprovada depois de quatro tentativas falhadas de acordo, foi apresentada por Malta mas foi fruto do trabalho dos 10 membros não-permanentes do Conselho de Segurança, que decidiram agir face aos vetos apresentados por membros permanentes aos anteriores quatros projetos que foram a votos e acabaram rejeitados.

As resoluções do Conselho de Segurança são vinculativas, o que não impede os países de as ignorarem.


O texto agora aprovado "apela a pausas e corredores humanitários prolongados e urgentes durante um número suficiente de dias" para permitir levar ajuda humanitária aos civis de Gaza.

Esta fórmula levanta a questão do número de dias considerados "suficientes".
Uma versão anterior a que a Agência France Presse teve acesso exigia uma pausa inicial de cinco dias consecutivos nas 24h seguintes após a adoção da resolução.

"É necessário que seja suficientemente longa para nos permitir mobilizar os recursos - uma vez que tenhamos combustível suficiente - para levar à população aquilo de que necessita", comentou esta quarta-feira o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, sem entrar em detalhes.

O texto da resolução inclui em quase todos os parágrafos referências à situação particular das crianças e "exige que todas as partes respeitem as suas obrigações em face do direito internacional, sobretudo quanto à proteção de civis, particularmente de crianças".

"Apela", igualmente, à "libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas e outros grupos, em particular as crianças", sem condenar o ataque sangrento a Israel por parte do Hamas a 7 de outubro, que lhes deu origem, e que terá feito 1.200 mortos, de acordo com fontes de Israel.

De acordo com fontes diplomáticas, os Estados Unidos opuseram-se sistematicamente à inclusão da expressão "cessar-fogo". Já uma emenda proposta pela Rússia, que apelava a uma "trégua humanitária imediata, durável e sustentada, que leve à cessação das hostilidades", foi rejeitada.
Israel rejeita resolução

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel publicou depois um comunicado em que afirma rejeitar a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas esta quarta-feira, a qual apela a a "pausas e corredores humanitários prolongados e urgentes durante um número suficiente de dias" para permitir levar ajuda humanitária aos civis de Gaza.

O Ministério israelita afirmou que não há lugar para tais medidas enquanto os reféns se mantiverem nas mãos do Hamas.

Para o embaixador de Israel na ONU; Gilad Erdan, a resolução está "desligada da realidade". Em comunicado, o diplomata acrescentou ser "uma infelicidade que o Conselho continue a ignorar e recuse a condenação ou sequer a menção do massacre levado a cabo pelo Hamas em 7 de outubro".

"A estratégia do Hamas é deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinianas de forma a que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança parem Israel. Isto não irá suceder. Israel continuará a agir até o Hamas ser destruído e os reféns serem devolvidos", concluiu Erdan.

com agências
PUB
Momento-Chave
por RTP

Israel diz ter encontrado armas no Hospital al-Shifa, Hamas nega

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

O exército israelita fez uma incursão ao hospital que acredita ser usado pelo Hamas como escudo para um centro de operações subterrâneo, alegação secundada pelos Estados Unidos.

O Hamas disse que o anúncio de terem sido encontradas armas no hospital não passa de "mentiras e propaganda barata".
PUB
por RTP

Norte de Israel com ataques diários do Hezbollah

Foto: David Araújo - RTP

No norte de Israel vivem-se dias de medo devido aos ataques diários do Hezbollah. A economia parou e a maioria das pessoas não sai de casa, como constataram os enviados especiais da RTP a Acre, Cândida Pinto e David Araújo.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Forças israelitas entraram no Hospital de al-Shifa

Os enviados especiais da RTP estão a acompanhar no terreno os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente.

PUB
por RTP

Cravinho lamenta morte de portugueses em bombardeamentos israelitas

Foto: Johanna Geron - EPA

Três cidadãos portugueses e dois familiares morreram na sequência de um bombardeamento israelita na Faixa de Gaza. Duas das vítimas eram menores. O Governo português já transmitiu a Israel o "desgosto" que sente.

PUB