Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Geraldo, Andreia Martins, Cristina Sambado - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Emissão da Antena 1


Haitham Imad - EPA

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por Lusa

Forças israelitas dizem ter atingido vários centros de comando do Hezbollah

As forças israelitas denunciaram hoje ofensivas do Hezbollah contra um posto militar no norte de Israel, acrescentando que responderam com um ataque aéreo contra infraestruturas do movimento xiita libanês, incluindo vários centros de comando operacional.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) referiram que identificaram lançamentos desde o Líbano, em direção a um posto das forças israelitas na área do `kibutz` Malkia, no norte de Israel.

"Um lançamento foi intercetado pelo Aerial Defense Array e o restante caiu em área aberta", adiantou a mesma fonte.

Em resposta, caças das FDI atingiram a "infraestrutura terrorista do Hezbollah no Líbano".

"Os alvos militares atingidos incluem vários centros de comando operacional onde operavam terroristas do Hezbollah", destacaram as FDI.

O grupo xiita libanês tinha reivindicado hoje cinco ataques contra alvos militares israelitas, em novo dia de agudização da violência fronteiriça.

O movimento afirmou que todos estes ataques foram realizados em apoio à população de Gaza e à sua "honrosa Resistência", numa aparente referência ao movimento islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, e que é alvo de uma ofensiva terrestre das tropas israelitas no enclave.

De acordo com o grupo xiita, as ações de hoje tiveram "impactos diretos" e pelo menos uma delas causou um número indeterminado de mortos e feridos nas fileiras do exército israelita.

O Exército israelita também já tinha confirmado que o Hezbollah, organização também considerada terrorista pela União Europeia, disparou contra vários locais no norte de Israel.

Em resposta, a artilharia da FDI "atingiu a fonte dos disparos", segundo a mesma fonte.

Também hoje, referiu a mesma fonte, uma célula do Hezbollah que tentou lançar mísseis anti-tanque em direção à área de Shtula, no norte de Israel, foi atingida por um tanque das FDI.

Desde 08 de outubro, o Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos duelos de artilharia na fronteira com o Líbano, um confronto que já causou dezenas de mortos, doze dos quais civis, e mais de 26.000 deslocados internos libaneses.

A violência atingiu níveis recorde no passado fim de semana, quando alguns especialistas consideraram que foram violadas regras de combate, reacendendo o receio de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra em Gaza.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

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Momento-Chave
por RTP

Israel confirma identidade de refém

O exército israelita confirmou esta segunda-feira a identidade de um soldado que é neste momento refém do Hamas. É uma mulher que o braço armado do Hamas mostrou num vídeo, em cativeiro.

"Os nossos corações estão com a família Marciano, cuja filha, Noa, foi brutalmente raptada pela organização terrorista Hamas", pode ler-se num comunicado do exército de Israel.
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Momento-Chave
por RTP

Doentes estão a morrer dentro dos hospitais da Faixa de Gaza

A ONU anunciou que as operações humanitárias em Gaza vão terminar dentro de dois dias devido à falta de combustível. No norte do enclave o Hamas disse que já não há nenhum hospital a funcionar, mas Israel acusou o movimento islâmico de bloquear o fornecimento de combustível ao Hospital Al-Shifa.

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por RTP

Israel continua a atacar hospitais da Faixa de Gaza

Os combates na Faixa de Gaza aproximam-se dos dois hospitais que Israel afirma serem usados pelo Hamas como eixos operacionais. Na fronteira norte de Israel com o Libano intensificaram-se as trocas de artilharia e Telavive voltou a avisar que o Líbano pagará um preço elevado se o Hezbollah intensificar ataques a partir do país.

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por RTP

RTP acompanha guerra do Médio Oriente no norte de Israel

Os enviados especiais Cândida Pinto e David Araújo constataram no terreno a intensificação no lançamento de rockets a partir de território libanês.

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Momento-Chave
por Lusa

Hospital de Gaza cercado por forças israelitas "tem de ser protegido" - Biden

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou hoje que o maior hospital da Faixa de Gaza, cercado por forças israelitas, "tem de ser protegido" e apelou para uma "ação menos intrusiva" do Exército de Israel.

Os combates entre as forças israelitas e as milícias palestinianas cercaram todo o complexo do Hospital Al-Shifa, desencadeando a fuga de milhares de pessoas.

Há três dias que aquele estabelecimento de saúde não tem eletricidade nem água, e os tiros e bombardeamentos no exterior das instalações tornaram a situação ainda mais difícil.

"É minha esperança e expectativa que haja uma ação menos intrusiva", disse Biden, na Sala Oval da Casa Branca.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 38.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.180 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

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por Lusa

Hezbollah reivindica cinco novos ataques contra Israel

O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje cinco novos ataques contra alvos militares israelitas, levando a uma reação do Exército do Estado judaico, em novo dia de agudização da violência fronteiriça.

O grupo libanês anunciou dois lançamentos de mísseis contra forças israelitas no norte do Estado judaico, assim como outras três ações contra postos militares, utilizando "armas apropriadas", sem especificar.

O Hezbollah afirmou que todos estes ataques foram realizados em apoio à população de Gaza e à sua "honrosa Resistência", numa aparente referência ao movimento islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, e que é alvo de uma ofensiva terrestre das tropas israelitas no enclave.

De acordo com o grupo xiita, as ações de hoje tiveram "impactos diretos" e pelo menos uma delas causou um número indeterminado de mortos e feridos nas fileiras do exército israelita.

O Exército israelita (IDF) confirmou hoje que o Hezbollah, organização também considerada terrorista pela União Europeia, disparou contra vários locais no norte de Israel.

Em resposta, a artilharia da IDF "atingiu a fonte dos disparos", segundo a mesma fonte.

"As IDF atacaram postos de lançamento [de mísseis] e um terrorista que realizou disparos em direção a Israel", adiantou o Exército israelita em comunicado.

Também hoje, referiu a mesma fonte, uma célula do Hezbollah que tentou lançar mísseis anti-tanque em direção à área de Shtula, no norte de Israel, foi atingida por um tanque das IDF.

Desde 08 de outubro, o Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos duelos de artilharia na fronteira com o Líbano, um confronto que já causou dezenas de mortos, doze dos quais civis, e mais de 26.000 deslocados internos libaneses.

A violência atingiu níveis recorde no passado fim de semana, quando alguns especialistas consideraram que foram violadas regras de combate, reacendendo o receio de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra em Gaza.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

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Momento-Chave
por RTP

Israel diz que Hamas está a colocar reféns em hospitais

O exército israelita disse esta segunda-feira ter provas de que o Hamas está a colocar reféns em hospitais. A revelação foi feita pelo porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari.
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por Lusa

Entrega de ajuda a partir do ar é dispendiosa e insustentável - ONU

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse hoje que o fornecimento de ajuda a Gaza por via aérea é "muito caro" e "não é sustentável", devendo ser visto como "último recurso".

A entrega área de ajuda, com paraquedas, "é sempre o último recurso se perguntarmos a algum colega (da ONU) que trabalhe com logística, porque é muito, muito caro e não sustentável", disse hoje o chefe de gabinete do OCHA na Palestina Ocupada, Andrea De Domenico, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, na qual participou por videochamada.

Em causa está um pedido feito hoje pelo primeiro-ministro do Estado da Palestina, Mohammed Shtayyeh, que solicitou à ONU e à União Europeia que "lancem ajuda" a partir do ar na Faixa de Gaza para apoiar os civis bloqueados devido à guerra entre Israel e o Hamas.

"A realidade é que existem maneiras de levar a assistência, se as partes chegarem a um acordo sobre um acesso desimpedido e contínuo. Portanto, penso que o primeiro ponto de entrada deveria ser insistir na abertura das travessias [de fronteira] e garantir que os abastecimentos são sustentados, em vez de pensar em cenários extremos", defendeu Domenico.

O chefe de gabinete disse estar ciente que a Jordânia já avançou com essa abordagem, com o lançamento de ajuda através de aeronaves, mas salientou que "as quantidades são limitadas" e que, logisticamente, "é muito, muito desafiador".

De acordo com o OCHA, 76 camiões atravessaram Gaza vindos do Egito no domingo, elevando para 981 o número de camiões que entraram no território palestiniano desde 21 de outubro.

Esta ajuda humanitária é considerada muito insuficiente para os cerca de 2,4 milhões de habitantes, 1,6 milhões dos quais foram deslocados desde o início da guerra, que estão mergulhados numa situação catastrófica, segundo as Nações Unidas.

Cerca de 500 camiões de ajuda humanitária entravam diariamente em Gaza antes da guerra entre Israel e o Hamas, segundo dados da ONU.

Domenico explicou ainda que, a partir de terça-feira, as equipas das Nações Unidas no enclave não poderão descarregar os camiões porque não têm combustível para operar a maquinaria necessária para esse processo ou para transportar esses carregamentos até aos locais onde estão os necessitados.

O chefe de gabinete do OCHA na Palestina Ocupada lembrou ainda que a comunicação com o enclave poderá ser totalmente cortada na quinta-feira, após o anúncio feito pelo serviço de telecomunicações palestiniano Paltel de que será forçado a encerrar completamente o serviço por falta de combustível.

Domenico disse ainda que não há lugares seguros em Gaza e que recebeu relatos de várias detenções de pessoas, nomeadamente de homens, que tentaram deslocar-se do norte para o sul do enclave, área que, supostamente, seria mais segura para os civis palestinianos.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, definiu hoje a situação na Faixa de Gaza como "extremamente terrível" e observou que tudo "está a acontecer à vista de todos".

"Precisamos de acesso ao nosso combustível para levá-lo às instalações da ONU, às centrais de dessalinização, às clínicas de saúde... Não deveríamos ter de negociar o combustível", sublinhou.

Todos os escritórios da ONU ao redor do mundo fizeram na manhã de hoje um minuto de silêncio pelos mais de cem funcionários das Nações Unidas que perderam a vida em Gaza.

Na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a bandeira da ONU foi colocada a meia haste como parte da homenagem a esses funcionários que morreram no enclave.

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Momento-Chave
por RTP

Hamas quer cinco dias de trégua em troca da libertação de 70 reféns

O braço armado do Hamas disse aos mediadores cataris que está disposto a libertar 70 crianças e mulheres em troca de uma trégua de cinco dias. 

"A trégua deve incluir um cessar-fogo completo e permitir ajuda humanitária em toda a Faixa de Gaza", disse Abu Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas.
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Momento-Chave
por Lusa

Hamas "perdeu o controlo de Gaza" - Defesa israelita

O ministro da Defesa israelita garantiu hoje que o Hamas "perdeu o controlo de Gaza" e os seus combatentes estão "a fugir para sul", após mais de cinco semanas de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano.

Os civis "estão a pilhar as bases do Hamas. Já não acreditam no Governo [do Hamas]" no poder no pequeno território palestiniano, frisou Yoav Gallant, numa mensagem de vídeo transmitida por várias televisões.

Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.

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Momento-Chave
por RTP

Ataque em campo de refugiados

Mais de 30 pessoas foram mortas esta segunda-feira num ataque a um campo de refugiados no norte de Gaza, o campo de Jabalia. A informação foi anunciada por meios de comunicação ligados ao Hamas.
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por Lusa

UE quer reforço da Autoridade Palestiniana em Gaza

A diplomacia da União Europeia (UE) insistiu hoje em pedir uma solução abrangente para o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas que passe pelo reforço da influência da Autoridade Palestiniana num Estado independente em Gaza.

"É evidente que teremos de procurar novos parâmetros numa solução que promova a paz. Propus aos ministros um esquema mental, uma estrutura. Acredito que os ministros concordaram em apoiar esta abordagem, com vista a trabalhar rapidamente", anunciou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, em conferência de imprensa.

Os líderes dos 27 países abordaram a situação em Gaza depois de terem exigido, numa declaração conjunta no domingo, pausas humanitárias imediatas para que a ajuda chegue aos civis na Faixa de Gaza.

Borrell informou, no final de um Conselho dos ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, que propôs aos ministros um quadro de trabalho que resumiu em "três sim e três não".

Por um lado, afirmou que não pode haver uma deslocação forçada dos palestinianos para fora de Gaza, nem uma ocupação por Israel e um regresso do Hamas a esse enclave, nem uma "dissociação" da questão da Faixa das questões gerais.

Por outro lado, Borrell disse "sim" ao regresso a Gaza de uma Autoridade Palestiniana - que já governa a Cisjordânia - reforçada, nos termos de referência e legitimidade decididos pelo Conselho de Segurança da ONU; "sim" a um envolvimento mais forte de países árabes em busca de uma solução; e "sim" a um maior compromisso da UE na região, em particular com a construção do Estado Palestiniano.

"Temos estado demasiado ausentes na solução deste problema que delegámos aos Estados Unidos, mas agora a Europa tem de se empenhar mais", defendeu Borrell, acrescentando que, caso contrário, "viveremos um ciclo de violência que será perpetuado de geração em geração, de funeral em funeral".

Borrell também anunciou que iniciará na quarta-feira uma viagem à região que o levará oficialmente a Israel pela primeira vez no seu mandato, bem como à Palestina, Bahrein, Arábia Saudita, Qatar e Jordânia, para abordar o acesso humanitário ao Faixa de Gaza e uma solução para o conflito através do diálogo.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que a "tragédia" que está a ocorrer devido à guerra entre Israel e o Hamas, organização considerada terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, "deve ser uma ocasião para que todos compreendam que é preciso procurar uma solução que só pode basear-se na construção de dois Estados".

Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus demonstraram hoje mais uma vez vários graus de apoio à suspensão das operações militares em Gaza, para que as organizações humanitárias possam trabalhar.

Enquanto a França defendia uma "pausa de longo prazo" e a Espanha um "cessar-fogo humanitário", outros países não foram tão longe e houve alguns, como a República Checa, que se limitaram a insistir no "direito à autodefesa perante a agressão", enquanto o Hamas continuar a atacar Israel.

Borrell argumentou que a passagem fronteiriça de Rafah entre o Egito e Gaza "claramente não é suficiente para permitir a passagem do número necessário de camiões" com abastecimentos para a população da Faixa.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

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por RTP

Cerca de 40 espanhóis saíram de Gaza

A informação foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrageiros de Espanha, José Manuel Albares. As quatro dezenas de espanhóis fazem parte de um grupo de pessoas com nacionalidade espanhola que pediram para saírem de Gaza. 

"Confirmo que 33 espanhóis-palestinianos e sete membros de famílias passaram o checkpoint egípcio na fronteira entre Gaza e o Egito, em Rafah". 

O ministro acrescentou que as pessoas que saíram de Gaza estão em autocarros e a serem acompanhadas pela embaixada espanhola.

O objetivo será chegar ao Cairo, capital do Egito, e o ministro espanhol anunciou que tem autorização de Israel para retirar um segundo contingente de pelo menos 80 pessoas, na próxima terça-feira.
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Momento-Chave
por Antena 1

Portugal prepara saída de 16 portugueses e palestinianos de Gaza através do Egito

Olivier Matthys - EPA

Portugal está a preparar a retirada, da Faixa de Gaza, de 16 portugueses e de "um conjunto mais alargado" de palestinianos com ligações ao país, através do Egito, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Desde o princípio que estamos em contacto permanente com as autoridades israelitas e egípcias e o que temos é a possibilidade de os acolher temporariamente, por dois ou três dias, no Egito e de trazê-los para Portugal. Não gostaria de dramatizar com esse tipo de terminologia, uma operação de resgate, é simplesmente a retirada de portugueses do Egito, a partir do momento em que possam sair de Gaza", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.
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por Lusa

Telavive preocupado com aumento da "pressão internacional" devido à guerra em Gaza

O chefe da diplomacia israelita afirmou hoje que a pressão internacional está a aumentar sobre Israel devido às suas operações militares na Faixa de Gaza e que devem ser feitos esforços para alargar "a legitimidade" destas ações.

"Temos duas ou três semanas antes que a pressão internacional se intensifique realmente, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a tentar alargar a janela de legitimidade e os combates continuarão enquanto for necessário", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Eli Cohen, citado numa declaração enviada à agência noticiosa France-Presse (AFP) pelo porta-voz oficial.

Mais de cinco semanas após o início da guerra, desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, as organizações humanitárias internacionais têm intensificado os apelos a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que está a ser bombardeada por Israel e onde água potável e medicamentos são desesperadamente escassos, com a ajuda humanitária a chegar apenas de forma irregular.

Hoje, também, o comissário europeu para a ajuda humanitária, Janez Lenarcic, apelou a Israel para que implemente "verdadeiras" pausas humanitárias na guerra contra o Hamas.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, insistiu na necessidade de estas pausas humanitárias serem "imediatas", a fim de garantir o fornecimento de ajuda essencial, nomeadamente de combustível para os hospitais.

Cerca de 2,4 milhões de pessoas, 1,6 milhões das quais deslocadas desde o início da guerra, encontram-se numa situação catastrófica, segundo a ONU.

Os combates são particularmente intensos no norte da Faixa de Gaza e na cidade de Gaza, onde vários hospitais que albergam um grande número de pessoas deslocadas estão cercados por confrontos entre soldados israelitas e combatentes do Hamas.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.180 pessoas, na maioria civis, incluindo 4.609 crianças, na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas causou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis mortos a 07 de outubro, de acordo com os últimos dados oficiais israelitas.

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Momento-Chave
por RTP

Falta eletricidade nos hospitais

O vice-ministro da Saúde do governo do Hamas anunciou esta segunda-feira que os hospitais do norte de Gaza estão com falta de eletricidade por faltar combustível. 

A situação é grave no hospital de Al-Shifa, o maior hospital de Al-Shifa. "Sete bebés prematuros e 27 pacientes em cuidados intensivos morreram", disse o vice-ministro enquanto combates entre Israel e Hamas no norte de Gaza continuam a decorrer.
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Momento-Chave
por RTP

Balanço de mortes volta a subir

O gabinete de comunicação de Gaza, controlado pelo Hamas, anunciou esta segunda-feira que o balanço de mortes em Gaza subiu para os 11.240, número no qual estão mais de quatro mil crianças.

Também já morreram mais de três mil mulheres.
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por Lusa

Portugal prepara saída de 16 portugueses e palestinianos de Gaza através do Egito

 

Portugal está a preparar a retirada, da Faixa de Gaza, de 16 portugueses e de "um conjunto mais alargado" de palestinianos com ligações ao país, através do Egito, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.

"Desde o princípio que estamos em contacto permanente com as autoridades israelitas e egípcias e o que temos é a possibilidade de os acolher temporariamente, por dois ou três dias, no Egito e de trazê-los para Portugal. Não gostaria de dramatizar com esse tipo de terminologia, uma operação de resgate, é simplesmente a retirada de portugueses do Egito, a partir do momento em que possam sair de Gaza", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Falando em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, João Gomes Cravinho apontou que "os portugueses e familiares que estão atualmente em Gaza sairão da mesma maneira que outros estrangeiros têm saído ao longo destas últimas duas semanas".

"Neste momento, estamos a trabalhar com 16. São seis portugueses e 10 familiares próximos. E depois há um conjunto mais alargado de palestinianos que têm ligações familiares a Portugal", precisou. Em declarações anteriores no parlamento português, o governante tinha indicado que se trata de seis cidadãos com passaporte português e, destes, cinco são menores de idade.

Questionado sobre o processo de retirada, João Gomes Cravinho explicou: "A nossa embaixada tem isso já estudado e planeado e a partir do momento em que entram no Egito. A nossa embaixada [...] assumirá essa responsabilidade e trataremos de os trazer para Portugal, em princípio por via comercial, porque é um número relativamente pequeno".

De acordo com o governante, estes cidadãos "não estão abandonados".

"Estamos constantemente, todos dias e várias vezes ao dia, em contacto com autoridades israelitas e egípcias para procurar a melhor forma de assegurar a sua saída", adiantou.

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por RTP

ONU presta homenagem aos colaboradores mortos em Gaza

As Nações Unidas prestaram homenagem à centena de colaboradores da organização que perderam a vida desde o início do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Foi cumprido um minuto de silêncio e colocadas bandeiras a meia-haste.

António Guterres fez-se acompanhar por Dennis Francis, presidente da Assembleia-Geral, e outros funcionários da ONU. A bandeira das Nações Unidas também foi hasteada noutras capitais, como Tóquio, Pequim, Banguecoque ou Genebra.
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Momento-Chave
por RTP

Três mortos e 20 feridos em ataque israelita no sul de Gaza

Pelo menos três palestinianos foram mortos e 20 ficaram feridos depois de um ataque aéreo israelita ter atingido Bani Suhaila, uma cidade a leste de Khan Younis, na Faixa de Gaza, disseram à Reuters as autoridades de saúde.
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Momento-Chave
Por falta de combustível
por RTP

Operações humanitárias "vão cessar dentro de 48 horas", adverte a ONU

O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) em Gaza avisou que "as operações humanitárias vão cessar dentro de 48 horas, uma vez que não é permitida a entrada de combustível em Gaza", que está cercada por Israel e assolada por combates entre o Hamas e Israel.

"Esta manhã, dois dos nossos principais subcontratantes de distribuição de água pararam de trabalhar - ficaram sem combustível - o que vai privar 200 mil pessoas de água potável" no pequeno território, onde mais de metade dos 2,4 milhões de habitantes estão deslocados e dependem agora totalmente da ajuda humanitária para sobreviver, declarou Thomas White no X.
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por Antena 1

Gaza. Um minuto de silêncio pelos 101 funcionários da ONU mortos

Reuters

Bandeira a meia-haste em vários pontos do globo.

A homenagem decorreu hoje na sede das Naçôes Unidas, em Nova Iorque, e foi alargada, Alexandra Sofia Costa, a outras partes do mundo.

As Nações Unidas deixam a homenagem pelo mundo inteiro face ao agravamento do conflito entre Israel e o Hamas.
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Momento-Chave
por RTP

Irão garante que não dá ordens a "grupos de resistência" na região

O Governo iraniano afirmou hoje que não dá ordens a “grupos de resistência” na região, respondendo às acusações contra Teerão pela influência sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e a milícia xiita libanesa Hezbollah.

"Já deixámos claro muitas vezes que os grupos de resistência na região não recebem ordens do Irão. Nem nós damos essas ordens", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, citado pela agência noticiosa iraniana Tasnimm, tendo como pano de fundo o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.

“Os Estados Unidos devem compreender que só é possível evitar a propagação da guerra a outras regiões com o fim imediato do massacre [dos palestinianos], a retirada total do bloqueio humanitário [da Faixa de Gaza) e a retirada das forças militares [norte-americanas] da região", sublinhou.

Kanani respondia às acusações contra o Irão pela suposta influência sobre o Hamas e o Hezbollah, envolvidos nas hostilidades na sequência dos ataques de 7 de outubro do grupo islamita palestiniano.

Os Estados Unidos também acusaram Teerão de estar por trás dos ataques das milícias pró-iranianas contra as bases norte-americanas na Síria e no Iraque nas últimas semanas.

Por outro lado, o comandante da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária Iraniana, Amir Ali Hayizade, disse também hoje que o conflito em Gaza já se estendeu ao Líbano e advertiu que poderá estender-se a mais países da região.

"O âmbito dos combates é suscetível de aumentar ainda mais. O futuro não é claro, mas o Irão está preparado para todos os cenários", afirmou, insistindo que os ataques do Hamas foram "uma grande vitória estratégica" à qual Israel respondeu com "um massacre de crianças em Gaza".

c/Lusa
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por RTP

Hamas diz que hospitais em Gaza já não funcionam

O Hamas afirma que todos os hospitais no norte da Faixa de Gaza deixaram de funcionar. O vice-ministro da Saúde do enclave palestiniano diz que, nos últimos três dias, morreram no Hospital al-Shifa 32 doentes, entre eles três bebés prematuros.

A União Europeia pede pausas imediatas para permitir a entrada de ajuda humanitária.
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Momento-Chave
por RTP

RTP na fronteira entre Israel e o Líbano

A preocupação de Nethanyahu há muito de deixou de ser apenas o controlo do Hamas em Gaza, a norte de Israel, na fronteira com o Líbano, a situação complica-se e já há vítimas entre os israelitas.

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por RTP

Médio Oriente. Bruxelas apela a pausas humanitárias imediatas

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia devem fazer um novo apelo à implementação de pausas humanitárias imediatas, que permitam a ajuda à população civil de Gaza, numa altura em que não há sinais do conflito abrandar.

O texto que os chefes da diplomacia devem aprovar obrigou a um esforço negocial de última hora, como conta o correspondente da RTP em Bruxelas, Duarte Valente.
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Momento-Chave
por Antena 1

Alerta das Nações Unidas. Maioria dos hospitais em Gaza não está a funcionar

REUTERS/Mohammed Salem

Faltam medicamentos e falta também combustível.

A situação agrava-se e as autoridades dão conta de um aumento do número de vítimas mortais entre os pacientes do al-Shifa, o maior hospital do território.

Pormenores relatados pela jornalista Alexandra Sofia Costa.

Avisos que surgem no dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estão reunidos. Um dos pontos em análise é, precisamente, o conflito entre Israel e o Hamas.
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Situação é muito grave e está prestes a piorar
por RTP

Depósito de combustível da UNRWA em Gaza está vazio

O depósito de combustível da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) em Gaza ficou vazio e, dentro de alguns dias, a agência deixará de poder reabastecer hospitais, remover esgotos e fornecer água potável, disse o seu chefe na segunda-feira.

A UNRWA está a abrigar cerca de 800 mil pessoas, ou seja, cerca de metade da população total de habitantes de Gaza que fugiram das suas casas desde o início da campanha militar israelita, há mais de um mês, em resposta aos ataques mortais do Hamas contra Israel, a 7 de outubro.

O chefe da agência, Philippe Lazzarini, disse aos doadores que estava a esvaziar lentamente um depósito de combustível na fronteira israelita que continha reservas estratégicas.

"Esse reservatório está agora vazio", disse Lazzarini.

"Se projetarmos alguns dias, no dia 14 de novembro isto terá um impacto grave nas ambulâncias e nas operações dos principais hospitais. Alguns deles têm um pouco de energia solar, mas é marginal, pelo que esses hospitais deixam de funcionar", disse.

Muitos hospitais já tiveram de fechar em Gaza devido a danos nas enfermarias ou falta de combustível, incluindo o al-Quds, um dos principais hospitais no norte de Gaza, que tem sido o foco da invasão terrestre de Israel.

As forças armadas israelitas têm recusado a importação de combustível para Gaza, alegando que este poderia ser desviado para o Hamas para fins militares.

O combustível da UNRWA é também utilizado para remover centenas de toneladas de resíduos sólidos dos campos cada vez mais sobrelotados no sul de Gaza, e Lazzarini afirmou que estes serviços iriam parar em breve.

“Sem combustível, as instalações de dessalinização na estreita e densamente povoada faixa costeira, utilizadas para fornecer água potável a pelo menos 290 mil pessoas, também irão parar a 15 de novembro”, acrescentou.

"Por isso, a situação é muito grave agora e está prestes a piorar muito", disse Lazzarini aos doadores.
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PM palestiniano apela à ONU e UE
por RTP

“Deixem cair ajuda em Gaza” para apoiar civis

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, apelou às Nações Unidas e à União Europeia para que "deixem cair a ajuda" na Faixa de Gaza, a fim de apoiar os civis encurralados na guerra entre Israel e o Hamas palestiniano.

"Apelo às Nações Unidas e à União Europeia para que deixem cair a ajuda na Faixa de Gaza, especialmente no norte, como já foi feito em muitas ocasiões em todo o mundo", afirmou Shtayyeh ao Conselho de Ministros da Autoridade Palestiniana em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

O Presidente do Conselho de Ministros da Autoridade Palestiniana, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, apelou também à distribuição de mais ajuda humanitária por via rodoviária, com "a abertura de corredores de ajuda que não se limitem à passagem de Rafah".

O terminal de Rafah, na fronteira com o Egito, é o único atualmente utilizado por camiões que transportam alimentos, medicamentos, material médico, água engarrafada, cobertores, tendas e produtos de higiene.

Segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), 76 camiões entraram em Gaza a partir do Egito no domingo, elevando para 981 o número de camiões que entraram no território palestiniano sitiado desde 21 de outubro.
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por Lusa

Borrell na região para pedir acesso à ajuda humanitária e solução de dois Estados

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) desloca-se, esta semana, a Israel e Palestina, e a outros países do Médio Oriente, para discutir o acesso à ajuda humanitária na Faixa de Gaza e a solução de dois Estados.

"Deslocar-me-ei esta semana a Israel, à Palestina, ao Barém, à Arábia Saudita, ao Qatar e à Jordânia para debater o acesso e a assistência humanitária e questões políticas com os líderes regionais", anunciou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa publicação na rede social Twitter.

"Precisamos de um horizonte político que vise a solução de dois Estados. Este objetivo só pode ser alcançado através do diálogo", vincou Josep Borrell.

O anúncio foi feito depois de, esta manhã, o chefe da diplomacia da UE ter pedido contenção a Israel na Faixa de Gaza, após o apelo europeu para pausas humanitárias imediatas, condenando também o movimento islamita Hamas por usar civis como "escudos humanos".

"Pedimos a Israel que mostre a máxima contenção para salvar vidas civis. Condenamos a utilização pelo Hamas de pessoas e hospitais como escudos [humanos]", disse Josep Borrell, em Bruxelas.

Falando à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o responsável acrescentou que os 27 também manifestam "preocupação com a terrível situação dos hospitais que estão a ser fortemente afetados pelos bombardeamentos".

Isto dias depois de a Casa Branca ter anunciado que Telavive concordou com pausas humanitárias diárias de quatro horas nos seus ataques no norte da Faixa de Gaza.

No domingo, numa declaração em nome dos 27 chefes da diplomacia da União, Josep Borrell assinalou que a UE "está seriamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza".

"A UE associa-se aos apelos a pausas imediatas nas hostilidades e à criação de corredores humanitários, nomeadamente através de uma maior capacidade nos postos fronteiriços e de uma rota marítima específica, para que a ajuda humanitária possa chegar em segurança à população de Gaza", exortou o Alto Representante da União na declaração.

Hoje, na chegada ao Conselho de Negócios Estrangeiros, Josep Borrell admitiu que "tem sido difícil" alcançar uma voz a 27 sobre o conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente "depois da votação nas Nações Unidas, em que os países [europeus] votaram de formas diferentes".

"Gaza precisa de mais ajuda de todos os pontos de vista - água, combustível, alimentos. Esta ajuda está disponível, está na fronteira, à espera de entrar", vincou.

Os chefes da diplomacia da UE reúnem-se hoje para discutir a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e o conflito entre Israel e Hamas.

Portugal estará representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

 

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por RTP

União Europeia pede contenção a Telavive e condena Hamas por usar escudos humanos

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) pediu hoje contenção a Israel na Faixa de Gaza, após o apelo europeu para pausas humanitárias imediatas, condenando também o movimento islamita Hamas por usar civis como “escudos humanos”.

“Pedimos a Israel que mostre a máxima contenção para salvar vidas civis. Condenamos a utilização pelo Hamas de pessoas e hospitais como escudos [humanos]”, disse o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.

Falando à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o responsável acrescentou que os 27 também manifestam “preocupação com a terrível situação dos hospitais que estão a ser fortemente afetados pelos bombardeamentos”.

Hoje, na chegada ao Conselho de Negócios Estrangeiros, Josep Borrell admitiu que “tem sido difícil” alcançar uma voz a 27 sobre o conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente “depois da votação nas Nações Unidas, em que os países [europeus] votaram de formas diferentes”.

“Gaza precisa de mais ajuda de todos os pontos de vista - água, combustível, alimentos. Esta ajuda está disponível, está na fronteira, à espera de entrar”, vincou.

c/Lusa
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por RTP

Sete bebés prematuros e 27 doentes em UCI morreram desde sábado no maior hospital de Gaza

O vice-ministro da Saúde do governo do Hamas anunciou esta segunda-feira que "sete bebés prematuros" e "27 pacientes em cuidados intensivos" morreram desde sábado devido à falta de eletricidade no hospital de al-Shifa, o maior de Gaza, que está cercado por bombardeamentos israelitas.

Esta informação foi dada à AFP por Youssef Abou Rich, numa altura em que os combates entre o exército israelita e o Hamas palestiniano se concentram no norte da Faixa de Gaza, onde os hospitais estão agora "fora de ação", segundo a mesma fonte.
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por RTP

Israel realizou “4.300 ataques” na Faixa de Gaza

As Forças de Defesa de Israel (IDF) emitiram uma atualização sobre a sua operação militar em Gaza, onde afirmam que as suas forças realizaram 4.300 ataques até à data. Afirmam ter atingido "cerca de 300 túneis" e "cerca de três mil locais de infraestruturas terroristas".

“As tropas da IDF continuam a operar na Faixa de Gaza. Os aviões e as forças terrestres da IAF realizaram 4.300 ataques, atingiram centenas de postos de lançamento de mísseis antitanque, cerca de 300 túneis, cerca de três mil locais de infraestruturas terroristas, incluindo mais de 100 estruturas equipadas com explosivos, e centenas de centros de comando e controlo do Hamas”, avançaram as Forças de Defesa de Israel na rede Telegram.
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Retirada dos doentes foi interrompida
por RTP

Crescente Vermelho Palestiniano fala em ataques junto ao hospital al-Quds

O Crescente Vermelho Palestiniano emitiu um comunicado nas redes sociais em que afirma que continuam a registar-se fortes tiroteios nas imediações do hospital de al-Quds. O comunicado refere que um transporte destinado a retirar os doentes teve de ser interrompido.


“Tiroteio pesado continuou nas proximidades do hospital al-Quds na área de Tal Al-Hawa na cidade de Gaza, e sons de bombardeio e explosões violentas foram ouvidos na área. O comboio de veículos que partiu do sul da Faixa de Gaza em direção ao hospital, acompanhado pela Cruz Vermelha para assegurar a evacuação dos doentes e do pessoal médico, parou”, lê-se no comunicado.

A Cruz Vermelha acrescentou que não poderia continuar devido às condições existentes nas imediações do hospital.
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por RTP

Grupo de 80 suecos autorizados a deixar Gaza

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia afirmou ter contactado os cidadãos que faziam parte do primeiro grupo de cidadãos suecos a quem foi dada autorização de saída por mensagem de texto, correio eletrónico e telefone.

No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia instou os cidadãos a não se dirigirem ao posto fronteiriço de Rafah enquanto não receberem uma notificação indicando que têm autorização das autoridades locais para atravessar a fronteira.
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por RTP

Navio turco com hospitais de campanha chegou ao porto egípcio de Al- Arish

Um navio humanitário turco que transporta hospitais de campanha para a Faixa de Gaza chegou ao porto egípcio de Al-Arish, perto do terminal de Rafah, na fronteira com o território palestiniano, revelou um funcionário portuário à AFP na segunda-feira.

Este é o primeiro navio que transporta hospitais de campanha para Gaza a chegar ao Egito, enquanto todos os hospitais da cidade de Gaza estão agora fora de serviço por falta de eletricidade, segundo o ministério da saúde do Hamas.

Para que os geradores elétricos voltem a funcionar, é necessário combustível, cada vez mais escasso devido ao "cerco total" imposto por Israel ao território palestiniano.

"O navio que chegou ao aeroporto de Al-Arish transporta equipamento, geradores e ambulâncias para a instalação de oito hospitais de campanha", acrescentou à AFP um funcionário do Ministério da Saúde turco.

A Turquia estava à espera da luz verde das autoridades egípcias para instalar hospitais de campanha no aeroporto de Al-Arish, explicou. "Recebemos luz verde das autoridades egípcias".

"Vamos instalar estes hospitais nas zonas indicadas pelas autoridades egípcias", acrescentou.
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Minuto de silêncio e bandeiras a meia haste
por RTP

ONU homenageia pessoal que morreu em Gaza

Com um minuto de silêncio e bandeiras hasteadas a meia haste, a ONU prestou esta segunda-feira uma homenagem mundial em memória dos 101 membros do seu pessoal mortos na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou ao cumprimento de um minuto de silêncio às 9h30, hora local, em todos os países onde a organização tem um representante.

A bandeira azul e branca da ONU foi também arriada em Banguecoque, Tóquio e Pequim.

Em Genebra, o segundo maior centro das Nações Unidas depois de Nova Iorque, as bandeiras da ONU foram igualmente arriadas a meia haste durante a manhã. A organização não hasteou nenhuma das bandeiras dos seus 193 países membros que ladeiam a avenida principal em frente ao imponente edifício.

O pessoal da organização foi igualmente convidado a guardar um minuto de silêncio "em privado", segundo o porta-voz da ONU em Genebra, Rolando Gomez.
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por Lusa

Finlândia compra sistema de defesa aérea a Israel

O Governo finlandês assinou, no domingo, um acordo de 317 milhões de euros para comprar o sistema de defesa aérea israelita "David`s Sling", disse a diplomacia israelita.

O "acordo histórico" para aquisição deste sistema de defesa aérea, desenvolvido conjuntamente por Israel e pelos Estados Unidos, foi confirmado por um porta-voz do Ministério da Defesa israelita.

Este sistema de defesa aérea pode intercetar mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, aviões e drones.

O Governo finlandês tem vindo a aumentar o orçamento de defesa desde que entrou na NATO, a 04 de abril, adesão solicitada na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

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por RTP

Governo do Hamas afirma que todos os hospitais do norte de Gaza estão “fora de serviço”

“Todos os hospitais da província de Gaza", a parte norte da Faixa de Gaza onde se desenrolam os combates entre o exército israelita e os combatentes do Hamas, estão "fora de serviço", declarou à AFP o vice-ministro da Saúde do governo do Hamas.

Desde a sexta-feira, o cerco das tropas israelitas aumentou em torno dos hospitais, principalmente na cidade de Gaza, que é o centro dos combates. O exército israelita afirma que os hospitais na Faixa de Gaza estão a ser usados pelo Hamas para atacar Israel.

Os hospitais estão agora privados de eletricidade devido à falta de combustível necessário para fazer funcionar os geradores, cuja escassez se deve ao cerco imposto por Israel.
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por RTP

União Europeia apela a "pausas humanitárias imediatas"

Os 27 Estados-membros da União Europeia apelaram a “pausas humanitária imediatas” para permitir ajuda humanitária, revelou esta manhã Josep Borrel, o chefe da Diplomacia da UE.

À entrada para a Cimeira da UE, Josep Borrell afirmou "Os 27 Estados-Membros pediram pausas humanitárias imediatas, ou seja, no plural, não apenas uma, mas várias".

"O objetivo é estabelecer pausas imediatas e corredores humanitários para que a situação seja resolvida".

Os ministros condenaram a utilização de hospitais como escudos humanos pelo Hamas, mas é urgente tomar medidas para ajudar os civis.
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Desde 7 de outubro
por RTP

44 soldados israelitas mortos em Gaza desde o início do conflito

O exército israelita anunciou na segunda-feira que mais dois soldados morreram nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 44 o número total de soldados mortos no território palestiniano desde o início da guerra com o Hamas.

Israel ataca incessantemente a Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas no seu território, a 7 de outubro, e conduz uma operação terrestre paralela desde 27 de outubro, com o objetivo de "aniquilar" o movimento islamita palestiniano, que está no poder no território.
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Revela OMS
por RTP

Hospital Al-Shifa "já não está a funcionar"

O diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou na plataforma de comunicação social X que o hospital Shifa está sem água há três dias e "já não funciona como hospital".
Vários grupos humanitários disseram à Associated Press que não conseguiram contactar o hospital no domingo.

O último gerador ficou sem combustível no sábado, provocando a morte de três bebés prematuros e de quatro outros pacientes, segundo o Ministério da Saúde.

A OMS alerta que outros 36 bebés correm o risco de morrer.
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por Lusa

Seis bebés prematuros e nove pacientes morreram no hospital al-Shifa

Seis bebés prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos morreram devido à falta de eletricidade no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, de acordo com o novo balanço feito pelo vice-ministro da Saúde do Governo do Hamas.

Num balanço feito no domingo à noite, Youssef Abou Rich, presente no hospital onde também estão abrigados milhares de deslocados, tinha anunciado a morte de cinco bebés e sete doentes.

No sábado, o hospital anunciou que 39 bebés prematuros ainda estavam no hospital e que as enfermeiras estavam a realizar "massagens respiratórias à mão" para mantê-los vivos.

Um médico da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicou também que 17 pacientes estavam em cuidados intensivos.

De acordo com o relatório diário do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, os últimos ataques causaram danos à área de cuidados de doenças cardiovasculares e à maternidade, entre outras instalações hospitalares na cidade de Gaza, capital da faixa.

"Alguns deslocados internos, funcionários e pacientes conseguiram fugir, mas outros ainda estão presos no interior", é destacado no documento, lembrando que estão em risco a vida de 36 bebés em incubadoras e de pacientes com problemas renais em diálise.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que perdeu contacto com Al Shifa, enquanto outro hospital na capital de Gaza, Al Quds, já não funciona por falta de combustível.

As Nações Unidas denunciaram no fim de semana pelo menos 137 ataques "contra os cuidados de saúde" em Gaza desde o início da guerra com Israel, ações que classifica como "uma violação do direito e convenções humanitárias internacionais".

"Nos últimos 36 dias, a OMS registou pelo menos 137 ataques contra os cuidados de saúde em Gaza", referiu a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Mediterrâneo Oriental, num comunicado conjunto com as delegações regionais da UNICEF -- Fundo das Nações Unidas para a Infância e da FNUAP - Fundo das Nações Unidas para a População, citado pela EFE.

Segundo a nota, estes ataques causaram a morte de 521 pessoas, incluindo 16 trabalhadores humanitários, e deixaram quase 700 feridos, entre pacientes e profissionais de saúde.

As organizações dizem ainda ter ficado "horrorizadas" com os recentes ataques contra o Hospital Al Shifa - o maior de Gaza -, o Hospital Pediátrico Al Rantissi Nasser, o Hospital Al Quds e outros localizados na cidade e no norte do enclave palestiniano, onde "muitas pessoas morreram, incluindo crianças".

Estas entidades receberam relatos de mortes de "bebés prematuros e recém-nascidos que estavam a receber suporte vital" devido a cortes de energia e esgotamento de combustível, um recurso que Israel impede de entrar no enclave por medo de que seja utilizado pelo grupo Hamas.

Em 07 de outubro, o Hamas efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre e desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

Este conflito provocou pelo menos 11.000 mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.

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por Lusa

Autoridade Palestiniana pede ajuda aos EUA

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken são velhos conhecidos Jonathan Ernst - Pool - Reuters

O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano pediu uma "intervenção urgente e real" dos EUA para travar ataques de colonos contra palestinianos, que aumentaram nos últimos meses na Cisjordânia, sobretudo desde a ofensiva em Gaza.

"O fracasso da comunidade internacional em travar a guerra na Faixa de Gaza coincide com o fracasso internacional e dos EUA em travar os ataques das milícias de colonos e dos seus elementos terroristas contra os cidadãos da Cisjordânia", disse, em comunicado, a Autoridade Palestiniana, que aponta para uma "ausência real de pressão" sobre o Governo israelita.

Esta situação dá "carta branca" aos colonos para "imporem o controlo" na zona, acrescentou.

"Tendo em conta os processos em curso de anexação progressiva da Cisjordânia e de atribuição da maior área da Cisjordânia ao aumento dos colonatos, o Ministério apela à administração dos EUA para exercer uma verdadeira pressão sobre (o primeiro-ministro israelita Benjamin) Netanyahu, para o obrigar a parar os ataques, desmantelar as milícias de colonos, esgotar as fontes de financiamento e retirar-lhes a cobertura", afirmou.

Desde 7 de outubro, o exército israelita matou 172 palestinianos - incluindo cerca de 50 crianças -, sendo que oito palestinianos foram mortos às mãos de colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O número representa 42% deste tipo de mortes ocorridas no território palestiniano este ano, onde foram registadas 417 mortes.

Cerca de 59% dos casos ocorreram em confrontos com as forças armadas israelitas em operações militares, principalmente nas províncias da Cisjordânia de Jenin e Tulkarem.

Já 27% das mortes ocorreram em manifestações de solidariedade com Gaza, 7% em ataques de colonos e os restantes 7% em alegados ataques a israelitas.

Além disso, 2.586 palestinianos, incluindo 267 crianças, foram feridos pelas forças israelitas e 74 por colonos.

Dezenas de famílias viram-se forçadas a abandonar a casa onde viviam, depois de grupos de colonos terem queimado as habitações, roubado partes das infraestruturas, barris de água ou cortado as canalizações.

As autoridades de Gaza afirmaram que os ataques israelitas mataram desde o ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro, mais de 11 mil pessoas, incluindo mais de 4.800 crianças.

Israel calcula que 1.200 pessoas morreram na sequência do ataque e que 240 seja o número de reféns israelitas do grupo islamita palestiniano, considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

 

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por RTP

Israel não mostra qualquer tipo de abrandamento do ataque

O primeiro ministro de Israel diz que é preciso desradicalizar e desmilitarizar a Faixa de Gaza e que para isso não haverá qualquer tipo de trégua ou de misericórdia, relatam os correspondentes da RTP, Cândida Pinto e David Araújo.

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Grande parte dos hospitais de Gaza estão inoperacionais

Grande parte dos hospitais de Gaza estão inoperacionais, estão sem energia e debaixo de fogo constante. Hoje o primeiro-ministro de Israel afirmou que ofereceu combustível ao Al-shifa, o maior hospital da região, mas foi recusado.

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Gaza. Suspensas negociações para a libertação de reféns

O primeiro-ministro Israelita anunciou numa entrevista televisiva um potencial acordo para libertação dos cerca de 240 reféns, mas logo depois o Hamas anunciou a suspensão das negociações por causa dos ataques aos hospitais em Gaza.

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