Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Moreira Santos - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.


Evelyn Hockstein - Reuters

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Ameaças de dirigentes árabes servem para pressionar EUA

A reunião que decorreu em Riade serviu para pedir um cessar fogo e, ao mesmo tempo, para dizer que a alegação de autodefesa de Israel não tem fundamento.

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por RTP

Irão e o Hezbollah avisaram que Guerra em Gaza pode tornar-se num conflito regional

Acusaram também os Estados Unidos de estarem a manobrar Israel. Em Gaza, os hospitais continuam a ser atacados e milhares de palestinianos estão em fuga.

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por RTP

A vida ao lado do conflito em Gaza

No sul de Israel há comunidades que permanecem na vizinhança do conflito. Vivem entre alertas de ataque e com os bombardeamentos a escassa distância. As pausas humanitárias não parecem ter efeito no norte de Gaza.

Reportagem dos enviados da RTP Cândida Pinto e David Araújo nas proximidades de Gaza.
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por Lusa

Exército diz que vai ajudar a retirar bebés do maior hospital de Gaza

O exército israelita afirmou hoje que ajudará a retirar bebés do maior hospital de Gaza, Al-Shifa, onde morreram dois prematuros e em torno do qual estão a decorrer intensos combates entre militares e combatentes do Hamas.

"A equipa do hospital Al-Shifa pediu que amanhã [domingo] ajudemos a retirar os bebés da enfermaria pediátrica para um hospital mais seguro. Forneceremos a assistência necessária", disse o porta-voz do exército, Daniel Hagari, durante uma conferência de imprensa.

O número de bebés afetados não foi revelado.

No início do dia de hoje, a organização não-governamental (ONG) israelita Médicos pelos Direitos Humanos informou que dois bebés prematuros tinham morrido após o encerramento forçado dos cuidados intensivos neonatais devido à falta de eletricidade naquele hospital.

Além disso, alertou para o risco que correm "outros 37 bebés" neste serviço, devido aos combates entre o exército israelita e os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, dois movimentos islamitas palestinianos, perto da infraestrutura.

Um cirurgião do centro que trabalha para os Médicos Sem Fronteiras (MSF), Mohammed Obeid, também relatou a morte dos dois recém-nascidos e disse que um paciente adulto também morreu porque o seu ventilador parou, por falta de eletricidade.

"Queremos que alguém nos garanta a retirada dos pacientes, porque temos cerca de 600 pacientes hospitalizados", disse o médico numa gravação de áudio publicada pelos MSF.

Além dos pacientes, milhares de pessoas deslocadas refugiaram-se nas instalações do estabelecimento enquanto Israel bombardeia incessantemente o pequeno território palestiniano em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas no seu território em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortes, segundo dados israelitas.

Os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram mais de 11.000 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

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por RTP

“Quase 200.000 pessoas” deixaram o norte da Faixa de Gaza rumo ao sul em três dias

A informação foi avançada pelo exército israelita.
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por Lusa

Cimeira de países árabes rejeita argumento de autodefesa dos israelitas

Os líderes dos países árabes rejeitaram hoje o argumento israelita de autodefesa para justificar os ataques a Gaza e exigiram o fim imediato das operações militares neste território.

A declaração final da cimeira realizada em Riade diz que os membros da Liga Árabe e da comunidade de países muçulmanos "recusam-se a caracterizar esta guerra como autodefesa ou a justificá-la sob qualquer pretexto".

Os países árabes exigem o fim imediato do conflito na Faixa de Gaza e o aumento da entrada humanitária no enclave, bem como garantias de que Israel será responsabilizado pelos seus crimes.

A declaração final emitida no final da cimeira de Riade - realizada face ao "silêncio" e aos "duplos pesos e duplas medidas" dos países ocidentais - condena a campanha de "punição coletiva" de Israel contra Gaza, que já provocou mais de 11.000 mortos.

Na declaração, os países árabes rejeitaram que os ataques de Israel sejam classificados como um exercício de autodefesa.

Por isso, os subscritores do documento pedem ao procurador-geral do Tribunal Penal Internacional que "cumpra a investigação dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos por Israel", não só em Gaza, mas "em todo o território ocupado".

Os países árabes pedem também ao Ocidente que "pare de exportar armas" para Israel.

A declaração final afirma que o único caminho para a paz é a criação de um Estado palestiniano independente com Jerusalém Oriental como capital.

"Afirmamos que nem Israel nem nenhum dos países da região desfrutarão de segurança e paz sem que os palestinos desfrutem delas e recuperem todos os seus direitos", pode ler-se no documento.

Os países árabes querem a convocação de uma conferência internacional de paz, "o mais rapidamente possível", para lançar um "processo credível baseado no direito internacional" para acabar com "a ocupação israelita do território palestiniano".

A lista de chefes de Estado que participaram da cimeira incluiu nomes como o Presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, e o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.

Também participaram no encontro personalidades que suscitam algum ressentimento entre os árabes, como o Presidente da Síria, Bashar al Assad, e o Presidente do Irão, Ebrahim Raisí, que fez a sua primeira visita à Arábia Saudita.

Ambos tiveram pontos nos seus discursos que se distanciaram do tom geral de condenação: enquanto Raisí apelou ao armamento dos palestinianos para enfrentar Israel, Al-Assad assegurou que o ataque inicial do Hamas impôs uma "nova realidade" no Médio Oriente.

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por Lusa

ONU diz que quatro hospitais de Gaza estão cercados mas Telavive desmente cerco

A ONU confirmou hoje que os quatro grandes hospitais de Gaza estão cercados pelo exército israelita e Israel desmente o cerco ao hospital Al-Shifa, onde morreram dois bebés prematuros.

De acordo com a ONU, os quatro grandes hospitais de Gaza, localizados no norte do território, foram completamente cercados pelo exército israelita, com as organizações humanitárias a afirmarem estar "horrorizadas" com os bombardeamentos e outros ataques incessantes contra estas infraestruturas.

"Pacientes, que incluem bebés, e civis que procuram ajuda estão sob ataque e não têm para onde ir. É uma afronta travar uma guerra à volta e contra os hospitais", denunciou a organização humanitária Conselho Norueguês para os Refugiados.

Por sua vez, a ONG israelita Médicos pelos Direitos Humanos informou que hoje dois bebés prematuros tinham morrido, após o encerramento forçado dos cuidados intensivos neonatais devido à falta de eletricidade no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza.

Entretanto, o exército israelita garantiu também hoje que "é mentira" que haja um cerco das suas tropas ao hospital Al-Shifa, mas que está a haver combates com membros do Hamas nas zonas próximas da infraestrutura.

"Nas últimas horas ouvi nas notícias que há um cerco ao hospital Al-Shifa. Quero dizer claramente: isto é mentira", afirmou, numa declaração em vídeo, o coronel Moshe Tetro, chefe da Administração Civil em Gaza, um órgão militar responsável pela gestão de assuntos civis em território palestiniano ocupado.

O responsável acrescentou que existem confrontos "entre militares do exército e agentes terroristas do Hamas nos arredores do hospital", mas "não há disparos contra o hospital ou cerco".

"O lado Este do hospital permanece aberto" e "inclusivamente agora, quem queira pode sair", referiu Moshe Tetro.

O Crescente Vermelho de Gaza garantiu hoje que tanques israelitas cercam o hospital Al-Quds, "com bombardeamentos de artilharia e tiroteios intensos" na área do centro médico, onde estão milhares de civis deslocados.

"O Crescente Vermelho palestiniano apela à comunidade internacional e às instituições humanitárias para que intervenham imediata e urgentemente para proteger as suas equipas que trabalham no hospital Al-Quds, cerca de 500 pacientes e 14.000 pessoas deslocadas, a maioria mulheres e crianças", disse um porta-voz da organização através da rede social X (antigo Twitter).

A ofensiva militar israelita contra Gaza provocou em 35 dias mais de 11.000 mortos e cerca de 25.000 feridos, segundo dados das Nações Unidas.

Os hospitais cercados praticamente já não podem atender os feridos. O mais importante - Al-Shifa - ficou sem eletricidade depois de se ter esgotado o combustível que fazia funcionar o geradores, enquanto outros dois centros médicos de referência, incluindo o de crianças, também deixaram de funcionar depois de sofrer danos graves.

Israel indicou que os civis no norte de Gaza - que se somam em cerca de 300.000 - podem sair desse setor durante as pausas diárias de bombardeamentos.

O Gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária da ONU indicou que, devido a esta promessa, esta sexta-feira cerca de 30.000 pessoas deixaram Wadi Gaza (uma zona no norte) através de um corredor aberto pelo exército, mas que à tarde ocorreram várias explosões naquela estrada que causaram mortes e feridos.

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por RTP

Israel diz que vai evacuar o hospital de Shifa

O porta-voz militar de Israel anunciou este sábado que as forças israelitas vão ajudar a evacuar bebés do hospital de Shifa, na Faixa de Gaza. A operação vai decorrer no domingo.
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por Lusa

Hezbollah diz que vai usar novas armas para atacar território israelita

O líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse hoje que o seu movimento começou a usar novas armas nos ataques que realiza diariamente contra Israel desde o início da guerra em Gaza.

"Ao longo da última semana [...] houve um reforço da ação de resistência na frente libanesa, devido ao número de operações, ao número de objetivos visados e também às armas utilizadas", assegurou o chefe do grupo pró-iraniano.

"Pela primeira vez na história da resistência no Líbano, estamos a usar `drones suicidas`", explicou Hassan Nasrallah, referindo-se aos ataques a alvos em Israel, num discurso televisionado.

O Hezbollah, acrescentou, também usou nos últimos dias, pela primeira vez, "mísseis Burkan, que podem transportar cargas explosivas de 300 a 500 quilos".

O líder do Hezbollah revelou que o movimento está preparado para enviar diariamente `drones` de reconhecimento para o interior de Israel, "alguns dos quais chegam a Haifa, Acre e Safed".

Nasrallah também criticou os Estados Unidos, responsabilizando este país pela guerra entre Israel e o Hamas, e disse que Washington teria capacidade para impedir os excessos de Telavive nos ataques em Gaza.

Nos últimos dias, tem havido trocas diárias de tiros entre o Hezbollah e Israel na zona fronteiriça entre os dois países, no âmbito da guerra desencadeada pelos ataques perpetrados em 07 de outubro em solo israelita pelo grupo islamita Hamas.

Hassan Nasrallah acrescentou que o Hezbollah também usou foguetes Katyusha para bombardear o território israelita, em resposta às mortes de civis - uma mulher e as suas três netas - num ataque israelita em 05 de novembro no sul do Líbano.

Contudo, o líder libanês não assumiu a responsabilidade pelo ataque de `drones` que atingiu a cidade de Eliat, no mar Vermelho, na quinta-feira.

Pelo menos 90 pessoas foram mortas no lado libanês durante confrontos transfronteiriços, a maioria delas combatentes do Hezbollah, enquanto seis soldados e dois civis foram mortos do lado israelita.

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por RTP

Hamas diz ter destruído mais de 160 alvos israelitas

O Hamas anunciou este sábado que já destruiu de forma completa ou parcial, cerca de 160 alvos militares israelitas. O anúncio foi feito pelo braço armado do grupo. "O confronto é desigual, mas assusta e aterroriza as forças mais fortes da região", declarou o porta-voz do grupo Abu Ubaida.
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por Lusa

Presidente turco pede que seja investigado o arsenal nuclear israelita

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje uma investigação sobre o arsenal nuclear de Israel, país que considera comportar-se como um "menino mimado" pelo Ocidente.

"Devemos investigar e não ignorar as armas nucleares que Israel nega ter. Deve haver uma investigação por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU e do Tribunal Penal Internacional", disse Erdogan, durante o seu discurso na cimeira conjunta dos países da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), que se realizou hoje em Riade, Arábia Saudita.

Já hoje, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha pedido mais esclarecimentos sobre esta matéria.

"Devemos lançar luz sobre a questão das armas nucleares, confessada pelos líderes políticos israelitas, e sobre as bombas nucleares que eles escondem da Agência Internacional de Energia Atómica", sublinhou a direção da AIEA, citada pelo jornal turco Hurriyet na sua edição eletrónica.

Erdogan lamentou os padrões duplos dos países ocidentais sobre Israel, dizendo que este país se comporta como um "menino mimado" a quem tudo é permitido.

"Eles estão sempre a falar sobre direitos humanos e liberdades, mas permanecem calados sobre os massacres na Palestina", criticou o líder turco, que acrescentou que Israel atingiu "um nível de barbárie sem precedentes na história, com bombardeamentos de hospitais, escolas e campos de refugiados e massacres de civis".

"Aqueles que permanecem calados diante da opressão são tão culpados pelo sangue derramado quanto os opressores", argumentou Erdogan.

O Presidente turco tem defendido medidas concretas para ajudar a população palestiniana, como a entrega urgente de combustível, e para isso solicitou a criação de um fundo de solidariedade dentro da OCI "para recuperar a região de Gaza".

Erdogan também salienta a necessidade de resolver o conflito através da criação de um Estado palestiniano, para o qual ofereceu a Turquia como garante de qualquer acordo.

"Jerusalém é a nossa linha vermelha. Queremos que Jerusalém, a cidade da paz, e todas as terras palestinas voltem a ser como eram antes", explicou Erdogan, exigindo a Israel uma compensação pelos danos provocados pelos bombardeamentos em território palestiniano.

 

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por RTP

Hezbollah reforçou ataques contra Israel

O chefe libanês do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que uma formação poderosa começou a utilizar novas armas nos ataques que fez diariamente contra Israel desde o início da guerra em Gaza. 

"Ao longo da semana passada (...) e num reforço da ação de resistência sobre a frente libanesa, de acordo com o nome das operações, o nome dos objetivos vistos e também as armas empregadas".

 “Pela primeira vez na história da resistência no Líbano, estamos a usar drones suicidas” para atacar alvos em Israel, disse Hassan Nasrallah num discurso na televisão. 

Indicou que o Hezbollah também usou nos últimos dias, pela primeira vez, “mísseis Burkan (vulcão), que podem transportar cargas explosivas de 300 a 500 quilos”. 

O líder do Hezbollah revelou que a sua formação envia agora drones de reconhecimento “diariamente” para as profundezas de Israel, “alguns dos quais chegam a Haifa, Acre e Safed” no norte.
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por Lusa

Países árabes dizem que não haverá paz sem um Estado palestiniano

Os países de maioria árabe, reunidos numa cimeira em Riade, disseram hoje que a criação de um Estado palestiniano independente é uma condição essencial para conseguir a paz e a segurança no Médio Oriente.

"Afirmamos que nem Israel nem nenhum dos países da região desfrutarão de segurança e paz sem que os palestinianos a desfrutem e recuperem todos os seus direitos saqueados", pode ler-se num projeto de resolução final de uma cimeira que reuniu 57 países de maioria árabe em Riade.

O documento também responsabiliza Israel pela "continuidade do conflito e pelo seu agravamento" e considera a ocupação dos territórios palestinianos por Israel "uma ameaça à segurança e à estabilidade regional e internacional".

À margem da cimeira, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que o grupo islamita Hamas impôs uma "nova realidade" à região, com o seu ataque a Israel, em 07 de outubro, "abrindo portas políticas que estavam fechadas há várias décadas".

Bashar al-Assad afirmou ainda que esta oportunidade deve ser aproveitada para uma clarificação política pelos países da região, elogiando a coragem do movimento palestiniano.

"Com a nova realidade imposta pela corajosa resistência palestiniana na nossa região, temos estas ferramentas. Vamos aproveitá-las e aproveitar a transformação global que nos abriu portas políticas que estavam fechadas há décadas", defendeu Al Assad, que participou na cimeira de países árabes.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 36º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11.000 mortos, cerca de 28.000 feridos, cerca de 2.500 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.

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por RTP

Tensão e distúrbios marcam manifestação em Londres a pedir cessar-fogo 

Reuters

Tensão e distúrbios rodearam hoje uma manifestação pró-palestiniana hoje pelas ruas de Londres para apelar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza que mobilizou centenas de milhar de pessoas.  

Grupos de apoiantes de extrema-direita concentraram-se na capital britânica e envolveram-se em confrontos com a polícia londrina para tentar perturbar a manifestação principal. 

Transportando bandeiras com a cruz de São Jorge (vermelha sobre fundo branco) e gritando "Inglaterra até à morte", alguns tentaram chegar ao cenotáfio, um monumento em honra aos mortos da Primeira Guerra Mundial, durante uma cerimónia para marcar o aniversário do Armistício.

O grupo empurrou agentes e tentou derrubar vedações, tendo pelo menos 82 sido detidos pela polícia.

 


Os tumultos aconteceram à margem da manifestação pró-palestiniana, que desfilou pelas ruas de Londres desde Hyde Park até à embaixada dos Estados Unidos. 

Os organizadores, grupos de esquerda e organizações muçulmanas como a Campanha de Solidariedade com a Palestina, Amigos de Al-Aqsa, Coligação "Stop the War", Associação Muçulmana, Fórum Palestiniano e Campanha para o Desarmamento Nuclear, esperavam mobilizar um milhão de pessoas. 

Muitos manifestantes transportavam bandeiras palestinianas e cartazes com mensagens como "Palestina livre", "Fim ao cerco" "e "Mãos fora da Palestina".

Entre os cânticos entoados ouviu-se "Ocupação nunca mais" e "Israel é um Estado terrorista".

 

c/Lusa

 

 

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por Lusa

Irão pede a países muçulmanos que qualifiquem exército israelita de "organização terrorista"

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, apelou hoje, em Riade, aos países muçulmanos para que qualifiquem o exército israelita como uma "organização terrorista" devido à sua operação armada na Faixa de Gaza.

No discurso que proferiu perante os líderes árabes e muçulmanos reunidos na capital saudita, Ebrahim Raissi apelou também aos países muçulmanos para que se preparem para "armar os palestinianos" se os "crimes de guerra" de Israel continuarem.

"O exército israelita deve ser reconhecido como uma organização terrorista", declarou o Presidente iraniano durante a reunião de emergência da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) dedicada à guerra entre Israel e o Hamas.

O Hamas, apoiado pelo Irão que o considera um "movimento de libertação", está classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, Canadá e União Europeia, entre outros.

"Agora que as organizações internacionais se tornaram inúteis, temos de desempenhar um papel", acrescentou Raissi, apelando aos países muçulmanos para que "rompam todas as relações políticas e económicas" com Israel, que o Irão não reconhece.

O responsável apelou também a "um boicote comercial contra o regime sionista, particularmente no setor da energia".

Ebrahim Raissi acusou, mais uma vez, os Estados Unidos de serem o "principal parceiro" de Israel "nestes crimes". "A América entrou diretamente na guerra, enviando navios" para o Mediterrâneo oriental, afirmou.

A viagem de Ebrahim Raissi a Riade é a sua primeira visita à Arábia Saudita desde o anúncio surpresa, em março, do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois pesos pesados do Médio Oriente, após uma interrupção de sete anos.

Após 36 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram já mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.

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por RTP

Não há sinal pausa humanitária no norte da Faixa de Gaza

Os enviados especiais da RTP, Cândida Pinto e David Araújo testemunharam sim bombardeamentos naquela área. Há rockets enviado para o sul de Israel que têm sido interceptados. ou seja, mantém-se o cenário dos últimos dias.

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por RTP

Portugal está a preparar uma operação de resgate em Gaza

Em causa está uma lista de 16 pessoas, 6 delas com dupla nacionalidade e respetivas famílias.

De acordo com o Diário de Notícias, o Ministério dos Negócios Estrangeiros terá ainda sinalizado mais 48 palestinianos com ligações a cidadãos já residentes em Portugal, no âmbito de uma operação de ajuda humanitária.

Uma decisão que foi também avaliada pelo Sistema de Segurança Interna.

As negociações estão a ser feitas com as autoridades israelitas e egípcias para que a operação seja feita através de Rafah, onde milhares de civis tentam passar a fronteira.
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Cruz Vermelha diz que hospitais em Gaza estão "num ponto sem retorno"

Cruz Vermelha diz que os hospitais em Gaza estão "num ponto sem retorno" e que a situação é catastrófica. O Hospital de Al-Shifa está cercado pelas forças israelitas e é um dos muitos que estão sem energia.
Pelo menos, um bebé morreu na incubadora.

O Ministério da Saúde do Hamas avança que há mais 39 bebés em risco.
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por RTP

Israel anunciou que vai alargar a pausa humanitária em Gaza de 4 para 7 horas

Um alargamento para permitir que os palestinianos se desloquem para sul. Nos combates, as forças de Defesa de Israel garantem que já assumem o controlo de 11 postos militares do Hamas.

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por Antena 1

OMS alerta para o risco de colapso dos serviços de saúde em Gaza

Foto: EPA

Em Gaza, os serviços de saúde estão a colapsar, com o prolongar da guerra entre Israel e o Hamas e o cerco imposto pelas forças israelitas. Vários hospitais foram alvo de ataques e faltam bens essenciais. O alerta é da organização mundial de saúde.

Este sábado, há uma nova cimeira entre o mundo árabe e islâmico, em Riade, na Arábia Saudita. O objetivo do encontro é analisar o que Riade designa de "circunstâncias excecionais" que se vivem nesta altura na faixa de gaza.
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por RTP

Presidente palestiniano acusa Israel de travar "guerra genocida" em Gaza

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse este sábado que os palestinianos estão a enfrentar uma "guerra genocida incomparável", pedindo aos Estados Unidos que pressionem Israel a interromper a ofensiva em Gaza.
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por RTP

Príncipe herdeiro saudita acusa Israel de ser responsável por "crimes" contra palestinianos

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, disse este sábado que Israel é responsável pelo que chamou de "crimes cometidos contra o povo palestiniano", pedindo o fim do cerco à Faixa de Gaza. 

Falando durante uma cimeira extraordinária conjunta islâmica-árabe em Riade, o príncipe herdeiro também apelou ao fim imediato das operações militares e à libertação dos reféns.
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por RTP

Exército prolonga em três horas "pausa humanitária" para palestinianos

O exército israelita anunciou, este saábado, um prolongamento de três horas de “pausa humanitária” para permitir a saída de civis palestinianos do norte da Faixa de Gaza para o sul através da estrada Salah al Din.

De acordo com um comunicado militar, o eixo Salah al Din, que atravessa o enclave de norte a sul da Faixa de Gaza, permanecerá aberto durante sete horas, em vez de quatro, como nos dias anteriores, e será aberta uma nova rota costeira para evacuações. O exército indica ainda que “centenas de milhares” de habitantes de Gaza fugiram já do norte de Gaza em busca de refúgio.

A nota indica também que as Forças de Defesa de Israel decidiram “uma pausa tática nas operações militares” de quatro horas no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, entre as 10h00 e as 14h00 locais (duas horas menos em Lisboa), para permitir a saída de civis.

O comunicado vem acompanhado de um mapa da Faixa de Gaza escrito em árabe no qual diz que a passagem permanecerá aberta hoje até as 16h00 locais e indica a área de Al Mawasi, no canto sudoeste do enclave palestino como um “lugar humanitário”.

O exército israelita também divulgou outro plano para os habitantes de Gaza que optarem por utilizar a nova rota de evacuação aberta ao longo da costa do Mediterrâneo.

“Pedimos, para sua segurança, que se junte às centenas de milhares de residentes que se mudaram para o sul nos últimos dias, incluindo algumas figuras importantes da comunicação social, pois queremos protegê-los”, afirma o exército israelita.

As Forças Armadas israelitas salientam que devido aos combates em curso na zona costeira, que tem sido controlada pelas suas tropas, os civis também podem deslocar-se àquela zona para utilizar a estrada costeira no seu movimento em direção ao sul.

“Pedimos que, para preservar a sua segurança, aproveitem este período de tempo disponível para se deslocarem para sul, porque a zona norte da Faixa de Gaza é uma zona de combates generalizados”, afirma o exército. O exército refere que sabe que o “Hamas está a tentar impedir o seu movimento" e, por isso, deu um número de telefone para os civis informarem os militares no caso de “membros do Hamas bloquearem o caminho”.

C/Lusa
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por RTP

Ataques ao hospital Al-Shifa intensificaram-se durante a noite

Os ataques israelitas ao hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, intensificaram-se "dramaticamente" durante a noite, denunciou a Organização Não-Governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"Nas últimas horas, os ataques ao hospital Al-Shifa intensificaram-se de forma dramática. A nossa equipa no hospital relatou uma situação catastrófica no interior do hospital há poucas horas", escreveu a ONG na rede social X (antigo Twitter).
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Pelo menos 39 bebés em risco de morrer no hospital Al Shifa, em Gaza

O hospital Al-Shifa ficou sem eletricidade devido aos ataques israelitas, o que está a provocar a morte dos primeiros doentes, entre os quais um bebé prematuro, anunciou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

De acordo com o ministro palestiniano da Saúde, estão em risco de morrer 39 bebés no hospital Al Shifa, em Gaza, devido à falta de medicamentos e ao corte de energia que levou à falta de oxigénio.

"O Complexo Médico Al-Shifa de Gaza ficou sem água, combustível, alimentos, eletricidade e telecomunicações, com milhares de pessoas no seu interior, incluindo feridos, doentes e deslocados", afirma o Ministério da Saúde de Gaza num breve comunicado.
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Microsoft acusa Rússia de "desinformação" sobre conflito no Médio Oriente

A Rússia pratica “desinformação” sobre as tensões políticas no Médio Oriente, uma região desestabilizada pelo conflito entre o Hamas e Israel, disse no sábado o presidente da Microsoft, Brad Smith, em Paris.

Smith que está a participar no Fórum da Paz de Paris assegurou que uma das respostas da Microsoft e dos seus concorrentes foi lutar contra a desinformação, nomeadamente através do avanço da inteligência artificial (IA).
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por RTP

Operações suspensas no hospital Al Shifa em Gaza

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza disse que as operações no complexo hospitalar Al Shifa, o maior do enclave, foram suspensas este sábado, depois de ter ficado sem combustível.

"Como resultado, um recém-nascido morreu dentro da incubadora, onde há 45 bebés", disse à Reuters Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza controlada pelo Hamas.
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por RTP

Ponto de situação

  • A Arábia Saudita recebe este sábado os líderes árabes para uma cimeira de emergência para discutir a escalada da guerra de Israel na Faixa de Gaza e impedir que esta alastre a todo o Médio Oriente. A reunião foi pedida à Liga Árabe na semana passada pela Arábia Saudita e pela Palestina para debater “a agressão israelita” a Gaza que, em pouco mais de um mês, se saldou em mais de 11.000 mortos e mergulhou o enclave palestiniano desde 2007 controlado pelo movimento islamita Hamas na pior catástrofe humanitária da sua história;
  • Na quinta-feira, Israel reduziu de 1.400 para 1.200 o número de mortos no ataque do Hamas, a 7 de outubro, depois de ter identificado os corpos de homens do movimento islamita. As autoridades israelitas "atualizaram" este número de mortos porque acreditam agora que "muitos dos corpos que não tinham sido identificados" são de pessoas que participaram no "ataque terrorista do Hamas e não de vítimas israelitas", explicou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita;
  • O exército israelita disse ter morto, em Gaza, “150 terroristas” do Hamas e controlado os bastiões militares do movimento na zona Norte daquela região;
  • O governo libanês denunciou que um projétil de artilharia israelita atingiu um dos seus hospitais no sul do país, que, apesar de não ter explodido, causou um ferido e estragos materiais. O obus caiu no Hospital de Mays al-abal, informou, em comunicado, o Ministério de Saúde Pública do Líbano, que considerou o ataque como um “desrespeito flagrante de todas as leis internacionais” e que a ocorrência poderia ter tido “resultados catastróficos” se o projétil tivesse explodido;
  • A Organização Mundial de Saúde defendeu que a atual guerra na Faixa de Gaza "sublinha mais uma vez a necessidade de reforma do Conselho de Segurança" da ONU;
  • O movimento xiita libanês Hezbollah assumiu a responsabilidade por um ataque simultâneo com três ‘drones’ contra alvos militares no norte de Israel. As aeronaves atacaram a base Yiftah Kadish e um ponto de concentração recentemente estabelecido na área de Hatzor HaGlilit, ambos alvos localizados em áreas em mãos israelitas disputadas pelo Líbano, destacou o movimento xiita, em comunicado.
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