Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Hannibal Hanschke - EPA
Foto: António Antunes - RTP
Mais de mil pessoas apelaram à paz e ao fim do conflito no Médio Oriente.
Foto: Isabel Infantes - Reuters
Dezenas de milhares de pessoas percorreram as ruas da cidade e acusaram Israel de estar a cometer um genocídio, como constatou a correspondente da RTP em Madrid, Ana Romeu.
Foto: Thomas Mukoya - Reuters
O secretário-geral da ONU sublinhou que Israel e o Hamas têm obrigações sob o Direito Humanitário internacional.
Foto: Lisi Niesner - Reuters
Israel prossegue ofensiva na Faixa de Gaza. As forças armadas israelitas reivindicaram terem atingido mais 450 alvos do Hamas, o Hamas disse que está a provocar baixas significativas entre as forças israelitas.
Milhares de pessoas invadiram os centros de distribuição de alimentos das Nações Unidas por não terem acesso a água e a comida, e as organizações internacionais voltaram a pedir uma pausa humanitária urgente para evitar uma catástrofe.
In #Dagestan, a crowd stormed the building of Makhachkala airport in search of Jews from a flight from Tel Aviv. pic.twitter.com/TaBvakBKIE
— NEXTA (@nexta_tv) October 29, 2023
EPA
A cada hora que passa é cada vez mais desesperada a situação humanitária em Gaza. As palavras são de António Guterres, em declarações aos jornalistas que o acompanham numa visita de quatro dias ao Nepal.
#ICC Prosecutor @KarimKhanQC was at the Rafah Border Crossing between Egypt and the Gaza Strip this weekend.
— Int'l Criminal Court (@IntlCrimCourt) October 29, 2023
Watch his remarks on the current situation in Israel and the State of Palestine. 👇 pic.twitter.com/Z22DMLaAv3
Cerca de 30 organizações não governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos em Israel instaram hoje a comunidade internacional "a agir face aos níveis de violência sem precedentes" por parte dos colonos israelitas na Cisjordânia ocupada.
Essas ONG pedem também a "paragem do deslocamento forçado de palestinianos das suas terras", que se agravou nas últimas semanas.
"Apelamos à comunidade internacional para que atue urgentemente para parar a onda de violência dos colonos apoiada pelo Estado que está a levar ao deslocamento forçado de comunidades palestinianas na Cisjordânia", afirmaram estas organizações, incluindo Amnistia Internacional, Associação pelos Direitos Civis em Israel, Betselem e Combatentes pela Paz.
As cerca de 30 ONG dizem que desde que eclodiu a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas em Gaza, em 07 de outubro, a violência dos colonos israelitas contra os palestinianos na Cisjordânia aumentou muito e os seus ataques às comunidades agrícolas palestinianas levaram ao deslocamento forçado de famílias em pelo menos 10 cidades.
Nas últimas três semanas, desde o início do conflito, "os colonos têm explorado a falta de atenção pública à Cisjordânia e a atmosfera geral de raiva contra os palestinianos para intensificar a sua campanha de ataques violentos, numa tentativa de forçar o deslocamento de comunidades palestinianas", afirmam as ONG.
"Neste período, pelo menos 13 comunidades pastoris foram deslocadas" e "muitas mais correm o risco de serem forçadas a fugir nos próximos dias se não forem tomadas medidas imediatas", alertam.
Denunciam também que o atual Governo israelita de Benjamin Netanyahu, com parceiros de extrema-direita pró colonatos, "apoia" os ataques dos colonos "e nada faz para parar a sua violência".
"Os ministros do Governo e outros responsáveis apoiam a violência e, em muitos casos, o Exército israelita está presente ou mesmo envolvido na violência, incluindo em incidentes em que os colonos mataram palestinianos", referem.
Desde que a guerra começou em 07 de outubro, estima-se que os colonos tenham matado cerca de sete palestinianos na Cisjordânia e as ONG dizem que tem havido "um número crescente de incidentes em que foi documentado que colonos atacaram usando uniformes militares e armas fornecidas pelo Governo".
Perante isto, as ONG defendem que "a única forma de acabar" com esta dinâmica no território da Cisjordânia "é uma intervenção clara, forte e direta da comunidade internacional".
Israel assumiu o controlo da Cisjordânia em 1967 e, desde então, mantém um longo regime de ocupação militar e colonização do território palestiniano.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civil, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
Cinco palestinianos morreram hoje em confrontos com o exército israelita durante incursões militares na Cisjordânia ocupada, indicou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
Os cinco palestinianos, com idades entre os 29 e 35 anos, morreram na sequência de disparos do exército israelita.
Dois deles morreram no campo de refugiados de Askar, em Nablus, e os outros em incidentes em Beit Rima (a noroeste de Ramallah), no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém, e em Tamoun (a norte da cidade de Jenin).
O exército israelita afirmou que, em Beit Rima, os soldados "abriram fogo" depois de terem sido atingidos por `cocktails molotov` durante uma "operação antiterrorista" na localidade.
Em Askar, houve "trocas de tiros" entre atiradores palestinianos e uma força israelita que entrou no campo de refugiados "para demolir a casa" de um ativista, segundo a mesma fonte.
Foram também registados confrontos armados com ativistas palestinianos durante uma operação de detenção na região de Jenin.
Mais de 110 palestinianos foram mortos na Cisjordânia em operações do exército israelita desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas, que a 07 de outubro desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
A situação na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, já era tensa antes da guerra, com frequentes incursões do exército israelita.
Vários milicianos palestinianos morreram hoje em combates com tropas israelitas no posto fronteiriço de Erez, no norte da Faixa de Gaza, informou o exército israelita.
Em comunicado, o exército israelita não precisou a que grupo pertenciam os milicianos mortos, descrevendo-os como "terroristas", acrescentando que os combates continuavam na zona, com foguetes a serem disparados de Gaza.
"Nas últimas horas, as Forças de Defesa de Israel (IDF) continuaram a atingir e a matar terroristas na Faixa de Gaza. Os soldados que operam perto do cruzamento de Erez identificaram vários terroristas que saíam da boca de um túnel e enfrentaram-nos, causando várias baixas, incluindo mortos e feridos", indicaram as IDF em comunicado.
Até 07 de outubro, quando o Hamas atacou o território israelita, matando mais de 1.400 pessoas e raptando mais de 200, a passagem de Erez era o local por onde milhares de habitantes de Gaza entravam em Israel em busca de trabalho ou de tratamento médico.
De acordo com o exército israelita, o Hamas construiu túneis perto da passagem de Erez para atacar o território israelita ou as unidades militares que patrulham a zona.
Os `drones` do exército israelita "atingiram duas bases de operações do Hamas e mataram" vários militantes do grupo, refere ainda o comunicado.
Entretanto, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram hoje em comunicado que atacaram vários veículos blindados israelitas a oeste do posto fronteiriço de Erez, alguns dos quais foram atingidos e incendiados "com as tripulações no interior".
"Os nossos combatentes estão atualmente envolvidos em violentos combates com armas automáticas e anti-tanque, contra as forças de ocupação que realizam uma incursão no noroeste de Gaza", indicaram as Brigadas Ezzedine al-Qassam.
As brigadas al-Qassam também anunciaram recentemente que dispararam "bombas e foguetes" contra uma posição militar israelita em Erez.
Até ao momento, mais de 8.000 pessoas foram mortas e mais de 20.000 ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas em Gaza desde 07 de outubro.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou hoje aos líderes israelitas e árabes que pensem seriamente sobre a eventual realidade pós-guerra e que considerem uma solução de dois Estados para pôr fim ao conflito israelo-palestiniano.
"Não há como voltar ao estado em que se estava em 06 de outubro", disse Biden, em declarações aos jornalistas, referindo-se ao dia anterior ao grupo islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por Washington e pela União Europeia, atacar Israel e desencadear a recente guerra.
Essa mensagem do Presidente dos Estados Unidos foi também transmitida, diretamente, pelo próprio ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante um telefonema entre ambos na semana passada.
"Isso também significa que, quando esta crise acabar, deve haver uma visão do que vem a seguir e, na nossa opinião, deve ser uma solução de dois Estados", afirmou Biden, considerando que um acordo nesse sentido para resolver o conflito israelo-palestiniano deveria ser uma prioridade.
Sobre a solução de dois Estados, Benjamin Netanyahu disse que poderia ser uma nova etapa "longa e difícil".
A solução de dois Estados -- em que Israel coexistisse com um Estado palestiniano independente -- tem sido tentada por presidentes dos Estados Unidos e diplomatas do Médio Oriente há décadas. A questão foi colocada em segundo plano desde que o último esforço de negociações de paz liderado pelos Estados Unidos fracassou em 2014 devido a divergências sobre a libertação de prisioneiros palestinianos e outras questões.
A criação de um Estado palestiniano é algo que Biden raramente abordou no início da sua presidência. Durante a sua visita à Cisjordânia, em 2022, Biden disse que "o terreno não está maduro" para novas tentativas de alcançar uma paz permanente, mas reiterou aos palestinianos o apoio de longa data dos Estados Unidos à criação de um Estado.
Agora, num momento de maior preocupação de que a guerra entre Israel e Hamas possa evoluir para um conflito regional mais amplo, Biden começou a enfatizar que, uma vez cessados os bombardeamentos e tiroteios, o trabalho em prol de um Estado palestiniano não deverá mais ser ignorado.
Até recentemente, Biden tinha colocado muito mais ênfase naquilo que a sua administração via como a ambição alcançável de normalizar as relações entre Israel e os seus vizinhos árabes do que em reiniciar as conversações de paz.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civil, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
Em Lisboa, decorre uma manifestação solidária com o povo da Palestina, marcada por 14 organizações portuguesas. Começou no Largo do Martim Moniz com destino à Praça do Município.
O Hamas diz ter lançado uma operação na retaguarda das tropas israelitas que entraram no norte da Faixa de Gaza.
Um total de 24 camiões com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza através da passagem egípcia de Rafah, o maior comboio humanitário a entrar no enclave desde que Israel permitiu o acesso controlado, segundo a agência EFE.
Transportando alimentos, água e material médico, os camiões chegaram a Gaza depois de esta manhã terem chegado outros 10 camiões, tratando-se da primeira vez que dois contingentes entram no enclave num único dia desde que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária, no passado dia 21.
Assim, são já 34 os camiões a entrar em Gaza hoje, depois de passarem a inspeção efetuada pelas autoridades israelitas no controlo fronteiriço. Os camiões fazem parte de um total de 40, encontrando-se mais seis a aguardar entrada, sem que se saiba quando o farão.
Este oitavo lote de ajuda não inclui combustível, um item vetado por Israel e considerado pelas autoridades locais fundamental para o funcionamento contínuo de hospitais, padarias e estações de purificação de água.
Com o comboio de 24 camiões, cifra-se em 118 os já entrados na Faixa de Gaza: 20 (dias 21 e 22), 14 (dia 23), oito (da 24), 12 (dia 26), 10 (dia 27) e 10 esta manhã.
O fluxo de ajuda humanitária que chega a Gaza gerou uma onda de condenações por parte das organizações não-governamentais (ONG) e da Organização das Nações Unidas (ONU), que alertou para o facto de a assistência que entra ser apenas "uma gota no oceano das necessidades" da população.
A ONU recordou também que, antes do início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, entravam diariamente em Gaza cerca de 500 camiões de ajuda humanitária, enquanto na última semana entraram em média 12 por dia.
O número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos israelitas desde o início da guerra com o Hamas, a 07 de outubro, ascende a pelo mais de 8.000, informou no domingo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel e o Hamas estão em guerra há três semanas, depois de o grupo islamita palestiniano ter atacado o território israelita, causando 1.400 mortos, cerca de 5.400 feridos e fazendo mais de 200 reféns, levados para Gaza.
O exército israelita e as milícias no sul do Líbano prosseguiram hoje, pelo vigésimo segundo dia consecutivo, confrontos na fronteira entre os dois países.
O porta-voz militar israelita informou em comunicado de "múltiplos lançamentos" de projéteis do território libanês em direção à área de Har Dov [como Israel intitula a zona das quintas de Cheba, reivindicadas pelo Líbano].
Em resposta, de acordo com o comunicado militar, o exército israelita "respondeu abrindo fogo contra o local de origem dos lançamentos".
Estes incidentes ocorrem após a intensa violência na zona de fronteira este sábado, que incluiu o lançamento de múltiplos foguetes e mísseis a partir do território libanês e numerosos ataques de retaliação israelitas contra diferentes alvos, muitos deles pertencentes ao grupo xiita libanês Hezbollah.
Este grupo libanês reivindicou hoje o novo ataque na fronteira, depois de sábado ter assumido a responsabilidade por duas séries simultâneas de ataques -- com foguetes e mísseis teleguiados -- contra posições militares israelitas.
Os ataques a partir do Líbano intensificaram-se no sábado após a expansão das operações terrestres israelitas na Faixa de Gaza na noite de sexta-feira, em paralelo com os piores bombardeamentos no enclave palestiniano registados desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A tensão entre as milícias do sul do Líbano e o exército israelita agravou-se a 08 de outubro, um dia após o ataque do Hamas contra o território de Israel, no qual mais de 1.400 pessoas morreram, cerca de 5.400 ficaram feridas e mais de 200 foram raptadas e levadas para a Faixa de Gaza.
Dez camiões com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, que separa o território palestiniano do Egito, informou hoje o Crescente Vermelho local nas redes sociais.
"Hoje recebemos dez camiões dos nossos irmãos do Crescente Vermelho egípcio, através da passagem de Rafah, informou a organização humanitária palestiniana no Facebook, numa mensagem citada pela agência Europa Press.
De acordo com a publicação, no carregamento há alimentos e material médico.
O Crescente Vermelho da Palestina destacou que até ao momento entraram 94 camiões com ajuda humanitária desde o início do atual conflito, no dia 07 de outubro, quando anteriormente entravam na Faixa de Gaza aproximadamente uma centena de camiões diários.
A organização informou que "até ao momento não se permitiu a entrada de combustível", vital para o funcionamento dos geradores que abastecem os hospitais de Gaza com eletricidade.
O grupo islamita Hamas desencadeou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita criticou hoje os responsáveis pela segurança do seu país por terem subestimado os riscos de um grande ataque do Hamas, numa mensagem escrita na rede social X que depois apagou e o levou a pedir desculpa.
"Nunca, em circunstância alguma, o primeiro-ministro foi alertado para as intenções beligerantes do Hamas", escreveu Benjamin Netanyahu na rede X (antigo Twitter).
"Todos os oficiais de segurança, incluindo o chefe dos serviços secretos militares e o chefe da segurança interna, sentiram que o Hamas tinha medo de agir e procurava um acordo. Esta é a avaliação que foi apresentada várias vezes ao primeiro-ministro e ao Conselho de Ministros por todos os oficiais de segurança e pela comunidade dos serviços secretos. Até ao momento em que a guerra rebentou", continuou o chefe do Governo.
O tweet, que foi publicado a meio da noite após uma conferência de imprensa de Netanyahu, foi retirado de manhã e já não aparece no X, tendo sido substituído alguns minutos depois por um tweet com um pedido de desculpas.
"Eu estava errado. O que eu disse depois da conferência de imprensa não devia ter sido dito e peço desculpa. Apoio totalmente todos os responsáveis pela segurança. Apoio o chefe do Estado-Maior, os comandantes e os soldados do Tsahal (exército israelita) que estão na frente a lutar pela nossa casa. Juntos venceremos", escreveu Netanyahu.
טעיתי. דברים שאמרתי בעקבות מסיבת העיתונאים לא היו צריכים להיאמר ואני מתנצל על כך. אני נותן גיבוי מלא לכל ראשי זרועות הביטחון. אני מחזק את הרמטכ״ל ואת מפקדי וחיילי צה״ל שנמצאים בחזית ונלחמים על הבית. יחד ננצח.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 29, 2023
Na conferência de imprensa com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e Benny Gantz, membro do pequeno gabinete de guerra, o primeiro-ministro admitiu "um terrível fracasso".
"Houve aqui um fracasso terrível e será analisado até ao fim. Prometo que não ficará pedra sobre pedra. Para já, a minha missão é salvar o país e conduzir os soldados a uma vitória total sobre o Hamas e as forças do mal", declarou Netanyahu antes de publicar o tweet a incriminar os chefes militares.
Muitos analistas políticos em Israel acreditam que a carreira política de Netanyahu foi seriamente comprometida pela sua incapacidade de assegurar a proteção da população, um dos seus slogans eleitorais.
A gota de água para o líder do partido de direita Likud, que detém o recorde de maior mandato de um primeiro-ministro em Israel, sair poderá ser uma comissão de inquérito independente determinar a sua responsabilidade pela negligência que precedeu o massacre de 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, a maioria civis e a maior parte deles no dia do ataque do Hamas, segundo as autoridades locais.
No poder em Gaza desde 2007, o Hamas afirma que mais de 8.000 palestinianos, na maioria civis, morreram na sequência dos bombardeamentos desde o início dos conflitos.
A mensagem publicada por Netanyahu e o seu desmentido foram amplamente comentados hoje pela classe política e pelos meios de comunicação israelitas, e até o Hamas reagiu.
A conhecida atriz árabe israelita Maisa Abdel Hadi foi acusada de incitamento ao terrorismo por publicar nas redes sociais fotografias relacionadas com os ataques do Hamas a Israel, a 07 de outubro, informou hoje a polícia israelita.
A atriz Abdel Hadi, que vive na cidade de Nazaré, no norte de Israel, foi detida na segunda-feira e mantida sob custódia policial durante 48 horas por ter, segundo a polícia israelita, publicado na sua página do Facebook uma fotografia de um `bulldozer` a romper a vedação entre a Faixa de Gaza e Israel no início do ataque do Hamas a Israel, que matou mais de 1.400 pessoas, a maioria civis.
De acordo com ainda coma a polícia, Abdel Hadi, 37 anos, também publicou no Instagram uma fotografia de uma refém idosa, uma das cerca de 230 pessoas raptadas e levadas para Gaza, com a legenda: "esta senhora vai viver a aventura da sua vida".
Em comunicado, o Ministério da Justiça declarou que as fotografia evidenciavam "simpatia, incitamento e apoio a atos terroristas", sendo que, por enquanto, não foi marcada uma data para o julgamento.
Desde o início da guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, numerosas testemunhas têm afirmado que pessoas da minoria árabe israelita e palestinianos de Jerusalém Oriental foram despedidos, expulsos das universidades ou presos por escreverem e postarem fotografias nas redes sociais, exprimindo a sua solidariedade para com os palestinianos da Faixa de Gaza.
O ministro da economia Libanês, Amin Salam, afirma que a crescente insegurança regional deixa o Líbano à beira de um desastre no que toca às reservas de comida, combustível e medicamentos.
"Entre o que está disponível no país agora, aquilo que está a chegar aos portos de Beirute e Tripoli e o que está para chegar nas próximas semanas, eu diria que temos reservas para dois ou três meses", diz em entrevista à Lusa o ministro.
A 22 de outubro, o governo libanês anunciou que está a desenvolver um plano de contingência, caso o país mergulhe numa guerra, face às ameaças do grupo xiita libanês Hezbollah, financiado pelo Irão, de atacar Israel.
Algumas das medidas neste plano incluem assegurar infraestruturas chave como o aeroporto de Beirute, que foi bombardeado por Israel durante a última guerra com o Hezbollah em 2006, e também as autoestradas principais e os portos do país, que fecharam durante esse conflito.
Dado que o Líbano é quase unicamente dependente de importações que chegam na sua grande maioria por via marítima, uma das preocupações principais do governo é assegurar as reservas de bens essenciais para os próximos meses. O ministro da Economia, responsável por esta área, explica à Lusa as dimensões deste desafio.
"Em 2006, quando começou a guerra, a Síria estava aberta. Tínhamos importações e exportações a entrar e a sair do país, as pessoas estavam a deixar o Líbano através da Síria após o nosso aeroporto ser atingido. Mas agora o aeroporto [de Damasco] também está a ser bombardeado e está fechado", diz Salam.
Portanto, diz o ministro, num cenário de guerra o Líbano poderá ficar isolado, e dependente das poucas reservas existentes no país, que foram altamente reduzidas após a explosão do porto de Beirute em 2020 e a consequente destruição dos silos onde estava "a única reserva nacional" de grãos e trigo.
Amin Salam diz que o governo está neste momento a tentar aumentar as importações, mas "os exportadores estão a pedir ao setor privado que pague à cabeça e estão a pedir liquidação em dinheiro para assegurar os pagamentos daquilo que estão a vender". Dada a vasta crise económica que assola o Líbano desde 2019, o setor privado não tem a capacidade de adiantar estes pagamentos.
Os efeitos da guerra em Gaza e dos conflitos entre o Hezbollah e Israel a sul do Líbano já se fazem sentir na economia. As companhias de seguro para a indústria marítima já começaram a cobrar preços mais altos ("premium") ou a retirar completamente a sua cobertura.
A decisão já causou um aumento de 2% a 3% nos preços, diz o ministro. No entanto, a maior preocupação entre o governo e o setor privado é que as companhias de transporte decidam, mesmo sem uma declaração oficial de guerra, que é demasiado arriscado continuar as exportações para o Líbano sem condições de segurança e que estanquem a entrega de bens essenciais ao país.
"Se houver um embargo marítimo, tudo o que estamos a discutir está em risco, porque tudo o que precisamos de importar vem do mar", diz Salam.
Amin Salam diz que, apesar dos efeitos imediatos, o grande fator de risco é a já existente crise económica que continua a afetar a confiança de investidores e dos próprios libaneses na economia.
"Qualquer pessoa que tenha nem que seja um dólar no Líbano, ou está a gastá-lo no Líbano ou está a entrar arranjar maneira de enviá-lo para fora do Líbano", diz Salam.
"Até pessoas que têm dinheiro num cofre em casa vão estar a pensar como é que podem tirar isto daqui porque alguém pode entrar dentro das suas casas. Portanto, o que está a acontecer não está a ajudar esta situação desafiante pré-existente", disse à Lusa o ministro.
A palavra catastrófica é cada vez mais utilizada para descrever a situação em Gaza e a ONU alerta mesmo para o colapso da "ordem civil" no território.
O enviado especial da RTP, José Manuel Rosendo, descreve a situação que vivem os mais de dois milhões de habitantes de Gaza, perante a falta ajuda humanitária naquele território.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou hoje que as forças israelitas que entraram na Faixa de Gaza por terra foram forçadas a retirar-se.
"Os sionistas atacaram ontem Gaza numa operação em grande escala sem precedentes por ar, mar e terra, mas apesar de terem o apoio económico e as armas dos Estados Unidos e de vários países europeus, foram obrigados a retirar", disse Raisi numa entrevista à Al Jazeera.
O chefe de Estado iraniano sublinhou que este é o "segundo fracasso" de Israel depois da "Operação Dilúvio de Al Aqsa", em que milicianos do Hamas atacaram o território israelita a 07 de outubro, matando mais de 1.400 pessoas.
"Este segundo fracasso é muito maior e mais duro que o primeiro, porque no primeiro existia o fator surpresa, mas, no segundo, atacaram com um exército armado até aos dentes, mas a resistência obrigou-os a retirarem-se. Isto é outra grande vitória da nação palestiniana", observou.
Israel, por seu lado, não fez qualquer referência à retirada das suas forças, depois de ter confirmado, há algumas horas, que mantém a presença no norte do enclave palestiniano depois de uma nova expansão da operação terrestre.
Raisi reiterou, no entanto, o "apoio e defesa da resistência palestiniana".
"Não só nós, mas todos os países do mundo islâmico e todos os países independentes do mundo que não estão sob o controlo dos EUA devem apoiar e defender o movimento de resistência palestiniano", sublinhou.
Quanto aos avisos dos EUA de que o Irão ou o Hezbollah não devem intervir no conflito, Raisi recordou que "é curioso que os americanos digam aos outros para não intervir, enquanto dão todas as armas, materiais e instalações necessárias aos sionistas para os seus atos criminosos em Gaza, perante os olhos do mundo inteiro".
A União Europeia (UE) pediu hoje que seja permitida a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza "sem obstáculos", incluindo combustível e recursos para a proteção da população afetada pelos bombardeamentos israelitas.
"Mais uma vez, apelo às partes envolvidas que permitam o acesso humanitário sem obstáculos e seguro a Gaza, agora. Isto deve ser ampliado", escreveu o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Janez Lenarcic, na rede social X (antigo Twitter).
O dirigente europeu sublinhou que a população de Gaza "depende da ajuda humanitária para sobreviver".
"A profundidade do seu desespero está além das palavras", acrescentou.
O número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza por bombardeamentos israelitas desde o início da guerra com o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, aumentou para 8.005, informou hoje o Ministério da Saúde de Gaza. O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, disse, numa conferência de imprensa, que entre os mortos há pelo menos 3.342 crianças, 2.062 mulheres e 460 idosos.
Al-Qudra acrescentou que desde o início da guerra, pelo menos 25 ambulâncias foram destruídas dentro da Faixa, controlada pelo grupo Hamas, e 57 estabelecimentos de saúde foram alvo de ataques.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou hoje sobre a invasão de milhares de pessoas aos armazéns e centros de distribuição da organização no centro e sul de Gaza, sublinhando que foram levados suprimentos armazenados no local.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro, depois de o grupo islamita ter atacado o território israelita, deixando 1.400 mortos, cerca de 5.400 feridos e cerca de 230 reféns que foram levados para Gaza.
Os enviados da RTP ao conflito no Médio Oriente estão em Siderot, uma cidade localizada na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, onde testemunharam que os ataques das forças israelitas estão este domingo mais tranquilos, em relação a sábado.
The @PalestineRCS report of evacuation threats to Al-Quds hospital in Gaza is deeply concerning.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 29, 2023
We reiterate - it’s impossible to evacuate hospitals full of patients without endangering their lives.
Under International Humanitarian Law, healthcare must always be protected.
O primeiro-ministro norueguês considerou hoje que a resposta do exército israelita em Gaza após o ataque do grupo palestiniano Hamas no passado dia 07 foi desproporcionada, denunciando uma situação humanitária catastrófica em Gaza.
"O direito internacional estipula que a reação deve ser proporcional. Os civis devem ser tidos em conta, e o direito humanitário é muito claro a este respeito. Penso que este limite foi largamente ultrapassado", afirmou Jonas Gahr Støre à rádio pública NRK.
"Cerca de metade dos milhares de pessoas mortas são crianças", afirmou.
Israel "tem o direito de se defender e reconheço que é muito difícil defender-se de ataques provenientes de uma área tão densamente povoada como Gaza", acrescentou. "Continuam a ser disparados foguetes de Gaza para Israel, e nós condenamos isso", frisou o primeiro-ministro norueguês.
Ao contrário dos seus vizinhos nórdicos, que se abstiveram, a Noruega votou na sexta-feira a favor da resolução não vinculativa das Nações Unidas que "apela a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, que conduza à cessação das hostilidades".
A resolução recebeu 120 votos a favor, incluindo França e Espanha, 14 contra, incluindo Israel e os Estados Unidos, e 45 abstenções, entre os 193 membros da ONU em Nova Iorque.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, considerou hoje que Israel ultrapassou "as linhas vermelhas" ao intensificar a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, o que poderá levar outras partes a "tomar medidas".
"Os crimes do regime sionista ultrapassaram as linhas vermelhas, o que pode levar todos os outros a agir", advertiu o Presidente Raissi numa mensagem publicada no X (antigo Twitter).
"Washington pediu-nos para não fazermos nada, mas continua a dar um amplo apoio a Israel", acrescentou.
Numa entrevista ao canal Al Jazeera, Raissi afirmou que o Irão considera ser seu dever apoiar o "eixo da resistência", que inclui grupos armados como o Hamas e o Hezbollah no Líbano.
"Mas os grupos de resistência são independentes nas suas opiniões, decisões e ações", acrescentou.
Washington responsabilizou o Irão por alguns dos ataques contra as tropas americanas na Síria e no Iraque nos últimos dias, que feriram cerca de vinte soldados americanos.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, enviou "uma mensagem direta" ao líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, avisando-o contra novos ataques destes grupos.
"Os Estados Unidos conhecem muito bem as nossas capacidades militares" e "sabem que são impossíveis de derrotar", avisou Raissi, na entrevista ao canal do Qatar.
O Irão é um firme apoiante do Hamas, que está em guerra com Israel desde 07 de outubro, data em que o movimento islamita lançou um ataque surpresa contra o sul do estado hebraico com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que fizeram 1.400 mortos e 230 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel tem vindo a efetuar bombardeamentos incessantes na Faixa de Gaza, que intensificou recentemente.
O Irão saudou o ataque do Hamas de 07 de outubro como "um sucesso", mas negou ter tido qualquer envolvimento.
O Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007, afirma que mais de 8.000 palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos pelos bombardeamentos israelitas.
Para Raissi, "os países que não apoiam os palestinianos devem explicar por que razão não defendem aqueles que estão a ser mortos a defender legitimamente o seu país e a sua terra".
O exército israelita aumentou o número das suas tropas na Faixa de Gaza, onde estão a ocorrer confrontos com o grupo islamita palestiniano Hamas, anunciou hoje o porta-voz militar de Israel.
"Durante a noite [de sábado para hoje], aumentámos" o número de forças do exército na Faixa de Gaza e estas tropas "juntaram-se às que já lá estão a lutar", declarou o contra-almirante Daniel Hagari.
"Estamos a aumentar gradualmente as operações terrestres e a extensão das nossas forças na Faixa de Gaza", acrescentou.
Durante a noite de sábado para hoje, um soldado israelita ficou gravemente ferido por morteiros no norte da Faixa de Gaza, e outro ficou com ferimentos ligeiros durante combates com membros do Hamas, havia indicado anteriormente o exército israelita.
Foto: Caroline Brehman - EPA
Donald Trump garante apoio a cem por cento à intervenção de Israel, se voltar a ser eleito, e sem qualquer pedido de desculpa. O ex-presidente dos Estados Unidos responsabiliza ainda o actual Chefe de Estado norte-americano pela acção do Hamas.
❌Urgent: @PRCS has just received serious threats from the occupation authorities to immediately #evacuate Al-Quds Hospital in the #Gaza Strip, as it is going to be #bombarded. Since this morning, there has been raids 50 meters away from the hospital
— PRCS (@PalestineRCS) October 29, 2023
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O Crescente Vermelho Palestino revelou que recebeu avisos das autoridades israelitas para evacuar imediatamente o hospital al-Quds, um dos maiores hospitais na Faixa de Gaza. Os enviados da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, estão em Jerusalém, onde assistiram à primeira conferência de Benjamim Netanyahu desde o início da ofensiva.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) afirmou que milhares de pessoas invadiram os seus armazéns em Gaza para levar alimentos e outros artigos essenciais, divulgou hoje a agência de notícias Associated Press (AP).
Thomas White, diretor da agência da ONU em Gaza, disse no domingo que a invasão foi "um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a colapsar", após três semanas de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A UNRWA fornece serviços básicos a centenas de milhares de pessoas em Gaza.
As suas escolas espalhadas pelo território foram transformadas em abrigos que estão lotados com palestinianos deslocados pelo conflito.
Três palestinianos foram mortos hoje de manhã por disparos do exército israelita na sequência de várias incursões militares na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
Os três palestinianos foram mortos durante confrontos com o exército israelita respetivamente em Beit Rima, na região de Ramallah, em Tamoun, e no campo de refugiados de Askar, no norte da Cisjordânia, precisou o ministério.
O Exército israelita não fez qualquer comentário.
Mais de 110 palestinianos foram mortos na Cisjordânia na sequência de operações do exército israelita desde o início da guerra na Faixa de Gaza com o grupo islamita Hamas em 07 de outubro.
A guerra foi desencadeada pelo ataque mortal sem precedentes do movimento palestiniano em Israel.
A situação na Cisjordânia, ocupada desde 1967 por Israel, já era tensa antes desta guerra, com ofensivas regulares realizadas pelas forças de Talavive e também ataques de colonos israelitas contra a população palestiniana.
No sábado, um palestiniano de 40 anos que colhia azeitonas foi morto por um colono israelita numa aldeia na região de Nablus, segundo o Ministério da Saúde e o responsável local.
O primeiro-ministro israelita reuniu-se, ontem, com familiares dos reféns do Hamas em Gaza. Netanyahu garantiu-lhes que os esforços para os recuperar aumentam todos os dias.
Mais de 8.000 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel, anunciou o Ministério da Saúde do Hamas.
"O balanço de mortos na sequência da agressão israelita ultrapassa os 8.000, dos quais a maioria são crianças", indicou o ministério à AFP no sábado à noite.
O último balanço divulgado, no sábado de manhã, dava conta de 7.703 mortos e 18.967 feridos.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Aviões de guerra israelitas realizaram ataques aéreos hoje perto do maior hospital de Gaza, dois dias após Israel alegar que o movimento islamita Hamas tem um posto de comando sob o Hospital Shifa.
Moradores disseram à agência de notícias Associated Press (AP) que os mais recentes ataques aéreos destruíram a maior parte das estradas que levam ao hospital, na Cidade de Gaza, que está lotado de pacientes e dezenas de milhares de palestinianos em busca de abrigo.
Um palestiniano refugiado no Sifa, Mahmoud al-Sawah, disse à AP por telefone que "chegar ao hospital tornou-se cada vez mais difícil". "Parece que eles querem isolar a área", acrescentou.
Outro residente da Cidade de Gaza, Abdallah Sayed, disse à agência que os bombardeamentos israelitas nos últimos dois dias foram "os mais violentos e intensos" desde o início da guerra, a 07 de outubro.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) não fizeram até ao momento qualquer comentário sobre os alegados ataques perto do Hospital Shifa.
Na sexta-feira, o porta-voz das IDF apresentou uma série de fotos aéreas e uma reconstituição em computador de como seria o dispositivo montado pelo Hamas nos hospitais do enclave, especialmente em Shifa.
O contra-almirante Daniel Hagari apresentou ainda gravações de áudio de interrogatórios de combatentes do Hamas capturados, que poderiam ter falado sob coação.
O governo do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, rejeitou as alegações como "mentiras" e disse que eram "um precursor de um ataque" ao hospital.
Em 17 de outubro, uma explosão destruiu um outro hospital de Gaza, o Hospital Al Ahli. O Hamas acusou Israel de ter atacado o hospital com um míssil e provocado cerca de 500 mortos.
O exército israelita divulgou depois uma série de provas, incluindo imagens e conversas intercetadas, para negar qualquer responsabilidade e atribuiu a explosão a um disparo falhado de um foguete pelas milícias palestinianas em Gaza.
Um relatório dos serviços secretos norte-americanos estima que terão morrido entre 100 e 300 pessoas na explosão.
O acesso à Internet está a ser restabelecido em Gaza, depois de ter sido cortado na sexta-feira devido os intensos bombardeamentos israelitas, disse hoje a plataforma Netblocks.
"Dados de rede em tempo real mostram que a ligação à Internet está a ser restabelecida na Faixa de Gaza", disse na rede social X (antigo Twitter) a Netblocks, que monitoriza a conectividade dos utilizadores e a censura na Internet.
⚠️ Confirmed: Real-time network data show that internet connectivity is being restored in the #Gaza Strip; service was disrupted on Friday amid heavy bombardment by Israel, leaving most residents cut off from the outside world at a critical moment 📈 pic.twitter.com/I7hBa9L9I9
— NetBlocks (@netblocks) October 29, 2023
Um colaborador da agência de notícias France-Presse na Cidade de Gaza confirmou que conseguia aceder à Internet e à rede móvel, assim como contactar pessoas no sul do enclave palestiniano.
A empresa palestiniana de telecomunicações Paltel, a única operadora que presta serviço em Gaza, confirmou na sexta-feira o "corte completo" dos serviços de comunicações, telemóvel e internet, devido aos intensos bombardeamentos.
O corte poderia "servir para ocultar atrocidades em massa" na Faixa de Gaza, sujeita a uma iminente invasão terrestre israelita, alertaram no sábado dois grupos de defesa dos direitos humanos.
Num comunicado, uma responsável da organização não governamental (ONG) Human Rights Watch, Deborah Brown disse que "este apagão de informação" poderia "servir para ocultar atrocidades em massa e contribuir para a impunidade das violações dos direitos humanos".
Também a Amnistia Internacional avisou que seria "ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações dos direitos humanos e crimes de guerra cometidos contra civis palestinianos em Gaza, e ouvir diretamente aqueles que sofrem essas violações".
"Os civis palestinianos já estão sitiados na Faixa de Gaza e agora também estão presos num completo apagão de comunicações", lamentou no sábado a ONG de defesa dos direitos humanos, que disse ter perdido contacto com o seu pessoal no enclave.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shtayé, denunciou na sexta-feira o corte total da internet na Faixa de Gaza como uma tentativa de Israel para "obscurecer" o que se passa no enclave palestiniano, controlado pelo movimento islamita Hamas.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos manifestou a sua preocupação com a segurança dos jornalistas que trabalham na Faixa de Gaza, após os cortes.
O sindicato denunciou a situação como um prelúdio de novos massacres que Israel planeia levar a cabo na Faixa de Gaza, "longe das câmaras dos jornalistas", tal como noticiado pela agência de notícias palestiniana WAFA.
O Crescente Vermelho palestiniano alertou na sexta-feira que perdeu completamente o contacto com a sala de operações em Gaza e todas as suas equipas que aí se encontram.