Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Lisi Niesner - Reuters
José Manuel Rosendo, enviado da RTP a Israel, passou o dia junto à Faixa de Gaza e diz ter assistido a um "dilúvio de bombas durante longas horas".
António Guterres lamentou que a escalada de bombardeamentos esteja a comprometer a pausa humanitária no Médio Oriente.
A incursão israelita deixou Gaza sem comunicações. Os jornalistas que estão na faixa de Gaza falam num apagão que deixou os serviços de emergência sem contacto com a população.
Foi o ataque mais intenso e prolongado de Israel na guerra com o Hamas. Forças israelitas mantêm-se no interior da Faixa de Gaza em combate, com Israel a reivindicar ter abatido diversos comandantes do Hamas.
A rede de satélites de internet de banda larga Starlink apoiará a conectividade na Faixa de Gaza, após o `apagão` de telecomunicações causado pelos ataques de Israel, anunciou hoje o seu proprietário, Elon Musk.
"A Starlink vai apoiar a conectividade de organizações de ajuda humanitária internacionalmente reconhecidas em Gaza", escreveu Musk na rede social X (antigo Twitter), de que é também o dono.
Musk, no entanto, não especificou quais as organizações que a rede Starlink vai apoiar.
A ONU -- Organização das Nações Unidas advertiu hoje que o corte das telecomunicações móveis e da internet em Gaza, que teve início na sexta-feira pouco depois de Israel ter anunciado a intensificação dos seus ataques, está a "dificultar o seu trabalho humanitário" e levou à perda do contacto com algumas das suas agências no terreno.
A Starlink colocou 4.200 pequenos satélites na órbita baixa da Terra para fornecer conectividade de internet de alta velocidade e planeia chegar aos 7.000 nos próximos anos.
Este grande número de `hotspots` interligados com base em laser torna possível manter ligações estáveis mesmo que vários dos seus satélites sejam destruídos.
Os satélites da Starlink têm a sua órbita a 2.000 quilómetros da superfície terrestre, pelo que funcionam melhor, não são detetados e aceleram o serviço para uma velocidade média de 25 milésimos de segundo, de acordo com a empresa detida por Elon Musk.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está reunido com as famílias das 229 pessoas sequestradas pelo grupo islamita palestiniano Hamas no ataque contra Israel no passado dia 07, informou hoje o seu gabinete, num comunicado.
As famílias de alguns dos 229 reféns fizeram um apelo urgente hoje para se reunirem com Netanyahu, bem como com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e os outros membros do gabinete de guerra.
O apelo das famílias foi feito por temerem pela segurança dos seus entes queridos quando se entrou numa nova fase da operação militar israelita em Gaza, com a intensificação dos bombardeamentos e a entrada por terra de forças de infantaria, com tanques e unidades mecanizadas.
A noite passada foi a pior desde o início da guerra de Israel contra o Hamas, com bombardeamentos maciços contra os túneis e `bunkers` do grupo islamita na parte norte do enclave e a entrada de tropas terrestres.
Um total de 7.703 pessoas morreram em Gaza e 18.967 ficaram feridas pelos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, no dia 07 de outubro.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas. Também 229 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Given the grave statements coming from Turkey, I have ordered the return of diplomatic representatives there in order to conduct a reevaluation of the relations between Israel and Turkey.
— אלי כהן | Eli Cohen (@elicoh1) October 28, 2023
O porta-voz do Hamas garante que Gaza está a resistir aos ataques e que infligiram baixas entre as forças israelitas nos confrontos desta noite.
O alto-representante da União Europeia (UE) para os Assuntos Externos, Josep Borrell, considerou hoje que é "urgentemente" necessária uma "pausa nas hostilidades" entre Israel e Hamas e que a situação em Gaza "vai contra o direito internacional humanitário".
"É necessária urgentemente uma pausa nas hostilidades para permitir o acesso humanitário", escreveu Borrell na sua conta na rede social X (ex-Twitter), citado pela agência Efe.
O responsável europeu acrescentou que Gaza vive "um completo `apagão` e isolamento, enquanto continuam os intensos bombardeamentos" de Israel.
"A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente adverte sobre a desesperada situação dos habitantes de Gaza, sem eletricidade, alimentos e água. Morreram demasiados civis, incluindo crianças. Isto vai contra o direito internacional humanitário", declarou o chefe da diplomacia da UE.
Gaza is in complete blackout and isolation while heavy shelling continues. @UNRWA warns about the desperate situation of Gaza people without electricity, food, water. Far too many civilians, including children, have been killed. This is against International Humanitarian Law.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) October 28, 2023
Josep Borrell sublinhou que a UE "condena todos os ataques contra civis, incluindo os contínuos ataques indiscriminados com `rockets` contra Israel", pedindo "a libertação imediata e incondicional de todos os reféns sequestrados pelo grupo islamita Hamas.
Os chefes de Estado e do Governo da União Europeia pediram na quinta-feira, em Bruxelas, "corredores humanitários e pausas humanitárias" para que chegue ajuda à Faixa de Gaza.
O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.
"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.
"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."
As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, sobretudo civis, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
I was encouraged by what seemed to be a growing consensus for the need of at least a humanitarian pause in the Middle East.
— António Guterres (@antonioguterres) October 28, 2023
Regrettably, instead I was surprised by an unprecedented escalation of bombardments, undermining humanitarian objectives.
This situation must be reversed.
O conflito entre Israel e o Hamas alcançou "um novo nível de violência e dor" desde que as forças israelitas intensificaram os bombardeamentos e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza, advertiram hoje as Nações Unidas.
O bombardeamento de infraestruturas de telecomunicações em Gaza e o seu isolamento do mundo exterior, intensificado desde sexta-feira, "põe a população civil em grave perigo", alertou hoje, num comunicado, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Volker Türk.
Para o Alto-Comissariado, citado pela agência Efe, o `apagão` dificultará, entre outras coisas, a busca por vítimas entre os escombros, por parte das equipas de resgate.
Além disso, "os civis não podem receber informação atualizada sobre onde podem aceder a ajuda humanitária", nem de quais são os lugares mais e menos perigosos no território, explicou o alto comissário.
Os jornalistas no interior de Gaza também já não podem informar acerca da situação naquele território palestiniano, acrescentou Türk, antes de manifestar preocupação quanto aos trabalhadores do próprio Alto-Comissariado da ONU, com os quais já perdeu o contacto.
"Tinham sofrido dias e noites de incessantes bombardeamentos em Gaza, perderam famílias, amigos e lares", disse o responsável máximo da ONU para os refugiados.
No comunicado, Türk advertiu para as "catastróficas consequências" que podem ter as novas operações militares em grande escala sobre Gaza, "com o risco de que milhares de civis continuem a morrer".
"Peço a todas as partes, assim como a Estados terceiros com influência sobre os lados em conflito, que façam tudo o que esteja ao seu alcance para desescalar as hostilidades e trabalhar para que israelitas e palestinianos possam desfrutar dos direitos humanos e viver juntos uns dos outros em paz", concluiu.
O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.
"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.
"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."
As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
EPA
Milhares de pessoas saíram este sábado às ruas, em Londres, mostrando solidariedade para com o povo palestiniano. Uma ação que demostra a reprovação do que as forças de Israel estão a fazer na Faixa de Gaza, contra civis.
O principal porta-voz do Exército de Israel lançou mais um aviso aos civis da Faixa de Gaza. Diz aos que ainda estão no norte e na cidade de Gaza que "se acaba o tempo" para fugir rumo ao sul.
Um extenso labirinto de túneis construído pelo grupo islamita Hamas estende-se na densamente povoada Faixa de Gaza, escondendo milícias, o seu arsenal e mais de 200 reféns capturados em Israel no ataque de 07 de outubro, segundo a Associated Press (AP).
Desobstruir e colapsar os túneis será crucial para Israel desmantelar o Hamas, segundo a AP, mas lutar em áreas urbanas densamente povoadas e movimentar-se debaixo da terra poderá retirar às forças israelitas algumas das vantagens tecnológicas, dando ímpeto ao Hamas tanto à superfície como debaixo dela.
"Normalmente digo que é como andar pela rua à espera de levar um murro na cara", disse à AP John Spencer, um major reformado do exército dos Estados Unidos, coordenador de Estudos de Guerrilha Urbana no Instituto da Guerra Moderna, em West Point.
Os defensores urbanos "tiveram tempo para pensar sobre onde vão estar e há milhões de localizações escondidas onde vão poder estar. Eles escolhem o tempo da sua participação: não podem ser vistos mas eles veem", explicou o especialista.
Na madrugada de hoje, as forças militares israelitas disseram que os seus aviões atingiram 150 alvos do Hamas debaixo da terra no norte de Gaza, descrevendo-os como túneis, espaços de combate e outras infraestruturas.
Os golpes, que aparentaram ser o bombardeamento mais significativo de túneis até agora, aconteceram no momento em que Israel acelerou as suas operações no terreno em Gaza.
A grande expansão de túneis em Gaza remonta ao bloqueio imposto a Gaza por Israel e pelo Egito quando o Hamas tomou o poder na região em 2007 e, apesar do Egito ter fechado a maioria dos túneis transfronteiriços, acredita-se que o Hamas tem uma rede massiva de túneis - conhecida como "metro" - para transportar armas, abastecimentos e militantes fora do alcance dos drones israelitas.
O líder político do Hamas, Yehiyeh Sinwar, disse em 2021 que o grupo tinha cerca de 500 quilómetros de túneis na Faixa de Gaza, uma região com apenas 360 quilómetros quadrados.
O antigo soldado israelita Ariel Bernstein descreveu o combate urbano no norte de Gaza como uma mistura de "emboscadas, armadilhas, esconderijos e atiradores furtivos".
O soldado recordou os túneis como tendo um efeito desorientador e surreal, criando pontos cegos e ângulos mortos à medida que militantes do Hamas apareciam do nada para atacar.
"Foi como se estivesse a combater fantasmas", acrescentou à AP, dissendo que "não se vê" o inimigo.
O ministro da Defesa de Israel disse hoje que "o solo tremeu em Gaza" e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.
"Passamos para a próxima etapa da guerra", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.
"Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (...) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso."
As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou hoje ter lançado cinco ataques contra o norte de Israel, a maioria deles com foguetes, em mais um dia de intenso fogo cruzado.
De acordo com um comunicado do movimento xiita, a primeira ação desta tarde foi levada a cabo com mísseis teleguiados e "armas apropriadas" contra uma série de postos militares nas quintas de Chebaa e nas colinas de Kfar Chouba, territórios controlados pelos israelitas que o Líbano reclama como seus.
Em áreas separadas, o movimento armado reivindicou a responsabilidade por três outros ataques com mísseis contra duas posições e uma "força de infantaria" nas proximidades de um quartel, bem como uma quinta ação não especificada contra uma "congregação de soldados sionistas inimigos".
O Hezbollah afirmou que alguns dos ataques de hoje provocaram baixas nas fileiras do exército israelita, e detalhou que um deles foi em resposta ao alegado "ataque" de sexta-feira à noite contra civis e jornalistas, pertencentes a uma equipa de imprensa iraniana, durante o qual um cidadão iraniano foi morto.
As Forças Armadas israelitas informaram que a sua aviação atacou hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.
A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.
No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.
Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros de milícias palestinianas.
Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.
Esta semana, os líderes do Hamas e da Jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.
A escalada aumentou os receios de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente na guerra entre Israel e as milícias de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contactos a nível nacional e internacional para tentar contê-la.
O ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu hoje que a resolução aprovada sexta-feira na Assembleia Geral da ONU sobre o conflito entre Israel e Hamas "não é perfeita", mas que Portugal votou a favor por "contribuir para a paz".
"A decisão não foi fácil e a resolução não é perfeita. Explicámo-lo na nossa declaração de voto", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, na rede social X (antigo Twitter).
The decision was not easy and the resolution is not perfect. We explained this in our Explanation of Vote. But like so many others we believe that the vote in favour is the one that best contributes to peace at this moment. It is essential to find the path to a 2-state solution. https://t.co/odOggn2Je0
— João Cravinho (@JoaoCravinho) October 28, 2023
Gomes Cravinho afirmou que Portugal acredita "como tantos outros, que o voto favorável é aquele que melhor contribui neste momento para a paz. É fundamental encontrar o caminho para a solução de dois estados".
Também na rede social X, o embaixador de Israel em Lisboa, Dor Shapira, havia lamentado antes o voto favorável da resolução por Portugal.
"Lamento, mas quando votam como o Irão, a Síria, a Rússia e a Coreia do Norte e não como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a Alemanha, algo não bate certo com a vossa posição", afirmou hoje Shapira.
Segundo o embaixador israelita, "Israel tem o direito de se defender de uma organização terrorista (dois pontos que não são mencionados na resolução)".
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
O projeto de resolução apresentado pela Jordânia, e copatrocinado por mais de 40 Estados-membros da ONU, obteve 120 votos a favor - incluindo Portugal -, 14 contra e 45 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.
Votaram contra este texto países como Israel, Estados Unidos, Áustria ou Hungria e entre os países que se abstiveram estão Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Iraque ou Albânia ou Cabo Verde.
Apesar de não ter caráter vinculativo, esta resolução carrega um peso político e mostra o posicionamento da comunidade internacional em relação à forma como Israel está a conduzir a sua guerra contra o grupo islamita Hamas.
Uma emenda proposta pelo Canadá, e que contou com o apoio de dezenas de países, entre eles de Portugal, Estados Unidos ou Reino Unido, que condenava inequivocamente os ataques terroristas do Hamas de 07 de outubro e que apelava à imediata e incondicional libertação dos reféns, foi também colocada a votação, mas não foi aprovada, uma vez que não conseguiu votos favoráveis de dois terços dos Estados-membros (obteve 88 votos a favor, 55 contra e 23 abstenções).
Esta emenda surgiu na sequência de duras críticas lançadas na quinta-feira pelo embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, que criticou o facto de o texto da Jordânia não ter uma única referência aos ataques do Hamas. Também os Estados Unidos haviam criticado o facto de o projeto da Jordânia não usar a palavra "reféns".
No final da votação, vários países lamentaram que a resolução não tenha referido o direito de Israel se defender e não condene diretamente as ações do Hamas.
"Testemunhamos hoje que a ONU já não tem qualquer relevância ou legitimidade", criticou Gilad Erdan logo após a votação, afirmando ser um "dia escuro para a ONU e para a humanidade".
Concretamente, a resolução em causa apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza à cessação das hostilidades"; exige que todas as partes cumpram imediata e integralmente as suas obrigações ao abrigo do direito internacional, incluindo a proteção de civis e bens civis, e do pessoal humanitário; e exige também o fornecimento imediato, contínuo, e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza, incluindo, água, alimentos, suprimentos médicos, combustível e eletricidade.
Entre outros pontos, apela também à rescisão da ordem de Israel para que os habitantes de Gaza se desloquem para o sul; e apela à libertação imediata e incondicional de todos os civis que se encontram ilegalmente mantidos em cativeiro.
A resolução reafirma ainda que uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano só pode ser alcançada por "meios pacíficos, com base nas resoluções pertinentes das Nações Unidas e em conformidade com o direito internacional, e com base na solução de dois Estados".
A votação ocorreu numa sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU, convocada após o bloqueio do Conselho de Segurança da ONU, que até ao momento não conseguiu aprovar nenhuma das quatro resoluções que foram a votos sobre o tema.
Pelas regras da ONU, a Assembleia Geral pode convocar uma "sessão especial de emergência" no prazo de 24 horas, caso o Conselho de Segurança "deixe de exercer a sua responsabilidade primária" pela manutenção da paz e segurança internacionais.
"A vossa janela para agir está a fechar-se, desloquem-se para sul para vossa própria segurança", acrescentou. "Isto não é uma mera precaução, é um apelo urgente".An urgent message for the residents of Gaza: pic.twitter.com/GAW3a7lWt8
— Israel Defense Forces (@IDF) October 28, 2023
Foto: Susannah Ireland - Reuters
Este sábado é dia de mais uma manifestação em Londres em defesa da população da Palestina. Têm ocorrido regularmente, aos fins de semana, desde que o conflito se agravou entre Israel e o Hamas.
Foto: Violeta Santos Moura - Reuters
O exército israelita anunciou esta manhã que destruiu 150 alvos subterrâneos do Hamas no norte da Faixa de Gaza e fez saber também que abateu o chefe das operações aéreas do grupo islamita numa noite de bombardeamentos intensos, com ataques por ar e por terra.
Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, dão conta dos últimos desenvolvimentos do conflito. Os bombardeamentos deste sábado são ainda mais intensos do que os que se registaram na sexta-feira.
O Presidente egípcio avisou hoje que "não se pode tocar" no Egito e apelou ao respeito pela soberania do país, depois de drones terem ferido, na sexta-feira, seis pessoas em duas estâncias turísticas no leste da Península do Sinai.
"O Egito é um país soberano. Peço a todos que respeitem a sua soberania e o seu estatuto. Não estou a dizer isto por orgulho, mas (o Egito) é um Estado muito forte que não pode ser tocado", disse Abdelfatah Al Sisi num discurso na abertura da Exposição Internacional da Indústria.
Segundo o chefe de Estado egípcio, os drones que atingiram as cidades de Taba e Nuweiba, no Sinai, foram abatidos, sem çrecisar mais pormenores.
O exército indicou que os drones foram lançados a partir do sul do mar Vermelho, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita culpou os rebeldes houthi no Iémen, apoiados pelo Irão, acrescentando que o ataque tinha como alvo Israel, mas foi intercetado por um navio de guerra norte-americano.
"Não interessa de onde vieram", disse Al Sisi, que voltou a avisar que "o prolongamento do conflito não beneficiará ninguém na região do Médio Oriente", antes tornando-se numa "bomba-relógio que prejudicará a todos".
De acordo com o exército egípcio, pelo menos seis pessoas ficaram feridas quando um drone atingiu, na sexta-feira, um centro hospitalar nas proximidades da cidade fronteiriça israelita de Taba.
Algumas horas mais tarde, um "objeto estranho" aterrou numa zona deserta da cidade turística de Nuweiba, cerca de 70 quilómetros a sul de Taba, sem causar vítimas.
Os houthis iemenitas avisaram em várias ocasiões que "não ficarão de braços cruzados perante a guerra genocida" em Gaza, advertindo que "ultrapassar as linhas vermelhas obriga o Iémen a cumprir o seu dever religioso e de princípio", mas até agora não reivindicaram a ação.
O Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que 7.703 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 3.500 crianças estão entre as mortes registadas desde o início da guerra, em 07 de outubro.
O último balanço divulgado na sexta-feira registava 7.326 mortos.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início do conflito, além de o registo de mortes, há milhares de feridos na Faixa de Gaza.
Durante a manhã deste sábado foram ouvidas várias explosões em Siderot, Israel, revelam os enviados da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida. Os combates prosseguem em Gaza.
O grupo islamita Hamas está a tentar localizar oito reféns com dupla nacionalidade, russa e israelita, para os libertar, disse hoje um dos seus altos funcionários, Moussa Abou Marzouk, que se encontra em visita a Moscovo.
"Estamos agora à procura das pessoas que foram identificadas pelo lado russo. É difícil, mas estamos à procura. E assim que os encontrarmos, iremos libertá-los", declarou Moussa Abou Marzouk, citado pela agência de notícias do estado russo Ria Novosti.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza.
Foto: Rui Alves Cardoso - RTP
António Costa voltou a sair em defesa do secretário-geral das Nações Unidas e afirma que António Guterres foi um dos nomes na linha da frente da defesa do direito internacional durante o processo de independência de Timor-Leste.
O número de pessoas deslocadas no Líbano devido aos ataques transfronteiriços entre o grupo xiita Hezbollah e as forças israelitas aumentou para quase 29.000, três semanas após o início da violência na fronteira, informou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Desde o início dos confrontos, em 08 de outubro e até quinta-feira, a agência da ONU contabilizou um total de 28.965 deslocações internas no país mediterrânico, das quais pelo menos 7.847 ocorreram durante os últimos quatro dias desse período.
A maioria das partidas foi registada nas zonas fronteiriças com Israel e noutras províncias do sul, algumas das quais a distâncias consideráveis do centro da violência, de acordo com um mapa infográfico divulgado pela OIM.
Até ao momento, foram confirmadas deslocações em 117 zonas diferentes do Líbano e foram abertos oito abrigos de emergência para acolher as pessoas afetadas, três dos quais na cidade de Tiro e cinco na cidade de Hasbaya, ambas no sul do país.
Há quase três semanas que o Hezbollah e as forças israelitas estão envolvidos em ataques transfronteiriços através da fronteira entre os dois países, onde também se registaram ações reivindicadas por fações palestinianas presentes em território libanês.
A violência tem-se intensificado ao longo dos dias, com trocas de tiros quase constantes, com o Hezbollah a lançar mísseis, foguetes ou morteiros, e ataque aéreos israelitas.
A escalada suscitou receios de que o Líbano se possa tornar numa segunda frente na guerra de Gaza. Entretanto, o governo de Beirute mantém contactos a nível nacional e internacional tara tentar conter a situação.
Gazze’ye yönelik sürekli artan ve dün gece yoğunlaşan İsrail bombardımanları yine kadınları, çocukları, masum sivilleri hedef almış, yaşanan insani krizi derinleştirmiştir.
— Recep Tayyip Erdoğan (@RTErdogan) October 28, 2023
İsrail derhâl bu cinnet halinden çıkmalı ve saldırılarını durdurmalıdır.…
São poucas as informações que chegam a Jerusalém sobre a situação que se vive em Gaza, as comunicações foram cortadas na última noite. A operação militar israelita continua a decorrer no norte da Faixa de Gaza e também na zona centro.
O papa Francisco pede inspiração dos líderes das nações para procurarem caminhos de paz. O apelo foi feito ontem, numa celebração religiosa. Mas o líder da igreja Católica não mencionou nenhum conflito em específico.
As famílias dos reféns do grupo islamita Hamas detidos na Faixa de Gaza, na sua maioria israelitas, manifestaram-se hoje preocupadas e exigiram explicações ao governo de Telavive após os intensos bombardeamentos do exército contra este território palestiniano.
"As famílias estão preocupadas com o destino dos seus entes queridos e aguardam explicações. Cada minuto parece uma eternidade. Exigimos que o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e os membros do gabinete de guerra se reúnam connosco esta manhã", refere um comunicado da associação que reúne as famílias de mais de 220 reféns sequestrados pelo Hamas em 07 de outubro.
Os intensos bombardeamentos do exército israelita ocorreram na noite de sexta-feira e madrugada de hoje (horas de Lisboa), tendo atingido túneis onde se encontram elementos do grupo islamita Hamas em Gaza, segundo o executivo de Telavive.
Reports of intense bombardment in Gaza are extremely distressing.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) October 28, 2023
Evacuation of patients is not possible under such circumstances, nor to find safe shelter.
The blackout is also making it impossible for ambulances to reach the injured.
We are still out of touch with our staff…
O corte total das telecomunicações e da internet na Faixa de Gaza, sujeita a uma iminente invasão terrestre israelita, pode "servir para ocultar atrocidades em massa", alertaram hoje dois grupos de defesa dos direitos humanos.
Num comunicado, uma responsável da organização não governamental (ONG) Human Rights Watch, Deborah Brown disse que "este apagão de informação pode servir para ocultar atrocidades em massa e contribuir para a impunidade das violações dos direitos humanos".
Também a Amnistia Internacional avisou que "será ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações dos direitos humanos e crimes de guerra cometidos contra civis palestinianos em Gaza, e ouvir diretamente aqueles que sofrem essas violações".
"Os civis palestinianos já estão sitiados na Faixa de Gaza e agora também estão presos num completo apagão de comunicações", lamentou a ONG de defesa dos direitos humanos, que disse ter perdido contacto com o seu pessoal no enclave.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shtayé, denunciou na sexta-feira o corte total da internet na Faixa de Gaza como uma tentativa de Israel para "obscurecer" o que se passa no enclave palestiniano, controlado pelo movimento islamita Hamas.
"O mundo está num momento histórico para agir para parar a agressão e os massacres do nosso povo", disse Shtaye, na rede social Facebook, onde anexou um vídeo que mostra o aumento dos bombardeamentos em Gaza.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos manifestou a sua preocupação com a segurança dos jornalistas que trabalham na Faixa de Gaza, após os cortes que interromperam as emissões dos meios de comunicação social do território.
O sindicato denunciou a situação como um prelúdio de novos massacres que Israel planeia levar a cabo na Faixa de Gaza, "longe das câmaras dos jornalistas", tal como noticiado pela agência de notícias palestiniana WAFA.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) revelou que várias agências das Nações Unidas perderam também o contacto com as suas equipas em Gaza.
As operações humanitárias e a atividade hospitalar "não podem continuar sem comunicações", sublinhou a coordenadora humanitária do OCHA, Lynn Hastings, num comunicado.
O Crescente Vermelho palestiniano alertou na sexta-feira que perdeu completamente o contacto com a sala de operações em Gaza e todas as suas equipas que aí se encontram.
A empresa palestina de telecomunicações Paltel confirmou o "corte completo" dos serviços de comunicações, telemóvel e internet em Gaza, devido aos intensos bombardeamentos ao enclave.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no enclave palestiniano.
Foto: Mike Segar - Reuters
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, por maioria, um pedido de trégua humanitária em Gaza. A resolução foi formulada pelos estados árabes e não tem carácter vinculativo.
Aviões israelitas atacaram hoje a infraestrutura militar do grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano, anunciaram as Forças Armadas do Estado hebraico.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Exército israelita precisou que estes bombardeamentos ocorreram em resposta à tentativa do Hezbollah, na sexta-feira, de lançar foguetes contra território israelita, que acabaram por atingir a vizinha Síria.
A troca de disparos entre Israel e o Hezbollah começou um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado solo israelita, em 07 de outubro, causando 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.
No dia seguinte, começaram as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.
Estes incidentes fizeram pelo menos 63 mortos até agora: 06 em Israel - 05 soldados e um civil - e pelo menos 57 no Líbano, incluindo 08 civis - entre eles um jornalista da agência Reuters -, 43 membros do Hezbollah e 06 membros do milícias palestinianas.
Nos últimos dias, a organização xiita libanesa reconheceu um número significativo de vítimas nas suas fileiras, 43.
Esta semana, os líderes do Hamas e da jihad islâmica da Palestina reuniram-se em Beirute com o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, cujo grupo é apoiado pelo Irão.
O exército de Israel anunciou que um ataque com caças levou à morte do chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 07 de outubro.
"Abu Raffa foi responsável pela gestão dos sistemas de veículos aéreos não tripulados, drones, deteção aérea, parapentes e defesa aérea" do movimento islamita palestiniano, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
"Como parte da sua posição, participou no planeamento e execução do massacre assassino nos colonatos ao redor de Gaza em 07 de Outubro", acrescentou o exército na rede social X (antigo Twitter).
Num outro comunicado, as IDF afirmaram hoje que atingiram cerca de 150 alvos subterrâneos em Gaza, incluindo túneis e postos de combate subterrâneos, levando à morte de vários membros do Hamas.
"Durante a noite, aviões de guerra das FDI atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis usados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas subterrâneas. Terroristas do Hamas foram mortos", disse o exército.
As IDF tinham anunciado na sexta-feira que iriam ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.
O Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.
"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.
Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.
Dezenas de pessoas foram detidas na sexta-feira após um protesto a pedir um cessar-fogo em Gaza, organizado pelo grupo Voz Judaica pela Paz, que bloqueou a principal estação ferroviária de Nova Iorque.
O protesto, que começou às 18:00 (23:00 em Lisboa) e reuniu centenas de pessoas, consistiu numa "ocupação histórica" da estação que durou uma hora, até que a polícia de Nova Iorque, no nordeste nos Estados Unidos, começou a fazer detenções, avançou o canal de televisão CBS.
A ocupação foi organizada por membros da Voz Judaica pela Paz, que diz ser "a maior organização judaica anti-sionista progressista do mundo", mas juntou também outros manifestantes contra os ataques de Israel.
Os participantes ergueram cartazes com frases como "Os palestinianos devem ser livres", "Lamentar os mortos e lutar com tudo pelos vivos" e outras mensagens pedindo diretamente um cessar-fogo na região, avançou o jornal Daily Mail.
Num comunicado sobre a ocupação, os organizadores disseram que "qualquer bomba lançada sobre Gaza põe em perigo a vida de 2,2 milhões de palestinianos e 200 reféns israelitas. A única maneira de salvar vidas é através de um cessar-fogo imediato".
"Recusamos permitir que o genocídio seja realizado em nosso nome", disse, na rede social X (antigo Twitter) o Voz Judaica pela Paz, acrescentando que o protesto juntou "milhares de judeus e aliados".
O exército israelita anunciou na sexta-feira que os militares vão ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.
O movimento islamita Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.
"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.
Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou ao ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, "a importância da contribuição iraniana para a libertação incondicional e imediata" dos reféns do Hamas.
Numa reunião na sexta-feira em Nova Iorque, Guterres sublinhou "a importância da contribuição iraniana" a este respeito, depois de na quinta-feira o próprio Abdolahian ter oferecido explicitamente a mediação do seu país para conseguir a libertação desses reféns "civis", especificou.
De acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do português, Abdolahian disse que o Hamas -- um movimento com o qual o seu país mantém estreitas relações -- exigiria em troca a libertação de cerca de seis mil prisioneiros palestinianos atualmente em prisões israelitas.
Por outro lado, Guterres discutiu também com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano os esforços que estão a ser feitos para evitar uma repercussão regional do conflito e, "em particular, em relação ao Líbano", onde o movimento Hezbollah, outro aliado próximo do Irão, já realizou alguns ataques a partir do sul do país contra Israel nos últimos dias.
O movimento islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, impondo um cerco total a Gaza, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade e bombardeamentos que já mataram mais de 7.300 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.