Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Andreia Martins, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

0%
Volume
00:00

Emissão da RTP3


Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por Lusa

UE vai organizar em breve conferência para a paz no Médio Oriente

A União Europeia (UE) vai organizar uma conferência para a paz no Médio Oriente "a realizar-se em breve", anunciou hoje o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no final do primeiro dia de cimeira.

"Conversámos muito sobre o nosso compromisso de uma solução de dois Estados. Durante a reunião decidimos acordar o desejo europeu de organizar uma conferência europeia da paz, a realizar-se em breve [...], queremos reafirmar a nossa unidade para enviar uma mensagem aos nossos cidadãos e ao resto do mundo, baseada nos nossos valores, nos tratados e valores fundamentais", disse Charles Michel, em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

O presidente do Conselho acrescentou que os 27 concordaram na necessidade de "combater a islamofobia e qualquer tipo de discriminação".

Em simultâneo, os chefes de Estado e de Governo analisaram como podem "reagir e agir nas próximas semanas", sobretudo em "termos humanitários": "Pode ser comida, pode ser eletricidade, medicamentos, estamos comprometidos com isso".

A proposta foi apresentada na quinta-feira aos líderes europeus pelo Governo espanhol, interinamente liderado por Pedro Sánchez, que propôs a organização de uma conferência que permita encontrar uma solução para resolver o conflito com mais de sete décadas, baseada na solução dos dois Estados (Palestina e Israel), defendida pela UE.

Charles Michel acrescentou que os líderes reafirmaram a "forte condenação" do ataque perpetrado pelo movimento islamita Hamas no dia 07 de outubro, e o direito de Israel à sua defesa e em acabar com as capacidades militares do Hamas, mas tendo sempre em conta a lei humanitária internacional, que obriga à tentativa de preservação de civis apanhados no meio do conflito.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Von der Leyen acusa Hamas de crise humanitária em Gaza e promete ajuda

A presidente da Comissão Europeia acusou hoje o grupo islamita Hamas de ter provocado uma crise humanitária em Gaza, pelo ataque a Israel, prometendo ajuda da União Europeia (UE), que tem de chegar "sem entraves e rapidamente".

"O Hamas provocou uma crise humanitária em Gaza e, para a Comissão [Europeia], é muito importante que continuemos a intensificar os nossos esforços para lidar com a crise humanitária em Gaza", defendeu Ursula von der Leyen.

Para a líder do executivo comunitário, "a ajuda tem de chegar a Gaza sem entraves e rapidamente".

"As 56 toneladas de ajuda que os nossos dois primeiros voos humanitários trouxeram para o Egito ainda não foram entregues em conjunto e isto é importante, mas é claro que é necessário mais. Os nossos dois próximos voos estão agendados para hoje, sexta-feira, e estão previstos mais voos nos próximos dias e, além disso, estamos a avançar rapidamente na implementação dos 50 milhões de euros adicionais [para 75 milhões] de ajuda humanitária suplementar para Gaza", elencou Ursula von der Leyen.

A posição surge depois de, na quinta-feira, os chefes de Governo e de Estado da UE terem acordado apelar a "pausas para fins humanitários" de forma a permitir a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, após divergências sobre a terminologia.

"Tivemos uma longa, boa e intensa discussão sobre a situação no Médio Oriente. A posição geral foi muito clara: Israel é uma democracia atacada pelo Hamas, que é uma organização terrorista, Israel tem o direito de autodefesa em conformidade com o direito internacional e o direito humanitário internacional e [...] deve haver a libertação imediata de todos os reféns por parte do Hamas, sem quaisquer condições prévias", exortou Ursula von der Leyen.

"Ficou claro que, através das suas atividades terroristas, o Hamas também está a prejudicar o povo palestiniano", concluiu a responsável.

Os líderes da UE reuniram-se na quinta-feira para debater as tensões no Médio Oriente, visando assegurar ajuda humanitária e o apoio a negociações sobre uma solução de dois Estados, numa altura de acesos bombardeamentos de Telavive contra a Faixa de Gaza, que se seguiram ao ataque do grupo islamita Hamas a 07 de outubro.

PUB
por RTP

"Rei na barriga". Ana Gomes diz que postura de Israel na ONU não é nova

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A embaixadora, que já foi membro permanente de Portugal nas Nações Unidas, acompanhou de perto o processo de paz no Médio Oriente, concorda com a posição de António Guterres

PUB
por RTP

Senado dos EUA passa resolução a denunciar anti-semitismo nos campus universitários

"Após os horríveis atrocidades cometidas pelo Hamas no sul de Israel a 7 de outubro, assistimos a uma onda de anti-semitismo em campus universitários por parte de grupos anti-israelitas que elogiam o assassínio em massa dos judeus", afirmou a senadora republicana Marsha Blackburn, uma das autoras da proposta bi-partidária. 

"Deixem-se ser clara: este tipo de ódio não tem lugar na América. Aprecio os meus colegas no Senado por rapidamente e por unanimidade passaram a minha resolução a condenar o anti-semitismo no mais alto nível das nossas instituições educativas e a apelar o pessoas dos campus a agir quando ele surge". 

A resolução, aprovada por unanimidade pelos senadores norte-americanos apela designadamente os líderes, administradores e as faculdades das universidades, a expressar a sua oposição ao anti-semitismo nos campus.

"Estou chocada com os recentes incidentes anti-semitas que vimos nos campus das faculdades em toda a nação, com o fim de intimidar os estudantes judeus e a celebrar os ataques horríveis terroristas do Hamas contra Israel", afirmou por seu lado a senadora democrata Jacky Rosen. 

"As escolas têm a responsabilidade de proteger os seus estudantes judeus face a esta evidente intolerância. Estou orgulhosa de ter ajudado a liderar esta resolução bi-partidária para mostrar que republicanos e democratas no Senado estão unidos na denúncia deste tipo de ódio". acrescentou Rosen.
PUB
por RTP

Médicos Sem Fronteiras apelam a cessar-fogo imediato em Gaza

"Já é tempo de por fim ao derramamento de sangue indiscriminado e os ataques maciços em Gaza. Hoje é impossível aos nossos colegas trabalhar em segurança devido aos ataques generalizados ao sistema de saúde, que afetaram hospitais, ambulâncias, pessoal médico e os doentes. Os profissionais do MSF que permanecem no norte de Gaza dizem-nos que estão exaustos, tanto mental como fisicamente", afirmou a diretora executiva da organização, Avril Benoît. 

"Eles descrevem uma emergência médica que piora a cada dia, com bombardeamentos constantes e suprimentos cada vez mais escassos para tratar as vítimas. Assistem a eventos de ferimentos em massa que seriam um teste até para os hospitais mais bem equipados", acrescentou.
PUB
por Lusa

Costa salienta acordo sobre importância de criar condições para "pausas humanitárias" em Gaza

O primeiro-ministro salientou hoje que o Conselho Europeu chegou a acordo sobre a "importância de criar condições de acesso humanitário" para a Faixa de Gaza, com corredores e "pausas humanitárias", depois de divergências sobre a terminologia.

"Concordámos que Israel tem o direito de se defender em linha com o direito humanitário internacional. Houve acordo sobre a importância de criar condições de acesso humanitário a Gaza, através de corredores e pausas humanitárias", escreveu António Costa na rede social X (antigo Twitter) ao final da noite de hoje.

O primeiro-ministro português acrescentou que os líderes europeus apoiam "a necessidade de proteger todos os civis e de prosseguir iniciativas diplomáticas" na região.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) acordaram hoje apelar a "pausas para fins humanitários" de forma a permitir a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, após divergências sobre a terminologia.

"O Conselho Europeu manifesta a sua profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e apela a um acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem entraves, e a que a ajuda chegue aos necessitados através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas para fins humanitários", referem as conclusões da cimeira europeia, acordadas pelos líderes da UE.

Esta formulação de "pausas para fins humanitários", acordada entre os 27 após cerca de seis horas de discussões no Conselho Europeu que hoje começou em Bruxelas e que decorre até sexta-feira, surge depois de a versão anterior do projeto de conclusões conter a expressão "pausa humanitária", sem nunca ter estado previsto um apelo a "cessar-fogo".

O apelo para pausa humanitária em Gaza mereceu consenso entre os líderes dos Estados-membros, mas Portugal, por exemplo, já tinha admitido que preferia uma posição da UE a defender um cessar-fogo humanitário, não aceite por países como a Alemanha, revelaram fontes europeias.

Aliás, por exigência da Alemanha, acrescentou-se "fins humanitários", adiantaram as mesmas fontes.

"A União Europeia trabalhará em estreita colaboração com os parceiros da região para proteger os civis, prestar assistência e facilitar o acesso a alimentos, água, cuidados médicos, combustível e abrigos, assegurando que essa assistência não seja utilizada abusivamente por organizações terroristas", indicam ainda as conclusões.

PUB
Momento-Chave
por RTP

MNE do Irão. Hamas pretende entregar reféns civis a Teerão

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

"O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, diz que o Hamas está na disposição de libertar os reféns civis e entregá-los a Teerão", referiu o reporter da RTP, José Manuel Rosendo, esta noite no Telejornal.

O chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou esta quinta-feira que o Irão continua "preparado para desempenhar o seu papel neste esforço humanitário importante, juntamente com o Catar e a Turquia".

Israel fala em 224 reféns que permanecem na posse do Hamas, incluindo 30 crianças até aos 16 anos.

O enviado especial da RTP a Israel lembrou contudo que, no que concerne os reféns feitos pelo Hamas dia 7 de outubro, "estamos no tempo da diplomacia".

"Este é o tempo das negociações, nunca se sabe muito bem o que está a acontecer, podemos guiar-nos apenas pelas declarações que vão sendo feitas", por alguns responsáveis, sublinhou.




PUB
por Antena 1

Conselho Europeu defende "corredores e pausas humanitárias" na Faixa de Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

EPA

Em Bruxelas, o Conselho Europeu aprovou as conclusões sobre o Médio Oriente.

O Conselho Europeu reitera a condenação dos ataques a Israel de 7 de outubro com autoria do Hamas. 

Nas conclusões sobre o Médio Oriente, os 27 condenam ainda o uso de civis pelo Hamas como escudos humanos.

Os 27 pedem também a libertação incondicional dos reféns na posse do Hamas.


Reportagem de Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Líderes europeus chegam a acordo e apelam a "corredores" e "pausas humanitárias" em Gaza

Numa declaração divulgada esta quinta-feira, os líderes europeus apelaram ao estabelecimento de "corredores e pausas humanitárias" de forma a levar ajuda urgente à Faixa de Gaza.

"O Conselho Europeu expressa a sua mais grave preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e apela ao acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem entraves e à ajuda para chegar a quem necessita, através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas para necessidades humanitárias", lê-se na declaração citada pelas agências internacionais.

A União Europeia promete trabalhar "em estreita colaboração" com os parceiros da região para "proteger os civis, prestar assistência e facilitar o acesso a alimentos, água, cuidados médicos, combustível e abrigo" de forma a garantir que essa assistência "não é utilizada abusivamente por organizações terroristas".

Esta formulação de "pausas para fins humanitários", foi acordada entre os 27 após cerca de seis horas de discussões no Conselho Europeu. A versão anterior continha a expressão "pausa humanitária", sem nunca ter estado previsto um apelo a "cessar-fogo".

Portugal era um dos países que preferia o apelo ao cessar-fogo humanitário, mas a expressão não foi aceite por outros países, nomeadamente a Alemanha.
PUB
por RTP

Médio Oriente. Incursões de Israel em Gaza vão intensificar-se nos próximos dias

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

O exército de Israel entrou pela primeira vez no território da Faixa de Gaza desde que anunciou uma incursão terrestre para eliminar o Hamas. Passadas quase três semanas desde o ataque de 7 de outubro, os israelitas mostraram um primeiro sinal de força e que este tipo de ações vão intensificar-se nos próximos dias.

PUB
por RTP

ONU. Irão avisou que guerra de Israel contra o Hamas pode estender-se a todo o Médio Oriente

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Israel diz que esta guerra pode acabar já se o Hamas se render e libertar os reféns. Já o Irão ameaça que a guerra pode vir a estender-se a toda a região. Afirmações na sessão de emergência da Assembleia Geral da ONU.

PUB
por RTP

Nações Unidas avisam que nenhum lugar da Faixa de Gaza é seguro

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Nesta altura nenhum lugar dentro da Faixa de Gaza é seguro. O alerta é das Nações Unidas que voltou a avisar que a situação humanitária é dramática e está a agravar-se.

PUB
por RTP

Israel efetuou primeira incursão terrestre no interior da Faixa de Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Israel efetuou a primeira incursão com forças combinadas no interior da Faixa de Gaza. Uma espécie de ensaio antes da grande ofensiva terrestre. Foram 250 ataques contra alvos do Hamas em 24 horas. O movimento radical palestiniano respondeu com dezenas de ataques a posições israelitas.

PUB
por Antena 1

Vigília pela Palestina junto ao Parlamento marcada por protesto

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Fotos: Camila Vidal/Antena 1

A vigília organizada pelo Coletivo pela Libertação da Palestina, em frente à Assembleia da República, reuniu mais de duas centenas de pessoas.

Música, poemas e apelos à Paz marcaram o protesto, que também teve quem se opusesse. 

Uma mulher rasgou um cartaz onde se lia "Do rio ao mar, a Palestina será livre", lembrando que a frase também é usada pelo Hamas. A polícia interveio, afastando a mulher, e a vigília continuou. 

A reportagem é da jornalista Camila Vidal.


PUB
Momento-Chave
por RTP

Mais 900 soldados dos EUA destacados no Médio Oriente para reforçar defesas após aumento dos ataques

Cerca de 900 militares dos EUA estão a caminho do Oriente Médio ou chegaram recentemente. O objetivo é reforçar as defesas aéreas e proteger os responsáveis norte-americanos naquela zona do globo.

Este reforço surge numa altura em que aumentam os ataques na região por grupos afiliados ao Irão, adiantou o Pentágono esta quinta-feira.

Num contexto de tensão crescente devido à guerra entre Israel e o Hamas, as tropas norte-americanas foram recentemente atacadas pelo menos 12 vezes no Iraque e quatro vezes na Síria.
PUB
por Lusa

Rússia e Irão pedem fim das ações militares na Faixa de Gaza

Os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, e iraniano, Ali Bagheri Kani, apelaram hoje em Moscovo para o fim das ações militares na Faixa de Gaza.

"Sublinhou-se a necessidade do fim das ações militares na Faixa de Gaza e em seu redor e o fornecimento urgente de ajuda humanitária à população palestiniana afetada", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.

Moscovo e Teerão acordaram "continuar a trabalhar em estreita cooperação no sentido da estabilização da situação no Médio Oriente", tendo em conta "a escalada sem precedentes do conflito israelo-palestiniano na zona".

Kani também abordou na capital russa o programa nuclear do Irão e as obrigações do país nos termos da resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, tendo em conta que os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido violaram, segundo Teerão, os seus compromissos (de não prolongar as sanções além de 18 de outubro deste ano).

A sua visita coincidiu com a chegada a Moscovo de uma delegação do braço político do Hamas, movimento islamita palestiniano próximo do Irão e que o Kremlin (Presidência russa) não considera uma organização terrorista (ao contrário do que acontece com os Estados Unidos, a União Europeia e Israel, entre outros).

A Rússia exigiu ao Hamas que liberte "imediatamente" os estrangeiros sequestrados em Israel a 07 de outubro e mantidos desde então em cativeiro na Faixa de Gaza e também discutiu com o grupo islamita "a retirada dos russos e de outros cidadãos estrangeiros do território daquele enclave palestiniano", indicou o MNE russo.

Moscovo confirmou igualmente a sua "posição inalterada" em favor da aplicação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a criação de "um Estado soberano palestiniano nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e coexistindo em paz e segurança com Israel".

Por sua vez, na sua declaração, o Hamas salientou que, durante as conversações mantidas com Bogdanov, foram discutidas formas para pôr fim "aos crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".

Combatentes do Hamas atacaram a 07 de outubro o sul de Israel em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, ferindo cerca de 5.000 e capturando 224, mantidas em cativeiro em Gaza e 50 das quais entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas --, ao passo que quatro foram libertadas nos últimos dias: dois cidadãos norte-americanos e dois israelitas.

Tratou-se de uma ofensiva por terra, mar e ar apoiada pelo grupo xiita libanês Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

Em retaliação a esse ataque, Israel tem bombardeado diariamente a Faixa de Gaza, território palestiniano desde 2007 controlado pelo Hamas, e fez, até agora, pelo menos 7.028 mortos e 18.484 feridos, segundo dados do Ministério da Saúde local.

PUB
por RTP

Há pelo menos 200 cidadãos britânicos em Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Há pelo menos 200 cidadãos britânicos na Faixa de Gaza. Todas contactaram as autoridades britânicas. O Governo enviou para o Egito uma equipa de polícia de fronteira para que, mal possa ser possível entrar, possa resgatar estas pessoas.

O porta-voz do Governo não confirma uma eventual pausa humanitária, mas considera que os meios têm de estar no terreno para qualquer eventualidade.
PUB
por Lusa

Palestina lamenta falta de empatia por palestinianos e Telavive critica ONU

A Assembleia Geral da ONU reuniu-se hoje de emergência para abordar a situação em Gaza, com a Palestina a lamentar a falta de empatia da comunidade internacional pelos palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas, e Israel a criticar as Nações Unidas.

Face ao impasse contínuo no Conselho de Segurança da ONU sobre o assunto e à situação cada vez mais grave no enclave, vários Estados-membros, liderados pela Jordânia, recorreram à Assembleia Geral da ONU para uma sessão especial de emergência para abordar as "ações ilegais israelitas em Jerusalém Oriental ocupado e no resto do Território Palestiniano Ocupado".

"Estamos aqui reunidos enquanto os palestinianos em Gaza estão sob bombardeamentos, enquanto famílias estão a ser mortas, enquanto os hospitais estão paralisados, enquanto bairros estão a ser destruídos, enquanto as pessoas fogem sem nenhum lugar seguro para ir", disse o diplomata palestiniano Riyad Mansour, o primeiro a discursar numa sessão que conta com mais de 110 Estados-membros inscritos, incluindo Portugal.

"Não há tempo para lamentar", afirmou o representante palestiniano da ONU, em lágrimas, apontando para o aumento do número de mortos.

O diplomata lamentou então a falta de empatia e de indignação da comunidade internacional face às vidas palestinianas perdidas, em comparação com a comoção gerada pelo ataque do grupo islamita Hamas contra cidadãos israelitas.

"Porque é que alguns sentem tanta dor pelos israelitas e tão pouca dor por nós, os palestinianos? Qual é o problema? Temos a cor de pele errada? A nacionalidade errada? A origem errada?", questionou, num discurso emocionado.

Riyad Mansour lembrou os comentários recentes de Israel no Conselho de Segurança da ONU sobre como o seu povo está a sofrer, frisando que o povo palestiniano também está em sofrimento.

"Israel acredita que as leis da humanidade e de toda a ordem baseada no direito internacional aplicam-se a outros, mas não a Israel, que protege as vidas israelitas e permite o assassínio de palestinianos", reforçou.

Citando relatos de vítimas no terreno, Mansour disse que a ajuda humanitária é extremamente necessária.

Há 1.000 palestinos mortos todos os dias, acrescentou o diplomata, observando que nada pode justificar crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

"Porque não sentir uma sensação de urgência para acabar com a matança?", questionou novamente. "Estão a fazer-nos retroceder 80 anos ao tentar justificar o que Israel está a fazer agora", disse.

"Desta vez, é demais. (...) O único caminho a seguir é a justiça para o povo palestino", disse ele", afirmou.

Nesse sentido, Mansour apelou aos Estados-membros presentes na Assembleia Geral para votarem a favor de um projeto de resolução que irá a votos na sexta-feira, que pede um cessar-fogo imediato, exige que Israel rescinda a ordem para que os habitantes de Gaza se desloquem para o sul, e pede um acesso humanitário à Faixa de Gaza sem entraves.

"Votem para acabar com a matança, votem para acabar com esta loucura", pediu.

A seguir a Mansour, o representante permanente de Israel na ONU, Gilad Erdan, defendeu que o massacre de 07 de outubro, perpetrado pelo Hamas, e a resposta que se seguiu "não tem nada" a ver com os palestinianos, o conflito árabe-israelita ou a questão palestiniana.

Nesse sentido, Erdan criticou a sessão de hoje e a resolução que irá a votos por não se focar nas atrocidades cometidas pelo Hamas.

"Escreveram esta resolução, (...) e assumem que vocês já se esqueceram quem foram os responsáveis por esta violência desumana, e esperam que vocês a apoiem automaticamente", disse, apelando a que a resolução seja rejeitada.

O diplomata israelita estendeu posteriormente as suas críticas às Nações Unidas, considerando-a "avariada" e "moralmente corrompida" por permitir que esta resolução vá a votos, assim como por permitir que países como o Irão discursem na sessão.

"Esta sessão mostra que este órgão está a perder a sua relevância e legitimidade. Estamos a assistir a uma profanação do que esta Organização deveria ser", afirmou.

O embaixador exibiu ainda imagens chocantes de israelitas assassinados e fez um minuto de silêncio pelas vítimas.

PUB
por Lusa

Israel. Governador do estado norte-americano da Florida envia ajuda militar

O governador do estado da Florida, EUA, Ron DeSantis, anunciou hoje o envio de `drones`, armas e munições para Israel, quando este país se prepara para uma incursão em Gaza em resposta ao ataque do Hamas.

A Florida enviou aviões de carga com suprimentos de saúde, `drones`, coletes à prova de balas e capacetes, informou Jeremy Redfern, porta-voz do gabinete do governador estadual.

A Casa Branca ainda não esclareceu se esta ajuda foi coordenada com o Governo federal dos Estados Unidos.

O governador DeSantis tem frequentemente usado os seus poderes oficiais para tomar medidas que ajudem os seus objetivos políticos, numa altura em que participa nas eleições primárias do Partido Republicano, para a escolha do candidato presidencial para 2024.

No início desta semana, o governo estadual ordenou que as universidades públicas recusassem manifestações de estudantes pró-Palestina e, desde o ataque do Hamas, em 07 de outubro, realizou voos de repatriamento para cerca de 700 norte-americanos que estavam em Israel.

A confirmação da ajuda militar ocorre no momento em que DeSantis e outros candidatos presidenciais do Partido Republicano se preparam para a reunião anual de doadores da Coligação Judaica Republicana, que começa sexta-feira em Las Vegas.

DeSantis deverá discursar na manhã de sábado para um grupo Republicano do estado de Nevada.

DeSantis e a maioria dos candidatos Republicanos alinharam-se a favor de Israel e acusaram o Presidente Democrata Joe Biden de não fazer o suficiente para apoiar os israelitas.

DeSantis também criticou o ex-presidente Donald Trump, o principal candidato nestas primárias, bem como a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora junto das Nações Unidas Nikki Haley, por causa das suas posições sobre o conflito no Médio Oriente.

PUB
por Lusa

Direito à defesa não justifica violar direito internacional. A declaração de nove países árabes

Nove países árabes sustentaram hoje que o direito de Israel à defesa após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas "não justifica violações flagrantes do direito internacional".

Num comunicado conjunto, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, a Arábia Saudita, Omã, o Qatar, o Kuwait, o Egito e Marrocos condenaram assim a retaliação maciça de Israel em curso desde 07 de outubro, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul do território israelita que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 220 reféns.

Segundo dados da ONU, a forte resposta israelita, ainda em curso, fez até agora mais de 6.500 mortos na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, incluindo 2.700 crianças.

"O direito à autodefesa garantido pela Carta da ONU nunca justifica as flagrantes violações do direito internacional humanitário ou fazer vista grossa de forma deliberada aos direitos legítimos do povo palestiniano", sublinharam os nove países árabes.

Afirmaram, por isso, que o facto de não se condenar estas "violações flagrantes" é o equivalente a "dar luz verde a que tais práticas continuem".

O comunicado foi emitido no âmbito da Cimeira de Paz do Cairo, realizada no passado sábado, que terminou sem uma declaração conjunta dos países árabes e europeus, devido a divergências quanto à inclusão de pontos sobre a condenação dos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza e os limites ao direito de legítima defesa.

No comunicado, os nove países árabes também condenaram que "os civis sejam tomados como alvo", bem como "todos os atos de violência e terrorismo contra eles" e "as violações do direito internacional de qualquer das partes".

Repudiaram igualmente a "deslocação forçada" de mais de um milhão de civis palestinianos -- referindo-se ao ultimato emitido pelas autoridades israelitas para a evacuação do norte da Faixa de Gaza perante uma eventual ofensiva terrestre -- e "a política de punição coletiva" de Israel contra os 2,2 milhões de habitantes daquele enclave palestiniano pobre, que é palco de uma catástrofe humanitária.

Nesse sentido, advertiram contra "qualquer tentativa de liquidar a causa palestiniana" com tentativas de forçar "o êxodo do povo palestiniano para fora do seu território", algo que classificaram como "crime de guerra".

Esta é uma das principais preocupações do Egito, cujo Presidente, Abdel Fattah El-Sisi, rejeitou liminarmente os alegados planos de Israel de deslocar os palestinianos da Faixa de Gaza para o Sinai egípcio, o que, na sua opinião, representaria o fim da causa palestiniana.

O comunicado instou também o Conselho de Segurança da ONU a "obrigar as partes a um cessar-fogo imediato e duradouro", perante a rejeição de um fim das hostilidades por parte de alguns países europeus, dos Estados Unidos e de Israel.

Também reiteraram que "a ausência de uma solução política" desencadeou a atual violência, pelo que pediram à comunidade internacional que "assuma a sua responsabilidade" e aplique a solução dos dois Estados, que contempla a criação de um Estado palestiniano independente.

Entre os países signatários do comunicado conjunto, encontram-se os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Marrocos, que em 2020 estabeleceram relações diplomáticas com Israel sob os auspícios dos Estados Unidos, mas criticaram duramente as autoridades israelitas pela sua resposta contra Gaza.

A Cimeira de Paz do Cairo terminou sem uma declaração final conjunta dos 34 países e organismos internacionais que participaram no encontro, mas, segundo o Egito, serviu para "ver a importância de reavaliar a estratégia internacional para abordar o conflito".

PUB
Momento-Chave
por RTP

Irão avisa que EUA "não serão poupados" se a guerra em Gaza continuar

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, alertou esta quinta-feira que os Estados Unidos "não serão poupados deste incêndio" caso não terminem a guerra na Faixa de Gaza.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Scholz acredita que Israel respeitará direito humanitário em Gaza

O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou hoje que Israel é um país norteado por "princípios democráticos" e que tem a certeza de que o exército israelita vai respeitar o direito humanitário internacional na intervenção na Faixa de Gaza.

"Israel é um país democrático, norteado por princípios democráticos e, por isso, tenho a certeza de que o exército israelita, em tudo o que faça, vai respeitar o direito internacional. Não tenho qualquer dúvida", disse Scholz, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O chanceler alemão insistiu que os restantes países da UE têm de reforçar que Israel tem o direito à sua defesa contra o "terrível ataque do Hamas".

Para Scholz, as necessidades prementes hoje são "fazer tudo o que é possível para libertar os reféns" e assegurar que a ajuda humanitária entra na Faixa de Gaza.

O chanceler alemão também quer que os cidadãos com dupla nacionalidade e os trabalhadores de organizações internacionais possam abandonar o território palestiniano, exigência apoiada por Washington, acrescentou.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Rússia confirma visita de representantes do Hamas em Moscovo

Reuters

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou hoje que se encontra em Moscovo uma delegação do movimento islamita Hamas e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, para um encontro com o homólogo russo.

Segundo a agência noticiosa Ria Nosvosti, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, não adiantou pormenores sobre o programa da delegação do movimento, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, referindo que dará mais informações à imprensa depois das reuniões.

"Posso dizer e confirmar que os representantes do movimento palestiniano relevante estão de visita a Moscovo", disse a porta-voz, quando questionada sobre a presença na Rússia de Musa Abu Marzuk, membro do Hamas.

Zakharova informou ainda que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri Kani, também está de visita à capital russa e deverá encontrar-se com o homólogo russo, Miakhil Galuzin, segundo reportou a agência noticiosa Interfax.

O Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes contra Israel no início de outubro, matando mais de 1.400 pessoas, sobretudo civis. O exército israelita lançou uma contraofensiva que, segundo o Hamas, já custou a vida a mais de 7.000 palestinianos na Faixa de Gaza.

Durante a incursão terrestre em Israel, os milicianos palestinianos arrasaram vários colonatos perto da Faixa de Gaza e fizeram mais de 200 pessoas reféns, incluindo cidadãos de países estrangeiros.

Até à data, o Hamas já libertou quatro pessoas.

Grande parte da comunidade internacional condenou veementemente os ataques do Hamas, mas avisou Israel de que a contraofensiva deve ser conduzida de acordo com o direito humanitário internacional, garantindo a segurança dos civis.

PUB
Momento-Chave
Alegadas mortes de reféns
por RTP

Segundo o Hamas, terão já morrido pelo menos 50 reféns em Gaza desde o início dos bombardeamentos israelitas

Abu Obeida, porta-voz do movimento radical palestiniano, associou as alegadas mortes de reféns levados a 7 de outubro, durante a ofensiva em solo israelita, às sucessivas vagas de bombardeamentos consequentemente efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel sobre Gaza.

O exército israelita identificou 224 reféns de militantes palestinianos.
PUB
por Lusa

Costa desvaloriza divergências na UE e pede que apoio humanitário chegue a Gaza

O primeiro-ministro, António Costa, desvalorizou hoje as divergências na União Europeia (UE) sobre a terminologia referente ao apelo para ajuda humanitária em Gaza, entre pausa e cessar-fogo humanitário, vincando antes ser necessário assegurar "condições para existir".

"Não nos vamos prender à terminologia. O que é essencial é que se criem condições para que a ajuda humanitária possa existir", declarou o chefe de Governo, em Bruxelas.

Em declarações à chegada ao Conselho Europeu, que decorre numa altura de acesos bombardeamentos de Telavive contra a Faixa de Gaza, que se seguiram ao ataque do grupo islamita Hamas a 07 de outubro, António Costa ressalvou que a UE "reconhece obviamente, o direito de Israel responder militarmente de forma a destruir a capacidade ofensiva do Hamas, isso é evidente".

"Agora, nós não podemos confundir o Hamas com o povo palestiniano, nem com o conjunto das pessoas que vivem em Gaza, e não podemos numa operação militar contra o Hamas causar danos colaterais de uma que seria uma tragédia humanitária junto de toda a população da Faixa de Gaza", sublinhou.

Por isso, "é preciso criar condições porque não pode haver, obviamente, ajuda humanitária sobre um bombardeamento", insistiu.

"É necessário que, seja cessar-fogo, seja essa nova forma da pausa humanitária, criar condições para que o apoio humanitário possa ser efetivo e não fique travado por via das ações militares estão em curso", adiantou António Costa.

Os líderes da UE reúnem-se hoje e sexta-feira em Bruxelas para debater as tensões no Médio Oriente, visando uma pausa humanitária em Gaza e negociações sobre uma solução de dois Estados, além de desafios europeus como migrações e orçamento.

Um dos objetivos é que desta cimeira saia uma posição comum entre os 27 chefes de Governo e de Estado da UE para assegurar apoio humanitário à Faixa de Gaza, razão pela qual o mais recente rascunho das conclusões, a que a Lusa teve acesso, refere que "o acesso e a ajuda humanitária devem processar-se de forma rápida, segura e sem entraves, através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores e pausas humanitárias".

Esta formulação "pausas humanitárias" surge depois de a versão anterior do projeto de conclusões conter a expressão no singular, sem nunca ter estado previsto um apelo a "cessar-fogo".

O apelo para pausa humanitária em Gaza reúne consenso entre os Estados-membros, mas Portugal, por exemplo, já veio admitir que preferia uma posição da UE a defender um cessar-fogo humanitário, não aceite por países como a Alemanha.

PUB
por Lusa

Costa salienta "grande sentido humanista" de Guterres como porta-voz da ONU

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou-se com "grande sentido humanista" nas declarações que fez sobre a degradação da situação humanitária no território palestiniano.

"Sobre esse assunto o Governo português já falou ontem [quarta-feira] de uma forma clara e inequívoca de total apoio e solidariedade com o secretário-geral das Nações Unidas, que se expressou com um grande sentido humanista, na afirmação do direito internacional e daquilo que são as resoluções aprovadas na ONU, das quais, naturalmente, [Guterres] é porta-voz", disse António Costa, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O primeiro-ministro acrescentou que, apesar de as atenções estarem hoje voltadas para o agravamento das tensões no Médio Oriente, "o início da nova guerra não acabou com a guerra anterior, que prossegue, portanto, a solidariedade para com a Ucrânia também tem de prosseguir".

Em causa estão declarações de António Guterres feitas na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em inglês, em que considerou ser "importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram do nada", acrescentando que o "povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".

O secretário-geral da ONU defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

No início da sua intervenção, António Guterres disse que condena "inequivocamente os atos de terror horríveis e sem precedentes do Hamas em Israel" e que "nada pode justificar a morte, os ferimentos e o rapto deliberados de civis -- ou o lançamento de mísseis contra alvos civis".

Em reação a estas declarações, na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 07 de outubro com um "discurso chocante".

Na rede social X (antigo Twitter), o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização.

Gilad Erdan anunciou ainda que Israel ia deixar de conceder vistos a representantes da ONU.

PUB
Momento-Chave
Erdogan volta à carga
por RTP

Presidente turco afirma que Ocidente ignora as leis "quando é derramado sangue muçulmano"

Recep Tayyip Erdogan lançou nova barragem de críticas aos governos ocidentais e à resposta destes aos bombardeamentos de Israel sobre Gaza.

"O que aconteceu à Declaração Universal dos Direitos do Homem?", perguntou o presidente turco, para acrescentar uma farpa ao Ocidente: "Eles não dão atenção se não servir o seu propósito. Porquê? Porque o sangue que está a ser derramado é muçulmano". 

O chefe de Estado turco cancelou na quarta-feira a visita que contava fazer a Israel, indo ao ponto de lamentar ter apertado a mão ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, no mês passado, em Nova Iorque.
PUB
Mensagem de Mark Rutte
por RTP

Primeiro-ministro dos Países Baixos reitera que a operação "para eliminar o Hamas" é necessária, mas deve respeitar o Direito Internacional

"Infelizmente, é preciso que tenha lugar uma operação militar para eliminar o Hamas, não há outra forma, de outro modo Israel não pode sobreviver a longo prazo", afirmou Mark Rutte à chegada a Bruxelas para a reunião do Conselho Europeu. "Mas isto deve ser feito com danos mínimos para a população civil", acrescentou.
PUB
Momento-Chave
por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Conflito em Gaza. Teerão recruta voluntários para combater contra Israel

Cartaz pró-palestiniano, na praça Vali-Asr em Teerão, Irão, a 25 de outubro Abedin Taherkenareh - EPA

Teerão tem demonstrado apoio total ao Hamas, condenando os ataques israelitas em Gaza e encorajando os iranianos a lutar contra Israel no enclave palestiniano. O regime iraniano lançou uma campanha de recrutamento online que está a suscitar a desconfiança de uma parte da população, avança o canal francês France 24.

Na semana passada, o Governo iraniano lançou uma campanha de recrutamento de voluntários para combater em Gaza, onde os interessados são convidados a registar os seus dados através de um site ou de um sistema de sms criado pelas autoridades iranianas. "Para apoiar a legítima defesa da nação oprimida declara a tua prontidão para ser enviado às regiões em troca da Palestina ocupada", pode ler-se no site, segundo a BBC.

O rosto da campanha online é um jovem pré-adolescente, com um casaco militar e um Keffiyeh – lenço palestiniano – à volta do pescoço, em frente à mesquita de de Al-Aqsa, na cidade de Jerusalém, em Israel. Ao peito traz a efígie do falecido general Qassem Soleimani, líder da brigada Al Quds, da Guarda Revolucionária iraniana, que foi morto pelos Estados Unidos, em Bagdade, em 2020.

 
Trata-se de uma operação de propaganda de grande dimensão para recrutar combatentes - incluindo crianças - para o conflito israelo-palestiniano em Gaza. "Conhecida como a “Tempestade Al-Aqsa”, o nome de código utilizado pelo Hamas para o seu ataque terrorista contra Israel a 7 de outubro”, conta a France 24, está a ser difundida em "vários sites afiliados aos Guardas da Revolução, bem como pela rádio e televisão estatais” iranianas, acrescenta.

Também na Praça Vali-Asr, no centro de Teerão, um cartaz gigante mostra pessoas a caminhar em direção a Jerusalém e encoraja os vários povos do Médio Oriente a mobilizarem-se “contra a opressão”. Segundo Jonathan Piron, historiador especializado no Irão, “uma parte da população (iraniana) vê este discurso como propaganda, mesmo que não seja indiferente à situação dos palestinianos" disse à France 24.

O povo iraniano está habituado à retórica do regime iraniano e à utilização de lemas de defesa da destruição do Estado Judaico como “Morte a Israel” ou a "Morte aos Estados Unidos". “Mas muitos iranianos consideram-nos sem sentido e invertem-nos durante as manifestações anti-regime que pedem a morte, não de Israel ou dos Estados Unidos, mas do líder supremo Ali Khamenei", salientou o historiador. 

"A causa palestiniana é muitas vezes apresentada pelo regime iraniano com o objetivo de mobilizar a população, mas esta não se deixa enganar pela utilização que o regime faz desta causa para servir os seus próprios interesses", explicou Jonathan Piron. Acrescentando que, nos últimos anos, aumentou o número de manifestações contra o investimento do Governo “em operações externas na Síria, no Líbano ou a favor do Hamas” em detrimento “do bem-estar da população”.
 
Segundo a televisão iraniana, o número de voluntários iranianos inscritos na lista de "mártires" prontos a serem enviados para Palestina e a combater contra Israel ultrapassava os 3 milhões, conta a France 24.

PUB
por RTP

Ministra não adianta estado de pedidos de nacionalidade de israelitas reféns

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Lusa

Catarina Sarmento e Castro garante apenas que o Ministério da Justiça estará sempre do lado dos direitos fundamentais e explica que até final do ano todos os processos vão estar digitalizados para um ganho de produtividade.

PUB
Momento-Chave
por RTP

RTP na Cisjordânia. Khan Younes "particularmente visada por bombardeamentos"

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Os enviados especiais José Manuel Rosendo e Marques de Almeida estão no Médio Oriente para acompanhar de perto os desenvolvimentos do conflito.

PUB
por RTP

Israel insiste na demissão de António Guterres

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

O secretário-geral da ONU reiterou que nunca justificou o terrorismo do Hamas. A crise diplomática provocada pela reação israelita já fez vários países tomarem uma posição, mas o impasse quanto ao pedido de um cessar-fogo humanitário mantêm-se.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Conflito entre Israel e Hamas continua a dividir o mundo

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A guerra entre Israel e o Hamas está a provocar ainda mais divisões entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ontem foram apresentados mais dois projetos de resolução com vista a acelerar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Foram rejeitados.

PUB
por RTP

Israel avançou com incursão terrestre na última noite em Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

O exército diz ter atingido 250 alvos do Hamas. As autoridades israelitas revelam ter identificado 808 vítimas civis dos ataques do Hamas e reviram para 224 o número de reféns. O Hamas diz que já morreram mais de 7.000 palestinianos, quase 3.000 são crianças.

PUB
Momento-Chave
Balanço do Hamas
por RTP

Número de mortos em Gaza excede os sete mil

O Ministério da Saúde do Hamas revelou esta quinta-feira um número atualizado de mortos em Gaza, detalhando que já supera as sete mil vítimas.

Morreram pelo menos 7.028 pessoas, entre as quais 2.913 crianças, desde o início da contraofensiva israelita, segundo a administração do movimento radical palestiniano, citada pela agência Reuters.

Do lado israelita, o balanço da ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas é de 1.400 vítimas mortais.
PUB
por Lusa

Costa defende "pontes" entre UE, países africanos e América Latina perante tensões e guerras

Juan Medina - Reuters

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje a "construção de pontes" entre a União Europeia (UE), África e América Latina, numa altura de guerras, ataques terroristas e criação de muros, pedindo aposta no "desenvolvimento e paz".

"Hoje, mais do que nunca, é necessário construir pontes. Quando alguns erguem muros, quando outros começam guerras, quando outros fazem ataques terroristas, nada como darmos as mãos, ajudar a construir a paz e o desenvolvimento, e a paz e o desenvolvimento só se constroem se a propriedade for partilhada", declarou o chefe de Governo.

Falando na cerimónia de encerramento do Fórum Global Gateway, que juntou em Bruxelas na quarta e quinta-feira representantes dos governos da UE e de todo o mundo, do setor privado e da sociedade civil, António Costa salientou que "desafios globais exigem respostas globais", numa altura de guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, às tensões no Médio Oriente e ao ataque terrorista na semana passada em Bruxelas.

"Só com uma forte e estreita parceria à escala global aproveitaremos bem as oportunidades que a transição digital e ecológica podem dar e contribuir para promover o desenvolvimento sustentável, a capacitação e o comércio", destacou o primeiro-ministro.

Em causa está a iniciativa europeia Global Gateway, criada para permitir investimento ao nível mundial, especialmente em regiões menos desenvolvidas de África e da América Latina, em questões como os transportes, a digitalização, a energia, a saúde, a educação e a investigação.

António Costa destacou "exemplos concretos" do que do que as empresas portuguesas estão já com parceiros africanos e latino-americanos, como os corredores logísticos digitais entre o porto de Sines aos portos do Atlântico Sul em Angola ou no Brasil e a nova rota marítima transatlântica com o México.

"Além de promover a resiliência energética e industrial da Europa, estes projetos criarão riqueza e emprego nos parceiros estratégicos em África e na América Latina garantirão a partilha de tecnologia e `know-how` e contribuirão para transições digitais e climáticas mais justas dos dois lados do Atlântico", elencou.

António Costa defendeu ainda que a UE tem "vontade de trabalhar em parceria com outros parceiros, também na Ásia, outros países do continente africano e outros países da América Latina e também em outras áreas para além das infraestruturas e do equipamento dos transportes", como a saúde e as energias renováveis.

Ao nível europeu e nacional, "temos de inovar no que diz respeito aos mecanismos financeiros para apoiar investimentos da Global Gateway de uma forma sustentável, um modelo que Portugal já está a aplicar no quadro das nossas relações bilaterais com Cabo Verde, a transformação da dívida pública em investimentos climáticos", concluiu.

António Costa está em Bruxelas para participar num Conselho Europeu de dois dias, que hoje começa.

Os líderes da União Europeia reúnem-se hoje e sexta-feira em Bruxelas para debater tensões no Médio Oriente, visando uma pausa humanitária em Gaza e negociações sobre uma solução de dois Estados, além de desafios europeus como migrações e orçamento.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Turquia insta OMS a ajudar mais população de Gaza

O ministro da Saúde da Turquia instou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a garantir a prestação de serviços médicos à Faixa de Gaza, atingida pela guerra entre Israel e Hamas. Nas palavras do governante, os esforços até agora foram insuficientes. 

A Turquia, membro da NATO, enviou até agora nove aviões de carga de ajuda ao Egito para a Faixa de Gaza e ofereceu-se para criar um hospital de campanha na região, para ajudar a tratar os feridos e a transportar quem necessitar para a hospitais turcos. 

Fahrettin Koca apelou ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa carta enviada na quarta-feira, para a responsabilidade profissional da OMS em ajudar os civis necessitados e disse-lhe que os seus esforços deveriam ser "muito maiores".

"A OMS, com a sua responsabilidade de liderança e tomando urgentemente as iniciativas necessárias, deve garantir a segurança dos cuidados de saúde em Gaza", escreveu Koca na carta, que publicou no X, antigo Twitter.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Mais 12 camiões com ajuda humanitária saem do Egito para Gaza

A organização Crescente Vermelho da Palestina anunciou que mais 12 camiões saíram do Egito, através de Rafah, em direção a Gaza, com água, alimentos, medicamentos e materiais médicos.


PUB
por RTP

Autoridade da Palestina acusa Israel de travar "guerra de vingança"

O ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros, Riyad al-Maliki, acusou Israel de estar a travar uma "guerra de vingança" na Faixa de Gaza.

"Desta vez, a guerra que Israel está a travar é diferente. Desta vez, é uma guerra de vingança", disse Riyad al-Maliki em Haia.

"Primeiro temos de acabar com esta agressão unilateral e depois temos de pedir um cessar-fogo".
PUB
por RTP

Serão necessários anos para reabilitar sul de Israel

Os esforços israelitas para reabilitar as comunidades do sul, devastadas pelo massacre de Hamas a 7 de outubro, vão levar anos, segundo um funcionário do gabinete primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. 

"A batalha contra o terror continuará dentro do território da Faixa de Gaza - aprofundando, em qualquer lugar e a qualquer momento, o que é necessário para garantir a segurança das comunidades que serão restauradas e reconstruidas na região", disse Benny Gantz, um ex-general que se juntou a Netanyahu. 

"A incursão será apenas uma etapa de um longo processo que incluirá aspetos defensivos, diplomáticos e sociais que levará anos."
PUB
por RTP

Necessário cessar-fogo em Gaza para que ajude chegue

O ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros afirmou, em Haia, que Israel tem de concordar com um cessar-fogo para permitir que entre ajuda humanitária, com urgência, a Gaza.
PUB
Momento-Chave
224 reféns em Gaza
por RTP

Israel atualizou a contagem de pessoas alegadamente sequestradas por radicais palestinianos

O número de reféns em Gaza foi revisto em alta para 224. O balaço é avançado pela agência Reuters, a partir de fonte militar israelita.
PUB
Abastecimento médico às portas da Faixa de Gaza
por RTP

OMS divulga lista de material a aguardar luz verde para cruzar a fronteira egípcia de Rafah

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em causa está equipamento cirúrgico para 3.700 pessoas, material básico e essencial para 110 mil pessoas e equipamento destinado a 20 mil doentes crónicos.


A estrutura apela à garantia de "acesso imediato e ininterrupto a Gaza" e no interior deste território administrado pelo Hamas.
PUB
Momento-Chave
"Nenhum lugar é seguro em Gaza"
por RTP

Afirmação da coordenadora de assuntos humanitários das Nações Unidas

Lynn Hastings, coordenadora de assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinianos, adverte que "nenhum lugar é seguro em Gaza", por causa das contínuas vagas de bombardeamentos israelitas.

Em comunicado, a responsável afirma que os "avisos prévios" das Forças de Defesa de Israel para que as pessoas abandonem as zonas a bombardear "não fazem qualquer diferença". "Nenhum sítio é seguro em Gaza", vincou, citada pela France Presse.
PUB
por Lusa

Exército israelita e Hamas refirmam promessas de vitória na guerra

Israel e o grupo islamita Hamas reafirmaram hoje promessas de vitória na guerra que travam desde há cerca de três semanas e que já provocou milhares de mortos dos dois lados.

O exército israelita disse que as operações contra a Faixa de Gaza visam erradicar o Hamas e que, "uma vez terminada a guerra, não haverá qualquer ameaça militar" do enclave palestiniano.

Um porta-voz militar, Jonathan Conricus, disse numa publicação das Forças de Defesa de Israel nas redes sociais que as comunidades israelitas em torno da Faixa de Gaza "não podem viver" com a ameaça do Hamas por perto.

"Se não erradicarmos o Hamas, este perigo perdurará e teremos de lidar com ele novamente no futuro", argumentou, citado pela agência espanhola Europa Press.

O porta-voz disse que as forças israelitas "lidarão com o Hamas, de forma completa e adequada".

"No final da guerra, (...) não veremos cenas de civis israelitas indefesos a serem mortos, queimados, violados e mutilados pelos terroristas", disse.

"Aqueles que não compreendem o mal que enfrentamos não compreendem por que estamos a fazer o que estamos a fazer", admitiu, face a críticas de que Israel está a punir o povo palestiniano pelo ataque do Hamas.

Disse também que o exército israelita irá, "a dada altura", tomar a decisão de "passar à fase seguinte das operações", numa aparente referência a uma ofensiva terrestre em grande escala.

Israel concentrou tropas na fronteira com Gaza logo a seguir a um ataque surpresa do Hamas no seu território em 07 de outubro, o mais grave do género desde a declaração da independência do país em 1948.

Os comandos do Hamas também raptaram duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantêm como reféns na Faixa de Gaza, o enclave palestiniano com mais de dois milhões de habitantes que controlam desde 2007.

Israel reagiu ao ataque com uma declaração de guerra ao Hamas e o cerco e bombardeamento constante da Faixa de Gaza, que o grupo islamita disse ter causado mais de 6.500 mortos.

Do lado do Hamas, o "número dois" da ala política do movimento, Saleh al-Arouri, prometeu que Israel sofrerá "uma derrota sem precedentes" se invadir a Faixa de Gaza.

"Se o inimigo entrar por terra, haverá uma nova e gloriosa página para o nosso povo, e será uma derrota sem precedentes para a ocupação [Israel] na história do conflito", afirmou a um canal da milícia xiita libanesa Hezbollah.

Al-Arouri disse que "o Hezbollah está a colaborar a todos os níveis militares e políticos" no que descreveu como "uma epopeia heroica de resistência no Líbano", outro foco de conflito com Israel.

"Esta batalha é a sua batalha [do Hezbollah], temos um objetivo e um destino comuns, (...) estamos em constante comunicação e coordenação nesta batalha", afirmou.

Al-Arouri referiu-se também aos reféns do Hamas na Faixa de Gaza, afirmando que os estrangeiros são convidados do grupo, mas que os israelitas "serão trocados" por prisioneiros palestinianos.

Além de Gaza e do sul do Líbano, a guerra atinge também a Cisjordânia, parte da qual sob ocupada israelita, governada pela Autoridades Palestiniana.

PUB
por Lusa

ONU continua a trabalhar em Gaza apesar da falta de combustível e ataques

Mohammed Saber - EPA

As ações humanitárias das Nações Unidas em Gaza continuam a ser realizadas, principalmente nos seus abrigos para deslocados, apesar da progressiva falta de combustível e da intensificação dos bombardeamentos de Israel sobre o enclave, de acordo com a ONU.

No seu balanço diário sobre a situação na Faixa de Gaza, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários relatou que esta quarta-feira foi o dia com mais mortes desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, elevando o número total de mortes no enclave para 6.547, das quais 2.704 eram crianças.

Apesar da intensificação dos ataques e da falta de combustível, que paralisa as atividades dos hospitais e de outros serviços essenciais, as Nações Unidas continuam a trabalhar em Gaza, especialmente através da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).

"A principal operação é o acolhimento de deslocados internos nas escolas da UNRWA, onde [mais de 629 mil pessoas] estão a receber alimentos, medicamentos e apoio para manter a dignidade e um mínimo de esperança", sublinhou o documento das Nações Unidas.

Outras atividades que se mantêm são a distribuição de alimentos e dinheiro a estes deslocados, o fornecimento de combustível de emergência às unidades de saúde, o apoio psicossocial e campanhas de sensibilização para prevenir acidentes causados nas ruas por explosivos que ainda não foram detonados.

Ao número de 6.547 mortes em Gaza, fornecido pelo Ministério da Saúde do Hamas -- grupo islamita que governa o enclave -, somam-se os palestinianos mortos em confrontos com as forças de segurança israelitas na Cisjordânia, que na quarta-feira ultrapassou barreira dos cem, 31 dos quais eram crianças.

Segundo o relatório, subiu para 62 o número de camiões com ajuda humanitária que conseguiram entrar em Gaza desde sábado passado pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, mas ainda não está a ser autorizado o transporte de combustível, necessário para serviços essenciais no território como a operação de centrais de dessalinização da água.

No entanto, as Nações Unidas indicaram hoje que o acesso à água potável em Gaza melhorou temporariamente nas zonas de retirada no sul da Faixa, como Rafah ou Khan Younis, graças à utilização de combustível de emergência para abastecer as principais instalações de purificação.

As famílias da região têm conseguido consumir cerca de 30 litros por pessoa num dia, quando nos dias anteriores mal consumiam três litros em média [de acordo com os padrões internacionais o mínimo para consumo, cozinha e higiene deveria ser de 15 litros].

As Nações Unidas indicaram que Israel ordenou na quarta-feira a evacuação de bairros do sul de Gaza, afetando cerca de 40 mil pessoas que tiveram de se deslocar para zonas no oeste, mais próximas da costa, sem capacidade efetiva de alojamento.

O relatório diário reiterou que 45% dos edifícios residenciais em toda Gaza sofreram algum tipo de dano, enquanto mais de 16.000 casas foram destruídas e 11.000 estão inabitáveis, segundo dados do Ministério das Obras Públicas e Habitação de Gaza.

Muitas das 1,4 milhões de pessoas deslocadas em Gaza - quase dois terços da população da Faixa - reduziram as suas refeições para apenas uma por dia, destaca a ONU, que relatou a morte de outro trabalhador da UNRWA nas últimas 24 horas, elevando para 38 o número dos seus funcionários mortos no conflito.

 

PUB
Momento-Chave
250 alvos atingidos em 24 horas
por RTP

Forças de Defesa de Israel afirmam ter atingido centros de comando, infraestruturas, túneis e lançadores de rockets

Em operação separada, a marinha israelita terá destruído um posto de lançamento de mísseis terra-ar em Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza.

Por sua vez, um canal do Hamas na plataforma de mensagens Telegram indicou que foi atingido um helicóptero israelita próximo do campo de refugiados de Bureij, em Gaza, sem mais detalhes.
PUB
por Lusa

Irão alerta para possível descontrolo na guerra entre israelitas e Hamas

Abedin Taherkenareh - EPA

O chefe da diplomacia iraniana alertou para um possível descontrolo na guerra entre Israel e o Hamas ao chegar a Nova Iorque para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre o conflito.

"O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação", disse Hossein Amir Abdollahian à agência iraniana IRNA.

Abdollahian disse que o Irão quer a cessação imediata dos "crimes de guerra e genocídio" na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano.

"Isso pode ser incluído em qualquer resolução" da ONU, afirmou, segundo a agência espanhola EFE.

O diplomata elogiou o grupo islamita palestiniano Hamas, que o Irão apoia e financia, como um "movimento de libertação palestiniano" que tem agido contra a ocupação israelita, o que, segundo Abdollahian, é aceite pelo direito internacional.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão disse ainda à IRNA que tenciona apresentar as posições da República Islâmica sobre a questão palestiniana na Assembleia Geral e manter conversações com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O exército israelita acusou o Irão de ter ajudado o Hamas no ataque de 07 de outubro contra Israel, em que foram mortas 1.400 pessoas e raptadas duas centenas de pessoas mantidas como reféns em Gaza, segundo Telavive.

O ataque sem precedentes desencadeou uma guerra entre Israel e o Hamas, com as forças israelitas a cercar e a bombardear a Faixa de Gaza desde então, provocando mais de 6.500 mortos, de acordo com o movimento islamita.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007, e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

PUB
"Caos" nos hospitais de Gaza
por RTP

A expressão é do Comité Internacional da Cruz Vermelha

Uma missão da Cruz Vermelha com o objetivo de avaliar o estado dos hospitais de Gaza descreve um cenário de "caos" e exaustão, face aos contínuos bombardeamentos israelitas e à falta de combustível para manter geradores a funcionar.

Os peritos do Comité Internacional da Cruz Vermelha, escreve a edição online do jornal britânico The Guardian, estiveram em duas unidades de Gaza, os hospitais al-Quds e al-Shifa. O número da missão da organização em Gaza, William Schomburg, constatou que ambos "estão rapidamente a ficar sem combustível e material médico".

"Durante a nossa visita ao hospital al-Quds, houve pesados ataques aéreos à nossa volta e todo o hospital abanou. Os hospitais deveriam ser santuários para os feridos e os doentes e, atualmente, não se sentem protegidos", descreveu ainda o responsável.
PUB
Aviso de Putin
por RTP

Presidente russo adverte para potencial de alastramento do conflito israelo-palestiniano

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou, durante um encontro com líderes religiosos de diferentes confissões, os ataques que têm vitimado mulheres, crianças e idosos em Gaza. 

"A nossa tarefa hoje, a nossa principal tarefa, é parar o derramamento de sangue e a violência. De outro modo, uma escalada adicional trará consequências graves e extremamente perigosas e destrutivas. E não apenas para a região do Médio Oriente. Pode espalhar-se para lá das fronteiras do Médio Oriente", vinco Putin.
PUB
Momento-Chave
Ponto de situação
por RTP

Tanques israelitas entram em Gaza para incursão contra "células terroristas"

  • As Forças de Defesa de Israel confirmam ter efetuado, durante a noite, uma incursão limitada no norte de Gaza com recurso a tanques, precisando que foram atingidas "numerosas células terroristas, infraestrutura e postos de lançamento de mísseis antitanque";

  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que está em preparação uma invasão terrestre de Gaza, sem todavia avançar com quaisquer detalhes de calendário;

  • A ONU alerta para a possibilidade de Gaza ficar sem combustíveis nas próximas horas e assinala que os hospitais locais só estão a receber situações urgentes;

  • A Organização Mundial da Saúde exorta o Hamas a dar provas de vida das pessoas que mantêm reféns. Na rede social X, o diretor-geral da organização afirmou-se "severamente preocupado". Serão mais de 200 as pessoas em cativeiro desde 7 de outubro, dia em que o movimento radical palestiniano desencadeou a ofensiva contra Israel. A OMS apela à libertação para que possam receber tratamento médico. Muitos sofrem de problemas de saúde que requerem assistência urgente;

  • Os líderes da União Europeia voltam a reunir-se esta quinta-feira para pedir uma pausa humanitária em Gaza e negociações, tendo em vista uma solução de dois Estados. Em carta-convite enviada aos 27 chefes de de Estado e de governo, o presidente do Conselho Europeu sublinha que "a situação no Médio Oriente é uma tragédia" e que o quadro humanitário em território palestiniano motiva grande preocupação. Charles Michel apela aos líderes europeus para que tomem uma posição visando "garantir urgentemente a prestação efetiva de ajuda humanitária e o acesso às necessidades mais básicas";

  • Portugal preferia apelar a um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza, mas a nível da União Europeia foi o conceito de pausa humanitária que mereceu consenso;

  • Rússia e China vetaram a resolução dos Estados Unidos sobre o conflito israelo-palestiniano. O texto norte-americano foi redigido a assentar no princípio do "direito de autodefesa" de Israel e excluía um cessar-fogo, defendendo, antes, uma denominada pausa humanitária para a assistência à população de Gaza. Dez membros votaram a favor da resolução e dois abstiveram-se;

  • O secretário-geral das Nações Unidas afirmou-se chocado com as interpretações que se seguiram às suas palavras perante o Conselho de Segurança sobre o conflito no Médio Oriente. António Guterres sustenta que não quis descupabilizar quaisquer atos de terrorismo;

  • O embaixador de Israel em Portugal considera que as declarações de António Guterres foram um erro. Dor Shapira sublinha que, depois dos acontecimentos de 7 de outubro, não pode haver qualquer espaço para justificar as ações do Hamas;

  • O presidente em exercício do Governo espanhol manifestou apoio incondicional a António Guterres. O socialista Pedro Sánchez considera que o secretário-geral da ONU apenas pediu uma pausa humanitária para que a ajuda possa chegar a Gaza de modo sistemático.
PUB
por RTP

Líderes da UE voltam a reunir-se para pedir pausa humanitária em Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Olivier Hoslet - EPA

Os líderes da União Europeia voltam a reunir-se esta quinta e sexta-feira para pedir uma pausa humanitária em Gaza e negociações, tendo em vista uma solução de dois Estados.

Numa carta-convite enviada aos 27 chefes de governo e de Estado da União, o presidente do Conselho Europeu sublinha que "a situação no Médio Oriente é uma tragédia" e que a situação humanitária em Gaza continua a ser motivo de grande preocupação.

Charles Michel apela aos líderes europeus que tomem uma posição para "garantir urgentemente a prestação efetiva de ajuda humanitária e o acesso às necessidades mais básicas".

Portugal preferia apelar a um cessar-fogo humanitário, mas ao nível da União Europeia foi o conceito de pausa humanitária que mereceu consenso.
PUB
por RTP

Biden nega ter exigido adiamento da ofensiva terrestre israelita em Gaza

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Foto: Yuri Gripas - EPA

Joe Biden nega ter exigido garantias de Benjamin Netanyahu para um adiamento da ofensiva terrestre.

O presidente norte-americano diz que apenas sugeriu que a operação fosse adiada até à libertação dos reféns, mas sublinha que essa é uma decisão que pertence a Israel.
PUB
por Antena 1

Netanyahu admite que também deve ser responsabilizado por ataque do Hamas

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Abir Sultan - Reuters

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu quarta-feira que também deverá ser responsabilizado pelas falhas de segurança que permitiram o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, em 7 de outubro, mas só depois da guerra.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem sido alvo de muitas críticas internas.

Mais pormenores no trabalho do jornalista da Antena 1 Luís Peixoto.
PUB
por RTP

Refém do Hamas. Portugal concedeu nacionalidade a Adina Moshe

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

Uma refém israelita nas mãos do Hamas recebeu hoje a nacionalidade portuguesa. Adina Moshe, de 72 anos, esteve em Portugal, regressou depois a Israel onde acabou por ser raptada, enquanto o marido foi assassinado.

Em entrevista exclusiva à RTP, a neta conta a angústia em que vive a família sem saber como está a avó.
PUB
por RTP

RTP em Israel. Ex-ministra palestiniana acredita numa solução de paz

Erro 100

error on HTML5 media element

Este conteúdo está neste momento indisponível

100%
Volume
00:00/00:00
Qualidade

A ação inédita e violenta do Hamas a partir da Faixa de Gaza veio alterar o olhar dos palestinianos sobre um conflito que vivem há décadas. É a convicção de uma antiga diplomata e política palestiniana a viver em Jerusalém que ainda acredita num Médio Oriente em paz.

Entrevista dos enviados especiais a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
PUB